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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Rio Ave e Sporting fecham hoje a 11.ª jornada da Liga NOS e o treinador dos visitados, José Gomes, espera um "excelente jogo" contra um Sporting de Marcel Keizer que "apresenta um futebol diferente", mas não necessariamente melhor, na sua óptica:
"O Sporting apresenta agora um futebol diferente. Não quer dizer que seja melhor. Nós em Portugal temos a tendência de sobrevalorizar o que vem de fora. Eles vivem neste entusiasmo da novidade. Fizeram um excelente jogo na quinta-feira e claro que espero um Sporting forte.
A invencibilidade caseira é apenas uma curiosidade no meio de outros números. Vamos lutar para amanhã mantê-la viva. Queremos proporcionar o bom futebol que temos proporcionado até aqui.
O Fábio está convocado. Tem um espírito extraordinário e acrescenta muito à equipa.
Não! Não trocava. O Bas Dost é um grande goleador e conhece muito bem o espaço dentro da área, mas o Vinícius, com a sua mobilidade e velocidade, tem características que o Bas Dost não tem."
Parece-me um discurso algo condescendente, mas não há dúvidas que o Rio Ave é uma boa equipa que está a praticar bom futebol. Não é por mero acaso que se encontra em 5.º lugar, com 18 pontos, apenas quatro atrás do Sporting. Outra importante consideração é que não perde no seu recinto há cerca de um ano.
José Gomes - presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) - surgiu com invulgar razão quando disse que "os castigos a dirigentes, por críticas a juizes, deveriam ser mais pesados, como medida dissuasora", admitindo até que poderia haver lugar à perda de pontos para os clubes desses dirigentes. Esta última medida é de improvável, para não dizer impossível, implementação no futebol português, mas o princípio de aumentar as penas mínimas previstas nos regulamentos faz sentido. Salvo as multas pecuniárias, as suspensões actualmente aplicadas não têm consequência alguma prática. O cartoon que publicamos visa o humor, mas, a bem dizer, reflecte a realidade. Talvez a única excepção a esta disposição, seria uma suspensão a Bruno de Carvalho, que o impediria de ocupar o seu lugar favorito durante jogos.
Isto surgiu a propósito dos castigos aplicados a Luís Filipe Vieira - dois meses de suspensão e 1530 euros de multa - em relação às suas críticas do jogo com o Belenenses em Setembro de 2013, e a Jorge Nuno Pinto da Costa - um mês de suspensão e 765 euros de multa - pelas críticas do jogo com o Estoril, também em Setembro de 2013.
Curiosamente - ou talvez não - nenhum castigo foi aplicado a António Salvador pelas suas ainda mais graves declarações após a meia-final da Taça da Liga. Igualmente curioso, é que os presidentes do Benfica e do FC Porto se tenham dado ao trabalho, e à despesa, de recorrer dos castigos. Deve ser uma tentativa de manter o "cadastro" limpo, não obstante os precedentes de registo.
Palavras de José Fontela Gomes, presidente da Associação Portuguesa de Árbitro de Futebol (APAF), que esta terça-feira voltou a abordar o tema da arbitragem em Portugal, em geral, e a actuação de Duarte Gomes no "derby" da Luz, em particular.
As suas considerações podem ser lidas aqui, no entanto, damos destaque a algumas das mais relevantes:
A APAF defende a introdução de medidas disciplinares mais gravosas nos regulamentos das provas organizadas pela Liga de Clubes e pela Federação Portuguesa de Futebol. Afirmou José Gomes: "Um primeiro passo podia ser uma punição exemplar da parte do Conselho de Disciplina de quem tem este tipo de atitudes."
Teoricamente, certíssimo, mas será que esta "fantástica" inspiração só surgiu agora pelas manifestações do Sporting, ou já está na agenda há algum tempo, face a situações muito mais graves que surgiram pelas acções de quem no sábado foi tão escandalosamente beneficiado ?
"Depois criar formas de sensibilização, como se fez em Inglaterra, para que as pessoas consigam conviver com o erro do árbitro, que é um erro normalíssimo no futebol, como em todas as profissões, nenhum de nós deixa de cometer erros."
Novamente certíssimo, mas será que o senhor presidente da APAF nos poderá explicar como se deve conviver com "erros normalíssimos" que beneficiam quase sempre os mesmos ? E... poderia também revelar se conhece árbitros em Inglaterra que "envergam" a camisola do seu clube de maior simpatia por debaixo do equipamento oficial ?
Lamentando que a arbitragem de Duarte Gomes no "derby" continue a estar na ordem do dia: "Foi um resultado que há muito que não se via, foi um grande espectáculo de futebol, mas no que se fala no dia seguinte é dos erros dos árbitros."
E porque é que o senhor presidente não nos explica, se sabe, a razão da retirada à última da hora do juiz originalmente nomeado para o jogo, para dar lugar a outro que tem um polémico histórico com o Sporting, registo de contenciosos e que, inclusive, participou na greve que os elementos da arbitragem fizeram contra este Clube, além de ser um devoto adepto do adversário ? E que... ao fim e ao cabo, torna a ter uma actuação bastante prejudicial para o Sporting, ignorando duas faltas flagrantes para grandes penalidades !
"Não falamos dos erros dos jogadores, não falamos dos erros dos técnicos, voltamos a falar do árbitro. É isto que temos de afastar do futebol português para que se torne mais vendável lá fora."
O senhor presidente tem as suas prioridades invertidas. Antes de se preocupar em tornar o futebol português "mais vendável lá fora", deve tomar as medidas necessárias para o tornar mais credível no País, eliminando de uma vez por todas as manobras obscuras dos bastidores cujo singular objectivo é violar a integridade do futebol de todos, em benefício somente de alguns.
Em Portugal toda a gente fala, quem sabe e quem não sabe. (...) Os árbitros não escondem os erros que cometem, não têm é liberdade para poder dizer se erraram ou se não erraram."
Mais certeiro é que os árbitros - pelo menos alguns e incluindo o órgão que os superintende - não se preocupam minimamente com que todo o mundo saiba os erros que cometem porque, para eles, as consequências dos seus erros são quase nulas e, mesmo que os quisessem esconder, televisão e a tecnologia moderna impossibilita essa disposição.
Era para dizer que não deixa de ser curioso, mas até não é, que os "donos" da arbitragem portuguesa marquem presença imediata na praça pública com a clave justiceira erguida quando o Sporting se insurge, e mesmo quando não o faz, qualquer pretexto satisfaz para tentar amedrontar. A inegável verdade é que Duarte Gomes nunca deveria ter sido nomeado para dirigir o "derby" da Taça e uma vez que foi, e da forma como foi - à última da hora em substituição inexplicável de um colega - era inevitável que erros seus em benefício do clube da sua simpatia e em detrimento de quem já prejudicou em grande no passado, viessem a precipitar o actual clima de polémica e contestação.
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