Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Em entrevista ao site Goal.com, Luisão, questionado sobre as razões que o Sporting não conseguiu "acompanhar" os rivais, prestou-se a dar conselhos:
"Há muito tempo que não acompanho as notícias. Acompanho, logicamente, as opiniões dos nossos adeptos, mas acho que o factor mais importante do futebol é quando nos preocupamos com os problemas que temos dentro de casa. O Benfica cresceu por causa disso.
Cada um tem os seus problemas. O Benfica cresceu quando resolveu olhar para si e o Sporting precisa de fazer a mesma coisa. Tem que se focar primeiro naquilo que são os seus próprios problemas para, então, entregar o seu produto final e ser mais competitivo em campo".
O desavergonhamento do clube da Luz e das suas hostes ao virem falar do golo de Bas Dost frente ao Rio Ave, uma situação in extremis que, quanto muito, é milimétrica, para aqueles que têm dúvidas, quando temos mais uma vez num jogo do glorioso cá do burgo um lance que passa "despercebido" tanto ao árbitro como ao VAR.
Estamos a referir o autêntico atropelamento de Luisão a Luís Machado do Feirense, aos 50 minutos de jogo. Muito embora a Benfica TV não repita o lance, pela óbvia inconveniência do mesmo, a imagem original não deixa margem para quaisquer dúvidas. Curiosamente, o árbitro está muito bem posicionado directamente em linha com o lance e sem ninguém a incomodar a sua visão.
Desta vez não houve uma avaria técnica de comunicação com o VAR, mas sim escuridão total.
Podem, então, continuar com esses argumentos de encher o bolso para adulterar a verdade. Nada de novo, aliás, para aqueles lados da Segunda Circular.
Ou, então, deve pensar que somos todos de memória curta e inteligência limitada, ao querer convencer-nos, em entrevista encomendada à BTV, que desde que está em Portugal não se recorda de um «derby» tão "violento", uma autêntica "batalha campal".
Até será possível dar um "desconto" ao defesa central encarnado. Primeiro, há uma necessidade urgente de desculpar a evidente insuficiência da sua equipa esta época, em geral, e em três jogos frente ao Sporting, em particular. Segundo, depois de 12 anos de "águia ao peito" é perfeitamente expectável que tenha assimilado a cultura "lampiónica".
Não satisfeito com a derrota de sábado, ainda decidiu revisitar os outros dois embates da temporada:
Talvez haja receio por parte do árbitro em apitar. No primeiro dérbi, foi num canto. Pela marcação individual que o adversário coloca nos jogadores mais altos, existe muito contacto. Nesse jogo fui puxado nitidamente e até falei, durante o encontro, que tinha visto que foi penálti mas não se apita com receio de algum estereótipo aqui em Portugal. O árbitro já vai para o campo com receio de apitar alguma coisa e o Benfica até foi para o relvado com uma postura diferente, dando relevo ao espectáculo.
Eu não me recordo de um dérbi tão violento. Vi até fazerem alguns comentários sobre uma batalha campal. O que me custa, como capitão, num clube onde a prioridade é jogar futebol, é que tu tens de acalmar os teus jogadores. Eu vi a agressão ao Samaris, foi nítida, e o meu papel teve de ser mantê-lo calmo. No caso do Júlio César a mesma coisa. Às vezes, as pessoas não têm essa paciência quando nós vamos acalmar alguém. É difícil. Temos de jogar primeiro com lealdade e a sensação que fica é de estranheza. Um dérbi tão quente, uma equipa ter tantos cartões e outra teve outras preocupações no jogo... nós ficamos chateados com o resultado, que não conseguimos reverter, mas também por isso.
Uma tramóia vergonhosa da parte de quem jogou anos ao lado de Maxi Pereira, Javi Garcia e Petit, só para nomear três, sem esquecer ele próprio e ainda Samaris, seu colega de momento, um autêntico chungoso que passa por jogador de futebol.
Adenda: Lamentavelmente, o vídeo que o Sporting publicou com as imagens de faltas cometidas por jogadores do Benfica foi retirado, presume-se, por uma questão de direitos.
É por de mais evidente que estou em minoria ao pensar que Tobias Figueiredo - não obstante ter abordado o lance com o avançado do Penafiel de forma imprudente e daí que se tenha posto a jeito da expulsão de que foi alvo - tocou primeiro na bola e não no adversário.
Por termos vindo a comentar as arbitragens do Benfica, a primeira pergunta que me surgiu na altura foi "será que se tivesse sido Luisão ou Jardel o lance teria sofrido do mesmo critério por parte do árbitro ?"
A resposta concreta, nunca a saberemos, obviamente, mas por subjectiva que possa ser, a minha resposta foi e é "muito provavelmente não" !
Se nos dermos ao cuidado de analisar determinados aspectos do futebol português, verificaremos que o benefício da dúvida - se é que se possa apelidar de "dúvida" - é muito mais generoso para alguns, nomeada e inevitavelmente para o clube de Carnide, de há uns tempos a esta parte.
Aliás, ao analisar o lance em questão, verifica-se que o árbitro ainda se encontra no meio campo do Penafiel no momento do contacto entre Tobias e Guedes e o seu auxiliar corria para tentar acompanhar a jogada. Bruno Esteves, mesmo muito distante, não hesitou: Guedes caiu e ele assinalou falta e expulsou o defesa do Sporting. Se houve alguma dúvida, o benefício da mesma ficou deveras claro.
Será que esta minha conclusão é assente em mera conjectura ou falta de objectividade ?.... O registo disciplinar da I Liga dispõe dos factos que sustentam esta determinação.
Ora vejamos:
Luisão, com 21 jogos realizados na Liga - 1965 minutos de jogo - foi alvo apenas de UM cartão amarelo.
Jardel, com 21 jogos realizados na Liga - 1985 minutos de jogo - foi alvo apenas de UM cartão amarelo.
Perante este registo, é justo questionar como é possível que dois defesas centrais - e especialmente estes dois - só tenham visto um amarelo cada em 21 jogos ?
O mesmo Luisão, em 2013/14, realizou 34 jogos entre a I Liga, Taça da Liga e Taça de Portugal, e viu apenas três cartões amarelos. Nada menos do que fantástico !
A resposta estará no segredo dos "Deuses"...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.