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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Luiz Phellype encontra-se esta época ao serviço dos gregos do OFI Crete FC, por cedência do Sporting, com quem ainda tem contrato até Junho 2024. No OFI já participou em 19 jogos, com 5 golos marcados. Eis algumas das suas considerações...
Benfica e FC Porto manifestaram interesse em si? Arrepende-se da escolha que fez?
Não me arrependo. Fiz exactamente a escolha que pretendia fazer. O Sporting foi a minha primeira opção desde sempre e por vários motivos. Não por questões financeiras porque fui para o Sporting com uma proposta inferior à dos outros dois, a ganhar menos. Decidi por questões desportivas. Era um clube que precisava realmente de um avançado e que queria voltar a disputar o campeonato e isso foi determinante. Fiz a escolha certa. Se não me tivesse lesionado, as coisas tinham acontecido da forma como eu tinha imaginado. Eu poderia ter feito parte do grupo de campeões nacionais, poderia estar noutro nível. Foi apenas um ano, mas fui feliz.
Sente mágoa ou desconforto por ter feito parte do plantel e não ter sido campeão?
Não sinto mágoa. Se me perguntarem se eu gostava de ser campeão, é evidente que sim. Se me perguntarem se eu esperava que me tivessem chamado para jogar cinco minutos de um jogo qualquer, é claro que eu esperava. Mas não sinto mágoa, não fico com isso na minha cabeça a martelar. Sou feliz com o que tenho, sinto-me realizado. Ainda vou ter outras chances de ser campeão. Se não for no Sporting será noutro lugar. Ainda tenho essa meta.
Concorda com a ideia de que o clube mudou do dia para a noite?
Sim, sem dúvida. O Sporting daquela altura não era um clube tão estável como é hoje. Hoje todos sabem o que têm de fazer e isso facilita o trabalho da equipa no campo. Além disso, o treinador Rúben Amorim consegue tirar o melhor de cada jogador. O Sporting consegue caminhar pelo seu próprio pé. Foi campeão e está outra vez na luta pelo título. Além disso, ainda fez uma grande Liga dos Campeões. As coisas estão estáveis e são bem organizadas.
O acordo entre o Sporting e o Santa Clara para o empréstimo de Luiz Phellype, até final da temporada, já está acertado, com o avançado a ser oficializado pelo clube açoreano.
Apesar dos vários convites, o Santa Clara era a mais forte possibilidade para Luiz Phellype prosseguir a sua carreira, depois de um período difícil em que teve de superar uma lesão grave e uma recuperação que se prolongou por mais de um ano.
"Primeiro quero voltar a jogar, pois já estou há muito tempo afastado do campeonato. Quero voltar a ser feliz e a fazer aquilo que mais gosto. Isso é o mais importante. Quero mostrar, primeiro a mim próprio, que posso voltar a estar ao meu melhor nível, e depois para as pessoas que, se calhar, ainda têm dúvidas de como estou depois da lesão. O principal é voltar a jogar e ser eu próprio".
Luiz Phellype lesionou-se com muita gravidade frente ao Marítimo, em Alvalade, no dia 27 de Janeiro de 2020. Decorriam 15 minutos de jogo quando teve de dar lugar a Sporar. Um ano depois o jogador está clinicamente curado, mas ainda sem ritmo competitivo. Em consequência da paragem tão longa o regresso à competição tem decorrido gradualmente.
O avançado brasileiro participou em quatro jogos da equipa B leonina, frente ao Olímpico do Montijo, Rabo de Peixe, Estrela da Amadora e, no passado sábado, o Oriental Dragon em que marcou o primeiro golo do desafio num “chapéu” ao guarda-redes adversário. Gonzalo Plata fez o 2-0 aos 84 minutos. O último golo tinha sido a 21 de Dezembro de 2019, em Portimão, num jogo da Taça da Liga.
Decorrido um ano e três meses, Luiz Phellype voltou a celebrar um golo, e na altura do festejo não conseguiu disfarçar a emoção muito acarinhado pelos companheiros de equipa. Ao jornal Record, o avançado declarou que “o meu desafio ao lado dos profissionais do Sporting é estar apto a fazer parte do plantel que lidera o nosso campeonato. Esse é o meu pensamento e vou lutar por isso até conseguir”.
Luiz Phellype sofreu uma rotura do ligamento cruzado do joelho direito, vai ser operado e não joga mais nesta temporada tendo em conta a gravidade da lesão.
O avançado lesionou-se ainda antes da marca dos dez minutos, no jogo de ontem à noite frente ao Marítimo, na sequência de uma carga que sofreu de René Santos, defesa insular - que o árbitro considerou não ser falta - que o levou a cair mal fora das quatro linhas e cedo se percebeu que poderia ser grave.
Estas duas contratações demonstram duas lógicas diferentes no reforço do plantel.
Luiz Phellype tem 25 anos, está desde 2012 no futebol europeu, tendo começado no Standard de Liége, e perfeitamente adaptado ao futebol Português (136 jogos, 47 golos, além de 32 jogos e ainda 13 golos no campeonato angolano). Com experiência, com boa ética de trabalho, mas ainda jovem o suficiente para poder evoluir e ser rentabilizado tanto ao nível desportivo e financeiro. Algum risco desportivo, mas ainda assim com um baixo risco financeiro: custou cerca de 500 mil euros, e presumo que o salário deva estar abaixo da média. Faz-me lembrar em algumas coisas o Slimani – se corresse bem, era um grande negócio e se corresse mal, não seria por aí que o Sporting teria um problema – seria fácil emprestá-lo ou vendê-lo sem grandes perdas (antes pelo contrário, passar pelo Sporting ainda é algo que valoriza o curriculum de um jogador). Está a correr muito bem: tem evoluído, ganho confiança, jogos e golos. Foi considerado o melhor avançado do mês de Abril. Do que se diz, o seu valor de mercado é, neste momento, 7 milhões de euros. É aqui que o Sporting deve apostar.
E agora Vietto. As semelhanças são muitas: 25 anos, 136 jogos em Espanha e 22 em Inglaterra, 39 golos). Mas ficam-se por aqui. Metade dos golos marcados por Vietto foram-no em 2014/2015, pelo Villareal, o que lhe valeu dar o salto para o Atlético, a partir de então, e estamos a falar de 4 épocas, o que parecia vir a ser uma carreira interessante transformou-se numa série de empréstimos. Na última época esteve no Fulham, tendo feito 1165 minutos em 22 jogos (cerca de meia partida por jogo) e marcou 1 golo.
Desportivamente aparenta ser um jogador em clara perda, que há quatro épocas que não impressiona o suficiente para se afirmar nas várias equipas por onde passou. Quanto ao que diz respeito à personalidade, há relatos de não ser um profissional sério. Em termos financeiros, parece que Vietto vem embrulhado num negócio cozinhado por Mendes para resolver a venda de Gélson do Atlético para o Mónaco. E, como tal, implicará uma avaliação de cerca de 6 milhões de euros, para além de um salário a rondar os dois milhões de euros líquidos por ano – durante cinco anos.
O retorno financeiro de um jogador destes é mais complicado por estes dois factores – ou seja, por cada ano desportivo, ao valor do passe, é preciso acrescentar 4 milhões – o que significa que, em condições ideais, Luciano Vietto, com 30 anos, deverá valer, pelo menos, 26 milhões de euros. O que, atendendo ao momento da carreira do jogador, parece muito improvável. Portanto, a única possibilidade deste negócio correr bem, é Vietto fazer uma grande época o mais depressa possível e ser vendido o mais depressa possível.
É provável? Pelo que já se disse atrás, a carreira tem sido de claríssima perda. Portanto, este é um negócio de elevadíssimo risco, com pouco para correr bem e muito para correr mal – e é sempre nesta perspectiva que temos de ver os negócios – e se correr mal, quanto se perde? O Sporting arrisca-se a empatar 26 milhões num jogador em perda. E o Sporting pode perder 26 milhões? Não. Destes negócios o Sporting deve fugir.
Até porque, em termos de balneário, não deve gerar bom ambiente, e sendo o futebol um desporto de equipa, tem efeitos. Vietto vale 6 milhões de euros e ganha 2 milhões de euros. Então quanto deveria ganhar Luiz Phellype a valer 7 milhões? E Bas Dost a valer perto de 30? E Raphinha a 6,5 milhões?
Gostava muito que se tivesse aprendido com o que aconteceu num passado assim não tão distante quanto isso. Os investimentos feitos em Pongolle, Bojinov, Elias, Bouhlarouz, das consequências a longo prazo desses negócios, vendas abaixo do preço de custo, os elevados salários assumidos apesar de não contarem nem para o totobola - e, muito provavelmente, o desconforto que é para trabalhadores verem outros colegas de profissão a ganharem muito mais sem correspondente retorno desportivo.
Luiz Phellype foi eleito o melhor avançado do mês de Abril na Liga NOS, pela primeira vez esta época, numa numa votação levada a cabo pelos treinadores da Liga NOS.
O futebolista brasileiro do Sporting somou 18,73 por cento dos votos, superando Rafa Silva (16,67%) e Haris Seferovic (8,85%), ambos do Benfica, segundo e terceiro classificados, respectivamente.
Parabéns leão !
Vítor Oliveira - treinador do Paços de Ferreira - conhece bem o potencial de Luiz Phellype, o ponta de lança contratado pelo Sporting aos pacences, e deixa um esclarecimento sobre o jogador brasileiro:
"É importante dizer para as pessoas perceberem que Luiz Phellype vai jogar na posição de Bas Dost, para mim o melhor ponta de lança a jogar em Portugal. Seria ilusório dizer que o jogador vai jogar no Sporting, não vai, mas vai ser uma importante alternativa ao Bas Dost".
Nota: Já foi confirmado o empréstimo por uma época de Rafael Barbosa e Elves Baldé ao Paços de Ferreira, como contrapartida no negócio de Luiz Phellype.
"Aceitei porque o Sporting demonstrou um grande interesse em mim e fez-me acreditar bastante no projecto. Foi o maior passo que dei até agora e sei que foi a decisão mais acertada".
Já de malas feitas para rumar a Alvalade, Luiz Phellype realizou o seu último jogo pelo Paços de Ferreira e a despedida não podia ter corrido da melhor maneira, pois assinou um hat trick frente ao Académico de Viseu.
Após o final do encontro, deixou uma mensagem de despedida:
"Para sempre na memória, o meu eterno agradecimento".
Este novo reforço do Sporting já foi aqui referenciado.
O Sporting já oficializou a transferência. Eis o comunicado:
A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD informa que chegou a acordo com o Futebol Clube Paços de Ferreira, SDUQ, para a aquisição do passe do jogador Luiz Phellype Luciano Silva.
A Sporting CP – Futebol, SAD assinou um contrato válido com Luiz Phellype até 2024, com uma cláusula de rescisão no valor de 60 milhões de euros.
Sporting CP – Futebol, SAD deseja as maiores felicidades pessoais e profissionais a Luiz Phellype.
Luiz Phellype, avançado (ponta de lança) brasileiro de 25 anos ao serviço do Paços de Ferreira desde Janeiro 2017, com o qual tem contrato até Junho 2019.
Esta época regista 12 jogos na II Liga como titular, acumulando 1051 minutos de jogo (média de 87,5 minutos por jogo), com 6 golos marcados.
Na época passada participou em 29 jogos na I Liga, Taça de Portugal e Taça da Liga, 15 dos quais como titular, acumulando 100 minutos de jogo (média de 51,7 minutos por jogo), com 11 golos marcados.
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