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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Jornal de Notícias garantiu esta quinta-feira a existência de indícios de que várias transferências de jogadores para o Desportivo das Aves foram financiadas pelo Benfica, incluindo a compra de passes.
O referido diário portuense avança que o Ministério Público e a Polícia Judiciária estão a investigar várias transferências para além do possível envolvimento directo de Luís Filipe Vieira nestes negócios numa investigação apelidada de 'Mala Ciao' e que teve origem numa denúncia anónima.
A investigação 'Mala Ciao' tem vindo a investigar vários indícios da prática dos crimes de corrupção activa e passiva, tráfico de influência e oferta ou recebimento indevido de vantagens, alegadamente cometidos desde 2016.
O jornal escreve que no contexto destas investigações as autoridades recolheram indícios que apontam para situações suspeitas, designadamente relacionadas com financiamentos encapotados através do empréstimo de jogadores, mas com opção de recompra por parte do Benfica ao Desportivo das Aves e a outros clubes.
Para além das suspeitas existentes sobre o empréstimo de jogadores, a investigação estará, diz o JN, a analisar a compra de passes de jogadores pelo Desportivo das Aves, mas que seriam pagos com dinheiro do Benfica, contribuindo desta forma para a criação de um ascendente do clube da Luz sobre o emblema nortenho.
O JN garante que há pelos menos um caso concreto identificado pelos investigadores, mas não adianta mais pormenores.
Concentrar as memórias de uma carreira cheia numa imagem não é tarefa simples, mas Ricardo Figueira cumpriu a tarefa com distinção. Entre o quadro que o eterniza como campeão do Mundo, o Dragão de Ouro e a camisola com que viveu a última grande alegria na modalidade, o retrato do trajeto deste ex-hoquista fica bem composto.
"O título de campeão do Mundo é a cereja no topo do bolo da minha carreira", orgulha-se Ricardo. Ainda mais porque, nesse Mundial de 2003, a selecção portuguesa começou a prova como "patinho feio". "Nos jogos de preparação, os resultados não saíam e as pessoas estavam algo descrentes na selecção. Depois, no primeiro jogo do Mundial, começámos a perder 3-0 com a França e fomos ganhar 4-3. Passámos de uma selecção desacreditada a candidata à vitória", explica.
Mas esse 2003 reservou-lhe outros encantos: foi o ano da afirmação no F. C. Porto, por exemplo. O Dragão de Ouro que recebeu nesse ano serve de confirmação. "Simboliza a fatia mais importante da minha carreira e o reconhecimento do clube. É quase um Óscar", brinca.
E se nos dragões se catapultou para o sucesso, foi nos leões que se despediu em glória. "Esta foi a camisola que usei na Supertaça de 2015, que ganhámos ao Benfica. Foi a minha última grande alegria no hóquei em patins", conta o fisiatra que, depois de anos a conciliar a braçadeira de capitão com o departamento médico do Sporting, agora se dedica em exclusivo à medicina.
Passe Curto
Nome: Ricardo Jorge Maçaira e Figueira
Naturalidade: Bragança
Idade: 28/08/1981 (36 anos)
Clubes que representou: Académico de Bragança, F. C. Porto, Oliveirense, Sporting
Principais títulos: dez títulos de campeão nacional, quatro Taças de Portugal, cinco Supertaças, uma Taça CERS, um Campeonato do Mundo.
Reportagem de Ana Tulha, Jornal de Notícias
O Jornal de Notícias revela esta terça-feira que no passado dia 6, Paulo Gonçalves "foi apanhado na posse de um currículo" de Fernando Nuno, sobrinho do oficial de justiça suspeito de ser a principal toupeira do Benfica, "que estaria encaminhado para o Museu Cosme Damião", tendo a Polícia Judiciária, pelos vistos, travado a intenção de contratação do indivíduo em causa por parte dos encarnados.
O 'JN' acrescenta que houve um encontro entre Fernando Nuno e Paulo Gonçalves a 20 de Janeiro deste ano no Estádio da Luz e que este foi "vigiado pelos inspectores da PJ". "Foi detectado que, pelas 20h27, na zona presidencial do estádio, o tema de conversa entre Paulo Gonçalves , José Nogueira Silva, o sobrinho e a mãe deste foi precisamente a contratação de Fernando Nuno", escreve o jornal.
Mais uma página da extensa Operação e-Toupeira. Não esperamos que fique por aqui...
Em entrevista ao Jornal de Notícias, Octávio Machado falou sobre as razões que o persuadiram a aceitar o cargo de director-desportivo no Sporting:
O Jesus convidou-me dois ou três dias antes de ter sido apresentado no estádio. Não esperava. Não pensava voltar. Tinha acompanhado o futebol como comentador e algo que me surpreendeu foi todo o nível de ingratidão que se gerou à volta do Jesus. Essa foi uma das razões que me levaram a dizer 'sim' ao Jesus e ao Sporting. Voltei por causa da ingratidão do Benfica ao Jesus.
Há uma sintonia muito forte. Esperamos todos trabalhar muito diariamente. Tudo o que os peritos diziam saiu ao contrário. Já viam uma guerra do presidente com Jesus, do Jesus com o Octávio. Enganaram-se todos. Peçam desculpa !
A bem dizer, salvo pelo protagonismo mediático, até nem se percebe bem a necessidade de Octávio Machado vir a público com explanações que não lhe foram exigidas e que, na realidade, não são necessárias.
As razões que o motivaram a aceitar o convite são muito suas, e embora seja fácil compreender que terá ficado sensibilizado por Jorge Jesus se ter lembrado dele, visto à distância e a frio, não é de tão clara equação a razão de ser da sua "indignação" perante a alegada ingratidão do Benfica para com o agora treinador do Sporting.
Talvez tivesse sido mais honesto da sua parte confessar que, aos 66 anos, não esperava uma outra oportunidade para regressar ao futebol, designadamente em um Clube de grande dimensão como o Sporting.
Como já tive ocasião de afirmar em outros escritos, não teria contratado Jorge Jesus, e muito menos ainda sob as elevadas condições que ele exigiu, e nunca lhe daria o poder de escolher e convidar quaisquer elementos fora da estrutura técnica. Não faz sentido algum, até porque é o comando dessa estrutura que, em princípio, assume a função de supervisão sobre o trabalho do treinador e dos seus adjuntos. Nem os chamados "managers" do futebol inglês têm esse poder e autoridade.
Não sei bem a quem Octávio Machado se refere quanto às supostas previsões de um clima de guerra entre ele, Jesus e Bruno de Carvalho, mas é por de mais evidente que muito do que ocorre no foro interno não vem para a praça pública - e assim deve ser - e, a haver conflitos, por norma, esses apenas surgem pela ausência de resultados e quando as pessoas são confrontadas com objectivos falhados. Muito por isso, não surpreende que tudo seja um "mar de rosas" nesta altura. Será muito bom sinal para o Sporting se assim continuar.
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