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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
João Benedito foi o candidato a quem eu concedi o benefício da dúvida no acto eleitoral de 2013 e apesar de estar muito satisfeito com o trabalho do Dr. Frederico Varandas e da sua equipa, acredito que um dia o nosso antigo guarda-redes de futsal assumirá a presidência do Clube. Entretanto, a sua reconhecida postura de total apoio aos Órgão Sociais vigentes é incontestável e muito louvável. Na realidade, não era de esperar outra coisa do João, grande sportinguista e homem digno.
No congresso '2 Build' adiantou algumas considerações sobre o Sporting da actualidade:
"Tenho vários projectos futuros, alguns até passam pela vertente desportiva. O Sporting vem de uma época em que foi campeão, o que nos deixou com muito orgulho, e fez agora outra também bem positiva. Também já se começa a assistir à preparação da próxima época com alguma expectativa, devido a entradas e saídas de jogadores chave. Mas as coisas estão a ser trabalhadas e estou ansioso que coloquem à venda as Game Box.
Qualquer sportinguista teme perder um treinador como o Rúben e qualquer treinador das várias modalidades do clube que nos têm dado muitos títulos. São peças que têm de ser mantidas e valorizadas, pessoas que devem permanecer. Se o Rúben sair, o Sporting irá continuar o seu percurso.
O Sporting CP não deve entrar em loucuras financeiras. Gostava que Rúben Amorim se mantivesse. Enquanto mero adepto, sei que o Sporting, independentemente das pessoas que estejam à frente, vai continuar a ser um grande Clube e a lutar por títulos.
É importante que se estude o momento actual do Clube e a repercussão dessas medidas, quer sejam positivas ou negativas. Eu sempre mantive a mesma perspectiva perante o Sporting, até quando foram os infames ataques à nossa Academia. Se há coisa que não me podem acusar é de perder a identidade mediante o momento.
Não espero uma aberta para entrar no Sporting, quero que a equipa ganhe e mantenha os seus profissionais de qualidade. Seja com o Rúben, Nuno Dias, a minha postura será sempre apoiar o Sporting CP. Eu acredito que um dia, dada a minha grande vontade enquanto sportinguista, possa ser útil ao Clube. De que forma, não sei. Mas estou sempre disponível, acho que fui muito útil ao Sporting neste último mandato".
O presidente do Sporting, Frederico Varandas, partilhou uma foto nas redes sociais ao lado de João Benedito, antigo candidato à liderança dos leões. "Sporting acima de tudo" é a legenda da foto, o que mostra uma clara mensagem de união no universo leonino.
Mensagem de João Benedito, este domingo, logo após Frederico Varandas tomar posse como presidente do Sporting:
"Um dia que muito nos orgulha a todos. Obrigado aos 22.510 leões que participaram no acto eleitoral. Obrigado a todos os que participaram activamente nas campanhas dos vários candidatos. Parabéns a Frederico Varandas e aos novos Órgãos Sociais do Clube.
Muito obrigado a todos pelo apoio à minha candidatura. Procurámos sempre honrar os valores do Sporting Clube de Portugal. Continuaremos com o nosso apoio incondicional ao Clube no estádio, no pavilhão, em Portugal e no estrangeiro. Viva o Sporting Clube de Portugal".
"Acho que tenho muito a oferecer ao Sporting. Tendo em conta o que se passou no Clube nestes últimos anos e quando alguém me pede para ajudar, só posso dizer que estou disposto a ajudar. Principalmente quando essa pessoa, como o João Benedito, tem as ideias e o conhecimento certo, que sabe como o futebol deve ser jogado, e não estou a falar só dentro do campo, estou a falar também na construção.
Neste momento ainda não se pode ser muito concreto sobre as minhas futuras funções, mas o facto de eu representar internacionalmente o Manchester United não proporciona quaisquer conflitos de interesses. Aliás, até acho que os meus contactos com o MAN U podem ser proveitosos para o Sporting".
Peter Schmeichel
João Benedito visitou a nova Academia do Bayern, em Munique, com o objectivo de retirar ideias adaptáveis à Academia Sporting.
O candidato à presidência do Sporting conversou com Karl-Heinz Rummenigge sobre as camadas jovens e, depois, conheceu, ao pormenor, como o clube alemão cria as estrelas de amanhã. O FC Bayern Campus, inaugurado no ano passado, é um centro de treinos inteiramente dedicado ao futebol de formação.
"Primeiro que tudo, devo dizer que Karl-Heinz Rummenigge (CEO do Bayern Munique) demonstrou um grande conhecimento e respeito pelo Sporting enquanto clube formador. O nosso projecto é dotar de conteúdos programáticos os vários escalões de formação, ter os melhores treinadores que possam construir carreiras nesses mesmos escalões e olhar para a formação de homens. Queremos que o Sporting tenha uma formação que leve fornadas de jogadores para a equipa principal.
Aqui, encontrámos uma estrutura semelhante à que queremos implementar, que nos faz ter confiança no modelo, que tem duas áreas de intervenção, a das infraestruturas e da direcção técnica. Ficámos a saber que o Bayern tem um sistema de transporte para recolher jovens até 100 quilómetros de distância e tirámos notas de como poderemos adaptar à realidade do Sporting. É bom beber este conhecimento".
João Benedito confessa-se preparado para ir até às últimas consequências para defender os interesses do Sporting em todos os processos de rescisões dos futebolistas que deixaram o plantel neste Verão, após o ataque à Academia.
Sem esconder a tristeza por este processo ter sido maioritariamente liderado por jogadores provenientes dos escalões de formação, na sequência dos graves incidentes de 15 de Maio, o antigo atleta reconheceu, em entrevista à Lusa, que há casos distintos entre os elementos que saíram, mas que o Clube não pode sair prejudicado.
"É lógico que é uma situação que me preocupa e gostava que não tivesse acontecido. As pessoas poderão ter as suas razões, mas cabe-me olhar para o problema de uma forma defensora - única e exclusivamente - do que são os direitos do Sporting. Nenhum clube ou atleta vai conseguir levar vantagem em relação ao Sporting por aproveitamento desta situação".
Outro tema a agitar o universo sportinguista ao longo dos últimos anos foram as relações tensas com os rivais, nomeadamente em relação ao clube da Luz. Confrontado com a possibilidade de um reatamento, João Benedito condicionou uma decisão nesta matéria às consequências de vários processos que envolvem os 'encarnados' e que estão na justiça.
"Há várias situações que têm de ser respondidas e há informações que têm de ser dadas aos sócios do Sporting. Quando chegarmos, iremos pegar nos processos e queremos ser institucionais com todos aqueles que são os parceiros no negócio do futebol. É aqui que nos queremos focar, mas há situações que não podem ser esquecidas e há respostas que têm de ser dadas".
Apesar desse posicionamento, o candidato à presidência 'leonina', de 39 anos, admitiu convergir com os rivais na questão dos direitos televisivos, tema sobre o qual conversou recentemente com o presidente da Liga de clubes, Pedro Proença. No entanto, só aceita um cenário em que o Sporting não saia de modo algum prejudicado financeiramente em relação ao contrato de longa duração assinado com a operadora NOS em 2015.
"A minha posição em relação a este tema é: primeiro, defender os interesses superiores do Sporting, e, segundo, poder congregar esse leque de interesses com aquilo que são os interesses do mercado e do negócio do futebol. A minha preocupação - e foi demonstrada - foi garantir que havendo essa centralização o Sporting, pelo menos, consiga garantir aquilo que já garantiu com o contrato de patrocínio que foi assinado.
Estamos obviamente afastados da Liga dos Campeões. Por consequência, estamos com receitas muito inferiores aos nossos rivais. Se nos for reduzida a vertente dos direitos televisivos, vamos ficar ainda mais fragilizados. Sou de acordo que possa haver essa centralização, mas que o Sporting receba, pelo menos, aquilo que são os valores que já tem orçamentados".
Já sobre as modalidades e a alegada falta de retorno financeiro para o investimento que tiveram na última época, da qual resultaram as conquistas dos títulos de andebol, futsal, hóquei em patins e voleibol, João Benedito deixou uma garantia de competitividade.
"Todas as modalidades do Sporting têm de lutar para serem campeãs nacionais, pelo menos. É este o nosso posicionamento absoluto. Depois, temos de ver a nossa elasticidade de custos e condições para podermos lutar pelos títulos europeus. O valor dos títulos das modalidades é muito superior ao preço que elas custam".
Uma das apostas de João Benedito para o futuro passa pela entrada em cena de um CEO. Porém, esclarece que o poder vai continuar nas suas mãos e que este executivo - cujo nome não vai divulgar se não vencer - terá a seu cargo "áreas não desportivas" do clube.
"Queremos alguém que seja transversal ao Clube e à SAD para conhecer e ter a análise das áreas não desportivas. Queremos que seja alguém que possa gerir esta parte do Clube, mas aplicando aquilo que nós definimos. Reporta sempre a mim e à Comissão Executiva, nós é que definiremos a estratégia".
Paralelamente, também sublinhou a necessidade de mudar o paradigma das últimas duas décadas no Sporting, no qual o plano desportivo foi menorizado sob a vertente financeira.
"Há um pensamento estratégico isolado e não congregador destas duas áreas. É aqui que reside a estratégia de intervenção, porque aquilo que é a independência de um clube é suportado pelos resultados desportivos. Tem de ser o pensamento desportivo a definir a estratégia".
Prometi que revelaria o meu candidato de preferência quando de boa consciência tomasse essa decisão. Cheguei a esse momento e assim revelo que o meu candidato no acto eleitoral de 8 de Setembro é JOÃO BENEDITO.
Não vou justificar a minha decisão, porque sinto que não devo justificação alguma seja a quem for, presto-me, no entanto, a dar uma breve explicação.
Já há algum tempo que afirmei que nenhuma das candidaturas me satisfaz inteiramente. As inúmeras e complexas explicações sobre ideias e supostos projectos pouco ou nada contribuíram para me informar e ajudar a tomar uma decisão.
Também tenho vindo a insistir que o voto do dia 8 de Setembro vai acabar por ser um voto de simpatia, muito porque não temos entre os sete candidatos um "peso pesado" que nos seduza com convicção.
Não refuto que há uma parte de simpatia no meu apoio a João Benedito mas, sobretudo, há respeito e confiança. O João é relativamente jovem e a sua experiência de gestão neste mundo de clubes desportivos, nomeadamente de futebol, é igualmente relativa. É de esperar que vá cometer alguns erros e que vai necessitar do apoio e da compreensão dos adeptos e sócios, mas não duvido nem por um segundo que fará o seu melhor em prol do Sporting Clube de Portugal, honestamente. Por isto, estou disposto a conceder-lhe o benefício de qualquer dúvida.
Não tenho nada contra os restantes seis candidatos. Aliás, gostaria de ver algumas das qualidades de dois ou três integradas de algum modo na liderança do Clube. Hesitei bastante entre Benedito e Ricciardi, pelas simples razão que sinto que a "raposa" experiente tem em algumas áreas muito para oferecer. Senti muita dificuldade em ultrapassar o factor "José Eduardo" e confesso que continuo a não compreender a escolha de Ricciardi.
Pedro Madeira Rodrigues terá apresentado o melhor programa, mas não me convenceu com os seus dotes de líder, muito pela sua dificuldade em passar a mensagem. Devia ter conduzido uma campanha muito mais "fina", mas por motivos que não são do meu conhecimento, não o fez.
O Dr. Frederico Varandas merece o meu respeito, embora não a mesma confiança que deposito em João Benedito. O recém-episódio do Pedro Silveira é apenas um factor preocupante, mas levou-me a questionar que mais há que não foi divulgado. A sua constante postura de querer agradar a "gregos e troianos" também não me entusiasma.
Em resumo, todos eles merecem a nossa gratidão como sportinguistas por se terem disponibilizado para conduzirem o nosso "grande amor". Postura que eu desejava e esperava que fosse assumida por Rogério Alves, e não foi, tornando-se, para mim, a maior desilusão deste acto eleitoral.
Não hesito em garantir que salvo surgir justa causa em contrário, apoiarei o candidato que for eleito presidente do nosso Clube.
***Fui informado por amigos que residem fora fronteiras, que os votos de sócios "correspondentes" já vão a caminho de Lisboa.
O debate entre João Benedito e Pedro Madeira Rodrigues, esta quinta-feira na Sporting TV, precipitou discussões acesas entre os candidatos, ao ponto do moderador, Pedro Miguel Mendonça, ameaçar terminar a sessão.
Quando debatiam o modelo de gestão, Benedito entendeu que o seu adversário estava a colocar em causa a sua competência nessa área, e o diálogo subiu de tom. Eventualmente, os ânimos serenaram e os dois participantes reconheceram que estes momentos não se deviam repetir no futuro.
Antes ambos concordaram que a Comissão de Gestão não devia aceitar ver o dérbi na Luz. "Vamos aceitar o convite depois de ouvir o presidente do clube rival dizer que se queria aproveitar da nossa fraqueza", adiantou João Benedito, corroborado por Pedro Madeira Rodrigues.
Em relação às claques também houve uma convergência de opiniões. "Não podemos de ter presidentes como reféns das claques. Comigo o apoio terá forçosamente de ser aprovado em Assembleias Gerais", garantiu o empresário que ainda condenou as claques ilegais do Benfica, tal como João Benedito.
Ambos garantiram manter equipas competitivas nas modalidades, assim como a recompra das Vmocs, mas por precessos diferentes. "Tenho investidores com 120 milhões de euros", garantiu Madeira Rodrigues, uma solução que João Benedito não aceitou garantindo que tem "um modelo diferente", mas sem dar detalhes desse modelo.
A um determinado ponto Pedro Madeira Rodrigues acusou João Benedito de não ter feito oposição a Bruno de Carvalho, uma acusão que espoletou a mais acesa discussão.
ADENDA: Os dias vão passado, os debates vão decorrendo e cada vez mais fico convencido que a votação no dia 8 de Setembro será fundamentada em votos de simpatia, o que, muito sinceramente, não diz muito sobre o futuro do Clube. Eu ainda não decidi em quem dar o meu apoio, apenas e tão só porque nenhum candidato me convence. Vejo um vazio de ideias e ninguém a assumir-se como um verdadeiro líder, o que o Sporting mais precisa num momento tão crucial da sua história.
CONSELHO DIRECTIVO
Presidente: João Paulo Feliciano Neves Benedito
Vice-Presidentes:
Pedro Miguel Gaspar Dias Moura (Modalidades)
Ricardo Andorinho (Finanças e Desenvolvimento)
Carlos Pereira (Futebol e Formação)
Henrique Salgado (Sócios e Núcleos)
Hugo Fonseca (Digital & New Business)
Vogais:
Gonçalo de Melo Portugal S. de Sampaio (Jurídico e Relações)
André Freitas do Amaral (Marketing & Comunicação)
Sónia Sanchez Bermejo (Património e Infra-estruturas)
Ângelo Eduardo Felgueiras e Sousa (Modalidades)
Daniel Monteiro (Juventude e Responsabilidade Social)
MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL
Presidente: José Manuel Saraiva de Lemos Araújo
Vice-Presidente: Pedro Augusto de Lynce de Faria
CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR
Presidente: Luís Filipe da Silva Ferreira
Vice-Presidente: Gonçalo Jorge Gomes da Silva
Encabeçada por João Benedito, a Lista A conta com um leque de personalidades “novas” no ambiente directivo do Sporting Clube de Portugal, o que pode ser uma vantagem na medida que não trazem óbvios “vícios” de gestões anteriores, mas também pode ser uma desvantagem, pois por vezes as pessoas são ultrapassadas pelo “peso” dos cargos.
O João Benedito é uma pessoa cujo Sportinguismo é indiscutível. Calmo e ponderado, tem sabido gerir o seu tempo de antena e discursos o que tende balancear a imagem “soft” que por vezes faz passar. Sem experiência à frente de grandes projectos empresariais e/ou directivos, teria de se fazer acompanhar por pessoas altamente reconhecidas nas suas áreas de actuação e isso é algo que infelizmente não ocorreu.
Tem o mérito, no entanto, de imediatamente ter definido para cada pessoa uma área de responsabilidade, o que demonstra organização, faltando-lhe, contudo, nomes com “peso”, nomeadamente na área financeira, o inevitável foco primodial dos sócios, dada a situação actual do Clube.
A escolha de Ricardo Andorinho para liderar as finanças do Sporting pode provar ser um sucesso/surpresa, no entanto o risco de “correr mal” está lá. Na minha opinião Benedito deveria ter-se feito acompanhar de alguém que trouxesse reais garantias de saber lidar no imediato com os problemas do SCP.
Quanto ao programa, João Benedito, na minha opinião, cometeu o erro que quase todos os candidatos cometem; querem mostrar trabalho e tentam então encher o programa com “palha”.
No seu programa, em particular, salta-me à vista que “perderam tempo” com pormenores tão específicos como do género “vamos oferecer dois bilhetes do Museu aos funcionários”, no entanto não têm uma única linha de acções imediatas para as finanças do Clube. Aliás, a componente financeira deste programa é o seu maior “calcanhar de Aquiles”, pois escudaram-se na frase “vamos esperar pela auditoria e depois logo se vê”.
A meu ver, o Sporting não tem “tempo” nem dimensão para acções políticas do género... “coloquem-nos lá e depois logo se vê como vamos resolver os problemas”.
Podemos esperar pelo desenrolar da campanha, que noto, tem sido muito bem gerida por Benedito (ou pela sua equipa) e destaco o pormenor da “ferroada” à CMTV ao fazer ontem um comunicado a dizer que o seu nome tinha sido novamente indevidamente utilizado, uma vez que ele ainda não teria aceite qualquer debate uma vez que daria preferência à Sporting TV.
Resumindo: A Lista A é uma lista composta por Sportinguistas de Coração, porventura a lista que maior paixão conseguirá trazer, no entanto isso não chega. O SCP vive um momento agoniante, em especial em termos financeiros e quem vá liderar o clube terá de ter já soluções encetadas para os problemas que irá herdar. Neste sentido vejo a Lista A com sérios problemas, pois não têm ninguém que transmita garantias imediatas para as soluções necessárias.
A juntar a esta lacuna está um programa “cheio” de medidas fúteis que nada respondem aos grandes problemas actuais e para cúmulo, Benedito defende a entrada de um CEO para o SCP, no entanto não nomeia nenhum. A entrada de um CEO é uma excelente medida, mas Benedito não pode esconder o nome daquele que, em caso de vitória da Lista A, seria a segunda maior figura do Clube.
João Benedito é sem dúvida alguém que todos queremos dentro do Sporting, só tenho dúvidas que esteja preparado para ser Presidente, dado que o SCP vive um momento em que não permite que exista uma curva de aprendizagem estendida no tempo. Benedito deveria ter compreendido isso e ter-se feito acompanhar de pessoas que não necessitam de adaptação/aprendizagem para colmatarem a sua inexperiência. Se o tivesse feito, seria porventura o mais sério candidato à cadeira do Poder.
P.S.: Notem que estas são as minhas considerações pessoais e o primeiro de sete textos que irei fazer em relação aos candidatos. Dado que dou muita importância ao momento financeiro do clube, sinto-me mais exigente nesta componente, pois acredito que o SCP terá de recuperar imediatamente a autonomia financeira, caso contrário entrará num ciclo altamente decadente, quer em termos desportivos quer em termos reputacionais.
Um forte Abraço ao João Benedito
Adenda (16/08/2018)
João Benedito na TVI24, desvendou que na parte financeira é sua pretenção lançar um emprestimo obrigacionista de 60M€ até ao final do ano, sendo 30M€ para cobrir um empréstimo anterior e 30M€ para tesouraria, o que significará um aumento de cerca 35M€ no passivo do SCP.
Em relação às modalidades, considera que as mesmas são prioridade mesmo sendo financeiramente insustentáveis, pois têm capital "intelectual".
"O Clube e SAD têm um passivo de cerca de 400 milhões de euros que está plenamente identificado. Temos de preocupar-nos com o passado, com os grandes magos da gestão que não conseguiram ter a visão desportiva. Se são tão bons na sua área, por que não temos aqui um sucesso desportivo? O passado, a gestão, os cabelos brancos, como dizem, são 400 milhões de euros. É muito.
As VMOCs 130, os financiamentos cerca de 120, e fornecedores e outras dívidas, 170. Nas VMOCs houve uma aproximação à banca para recuperar este valor por 30 por cento: excelente. As garantias eram dadas por receitas de Champions e vendas de jogadores. O que é que o clima de instabilidade ditou? O afastamento da Champions e este problema com os activos. Mas estou convicto de que vamos conseguir retomar este dossier.
Nos financiamentos verifica-se uma dívida bancária que ronda os 55 milhões, com descoberto bancário. Ao que se junta 30 milhões do empréstimo que passou para Novembro. Depois 170 milhões que são dívidas a fornecedores, dívidas ao Estado, que com um plano de credibilidade, ninguém nos vai negar uma reestruturação".
João Benedito
“Vou ficar a vida toda no Sporting.
Daqui a dois meses, espero que como presidente. Daqui a 20 anos, não sei”.
João Benedito, em entrevista ao jornal Expresso.
Seis candidatos para as eleições no dia oito de Setembro - há quem diga que há oito, mas duas eu prefiro ignorar. João Benedito João vai formalizar a candidatura à presidência do Sporting esta quinta-feira e já temos as primeiras reações dos outros candidatos:
Frederico Varandas
"É um grande sportinguista, grande atleta. Foi meu doente e tenho um grande carinho por ele. Está no direito de se candidatar se tiver esse sonho. O Benedito vai contar sempre. Ele pertence ao Sporting. Os presidentes chegam e saem, mas ele é para sempre uma figura do Sporting".
Pedro Madeira Rodrigues
"A candidatura do João é positiva, vai enriquecer o debate certamente. Via-o com o perfil para ser vice-presidente das modalidades".
Dias Ferreira
"Está no seu direito, como todos os outros, desde que reúna as condições legais para o fazer. Aliás, até há quem se candidate sem as condições legais. Até ao dia 8 qualquer um pode dizer que é candidato. Depois desse dia é que vamos ver quem são os candidatos".
João Benedito é o sexto sócio em pleno gozo dos seus direitos a confirmar a vontade de ir a votos a 8 de Setembro. O antigo guarda-redes de futsal junta-se a Frederico Varandas, Fernando Tavares Pereira, Pedro Madeira Rodrigues, Dias Ferreira e Zeferino Boal.
Ainda assim, fica no ar a dúvida se até ao dia 8 de Agosto - data limite para a oficialização de candidaturas - vão surgir mais candidatos à presidência do Sporting. Muito dá para pensar que os sportinguistas continuam à espera de uma candidatura de "peso", mas não me parece que vai acontecer.
Muitos candidatos, algumas boas ideias, mas nenhuma extraordinária inspiração no que ao futuro do nosso Clube diz respeito.
Temas principais abordados por João Benedito no seu discurso de apresentação:
Projecto
"Assim me apresento, João Benedito, rodeado de uma equipa de campeões, sempre focados na próxima vitória. Apresento aos sócios um projecto de futuro, inovador, baseado em cultura desportiva, focado no desempenho desportivo. Sou candidato ao Sporting Clube de Portugal."
"Ou há justificação plausível para o que aconteceu ou, em meu entender, a Direcção não tem condições para continuar. Isto que aconteceu foi o dia mais negro na história do Sporting. Não sei se algum dia viremos a saber tudo o que aconteceu. Há 3 milhões e meio de sportinguistas e portugueses à espera de uma justificação, explicação, de uma grande mudança de paradigma. Neste momento, não creio que Bruno de Carvalho seja a pessoa certa.
Não estou preocupado com eleições e neste momento não estou a pensar em candidatura, espero sim que jogadores e equipa técnica possam realinhar e ganhar ao Aves na final da Taça.
O que está em causa não é só repudiar o que aconteceu, é corrigir os factores críticos que levam a esta guerra permanente no Clube em que as pessoas se insultam. O presidente tem de corrigir esse tipo de discurso."
Rogério Alves
"Só ficarei descansado quando apurarmos quem são os responsáveis, quem foram os culpados. Aqueles que forem apanhados por terem feito o que fizeram na Academia que automaticamente entreguem os seus cartões de sócio se forem sócios do Sporting e sejam impedidos de entrar em Alvalade ou estejam em preventiva em relação aos estádios, para sempre.
Este post não estaria completo sem as declarações do ignóbil personagem que ainda ocupa a cadeira da presidência do Sporting e que, tudo indica, não tem intenções algumas de a desocupar de livre vontade:
"Neste momento, sinto-me com a mesma capacidade, força, prazer e honra em servir o clube que amo, não vendo qualquer motivo enquanto sportinguista para me afastar de um trabalho e de um rumo que está a ser seguido com sucesso nestes cinco anos.
Quem cometeu este acto terrorista que seja severamente punido, que quem cometeu actos 'criminosos' contra mim seja punido e que o Sporting Clube de Portugal consiga conquistar a 17.ª Taça de Portugal".
Era minha intenção publicar esta breve história ontem, mas não tive oportunidade. Ainda vou a tempo, creio.
Anteontem, um amigo meu cruzou-se com João Benedito à saída do Pavilhão João Rocha, depois de ter assistido à partida de futsal do Sporting frente ao Nacional Zagreb, a contar para a Ronda de Elite da UEFA Futsal Cup.
Inspirado pela felicidade do encontro, o meu amigo questionou o antigo atleta do Sporting sobre as suas intenções de candidatar-se a presidente do Clube, garantido-lhe que iria ter o apoio de muitos sportinguistas.
João Benedito não se mostrou impressionado pela pergunta e respectiva expressão de apoio, respondendo com um ar de total desinteresse: "Epá meu caro, não me meta nisso!"
O meu amigo não se sentiu desmotivado pela resposta e voltou a insistir...
João Benedito: Reiterou a sua primeira frase, adicionando "Não vale a pena!".
Esta breve conversa poderá querer dizer muito ou, então, muito pouco. O meu amigo ficou com a ideia que o João estava a ser sincero com a sua resposta, mesmo sem adiantar mais informação.
O "não vale a pena" é bastante intrigante, embora ambíguo, e sujeito a interpretações várias. Por outro lado, também é possível que o João não quis estar a elaborar uma resposta mais em pormenor, considerando as circunstâncias e o local em que a conversa teve lugar. Eu teria dito "logo se vê...", ou palavras para o efeito, mas cada um é livre de se manifestar à sua maneira.
O meu amigo interpretou o "não vale a pena" como uma expressão de desagrado face à campanha eleitoral que teria de ser levada a cabo, em princípio, contra Bruno de Carvalho.
Por tudo o que se ouve na praça pública, fica a ideia que João Benedito, mesmo não sendo uma escolha absolutamente consensual, seria, contudo, a primeira opção de muitos sportinguistas, sendo um homem e atleta admirado e respeitado por muitos ao longo dos anos. A dúvida recai sobre as suas qualidades para a posição e, de certo modo, a sua juventude (39 anos) e inexperiência.
No entanto, aceitando como sincera a sua resposta, será que João Benedito está mesmo fora da equação, não estando disposto a baixar ao nível que uma confrontação com o actual presidente inevitavelmente obrigará ?
Caso hajam dúvidas, basta ter em conta os inúmeros insultos que ele tem dirigido ao outro candidato, Pedro Madeira Rodrigues. Lamento, no entanto, que o meu amigo não tenha tentado aprofundar o significado do "Não vale a pena".
Entre outras considerações, João Benedito, na entrevista que foi publicada esta segunda-feira, sugeriu que o acto eleitoral agendado para o dia 4 de Março deveria ser adiado para o final da época afim de evitar a instabilidade.
Se a memória não me falha, esta mesma questão foi muito debatida pelas eleições de 2013, sem que a Assembleia Geral tivesse então sofrido qualquer alteração.
Eis a resposta - esperada e em tom paternalista, diga-se - de Marta Soares, à sugestão de João Benedito:
«É uma opinião respeitável de um sócio, mas não vejo qualquer necessidade de adiar as eleições. O clube está bem e tudo está a correr dentro do mais elementar funcionamento democrático».
Qual é a opinião do leitor ?
Em entrevista concedida ao jornal Record, João Benedito explicou porque é que rejeitou o convite do actual líder do Sporting para fazer parte da Direcção:
«Dei uma ‘nega’ ao presidente Bruno de Carvalho? Nem pensar. Fico muito lisonjeado que me tenha enviado uma mensagem, mas não posso participar, nem pelo lado da actual Direcção, nem por outras candidaturas.
Quero muito ser presidente. É o meu objectivo de vida profissional. Estou em crer que tenho muito para dar ao clube. Já trabalhei como funcionário, estava no departamento financeiro quando rebentou a crise. Tinha a gestão de terceiros e as pessoas ligavam para lá e diziam: ‘Se as facturas se atrasam, vou para trás da sua baliza’ (…) À semelhança do Bayern Munique, onde aqueles que estiveram no campo dirigem, eu também estive dentro de campo.
Não o conheço profundamente. Madeira Rodrigues parece-me uma pessoa carregada de princípios, com ideias boas para o clube. Mas não tenho qualquer outra opinião a nível pessoal».
Reconhece-se que João Benedito é uma figura muito popular entre sportinguistas, como atleta e até como homem, mas acho que foi uma decisão prudente da sua parte não se candidatar neste acto eleitoral. Até acredito que estava tentado, mas alguém o terá aconselhado a dar tempo ao tempo.
A experiência no desempenho de outro cargo directivo até lhe seria benéfica, mas tendo em consideração a sua ambição, não quis arriscar ficar marcado pelo consulado de outro líder. Compreende-se o raciocínio.
Em declarações à Antena 1, João Benedito manifestou o seu desapontamento com a esta fase "complicada" do Sporting e, em especial, com este fim-de-semana em que muita coisa não correu bem, desportivamente:
«É uma fase complicada que nos deixa tristes. Foi um fim-de-semana muito mau em termos desportivos, não só com a derrota no futebol, como no andebol e no hóquei em patins. Tudo isto leva a que os objectivos de conquista de títulos possam ficar um bocadinho comprometidos. Mas o momento tem de ser cada vez mais de união para que as pessoas possam transmitir, para quem está dentro, essa ideia de que continuamos com a equipa para que possam conquistar esses tão almejados troféus».
Nada de novo consta sobre uma possível candidatura sua à presidência do Sporting, ou a sua integração numa lista de candidatura, embora eu tenha conhecimento directo e pessoal que ele participou em várias reuniões com outros sportinguistas nesse exacto sentido.
Creio que seria um dirigente de valor para o Sporting, não sei, no entanto, se já reúne as condições necessárias para liderar o Clube.
E o desporto, onde está?
São dias de grande turbulência não-desportiva aqueles que atravessamos. Não são só de agora. Constantemente somos invadidos por casos, arrufos e trocas de palavras de gente crescida que mais parece crianças. São comuns as alusões nos media a críticas, bate-boca, ‘diz que disse’ e ‘fez que não fez’. Estamos, não tenho quaisquer dúvidas, perante um mercado paralelo que vive engordado por estes impropérios e quezílias. Em meu entender, isto só acontece devido à existência de um número elevado (mais do que a conta, convenhamos) de pessoas, e até empresas, que existem publicamente porque alimentam e se alimentam deste clima onde falham os valores. Isto é tudo menos desporto, pois os princípios não são os preconizados e transmitidos nesta área. São estas ‘piranhas do sangue’ derramado que potenciam e semeiam estes ventos, por vezes de forma conspurcada e pouco ética, com o único intuito, dissimulado mas claro aos olhos dos mais preocupados, de presenciar e viver as tempestades e delas retirar contrapartidas financeiras ou mediatismo fácil. Cabe a quem representa os órgãos sociais de instituições desportivas, e também aos adeptos do desporto, lutar contra este adversário e não se deixar levar por estas manobras.
A minha questão é simples e directa: e o desporto, onde está? Vamos mas é falar da tácita, da bola que entra, dos atletas, dos heróis, avaliar as pessoas pelos projectos a que se propuseram e celebrar pela conquista do clube de cada um. Nisto faço gosto! É correcto, na minha forma de estar na vida, dizer bem ou mal dos jogadores pela boa jogada ou pelo golo e avaliar os dirigentes pelo sucesso desportivo e qualidade e posicionamento de gestão e social. Tudo o resto não me interessa. E incomoda-me!
Como é do conhecimento público, Bruno de Carvalho tem sido causticado pela imprensa! E já não é só a imprensa dita popular – na medida em que também os órgãos de comunicação social generalistas, desportivos e de referência lhe têm dedicado largo espaço.
É, na verdade, impressionante como a vida privada do presidente do Sporting Clube de Portugal tem sido dissecada no espaço mediático, espaço esse em que, cada vez mais, se confunde a actividade e a performance de Bruno de Carvalho ao serviço do clube com as incidências da sua vida privada e respectivas nuances pessoais. Nestes últimos tempos tenho tido, por vezes, a sensação de que não é justa a forma como essa pressão tem sido desencadeada e mantida. Em rigor, não devemos considerar como admissível que o mandato público de líderes, seja qual fora área de acção, possa e deva ser reduzido à sua escala privada e ao seu universo mais íntimo. Creio que a aplicação prática desse princípio tolda a perspectiva pura e objectiva sobre o desempenho e resultados do exercício dos responsáveis com visibilidade pública. Não concordo com o que estão a fazer ao presidente do meu clube. A avaliar quaisquer pessoas com estes cargos deverá ser pelo seu desempenho, postura, princípios e valências, digo eu !
Na próxima semana joga-se, em Odivelas, a UEFA Futsal Cup – a Champions League do Futsal. Quero transmitir aos meus anteriores colegas de equipa aquele abraço unificador e carregado de boas energias que nos levou a tantos títulos. Durante muitos anos a preparação desta competição foi o meu mundo. Uma fase em que carregava a alegria de poder jogar e a vontade de satisfazer milhões de sportinguistas. Este foi sempre o objectivo maior da minha carreira desportiva, tornar o Sporting ... "tão grande como os maiores da Europa". Moveu-me, motivou-me e despertou em mim o desejo de conquistar o título europeu de clubes. Infelizmente, como jogador, não consegui ajudar a lá chegar. Ainda posso, como adepto e sócio. Quero muito que isso aconteça. Vamos, equipa, vamos para cima deles! Acabando pelo começo, é por este insucesso e pelos 23 títulos que ajudei a conquistar que espero ter os 22 anos de atleta analisados. Só assim faz sentido dar-se ouvidos.
Saudações desportivas
Candidatura de João Benedito no horizonte ?... Muito embora ainda não haja nada de concreto, admite-se essa distinta possibilidade. Um hipotético candidato que apesar da sua juventude e inexperiência, não agradará muito a Bruno de Carvalho, por razões óbvias.
«Ontem terminou o meu contrato com o meu Sporting e consequentemente a minha carreira desportiva. Comunico-o hoje para que saibam por mim. Serei sempre um felizardo pois representei o meu Clube como atleta profissional. É impossível descrever as sensações vividas, os momentos e as conquistas.
Não me querendo alongar muito mais neste tema, apenas agradeço do fundo do meu coração aos que, durante a minha carreira, me ajudaram a crescer, me fizeram homem e me transmitiram os princípios que guardarei para a vida. Muito em particular à minha família Sportinguista - sócios e adeptos - estarei eternamente grato por me terem feito sentir tão especial».
O guarda-redes, de 37 anos, representou o Sporting nos últimos 21 anos, tendo apenas saído um ano para representar o Playas Castellón, em Espanha (2006/07). Ao serviço leonino, Benedito conquistou nove títulos de Campeão Nacional, quatro Taças de Portugal, seis supertaças e uma Taça da Liga, enquanto na selecção portuguesa alcançou um terceiro lugar no Mundial 2000 e um segundo no Euro 2010.
O Sporting publicou uma mensagem de despedida, agradecendo o contributo e dedicação do grande «capitão» ao longo dos anos:
«A porta de saída é a mesma que é reservada aos campeões, já que o currículo do mítico guarda-redes responde da melhor maneira ao carinho que os Sportinguistas sempre lhe conferiram. Não por acaso. São mais de meio milhar de jogos, muitos deles a ostentar a braçadeira, defendida com a mesma garra 'leonina' com que viveu a sua passagem por Alvalade. (...) A sua saída é, portanto, pela porta grande 10 A, que simbolicamente deixou de estar apenas associada ao futebol e passou a ser uma referência no universo de todas as modalidades leoninas. A decisão de acabar a carreira foi pessoal e o Sporting CP só lhe deseja o melhor para o futuro.
A família Sportinguista está, por isso, agradecida pelo esforço e devoção demonstrados que levaram o Clube, em particular a sua modalidade do coração, aos mais altos patamares desportivos».
Um homem e um atleta exemplar. Boa sorte grande «capitão» !
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