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Qual deles vai sorrir no fim ?

Rui Gomes, em 16.08.13

 

 
Para a maioria dos adeptos de futebol, este é o momento ansiosamente esperado: o início de uma nova época e de uma nova esperança que a sua equipa vá conseguir repetir ou melhorar no que fez na época passada e atingir os tão desejados patamares de glória. É, também, o momento de darem os seus palpites assentes em um misto de factos, ilusão e emoção.
 
Com novo treinador e jovem, mas com uma equipa sólida e com a eterna indestrutível estrutura, será que alguém vai conseguir destronar o FC Porto ?... Será que Jorge Jesus e o Benfica conseguirão ir um pouco mais longe do quase... com ou sem Óscar Cardozo ?... E o sábio veterano professor irá manter o SC Braga na luta pelos lugares cimeiros e pela Europa ?... Por fim, a maior dúvida de todas: será que o "perfume" de Jardim vai ser o suficiente para o Sporting recuperar a competitividade condigna com a sua gloriosa história ?
 
16 equipas, 30 jogos de campeonato e cerca de 10 meses de competição: qual deles vai sorrir no fim ? Paulo Fonseca, Jorge Jesus, Jesualdo Ferreira ou Leonardo Jardim ?
 
 

publicado às 08:17

A última Coca-Cola do deserto

Rui Gomes, em 18.05.13

 

Foi esta a expressão escolhida pela generalidade dos bloguers com contactos próximos da actual Direcção do Sporting: de acordo com eles, Jesualdo não seria "a última Coca-Cola do deserto". Acho, desde logo, extremamente curioso a escolha da expressão seja quase generalizada a esses comentadores da vida sportinguista. É uma coincidência que só posso atribuir a alguma inspiração divina, quem sabe se por algum ente sobrenatural simpatizante do verde e branco.
 
Já mais a sério é o conjunto de argumentos que esses comentadores levantam para não considerarem Jesualdo como a tal Coca-Cola especial: ora ele não tem currículo, ora só ganhou no Porto, ora é tudo uma questão de imagem, ora só ganhou alguns jogos nos últimos minutos, ora os jogadores que valorizou no FC Porto não foram escolhidos por ele, ora é benfiquista desde pequenino, ora sei lá o que mais... Em conclusão, tudo serve para atacar o (ainda) nosso treinador. Nem me vou aborrecer a comentar muitas das afirmações erróneas destes meus consócios. Tentarei apenas descrever, brevemente, o que fui vendo ser feito no Sporting ao longo destes últimos quatro meses e depois olhar ao que nos é proposto em alternativa, para termos uma noção clara do que está em causa.
 
O Sporting, no início do ano, estava esfrangalhado, à beira da linha de água da descida de divisão. Nenhum jogador jogava, verdadeiramente, futebol. Não havia um sistema. Fisicamente, a equipa estava de rastos devido a uma péssima pré-temporada que matou quaisquer hitpóteses de se fazer uma boa época de futebol. Quatro meses e várias dispensas e vendas depois, o Jesualdo pegou na equipa. E mais ainda pegou nos jogadores. Por exemplo, fez de Rojo um central credível, de Rinaudo um trinco com razoável produtividade, voltou a ter um "10" em André Martins, reinventou um Cédric que se arrastava desde o início da época, aguentou-se com um único ponta de lança, já vendido e ainda a "dar o litro"e, mais do que tudo, transformou gente jovem da equipa B, e outros ainda dos juniores (Dier, Ilori, Bruma, Fokobo, Zezinho, Esgaio) em potenciais activos, muitos deles titulares, da equipa principal do Sporting. Fez notavelmente esta mescla, jogando com base em remendos da Liga de Honra enquanto os principais valores não eram sequer capazes de fazer dois passes seguidos e foi ainda recuperando fisicamente uma equipa destruída a esse nível. Noutro campo de análise, caramba, há quanto tempo não tínhamos conferências de imprensa como voltámos a ter, sem o velho "vamos levantar a cabeça" mas sempre de cabeça bem levantada, fazendo um brilhante controlo de estragos de uma época desastrosa na comunicação social. Foi ainda ele que colocou os árbitros "em sentido" com afirmações que só ele pode fazer, puxando pelos seus galões de experiência e exigindo respeito a quem sempre nos desrespeitou. Foi um trabalho ciclópico que, lentamente, foi resultando numa aproximação aos lugares de acesso à UEFA, os quais só não conquistámos porque trajectos excepcionais e atípicos do Paços de Ferreira e do Estoril não nos permitiram tal proeza.
 
Mas claro os indefectíveis do Bruno de Carvalho vão ainda dizer que não chega, que isso não é nada de especial, que qualquer um melhoraria um Sporting que bateu tão fundo e que muito da melhoria se deveu à ida para o banco do novo Presidente (vi este argumento a um comentador, fica o meu parentesis aqui para um sorriso). Analisemos então as alternativas que nos serão propostas. Nada sei de nomes, mas uma vez que já temos cinco escolhas de Bruno de Carvalho a nível de opções para o futebol, poderemos tentar extrapolar a qualidade do que aí virá, pelo acerto do que foi feito antes.
 
Escolha número 1 - Inácio. Devo dizer que gosto de Inácio. Ele foi o treinador da equipa que me proporcionou a 3.ª noite mais feliz da minha vida (só superada pela do nascimento da minha filha e pela do meu casamento). Não vou pois alargar-me muito sobre ele. Respeito-o muito pelo que fez aquela equipa, naquele ano, e pela imensa alegria que me proporcionou. Tem uma vida ligada ao futebol. Sei que muitos discordarão de mim, mas aceito-o sem contestar e quero acreditar que fará um bom papel.
 
Escolha número 2 - Virgílio. Penso que Virgílio será uma boa pessoa e um sportinguista. Lembro-me de ser um jogador dedicado e trabalhador. Pelo que sei, desde há em quarto de século que não está ligado ao futebol. É muito tempo. Não oferece quaisquer garantias de conhecimentos, saber ou experiência. Esta escolha para um lugar de liderança eminentemente técnica não tem pés nem cabeça. Só pode liderar na Academia quem sabe, quem conhece, quem aporta mais valor. Virgílio, como o novo homem forte da formação, foi cair no meio de mestres e será trucidado. Claro que não pode merecer aprovação.
 
Escolha número 3 - o 3.º elemento. Este tem feito um notável, se bem que de algum modo invisível, trabalho na Academia. Tão invisível, mas tão invisível, que ninguém ainda sabe quem ele é...
 
Escolha número 4 - Freitas Lobo e Tomaz Morais. escolhas para agradar ao sócio a dias das eleições. Na linha do que tem sido a actuação desta Direcção, nunca se materializou essa promessa. Em boa verdade, para todos os envolvidos, ainda bem.
 
Escolha número 5 - Van Basten. Este foi o treinador escolhido por Bruno de Carvalho na única vez que teve de indicar alguém para esse lugar, ou seja, nas penúltimas eleições. Foi seleccionador da Holanda, equipa com jogadores, a todos os níveis, notáveis. Elminada por Portugal no Mundial de 2006 e pela Rússia no Europeu de 2008. Para a época de 2008-2009 foi contratado pelo Ajax, onde exigiu reforços de monta, tendo o clube investido como nunca antes na sua história. Não chegou à Liga dos Campeões. Devido ao seu passado, deixaram-no demitir-se, para não passar a vergonha de ser demitido. Esteve no desemprego até à época de 2012-2014, na qual treinou o Heerenveen, obtendo o oitavolugar na Liga holandesa.
 
Pois é isto. Olhando para este cartel de escolhas anteriores, parece evidente que Jesualdo não poderia ficar. Infelizmente o Sporting tem sido isto. Quando alguém parece estar no lugar certo a fazer o trabalho que tem de ser feito, há sempre algum iluminado que liquida as nossas esperanças. Na verdade até regredimos, pois continuando a ser o cemitério de treinadores que já antes éramos, agora resolvemos inovar e passamos a pô-los a andar quando os sócios ainda os aplaudem.
 
* Texto da autoria de Desert Lion
 

publicado às 09:00

publicado às 14:12

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