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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um texto intitulado "Peseiro Anti-Herói" da autoria de Lizardo do blogue Dia do Clube, que recomendamos aos nossos leitores:
"O futebol português necessita urgentemente de mudar a forma de envolvimento com os seus adeptos. Vivemos cada vez mais um clima de guerrilha e desconfiança permanente, os portugueses têm cada vez menos relacionamento com o jogo jogado.
Se o valor dos bilhetes torna-se cada vez mais proibitivo, a somar a um conjunto de regras completamente terceiro mundistas, com o surgir de Canais pagos, como a SportTV ou a Eleven Sports, em canal aberto sobra para os adeptos o que de mais feio e sujo o futebol português tem para oferecer.
Debates vazios, sem substância, onde o jogo jogado fica para terceiro plano e o foco acaba por ser a mentira, a devassa, a injuria e uma falsa batalha contra a corrupção e a verdade desportiva. Os quatro Canais que temos são um autêntico maná de manipulação de opinião. E todos os três grandes têm muita culpa neste clima.
Mas a razão deste texto prende-se pela primeira derrota do Sporting de José Peseiro em Braga. Fiquei triste com a derrota mas altamente decepcionado com certas atitudes de alguns Sportinguistas.
José Peseiro é o elo mais fraco. E também é o menos culpado da derrota. Não podemos esquecer que nos últimos três anos tivemos um dos mais bem pagos treinadores da Europa, com planteis de milhões e hoje continuamos a competir na Liga Europa e a assistir aos rivais a celebrar os títulos nacionais.
José Peseiro deve ser acarinhado. É o eterno anti-herói do Sporting. Chegou a uma final europeia. Deveria ser celebrada essa meta. Critica-se, é mais fácil, ficou conhecido como o treinador que a perdeu, com uma equipa que o tempo tratou de revelar não ser assim tão competitiva e tão rica como se vendia na época.
José Peseiro foi o treinador, talvez e depois de Mirko Jozic e de alguns grandes momentos de Boloni, o Mister que melhor futebol apresentou aos Sócios e Adeptos do Sporting. Não sejamos ingratos, pois se há mérito que Peseiro merece é que as suas equipas valorizam o jogo e não o que se joga nos corredores.
José Peseiro era apontado de ser “louco”, de não defender, de não ter contenção, entre outros chavões. Teve a coragem de aceitar o cargo depois de tantos o terem rejeitado, tomou as rédeas a um enorme problema, com jogadores a chegarem a conta-gotas, outros novos, várias saídas de jogadores chave, como William, Rui Patrício e Gelson, começámos a época com várias lesões de jogadores muito importantes como Bas Dost.
José Peseiro, perante tudo isto, vai contra os seus princípios de jogo. Aposta numa estratégia mais compacta, menos tentadora e de olhos constantes na baliza, soube ler a qualidade e a falta dela que existe no plantel. Hoje, ao contrário de ontem, é apontado porque não arrisca, porque tem demasiada contenção e que aposta demasiado num sistema defensivo.
José Peseiro é, de facto, o anti-herói do futebol nacional. Por todos, pelo menos os que estudam o jogo, valorizado, por todos os que o consomem, criticado.
Mas não podemos esquecer este estado bicéfalo, ora se chorou sangue quando foi anunciado e poucos dias, quando um candidato apresenta um Ranieri, a grande maioria o apoiou. A bipolaridade sempre na luta e sempre presente neste nosso Sporting.
Em conclusão, Peseiro merece um grande aplauso. Não só pela coragem. Pelo mérito de estar a unir um grupo destroçado e completamente desequilibrado. E acima de tudo, pela forma como tem defendido o Sporting, com elevação, saber estar e muito profissionalismo.
Que esta derrota sirva para unir o que cada dia está mais coeso. Que é o Sporting, sobre os outros, os que surgiram do submundo do lodo para lançar as primeiras pedras, em relação a esses, desprezo e o escárnio que merecem. Não são dignos de resposta.
Um artigo intitulado O Pavilhão do Bruno, da autoria de Lizardo, no blogue DIA DO CLUBE:
Ontem foi a primeira inauguração do Pavilhão, num conjunto de três cerimónias já agendadas. A felicidade de todos os Sócios e Adeptos com a construção de tão nobre e fundamental obra é evidente. O Sporting não podia continuar a viver sem a sua casa para as modalidades. Era totalmente contranatura continuar as romarias para Loures ou Odivelas, Casal Vistoso ou Rio Maior, entre outros Pavilhões espalhados pela região.
Ontem, como bem disse Margarida Rocha, fechou-se o ciclo das grandes obras de modernização do Sporting do século XXI. Um Estádio, uma Academia e agora a casa que imortaliza o já imortal Presidente João Rocha.
O dia de ontem tinha tudo para ser histórico. Um dia desejado por tantos, um dia que deveria ser aberto a todos os Sócios e Adeptos, com um programa pensado para os que há mais de 10 anos fazem quilómetros para ver as modalidades fora de Alvalade. Mas não, uma vez mais, o foco foi o Presidente Bruno de Carvalho.
Para lá do erro da data e da hora, uma quarta-feira, em simultâneo com o jogo da Selecção Nacional e a poucas horas de um importante jogo do Futsal, revela que estratégia e visão, são termos e processos que escasseiam.
Depois o palco e o tempo oferecido a Bruno. Bruno discursou na rua, Bruno leu e releu a sua frase na Estátua do Leão vezes sem conta, Bruno entrou no Pavilhão como uma estrela de rock, Bruno foi o Presidente, Bruno foi o Anfitrião, Bruno foi a imagem de todos os atletas do passado, do presente e do futuro. Bruno foi o foco, o tempo de antena, a voz, Bruno foi o rei das selfies e dos abraços. Sempre com os mesmos, com as mesmas caras, com os mesmos que até já têm palco em programas da Sporting TV ou que têm um “emprego” no Sporting.
Não posso deixar de sublinhar a mentira de Bruno sobre o nome do Pavilhão. Não, não foi o Bruno que sugeriu o nome João Rocha. Não!!. Foi aprovado e deliberado a 30 de Setembro de 2012, numa Assembleia Geral no Multiusos de Alvalade, apresentado pela Direcção em funções à data. Felizmente foi rapidamente desmentido pela filha de João Rocha.
Mas a mentira não acabou aqui. As palavras oferecidas ao falecido Sócio Vítor Araújo são de um aproveitamento sem sentido. “Amigo”, “Muitos jogos ao seu lado”, “com o meu pai e meus irmão, juntos, vimos muitos jogos”. Quem marcou e marca presença nos Pavilhões sabe que tudo isto é treta. Pura treta. Bruno há dez anos, nem as quotas tinha em dia, quanto mais dedicar-se a assistir a jogos das modalidades. Mas vale tudo!
Bruno tem um evidente complexo de inferioridade. Precisa de palco, precisa de espaço mediático, precisa ser notícia, pois só Ele sabe a dimensão da mentira que nos conta há muitos anos. Precisa de palco pois não temos títulos, não temos saúde financeira, somos cada vez mais irrelevantes no panorama desportivo.
Estes quatro anos têm sido uma mentira constante.
Ontem os Sócios ficaram de fora, os Adeptos não foram convocados, o Pavilhão não estava cheio, foi uma festa para amigos e alinhados, longe dos tempos onde o Sporting era para todos.
O que se assistiu ontem foi um deplorável espectáculo. Salva-se a obra, obrigado a todos os que desde os primeiros momentos lutaram e reuniram com a autarquia lisboeta, a todos os que criaram as fundações e as bases necessárias da obra. Bruno tem o mérito de ter continuado e ter dado vida ao Pavilhão. Sobre isso não há dúvida, mas ficaria muito bem não esquecer que há muitos anos, várias direcções já trabalharam e muito para que este sonho fosse possível. A esses nem uma palavra.
Este Sporting que não reconhece o seu passado e que só se valoriza com o seu presente, mesmo sem nada ganhar, mesmo vendo abalar os seus principais activos, sejam eles funcionários ou atletas, não pode ter grande futuro.
Salva-se quem entende e vive realmente os valores do Sporting.
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