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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Pelos vistos, o emblema que reside no outro lado da Segunda Circular ficou com a sua serenidade de espírito fragilizada pela vitória do Sporting em Tondela. Tanto assim, que sentiu a necessidade de construir "castelos" no ar, com críticas na sua conta do Twitter à actuação de João Capela:
"Uma das maiores vergonhas de todos os tempos por parte do ex-chefe de equipa de Hernâni Fernandes - o especialista em arbitragem de Alvalade. Histórico tempo de compensação, penalty sobre Murillo transformado em amarelo e perdão de expulsão de William Carvalho. Não há vergonha!".
Vergonha na cara poderia ser vendida na farmácia, dado que há gente que precisa de altas doses. Isso, e memórias muito curtas, que se esquecem, ou fingem que se esquecem, que João Capela, entre vários outros episódios de alta benevolência para esse clube, foi o juiz do notório jogo do "limpinho, limpinho...". O facto do treinador encarnado de então vestir-se agora de verde e branco, deveria estimular ainda mais essas fracas memórias.
João Capela foi nomeado pelo Conselho de Arbitragem da FPF para dirigir a partida desta sexta-feira, entre o Sporting e o Estoril, referente à 6.ª jornada da Liga NOS.
O árbitro estava afastado dos jogos do Sporting desde o encontro com o Benfica disputado a 21 de Abril de 2013, que os 'encarnados' venceram por 2-0.
A arbitragem foi então muito contestada pelo Sporting, designadamente sobre um penálti não assinalado de Garay sobre Wolfswinkel e dois lances envolvendo Maxi Pereira, um com Diego Capel e o outro com Valentin Viola. O observador do encontro não concordou com o ponto de vista do Sporting, atribuindo a nota 3,7 a Capela. O certo é que, de então para cá, não mais o lisboeta dirigiu encontros do Clube. Até esta semana: o novo CA da FPF não quer vetos e, por isso, escolheu o juiz para arbitrar o embate com o Estoril, sustentando a sua escolha no facto de Capela ter sido o segundo classificado na lista da época passada.
Bem... a decisão foi tomada e só resta desejar que não hajam mais casos polémicos. Saudades de João Capela ninguém de verde-e-branco tem e não se relaciona apenas com o supracitado jogo de 2013. Eis o que Bruno de Carvalho teve para dizer na altura:
«Saí com a nítida sensação de que estiveram em campo duas grandes equipas, mas que a outra não foi nada benéfica para o jogo. É fácil dizer que o Benfica foi mais forte na parte final, quando os nossos jogadores não contavam. Errar é humano, mas errar sempre para o mesmo lado já não. Não é facil digerir tantos erros para o mesmo lado nem compreender como isto acontece».
No outro lado tínhamos um treinador chamado... Jorge Jesus, que fez porventura a declaração mais inverídica da sua carreira, agora, pelos vistos, já esquecida por alguns sportinguistas, a fazer jus à ideia 'o que ontem era verdade hoje é mentira':
«Não foi pelo trabalho do árbitro que o Sporting perdeu, mas sim porque o Benfica foi melhor. João Capela fez uma grande arbitragem e esteve à altura do jogo. (...) O Sporting mostrou que é uma excelente equipa, mas o Benfica ganhou 'limpinho', 'limpinho'».
«A saída do Vítor Pereira só vem dar razão a quem tem chamado a atenção da sua atuação nas nomeações. O Vítor Pereira vai deixar um péssimo serviço à arbitragem. Vai ser um reinado para esquecer. Conseguiu criar conflituosidade na avaliação dos árbitros, na falta de critério delas. Os árbitros não merecem que esteja a ser feita a leitura que é feita por causa do critério de nomeação do senhor Vítor Pereira. Um homem que não acredito que não perceba de futebol, que não acredito que não perceba o momento que se vive no futebol atualmente.
Permitir que se façam leituras de que os árbitros têm camisolas vestidas é muito desagradável. São jovens, têm uma carreira pela frente. Os critérios de nomeação levam as pessoas a fazer essa leitura. Acredito em todos os árbitros já o disse, mas o Senhor Vítor Pereira, pelo seu critério de nomeação, permite que se façam estas leituras. Penso que para agudizar, para lançar ainda maior nível de perturbação no seio da arbitragem e do futebol, vem a nomeação do João Capela. Só lembra ao Vítor Pereira... Está a colocar o árbitro numa posição difícil, lançando-o às feras. Todos os comentadores ficaram estupefactos depois das nomeações. Como era possível esta nomeação? Mas dá conforto a um clube, pois é um árbitro que fez 14 jogos desse clube e lhes "dá" 13 vitórias e um empate, com o adversário a não marcar um golo. É a nomeação ideal depois do desgaste de uma competição europeia, onde conseguiram um bom resultado para uma equipa portuguesa. É o melhor !
É aqui que o Vítor Pereira deixou cair a máscara; demonstrou, com esta nomeação, que o Fernando Gomes pecou por tardio por não o ter afastado mais cedo. Serviu a arbitragem durante muitos anos, merecia sair de forma diferente, mas vai sair pela porta mais pequena possível.Vai manchar os árbitros... Deixar a quem lhe vai suceder uma tarefa enorme. Estou solidário com todos eles, a quem o Vítor Pereira tem feito maldades, pela gestão e critério das nomeações. Espero que os árbitros sejam felizes e capazes de boas atuações para sair desta armadilha em que o Vítor Pereira os colocou.
A sua não continuidade na arbitragem numa direção que vai continuar é a prova de que fez um péssimo trabalho enquanto presidente do Conselho de Arbitragem. Estava a tempo de limpar a face, msa não foi isto que fez. Lançou às feras mais um árbitro, como lançou outros. Que as arbitragens possam estar à altura das suas responsabilidades. Acredito que vamos ter boas arbitragens no próximo fim de semana».
Octávio Machado
O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol divulgou esta terça-feira as nomeações de árbitros para a próxima jornada. Talvez por falta de imaginação, a única expressão que me surgiu foi a de um sorriso amargo, ao verificar que o "one and only" João Capela, notório benfiquista da arbitragem portuguesa, foi designado para a visita dos "encarnados" a Coimbra.
Deve ser o caso proverbial de "tirar um coelho da cartola" na altura certa, porque Capela ainda não apitou um jogo do "glorioso" cá do burgo na I Liga esta época. Dirigiu sim, o encontro com o Nacional, mas para a Taça da Liga.
Caso existissem dúvidas, mais uma prova evidente que Vítor Pereira e os seus compinchas do Conselho de Arbitragem nem com a "mulher de César" se preocupam.
Destaque, ainda, para outras duas nomeações do Conselho Nacional de Arbitragem. Nuno Almeida estará no Sporting-Marítimo; Fábio Veríssimo vai apitar o Paços de Ferreira-FC Porto.
Jorge Jesus preocupado com o bem estar de João Capela
«O árbitro foi pressionado durante a semana mas demonstrou que é um grande árbitro. Ganhámos porque somos melhores, vamos à frente porque somos melhores e marcámos cinco golos porque somos melhores.»
Não assisti ao jogo em que "a águia cantou de galo" mas, por mera coincidência, ia no meu carro e decidi ligar a rádio para averiguar o resultado precisamente no momento em que os locutores (benfiquistas) comentavam uma grande penalidade que ficou por assinalar contra o Benfica, com o resultado ainda em 1-0, salvo erro. Podia dar em goleada à mesma, mas são estas oblíquas "boleias de colo" que permitiram ao clube de Carnide ir tão longe neste campeonato.
Não admira, portanto, que Jorge Jesus sinta tão enorme paixão por João Capela. Com este, são 13 jogos do Benfica dirigidos pelo juiz de Lisboa - 12 vitórias e um empate - 33 golos marcados e zero sofridos. Um recorde impressionante, quase impossível de bater.
João Capela é um nome que sportinguistas não esquecem com facilidade, hoje e sempre, e muito embora a mais recente circunstância em que este apitador está envolvido não afecte o Sporting directamente, serve de exemplo, entre muitos outros casos, como o "sistema" funciona... sem vergonha alguma, diga-se.
Capela foi nomeado para dirigir a visita do Benfica - quem mais ? - a Barcelos, este fim de semana, e o FC Porto reagiu à nomeação de forma lógica e expectável, considerando a histórica associação do apitador ao clube da Luz. Quem aponta o dedo acusador não tem moral para falar de arbitragem, é bem verdade, mas nem por isso deixa de ser menos certeiro com os factos invocados:
«João Capela foi premiado com uma segunda oportunidade para apitar o Gil Vicente-Benfica, depois de no jogo na Luz ter "feito" o resultado, com aquele fora-de-jogo que até o Barbas assinalava. Capela é uma espécie de Rei Midas do Benfica, que em 12 jogos arbitrados pelo juiz lisboeta ganhou 11 e empatou um, marcou 28 golos e não sofreu nenhum. Sim, nem um para amostra. Há, de facto, estatísticas maravilhosas, de fazer corar de vergonha o Bruno Paixão.»
Nem um golo sofreu ?... Mera coincidência e supremacia absoluta do "maior", decerto !??
«As opiniões são de cada um, mas eu respeito sempre, só peço que as pessoas respeitem os árbitros. Não fugimos às críticas, nem achamos que fazemos tudo bem. Os clubes estão no seu direito de reclamarem, no direito de avaliarem aquilo que são os comportamentos dentro do campo, as arbitragens dentro do campo e isso é apenas uma forma de o fazer. Desde que a crítica seja elevada, dentro de um espírito de construção e de melhorar a arbitragem portuguesa, estamos abertos a ela.»
- João Capela -
Resposta às recém-críticas que lhe foram dirigidas pelo treinador e presidente do Vitória de Guimarães, que, na realidade, podem ser igualmente associadas às múltiplas queixas que o Sporting, com justa causa, tem deste senhor.
Se ele "só" pede que as pessoas respeitem os árbitros, também é justo esperar e até exigir que os árbitros, neste caso concreto, a sua pessoa, respeite os clubes, os jogadores, os adeptos e, em geral, o próprio futebol.
Mas, como o título do post indica, é mais um caso do proverbial "faz o que eu digo, não faças o que eu faço", e evidência neste sentido não falta, haja memória !
Caso a diferença de valores entre as equipas não seja suficiente, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol nomeou o Capela de a "Capela da Luz" para arbitrar o jogo dos quartos-de-final da Taça de Portugal com o Penafiel. Garantia absoluta, na eventualidade que algo de extraordinário venha a acontecer que possa por em dúvida a continuidade dos "lampiões" na competição.
O jornal Correio da Manhã não será a fonte noticiosa mais credível do nosso milieu, no entanto, reporta hoje uma história interessante sobre a aparente preocupação da Federação Portuguesa de Futebol e do seu Conselho de Arbitragem sobre o que é considerada uma mudança radical na forma de apitar de João Capela no polémico «derby». Muito além de averiguar as circunstâncias em torno das suas decisões mais controversas, diz o jornal que os elementos do CA receberam instruções para analisarem à lupa todos os casos relevantes.
A situação é grave de mais para adiantar conjecturas sem comprovativos, mas tudo isto, confirmando-se, dá para entender que poderão existir dúvidas muito sombrias em relação à actuação do árbitro. O Sporting aguarda o parecer das entidades superintendentes antes de tomar uma posição no sentido de assegurar uma qualquer medida de esclarecimento e, se possível, justiça, sobre o que o clube considera ter sido um indevido comportamento de arbitragem.
Como era de esperar, o presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, José Fontela Gomes, surgiu em defesa de João Capela, afimando que falou com ele e que o juiz de Lisboa está de «consciência tranquilíssima» em relação ao trabalho que fez no derby: «deu o seu melhor e está com o espiríto de missão cumprida.» Fontela Gomes dá-se à «gentileza» de admitir que há lances duvidosos, mas apressa-se a qualificar a situação, descrevendo-a como mais um caso em que os clubes atiram para cima da arbitragem o que não conseguem fazer em campo.
Até há causa para acreditar que João Capela esteja com o «espírito de missão cumprida» mas essa missão, de certo, e pela evidência à vista ,não incorporou fazer uma arbitragem competente e imparcial, bem em contrário. Era escusado o presidente da APAF vir a público defender o indefensável e, no processo, atirar areia para os olhos de todos aqueles que assistiram ao jogo da Luz, tentando dissimular o malicioso trabalho de João Capela. Com tudo isto, não supreenderá, minimamente, que o seu indecoroso desempenho receba nota positiva. É o que a «casa» gasta !
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