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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Em 1999-00 o Sporting fez quase a quadratura do círculo para finalmente conseguir conquistar o desejado título de campeão nacional. Na 7ª jornada estava em 4º lugar a 7 pontos do Benfica, na 10ª em 6º lugar a 5 pontos, mudou de treinador, fez as célebres contratações de Inverno, reorganizou-se com uma linha vertical de baliza a baliza com Schmeichel, André Cruz, Vidigal, Pedro Barbosa e Beto Acosta. Com eles em campo houve comando, estabilidade, segurança, criatividade e eficácia e os leões puderam jogar alto no terreno. O Sporting podia não ter os melhores jogadores, mas tinha a melhor equipa.
Deste grupo de jogadores imprescindíveis, o de Luís Vidigal poderá ser o menos referido pelos adeptos, apesar da sua função essencial para a coesão da equipa leonina. Conseguia empolgar mesmo o adepto mais frio, fazendo recordar Oceano Cruz, o seu ídolo. Era um “artista” na função de médio defensivo, sem virtuosismos técnicos, mas a entrega ao jogo e o bom posicionamento em campo proporcionavam estabilidade e eficácia à manobra da equipa. Jogando com intensidade, mais do que agressividade, foi sempre determinante na organização e na transição, com ele no meio campo o Sporting parecia que estava a jogar em superioridade numérica.
A fotografia refere-se ao jogo Sporting 1 - Vitória de Guimarães 0, na 30ª jornada. Acosta, o “matador” de serviço, marcou aos 11 minutos, os vimaranenses pressionaram à procura do empate, e Vidigal foi grande a ajudar a segurar a vitória e manter o FC Porto à distância de dois pontos.
O Nápoles tem em Luís Vidigal, antigo jogador do Sporting e internacional português, um bom aliado na prospecção de jovens jogadores em Portugal. Esta terça-feira, em entrevista ao site IamNaples.it, o ex-leão garante já ter referenciado vários jovens de qualidade para a equipa napolitana.
João Mário, Gélson Martins e Rafa são alguns dos nomes avançados por Vidigal. De acordo com o antigo futebolista, "em Portugal, há vários jogadores interessantes, mas, neste momento, já são muito caros e é necessário algum poder de antecipação para chegar até eles".
Vidigal, que actuou pelo Nápoles, abordou ainda a época do conjunto italiano. "Este ano, o Nápoles está na luta e não está a ser um passeio para a Juventus, como no ano passado. Vai ser até ao fim e espero ver o Nápoles campeão", afirmou.
Interessante, a prospecção de jovens talentos por antigos jogadores. Creio que é essa a função de momento no Sporting de Manuel Fernandes mas, para ser sincero, desconheço se há mais alguns ex-jogadores nesse desempenho. Em tempos, chegou a constar alguma participação por parte de André Cruz e até Acosta, mas não há indicações concretas de estarem no activo nesta altura.
O que já tem aqui surgido em comentário pelos devotos apoiantes do presidente Bruno de Carvalho é que a aprovação que muitos sportinguistas dão à continuidade de Marco Silva por mais um ano, serve pura e simplesmente para fazer oposição ao grande líder. Isto, aparentemente, partindo do pressuposto que quem assim reflecte não o faz com objectividade, não age independentemente e, sobretudo, não tem os melhores interesses do Sporting em mente.
Não deixa de ser curioso, no entanto, o número de pessoas sem investimento pessoal na decisão que insistem que, nas circunstâncias, e tendo em consideração a época quase finda realizada, o leque de factores que condicionam o nível de competitividade do Sporting, a conduta e desempenho do ainda treinador Marco Silva, a mudança, nesta altura, é um risco que não deve ser assumido pelo presidente do Sporting. E refiro esta pessoa, especificamente, porque me parece claro que o poder de decisão recai sobre ela, exclusivamente.
Tudo isto, no entanto, assumindo que não há já um decisão de longa data que visa a saída do técnico, também porque este sentirá que a sua continuidade no Sporting, face à relação com o presidente, é insustentável.
Luís Vidigal é apenas mais um que apoia a continuidade de Marco Silva:
A mudança de treinador seria um risco muito grande. Não foi uma época fácil mas ainda assim atribuo nota positiva a Marco Silva. Percebeu-se que conseguiu manter sempre os jogadores do seu lado e isso é fundamental para conquistar títulos. O Sporting não está neste momento na corrida pelo título devido ao elevado número de desempates concedidos, resultado de falta de experiência. Há momentos dentro do próprio jogo em que o objectivo da vitória tem de ser o mais importante, por vezes tem de se defender o resultado e penso que nesse aspecto faltou experiência ao Sporting.
«Estamos na presença de um dos melhores médios portugueses. Siu um fã dele e eu venho defendendo há muito tempo a presença do João Mário na equipa principal. Não tenho a mínima dúvida que mais cedo ou mais tarde, ele vai ser titular no Sporting e até na Selecção. Marco Silva só tem a ganhar. Ele vai perceber que não é uma questão de aproveitar, mas sim de ter ali um produto muito valioso e terá de ser rentabilizado. O João Mário é uma peça rara no futebol português e quanto mais rápido o Sporting o colocar a jogar, mais depressa vai saber que está perante um diamante que vale muito e que eu espero que fique muitos anos no Sporting.»
- Luís Vidigal -
Observação: Uma melhor recomendação do que esta, por parte do antigo futebolista do Sporting - é impossível. Pela sinceridade das suas palavras, não deixa dúvidas de que acredita totalmente no valor de João Mário. Curiosamente, Leonardo Jardim não demonstrou esse apreço e até com Abel Ferreira houve dificuldades. Esperamos que Luís Vidigal tenha razão e que Marco Silva lhe proporcione a oportunidade de demonstrar a sua mais-valia.
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