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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
É extraordinário como Bruno de Carvalho acaba de se enredar numa incrível e inextricável guerra de palavras com Octávio Machado. É péssimo para o Clube mas é bom para que nunca nos esqueçamos que eleito, e legitimado, pela esmagadora maioria dos sócios que acorreu ao último acto eleitoral em Alvalade, este Bruno só está e só se sente bem na lama que ele próprio gera.
Nem estão em causa as razões que possam assistir a este presidente do Clube. O que está em questão é o seu tenebroso e inesgotável dom para o ultraje público. Perdido no seu labirinto, agonizante na sua incapacidade, deprimente no seu triste e desnorteado comando, pequenino na sua lamentável e reduzida dimensão, Carvalho volta a fazer o que faz melhor - que é o pior. E volta a arrastar o nome do Clube, que trata como coutada sua, para uma praça pública em que até poderia primar pela diferença face aos desmandos financeiros do FC Porto e às suspeitas desportivas que recaem sobre o SL Benfica.
Mas não: com Bruno de Carvalho o Sporting nunca se aproxima da excelência e chega sempre primeiro à indecência. E pensar que os sportinguistas se revêem nisto? E saber que o ajudaram a crucificar e a humilhar Dias da Cunha, José Eduardo Bettencourt e Luiz Godinho Lopes por erros que reconhecidamente cometeram mas que nada tiveram a ver com a intenção de prejudicar o Clube, como homens de bem e gestores excepcionais que são nas respectivas actividades profissionais? Obviamente ao contrário de Bruno, que fala muito mas de quem, como se sabe, não se conhece uma linha de currículo...
Infelizmente, o estado a que o Sporting chegou já não é só fumaça - é um fogo que arde e que se vê. De certeza que mesmo para os quase noventa por cento de votantes que elegeram este presidente.
Até quando, Sporting? Até quando?
António de Sousa Duarte
Texto da autoria do antigo director de comunicação do futebol profissional e de formação do Sporting, na sua página de Facebook, que mereceu uma observação do ex-presidente do Sporting, José Eduardo Bettecourt, na mesma página:
«Nunca comentei nada sobre o SCP e como o António bem sabe sempre odiei papagaios e alguns bem cobardes, mas este texto pôs-me a pensar. Ontem no funeral do Zé Filipe, o seu filho disse-me o que pai gostava muito de mim. Morreu com um profundo desgosto de ter um processo de gestão danosa à boa maneira estalinista com custos enormes para a sua descendência. Talvez o filho tenha sabido que eu reduzi o meu ordenado para remunerar justamente o Zé Filipe, na mesma proporção. Este facto, na magnífica auditoria, foi relatado da seguinte forma:
"O Dr. José Bettencourt alterou o seu vencimento sem autorização da comissão de vencimentos."
Muito bom. António, acredito com uma petição assinada por pessoas de bem que amam este grande clube, talvez fosse possível acabar com esta vergonha, que corroeu até à morte um bom homem.
Alguns terão casamentos cheio de notáveis, mas não acredito que tenham funerais com tantos amigos.
Só me verão voltar a comentar algo daqui a 3 anos e se o nosso Camões voltar a ter o condão de me inquietar.
Desculpem qualquer coisinha».
1 – Apresentar a desistência parcial da acção judicial em curso para responsabilização Cível do Dr. José Eduardo Bettencourt e respectivos membros da sua equipa directiva,(...)"
2 – As razões para esta decisão prendem-se com a constatação de que existiu total colaboração entre as partes para o esclarecimento e alcance da verdade, tendo ainda sido aceite por parte do Dr. José Eduardo Bettencourt colaborar em tudo o que venha a verificar-se necessário para a salvaguarda, a bem do Sporting Clube de Portugal, de todas as condições associadas a tudo o que esteja relacionado com o Pavilhão João Rocha.
(...)
(Do comunicado da SAD do Sporting)
"Faz sentido, José Eduardo Bettencourt vai ser administrador do Novo Banco... portanto, foi mesmo apenas porque "as explicações de Bettencourt à comissão de audição interna permitiram concluir "a não existência de qualquer ilícito nos actos de gestão praticados durante o seu mandato" que cai a acção do Sporting contra José Eduardo Bettencourt. Ficamos esclarecidos."
Depois de José Eduardo Bettencourt ter sido ouvido pela denominada "Comissão" durante quatro horas, foi a vez de Godinho Lopes também dar explicações sobre os seus seis anos de mandato, processo que durou cerca de sete horas, esta quarta-feira.
No final da sessão, teve isto para dizer.
Uma proposta surreal
José Eduardo Bettencourt (JEB) - Estou, presidente Bruno ? É o José Eduardo Bettencourt. Parabéns presidente! Isto está bom. A equipa está a vencer.
Bruno Azevedo de Carvalho (BAC) - Pois é, pois é....Diga doutor ! Vá ao assunto que eu não tenho tempo para tretas. Então que conta ?
JEB - Sabe, aquela acção em tribunal...? Aquilo é uma chatice. Eu trabalho na banca e isto para mim é chato...sabe...42 milhões, muito chato...
BAC - Pois é, tem de ser, eu preciso de umas "massas", doutor...e o Godinho, aquele malandro, é o melhor "sítio" que tenho para as ir buscar. O homem tem dinheiro. Vai ser fácil. Daqui a uns meses a massa está cá.
JEB - Eu gostava de resolver isto "a bem", mas não sei como..
BAC - Ó Bettencourt, eu tenho apreciado o seu discurso ultimamente, você é recuperável, afinal é um sportinguista melhor do que a encomenda. Gosto de o ver com uma jeca na mão e a tocar bateria. Tem é de me ajudar a arranjar umas massas. Disso não abdico.
JEB - Ok, ok, eu ajudo.Esteja tranquilo..mas o processo...
BAC - Isso resolve-se homem, mas eu de leis não percebo nada. Até julgava que ganhávamos o caso Doyen e foi o que se viu! Fui enganado pelos "meus" advogados, aquelas bestas do gabinete jurídico!...Isso resolve-se como lhe disse. Lembrei-me duma coisa mas você vai ter de fazer o papel de otário, porque comigo ninguém goza, nem nunca gozou! Você sabe disso! Vai ser assim: você propõe ser julgado num tribunal arbitral, com sportinguistas como júri, e com público também, 100 sportinguistas, transmitido pela Sporting TV, que eu gosto de espectáculo.
JEB - Um tribunal arbitral para julgar um caso destes !!!??? Eu no meio do pagode ?
BAC - Sim, claro, com transmissão em directo e você aí retrata-se. Diz bem de mim sem exagerar muito, claro, e a coisa faz-se. Eu vou à Assembleia Geral de dia 24 e digo o que você propos, elogio-o e apresento-o como bom tipo. Ponho a malta da Tasca a fazer força, o ranhoso do Marta Soares e o Quintela também e já está. No meu próximo mandato o lugar de Presidente do Conselho Fiscal na minha lista é seu. O Bacelar vai à vida que só me dá problemas. Mas eu também não o conhecia antes de ser eleito e, portanto, é-me indiferente.
JEB - Mas um tribunal arbitral não serve para este tipo de questões, de dinheiros mas que implicam questões de honra, de carácter...
BC - Deixe-se de tretas doutor. Toda a gente sabe isso e isso até eu sei. Isto é um mero pretexto. Eu tinha de me lembrar de algo surreal mas não se preocupe que os otários caem todos. Há 3 anos que é assim. Está feito ?
JEB - Obrigado presidente! Você é o meu líder! Sempre foi ! Obrigado !
* Artigo a ser publicado na próxima edição do Jornal do Sporting.
OBS - Fica desde já bem explícito que o diálogo em causa não se realizou e que tudo se tratou de um exercício de ficção. Tão pouco este texto vai ser editado no referido periódico.
Notícia proveniente da Assembleia-Geral do Sporting que teve lugar este domingo, sobre a aparente proposta de José Eduardo Bettencourt para que o processo levantado contra ele e outros antigos dirigentes do Sporting seja julgado por um tribunal arbitral e não um tribunal cível, como era a intenção dos órgãos sociais vigentes.
Eis o que Bruno de Carvalho teve para dizer sobre a proposta:
«E quais são esses méritos? Por um lado o julgamento num tribunal arbitral é mais célere uma vez que existe um prazo convencionado pelas partes para obtenção de uma sentença. Esta celeridade permite que se obtenha Justiça porque todos sabemos que justiça lenta não é boa justiça e poupa os que estão a ser julgados ao prolongamento do anátema que paira sobre quem é acusado.
Por outro lado um tribunal arbitral permitia um julgamento, permitam-me, mais "em casa". Um dos juízes seria indicado pelo SCP e seria um Sportinguista, o outro seria indicado por JEB e seria outro Sportinguista e o terceiro, o presidente do júri, mais uma vez um Sportinguista, seria escolhido por consenso entre os dois primeiros.
Um passo mais perto da mediática "guilhotina" e, convenientemente, com a campanha eleitoral de Bruno de Carvalho já em curso.
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