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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Acho quase sempre (alguma) piada às considerações da inigualável Leonor Pinhão - comentadora CM/CMTV - por muito que invariavelmente me irrita, especialmente no caso da pergunta que foi apresentada ao painel, antes da realização do «derby».
por muito que invariavelmente me deixa irritado, especialmente no caso da pergunta que foi apresentada ao painel, na semana passada, antes da realização do «derby»:
Rui Vitória mostrou medo nos dois dérbis anteriores ?
«Não sei. Do primeiro dérbi já nem lembro bem, confesso. Do segundo, lembro-me de umas fanfarronices proclamadas de véspera que não seriam, certamente, sinal de temor mas sim de patetice, o que, em termos práticos, é pior. Na realidade, receio que o treinador do Benfica, por mais absurdo que seja, tenha mais medo do Benfica do que do Sporting. É que o Benfica impressiona mais.»
É de acreditar que Leonor Pinhão tenha ficado impressionada com o jogo e o respectivo resultado de sábado, mas não me surpreenderá, minimamente, que a pergunta desta semana recaia sobre a arbitragem, e, aí, a comentadora terá ampla oportunidade para mais dos seus insólitos "bombardeamentos". Ao fim e ao cabo, patetices, por surgirem em dose triplicada, nem por isso deixam de ser... patetices.
Pergunta da semana ao painel do Lugar Cativo, onde também participam Francisco José Viegas (FC Porto) e Paulo Andrade (Sporting:
Sporting está a gerir bem o caso da renovação de André Carrillo ?
Se o propósito do Sporting é perder tempo, perder dinheiro, perder o jogador, provocar uma comoção interna, deixar o treinador em maus lençóis perante o grupo e alimentar uma novela de contornos sul-americanos, nesse caso está a gerir muito bem.
Se há um escriba que está a léguas de ter a minha apreciação e simpatia - por razões óbvias - é Leonor Pinhão, e eu ler uma crónica sua é um acontecimento mesmo raro. Acontece que pela minha procura de algo para abordar em comentário, deparei com o seu escrito no jornal "A Bola", esta sexta-feira, intitulado "Uma previsão crítica e indiscriminada do ano de 2015", que despertou a minha curiosidade.
Não trancrevo a crónica completa porque é excessivamente longa - uma página inteira do jornal - mas refiro as múltiplas manchetes que sublinham as temáticas que a autora aborda, com uma mistura de humor e sarcasmo:
- Pedro Proença volta a apitar em Portugal (a pedido de diversas famílias).
- Liga de Clubes sem dinheiro para "sprays" (a falência do ano).
- Bola de Ouro ganha o guarda-redes porque já não há paciência.
- Peter Lim leva quase uma dúzia de jogadores do Benfica (desfalque do ano).
- Eleições na Liga ganha José Eduardo com 98.70% dos votos.
- Taça da Liga ganha o Sporting contra a sua vontade.
- Liga Europa ganha o Trabzonspor com um "hat-trick" de Cardozo.
- Campeonato Nacional ganha o Sporting (Benfica vende a equipa toda em Janeiro).
- Taça de Portugal ganha o Sporting, com um "hat-trick" de Bruno de Carvalho.
- Campeonato Inglês ganha o United e Oliveira arrasa Mourinho.
- Liga dos Campeões ganha o Mónaco desta vez (vence FC Porto na final).
- A melhor notícia do ano equipamento alternativo (Benfica) volta a ser branco.
- Supertaça Cândido de Oliveira Belenenses perde por falta de comparência.
- Euro 2016 André Almeida apura Portugal.
O leitor pode rir à vontade, que ninguém o vai criticar !
«Amigos, se a coisa correr mal este ano, esperamos que não aconteça, não me venham dizer que para sermos campeões em 2013/2014 devíamos ter ficado em 7.º lugar na época passada para não irmos à Europa cansarmo-nos e para, muito principalmente, fazermos uma aposta enérgica e decidida nos jovens da nossa formação.»
- Leonor Pinhão -
A fanática adepta do clube de Carnide, Leonor Pinhão, deve ter fãs, com certeza, especialmente na nação dos encarnados, felizmente que não tenho acesso a ou apetência por essa esfera da sociedade. Dito isto, terá sido este o seu primeiro escrito em memória que eu não tenha causa para criticar:
«Paulo Baptista, um árbitro avesso a polémicas, não hesitou em expulsar o treinador do Sporting mais o seu adjunto quando faltavam poucos minutos para o fim do clássico de Alvalade e a jovem equipa do Sporting já alinhava com menos um jogador.
Desfalcado em campo, desfalcado no banco e desfalcadíssimo na Banca, o Sporting segurou o empate num assomo de fidalguia e complicou as contas do FC Porto quando poucos o imaginavam. Jesualdo Ferreira queixa-se do árbitro que desrespeitou «quarenta anoa de carreira». Também o professor não imaginava que uma coisa destas lhe pudesse acontecer. E logo a ele, um «infiltrado»...»
Não é preciso ser um génio para compreender a razão de ser, à raiz, deste seu raro raio de simpatia mas, mesmo neste estado de espírito, não conseguiu resistir a piada sobre a Banca. Nem imagino o que diria se o Sporting tivesse emitido um empréstimo obrigacionista de 80 milhões de euros... Já a directa a Carlos Severino foi bem enviada.
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