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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Muito bem, vamos então assumir como normal que uma equipa aos 80 minutos de jogo consiga ainda ter "pulmão" para pressionar o portador da bola com três jogadores, como os austríacos fizeram.
É normal, e nada tem a ver com "suplementos vitamínicos". Isso é limpinho, limpinho...
Claro que isso não anula a péssima abordagem e péssima opção táctica escolhida pela equipa técnica para este jogo. Mas atenua...
Comentário do leitor Sloct
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Esta observação do nosso leitor fez-me lembrar um artigo que li há uns dias sobre a época de 2019/2020 do LASK Linz e do qual transcrevo este excerto que me parece interessante:
"O LASK Linz está muito longe de ser um obstáculo acessível para o Sporting num playoff decidido a um jogo, como atesta um arranque de exercício sem derrotas: 4 vitórias, 1 empate, 15 golos marcados em 5 jogos. Para trás, ficou uma época sinuosa, em que a uma primeira metade com retumbante sucesso interno – liderança do campeonato, deixando para trás o Salzburgo, na sequência da melhor série de resultados da história do clube – e externo – triunfo no grupo D da Liga Europa, impondo-se a Sporting, PSV e Rosenborg – se sucedeu uma queda abrupta que conduziu a um final de exercício angustiante.
Os alvinegros concluíram a Bundesliga austríaca num decepcionante 4.º lugar, falhando o acesso às rondas introdutórias da Champions e o acesso directo à fase de grupos da Liga Europa, e foram eliminados nos oitavos da Liga Europa pelo Manchester United (1x7 no agregado das duas mãos), o que instigou a demissão de Valérien Ismaël, substituído, a 11 de Julho, por Dominik Thalhammer".
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A "queda abrupta" na segunda metade da época, que o autor refere, especialmente no campeonato austríaco, que está muito distante de ser uma potência na Europa e onde competem apenas doze clubes, obriga-me a reflectir. Muito, porque os países do leste têm um histórico deveras sombrio - para ser simpático - de recorrer ao laboratório para suplementar as performances desportivas.
Para ser claro, não pretendo de modo algum, com isto, desculpar a derrota do Sporting, nem sequer minimizar as suas fragilidades. Existem e estão à vista, pelo menos nesta altura da época.
Não há muito que eu queira adiantar sobre este jogo que o Sporting precisava de vencer, não tanto pela importância da competição mas mais para permitir alguma tranquilidade ao Clube.
Assim, não vão faltar idiotas a querer aproveitar o momento, a exemplo de alguns que apareceram aqui no blogue ontem à noite e que se verificam em grande número na página de Facebook do Sporting.
A equipa já não estava muito bem e aquela ridícula expulsão de Coates e o golo logo de seguida no livre, acabou com o jogo.
Fico com a mesma ideia que já tinha antes do jogo; além do já muito falado ponta de lança, precisamos de mais um central de qualidade acima da média para jogar no sistema que Rúben Amorim pretende.
Nesta e noutras competições, não se pode cometer tantos erros nem consentir golos como os primeiros dois dos austríacos.
Temos no domingo a visita ao Portimonense e esperamos que a equipa venha a recuperar animicamente para assegurar a segunda vitória do campeonato.
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Em nota separada, é apenas incrível o que se passou em Vila do Conde na "batalha" entre o Rio Ave e o AC Milan, a ser necessário 24 penáltis para decidir a partida. Adorava saber o que passou pela mente do defesa do Rio Ave para meter a mão à bola mesmo ao cair do pano e permitir a recuperação dos italianos. Incrível mesmo!!!
Apesar do resultado, o jovem Tiago Tomás talvez tenha sido o melhor em campo.
Considerações de Jorge Silas após a derrota do Sporting CP na visita ao LASK Linz, esta quinta-feira, a contar para a última jornada da fase de grupos da Liga Europa.
Recorde-se que o Sporting promoveu nove alterações relativamente ao último jogo da Taça da Liga frente ao Gil Vicente.
"Fomos a única equipa que ganhou a esta equipa. O PSV Eindhoven veio aqui e perdeu por 4-0, e não estava com menos um. Portanto, sabíamos que ia ser um jogo difícil de ganhar, independentemente da equipa que viéssemos a apresentar. Também estávamos debilitados pela suspensão (de Bruno Fernandes) e por algumas dificuldades físicas na equipa, sabíamos que ia ser sempre difícil.
Também ninguém nos garante que nós ganharíamos com os jogadores todos. A verdade aqui é: Bruno castigado, Mathieu limitado, Wendel e Doumbia com um risco de lesão elevado. Não poderíamos hipotecar o resto da nossa época por causa de um jogo.
Queríamos vir aqui e ganhar, mas também há outras coisas em que temos de pensar, não podemos pensar só num jogo. Essa é a realidade. O nosso plantel é este, de qualquer das maneiras... nós temos bons jogadores, bons profissionais que merecem ganhar e jogar.
Nós apresentámos uma equipa e jogadores do Sporting, não estou a perceber qual é a polémica. Nós não podemos pensar o seguinte: 'ah, vamos apostar na formação' e não estamos dispostos a correr riscos? Meus amigos, então não se aposta na formação. Isso é uma mentira então. A nossa ideia é esta, de dar oportunidade aos jovens. Quando é que vamos dar? Em jogos que haja tensão? Não, mas sim em jogos competitivos, que eles não tenham pressão para não poder errar e não fiquem marcados".
Como indiquei na altura (ver o post do jogo), fiquei bastante irritado pela maneira como o jogo decorreu. Agora, com muito mais calma e apesar de achar que o Mister não foi muito prudente com a soma das alterações, estou disposto a dar-lhe o benefício da dúvida.
Não sei, no entanto, se a Direcção do Clube partilhará do mesmo sentimento, tendo em conta que se abdicou do prémio de um milhão de euros por ganhar o grupo.
Como sempre, tudo é mais fácil visto da bancada, e há coisas no seio de uma equipa que são desconhecidas no exterior. Registei as suas considerações, mas é difícil distanciar-me da ideia que assumiu riscos porventura exagerados, muito embora também seja justo sublinhar que ninguém previa a expulsão de Renan, cenário que agravou e muito a missão leonina.
Como sportinguista que sou desde que me conheço - e não obstante quaisquer críticas pontuais - só sei apoiar "tudo" quanto é Sporting. Sempre fui assim e sempre serei.
P.S.: Curiosamente, li há pouco que o Sporting nunca venceu na Áustria.
Não sei se algum outro jogo esta época me irritou tanto como este, hoje, na Áustria. Não por o que estava em disputa, mas sim pelas decisões do treinador e a gritante insuficiência de alguns jogadores a quem foi dada mais uma oportunidade para mostrar o seu valor.
Parece-me óbvio que Silas não considerou o primeiro lugar no grupo muito importante, tendo em conta que além de Bruno Fernandes, que cumpriu castigo por acumulação de amarelos, Mathieu e Vietto também ficaram atrás, por livre opção.
Como se estas ausências não tivessem peso suficiente, Silas optou por deixar no banco Acuña, Wendel, Bolasie e Doumbia. Aceita-se a troca de Luiz Phellype por Pedro Mendes.
Nem sequer vale a pena dizer muito sobre o primeiro golo. Com quatro defesas à volta do adversário, permitiram o cabeceamento letal. O lance da grande penalidade e subsequente expulsão de Renan, foi o que foi. Causa suficiente para este árbitro, mas não sei se seria o mesmo para todos.
A realidade, se é que ainda haviam dúvidas, é que esta equipa tem jogadores que nada lhe oferecem: Eduardo e Jesé Rodriguez, zeros autênticos, Miguel Luís é da formação, é verdade, e só tem 20 anos, mas tem tido muitas oportunidades e mostra pouca ou mesmo nenhuma progressão. Borja, muito esforçado, mas não tem mais para dar. Ainda dou o benefício da dúvida a Rafael Camacho e até a Luiz Phellype. Torna-se redundante evocar Tiago Ilori, especialmente agora que Luís Neto vai estar fora nunca menos de dois meses.
Com este resultado, o Sporting fica em segundo lugar no grupo e não sendo cabeça de série é muito provável que vá apanhar um adversário bastante forte na próxima ronda.
A lista de 19 jogadores convocados por Jorge Silas para o embate desta quinta-feira frente ao LASK Linz, o último da fase de grupos da Liga Europa.
Recorde-se que o Sporting lidera o Grupo D com 12 pontos, mas precisa de pelo menos do empate para garantir o primeiro lugar, dado que tem dois de avanço sobre este adversário.
Várias ausências, a mais notável das quais sendo o «capitão» Bruno Fernandes, que cumpre um jogo de castigo por acumulação de amarelos.
Mathieu e Vietto ficam de fora por opção técnica (gestão física), Luís Neto, como bem sabemos, está gravemente lesionado, enquanto Ristovski e Battaglia não estão inscritos na UEFA.
O jovem Pedro Mendes volta a ser integrado na equipa, assim como Gonzalo Plata.
Vou arriscar um palpite sobre o 'onze' inicial:
Renan; Rosier, Coates, Ilori e Acuña; Doumbia, Eduardo e Wendel; Bolasie, Jesé e Luiz Phellype.
Para ser sincero, eu daria nova oportunidade a Gonzalo Plata no lugar de Jesé. Este já provou que apesar de esforçado, pouco oferece à equipa, enquanto o jovem do Equador precisa que apostem nele para poder evoluir.
Depois do golo que marcou contra o Moreirense, é de crer que Silas não vai mandar Luiz Phellype para o banco, mas esperamos que Pedro Mendes possa entrar cedo no jogo.
Uma convocatória em que Silas quase repete os mesmos 19 jogadores que foram chamados para o embate da passada segunda-feira frente ao Desportivo das Aves.
Battaglia, Ristovski, Jovane Cabral e Fernando continuam fisicamente indisponíveis. E, pelos vistos, algo também se passa com Rosier dado que não está na lista. Gonzalo Plata dá lugar a Rafael Camacho.
Ainda não conhecemos Silas o suficiente para tentar antecipar as suas ideias para este jogo da Liga Europa, mas não surpreenderá ver o mesmo 'onze' a entrar de início, talvez, e digo talvez, com José Rodríguez a dar lugar a Luiz Phellype, e, claro, Ilori a lateral direito, dado que não está mais ninguém para a posição. O ponta de lança brasileiro entrou muito bem no encontro com o Aves e conseguiu dar a dinâmica no último terço que até esse ponto tinha eludido o seu colega espanhol.
Sendo assim, a equipa inicial deverá ser a seguinte:
Renan; Ilori, Coates, Mathieu e Borja; Eduardo, Doumbia e Bruno Fernandes, Vietto, Bolasie e Luiz Phellype.
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