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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
CONSELHO DIRECTIVO
Presidente: Frederico Varandas (Clube e SAD)
Vice-Presidentes:
Francisco Zenha (Área Financeira)
Pedro José Lancastre (Área Comercial/Marketing)
João Sampaio (Área Jurídica
Maria Serrano Sancho (Responsabilidade Social, inclusão e transparência)
Filipe Osório de Castro (Património)
Vogais:
Pedro Luciano Silveira (Sócios)
Francisco Rodrigues dos Santos (Núcleos)
Miguel Afonso (Modalidades)
Miguel Nogueira Leite (Relações institucionais)
Rahim Ahamad (Internacionalização)
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Presidente: Rogério Alves
Vice-Presidente: João Palma
CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR
Presidente: Juiz Conselheiro Joaquim Baltasar Pinto
Vice-Presidente: João Teives
A Lista D conta à sua cabeça com Frederico Varandas, o director clínico que passou de ilustre desconhecido a candidato a Presidente do Sporting em tempo recorde e nunca visto em Portugal.
Temos de ser honestos e dar crédito a Frederico Varandas por ter conseguido capitalizar um momento negro do Sporting a seu favor. A inteligência que muitos lhe reconhecem é inquestionável quando “puxamos a fita atrás” e vemos o percurso recente de Frederico Varandas.
De desconhecido, aproveita a onda de rescisões para surgir com a sua rescisão como se de um jogador mais se tratasse. Capitalizado por essa notícia, assume a sua candidatura a candidato ainda antes de BdC sair e ao ser o único a tomar essa posição acaba por trazer para junto de si todos aqueles que, embora não o conhecendo, estavam contra BdC. Uma “jogada de mestre” que fez dele um candidato Presidenciável.
Ao ser a única alternativa a Bruno de Carvalho aquando da AG de Destituição, Frederico Varandas continuou a capitalizar-se junto do SCP e conseguiu trazer a si uma equipa de reconhecidas competências, nomeadamente Rogério Alves que muitos gostariam de ver como candidato à presidência do Conselho Directivo e não da MAG. Além de Rogério Alves, Varandas conseguiu trazer à sua candidatura um conjunto de pessoas com bastante diversidade, competências e acima de tudo, cuja integridade não levanta muitas questões.
Carismático, bom falante, com um passado profissional dinâmico e competências dispares em várias áreas fazem dele um candidato forte. A juntar a estas características poderia haver a dúvida em relação às suas competências/conhecimentos para o futebol (ser médico de equipa não chega), no entanto o apoio que juntou de entre diversos treinadores, incluindo todos os que estiveram na era BdC, fizeram desaparecer esses receios.
Na área da gestão, Varandas conta ainda com o sucesso das suas empresas e se é verdade que ele não as gere no dia-a-dia, também é verdade que um bom gestor não é só o que “percebe de contas”, mas sim aquele que reconhece as suas incapacidades e contrata as melhores pessoas para preencher essas lacunas.
Com tudo o que descrevi anteriormente, seria previsível que Varandas apresentasse um programa de candidatura irrepreensível, no entanto isso é algo que não aconteceu. Bem estruturado, o programa da Lista D responde aos grandes desafios do futuro e qual a estratégia a ser adoptada, no entanto, temos de ter consciência que o Sporting tem questões urgentes a necessitarem de resposta, nomeadamente na área financeira, e essa componente simplesmente está ausente de todo o Programa.
Quem quer ser presidente do Sporting não pode pensar apenas no longo prazo, correndo o risco de, em pouco tempo, ser ultrapassado pela realidade e nesse momento todo o programa desenhado cair por terra por se tornar inviável. Esse foi o problema de quem andava na política no século passado, hoje em dia isso já não é aceitável.
Resumindo, Varandas é um candidato presidenciável porque mostrou inteligência nos timings que utilizou e com isso soube capitalizar-se, pois, por mais capacidades que tenha, tivesse ele anunciado a sua candidatura nos tempos que os outros candidatos o fizeram, e tenho a certeza que ele não passaria apenas de mais um “candidato de fundo da lista”. E digo isto não porque ele seja um mau candidato, mas simplesmente porque até há poucos meses era um ilustre desconhecido e, diz-nos a história, que desconhecidos, por maiores capacidades que tenham, têm dificuldades em angariar apoio até porque, necessitam criar uma imagem junto da opinião publica algo que Varandas ainda está a fazer.
E é precisamente este processo de "construção" de imagem que tem jogado em desfavor de Frederico Varandas. Se inicialmente e após um ataque feroz dos apoiantes de BdC Varandas conseguiu sair incólume, agora tenho ficado com a sensação de que o tempo joga a desfavor de Varandas e que quanto mais o tempo passa, mais credibilidade perde a Lista D.
Na minha humilde opinião, se Varandas quer ser Presidente este é o momento em que deve parar e pensar... pensar que por mais cosmética que coloque na campanha, por mais apoios que colha junto de determinadas pessoas, por mais capacidades que demonstre ter, tudo isso pode ser em vão se jogar mal as suas cartadas. Está no momento dele pensar e dizer que soluções possui para os problemas que irá enfrentar no dia 9 de Setembro se for eleito... está no momento de mudar... se for por este caminho, duvido que chegue a Presidente.
Um forte Abraço ao Frederico Varandas
Nota posterior:
O texto foi escrito antes do debate do dia 19-08-2018 na SportingTV. Agora, pós debates junto à minha opinião o receio de que Varandas tenha dado um monumental tiro no pé pela forma como o abordou.
O ataque à candidatura do Benedito foi inusitado, desproporcionado e completamente fora de tempo. Mas pior, a "raposa velha" do Ricciardi, avisou-o logo de inicio que não ia entrar em ataques pessoais e Varandas, pela sua inexperiência, no final do debate atacou Ricciardi precisamente trazendo à baila assuntos pessoais e passados.
Além do ataque ter caído mal a todos os que assistiam, Varandas colocou-se a jeito de receber uma resposta em forma de tareia de Ricciardi, que ainda aproveitou o momento para explicar o seu passado. Ou seja, Varandas mostrou uma faceta que ninguém conhecia e poucos gostaram e pela inexperiência, acabou a ajudar um "rival" quando a sua pretensão era "aniquilá-lo".
Termino esta nota da mesma forma que terminei o texto anterior: Varandas precisa de parar e pensar, pois se seguir este caminho, duvido que chegue a Presidente.
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