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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Num dérbi a contar para a 4.ª jornada da segunda fase do campeonato nacional feminino, o Sporting foi vencer a casa do rival Benfica, por 3-2.
A formação leonina entrou a todo o gás e venceu o primeiro set por claros 25-13. A reação das águias surgiu de imediato, tendo vencido os dois parciais seguintes por 28-26 e 25-19. O quarto set voltou a ser equilibrado, com o Sporting a levar a partida para a 'negra' com um triunfo nas vantagens por 27-25. Depois, no derradeiro parcial, o conjunto de Alvalade foi mais forte e fechou o encontro após vencer por 15-12.
Quanto à classificação, a AJM/FC Porto segue na liderança com 9 pontos em quatro jogos, seguindo-se o Sporting com 7 pontos (menos um jogo). O Benfica ocupa o terceiro posto, com 6 pontos.
De modo algum se devem queimar etapas na formação de um jogador. Igualmente se pode desvalorizar a necessária fase de adaptação a novas realidades competitivas. No entanto, o talento e o potencial de um jogador podem permitir, desde relativamente cedo, perceber se esse trajecto pode ser abreviado. Ugarte é um dos jogadores com o talento e o potencial que permitem a possibilidade de encurtar esse trajecto.
A minha avaliação em relação ao Ugarte está algo condicionada pela admiração que por ele tenho. Desde os tempos em que o vi jogar nos torneios de selecções jovens sul-americanas, ainda antes de competir em Portugal, que as suas qualidades me agradaram, tendo as suas prestações em Portugal motivado que seguisse a sua carreira de uma forma especial. Nesta realidade fui um acérrimo defensor da sua contratação por parte do Sporting, mesmo nas condições em que foi efectuada.
Neste contexto não me surpreendeu a sua extraordinária prestação no jogo com o Benfica, excedendo as minhas expectativas apenas pela sua excelência. Independentemente de uma escassa utilização prévia e da consequente falta de ritmo de jogo, Ugarte conseguiu colocar toda a sua maturidade e qualidade em campo de forma a realizar uma excelente exibição, fazendo "esquecer" um dos mais influentes jogadores da equipa do Sporting.
A sua notável acção em campo bloqueou as iniciativas dos desequilibradores ofensivos da equipa do Benfica, os quais, com a ausência de João Palhinha, certamente esperariam uma noite muito mais "folgada". Associada à brilhante prestação desportiva, demonstrou uma maturidade e uma inteligência notáveis, fugindo ao "fantasma" das faltas repetidas e ao alto risco de expulsão, sempre presente pela acção de um árbitro excessivamente "atento", e nada tolerante, com a maioria das acções dos jogadores do Sporting.
As diversas previsões catastrofistas, por parte de certa comunicação social, face à ausência de Palhinha, tornaram-se num exercício de "malabarismo" face à prestação de Ugarte.
Convém salientar o importância do treinador Rúben Amorim. O seu discurso de que todos contam não se limita a meras e agradáveis palavras. A oportunidade dada a Ugarte revelou a sua grande coerência e demonstrou a elevada confiança que deposita em todos os seus jogadores, independentemente do tempo de jogo e oportunidades anteriores.
Todos os sportinguistas desejam que Palhinha recupere o mais rapidamente possível e que possa permanecer no Sporting por um longo período, mas a prestação do Ugarte provou a todos eles que o futuro da posição está assegurado e que as decisões para a constituição do plantel são tomadas de forma cuidada e estruturada, assentes na qualidade e, salvo raras excepções, com uma perspectiva de médio e longo prazo.
Qualquer avaliação apressada do valor das contratações é injusta e falível, não só porque o momento de afirmação de cada uma delas é invariavelmente diferente, como a experiência passada tem provado o acerto das decisões.
Considerações de Rúben Amorim no final do jogo...
"Sabíamos que o Benfica é muito forte quer na profundidade, quer com o Rafa entre-linhas e então agrupámos mais a equipa. Esperámos um bocadinho mais antes de pressionarmos e escolhemos bem os momentos de pressionar. Mesmo assim, o Rafa no início do jogo teve algumas bolas. Depois soubemos adaptar bem, usando boas saídas, com a mobilidade dos três da frente, e aí eles entenderam bem o jogo, porque é impossível dizer para onde é que eles têm de ir, isso depende muito da qualidade dos jogadores".
"Nós defendemos o Benfica um bocadinho mais baixo do que costumamos fazer e, depois, saindo bem, tendo muita calma com bola. Controlámos o jogo, não o dominámos sempre porque o Benfica acabou por ter mais bola. Na segunda parte, entrou o Yaremchuk e nós sabíamos muito bem que não poderíamos jogar tão baixo porque os cruzamentos iam ser mais perigosos. Foi uma adaptação boa e constante por parte dos jogadores, porque eu tive pouca influência nesse aspecto. Mérito aos jogadores, são uns rapazes que continuam a surpreender toda a gente, inclusivamente o treinador".
"Há momentos que definem o jogo e mudam, às vezes, a história de um jogo. Nós sabemos conviver com isso. O Matheus Nunes fez um jogo incrível, também devido às marcações individuais, porque quando tirávamos um jogador da frente tínhamos espaço para correr com a bola. Depois da saída do Feddal, já não tínhamos muita gente para os cruzamentos, mas, num certo sentido, ajudou-nos, porque o Matheus Reis é mais rápido e conseguiu acompanhar bem os lances".
"Volto a dizer: os jogadores têm um grande mérito, foi um grande trabalho dos jogadores, que me surpreendem todos os dias. São três pontos, para a semana podemos estragar tudo e eu não me refiro só a resultados, que isso nós não controlamos, mas sim a atitude. Jogar com o Boavista tem de ser igual a jogar com o Benfica ou o Dortmund, sabendo que temos Liga dos Campeões e temos muitos jogadores que não vão jogar por terem amarelo. O Feddal está lesionado, teremos de nos adaptar, mas os miúdos estão aí para terem estas oportunidades".
"Obviamente que o peso emocional desta vitória no campeonato nos dá ainda mais ânimo, mas se tivéssemos perdido o jogo não estaria a dizer que hipotecava qualquer coisa. Nos últimos campeonatos, os líderes acabaram por perder vantagens grandes, ainda há muito campeonato, muita coisa vai acontecer. O campeonato é feito de momentos, é continuar a trabalhar. Foram três pontos, claro que é um dérbi, mas é continuar no mesmo caminho".
"Os ausentes estiveram cá. Coates fez vídeochamada com os colegas, mandou mensagem ao treinador. Acho que deixámos o Coates muito orgulhoso. Esta vitória é para todos os sportinguistas, mas especialmente para o Coates."
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes no jogo com o Benfica - a contar para a 33ª jornada da Liga NOS - que terminou com a vitória encarnada por 4-3 - golos leoninos marcados por Pedro Gonçalves aos 45+1' e 77' (gp) e Nuno Santos aos 62'.
Rúben Amorim resolveu "oferecer" 45 minutos ao Benfica; não preparou bem o jogo, mexendo demasiado na equipa. Com Feddal e Pedro Porro ausentes, não devia abrir aquela tremenda autoestrada no meio campo aos jogadores do Benfica. Disse no final que a equipa precisa de crescer em outros aspectos, mas a começar por ele próprio e perceber que há jogos que não se podem desperdiçar para fazer experiências. O jogo do Sporting só teve o seu verdadeiro ínicio na 2ª parte, quando estavam todos no seu devido lugar. Pedro Gonçalves não merecia aquela traição.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 6 - Pote está a mostrar outra faceta extraordinária; a sua regularidade nas boas exibições, não merecia que o treinador lhe tivesse dificultado tanto o jogo com aquelas traições no meio campo e na defesa, marcou 2 golos e outros tantos podia ter marcado, bolas nos postes, jogada do penálti, encheu o campo com a sua enorme qualidade. Ganhou claramente no duelo com Seferovic.
ANTONIO ADÁN - 3 - Teve à sua frente uma defesa algo desorganizada e ainda a dar demasiados espaços entre linhas; ainda evitou um golo certo ao adversário numa excelente recuperação depois de estar batido, mas que pesadelo sofrer 4 golos num só jogo e em que pouco ou nada podia fazer para os evitar.
JOÃO PEREIRA - 2.5 - Teve um muito bom inicio de jogo, mas foi ficando desorientado com todas aquelas baldas no meio campo e optou por resguardar-se; do outro lado o adversário era cada tiro cada melro e... assim, foi sacrificado para a equipa se reencontrar com as substituições obrigatórias.
GONÇALO INÁCIO - 3 - Muitas dificuldades a corrigir tantos erros à sua frente, devia ter jogado no outro lado e Luís Neto à direita; respirou melhor na 2ª parte quando voltaram a conseguir fluir o jogo de construção de forma mais segura e organizada.
SEBASTIÁN COATES - 3 - Que grande dor de cabeça lhe deu o treinador. A falta de rotina do Matheus Reis ao não conseguir fechar os espaços entre ele e o Nuno Mendes mataram-lhe a liderança organizativa, depois nem o outro Matheus nem o Daniel fechavam à sua frente; andou desesperado toda a primeira parte. Nos dez minutos finais acabou por subir para a posição de ponta de lança, numa altura em que a equipa, depois de uma excelente recuperação, procurava o empate por todos os meios.
MATHEUS REIS - 1 - Chumbou redondamente e até colocou em causa a sua futura utilização; foi um autêntico passador sem noção dos espaços a fechar; foi o elemento menos na equipa e o principal desequilibrador da organização defensiva. É verdade que à sua frente "nunca existiu ninguém" a ajudar na primeira parte. Mas nem depois, quando o meio campo ficou mais organizado com as entradas de João Mário e Palhinha, mostrou acerto e qualidade.
NUNO MENDES - 4 - Não sabe jogar mal; foi sempre dos mais inconformados, tentando empurrar o jogo da equipa para a frente com muitas iniciativas individuais; foi sempre para cima deles sem medo e é difícil desarmá-lo sem ser em falta. Arrancou várias faltas e cruzou várias vezes com perigo para a área do Benfica.
DANIEL BRAGANÇA - 2 - "Que pasó" Daniel? A festa já acabou!!! Nem defendeu bem nem atacou como sabe. Foi engolido pelo meio campo adversário e nunca percebeu por onde sempre se escapava o Pizzi. Jogo para..."recordar", para trabalhar muito mais ainda no futuro.
MATHEUS NUNES - 2.5 - Ficou claro que aquela posição da primeira parte nunca será a sua; andou perdido e só quando voltou às zonas que tão bem conhece respirou melhor e foi importante na recuperação do resultado; mas já estava demasiado desgastado, tudo podia ter sido tão diferente. Nota negativa pela tremenda infantilidade no penálti que provocou; já não se usam esses lances depois de ganha a posição.
NUNO SANTOS - 4 - Está num bom momento e não merecia aquela "generosidade" geral da equipa em todo o primeiro tempo; lutou bastante e nunca desistiu; marcou um grande golo, daqueles que fazem levantar um estádio.
PAULINHO - 3 - A sua missão principal era prender os centrais adversários enquanto o Pedro Gonçalves vagabundeava no meio deles; não fazendo um bom jogo teve, mesmo assim, oportunidades para marcar, a exemplo do cabezazo à boca da baliza.
JOÃO PALHINHA - 4 - Trouxe uma mensagem bem clara e dura: ninguém na equipa consegue fazer aquele lugar como ele e deixou-nos todos a pensar... no seu futuro. Se foi uma mera experiência do treinador, a conclusão é evidente. Entrou e "aquilo" foi outra coisa, totalmente diferente, até o mestre da táctica já coçava a cabeça.
JOÃO MÁRIO - 4 - Pode não ter golo, não ter intensidade, ser um jogador frio e calculista mas ninguém na equipa transporta a bola tão bem como ele. Pena que já havia três golos de diferença, mas ficou quase, quase..! Volto a dizer, tudo poderia ter sido tão diferente se......., mas só o treinador é que pode explicar o que pretendeu com "aquilo".
JOVANE CABRAL - 3.5 - Também a viver um bom momento, ajudou bastante na hora de tentar refazer a asneira da primeira parte e teve boas iniciativas, é perito a ganhar espaços com facilidade. Ficou clara a ideia que devia ter entrado mais cedo.
RÚBEN AMORIM - 3 - Ontem espalhou-se ao comprido; não devia ter mexido tanto na equipa e logo numa visita a casa do rival, que fazia deste jogo a salvação da sua época. O Daniel e o Matheus Nunes jamais conseguem ganhar um meio campo a este plantel do Benfica; têm que comer ainda muita farinha; o "mestre da táctica" agradeceu e chamou-lhe um figo. Tentou depois corrigir o erro mas já foi tarde; foi uma traição à equipa que não merecia.
JORGE JESUS - 3 - Não se fez rogado com a oferta do Rúben Amorim, aproveitou ao máximo aquela primeira parte atípica da equipa do Sporting. O pior foi quando o Sporting se recompôs na 2ª parte e esteve quase a ser humilhado, depois de ter tido por duas vezes uma vantagem de três golos e quase que a perdia.
TIAGO MARTINS - (Árbitro) - 2 - A arbitragem habilidosa já esperada. Este é mais um dos cancros do futebol; na dúvida apitou sempre para o mesmo lado; no momento alto do Sporting cortou-lhe as iniciativas, depois tentou limpar-se no lance do Nuno Mendes na parte final do jogo; manejou o jogo à conveniência. Quiçá... a sua nomeação não foi por acaso.
BRUNO ESTEVES - (VAR) - 3 - Sem casos para analisarmos. Nunca se meteu e foi o melhor que fez.
Escrevo este texto, motivado pelo comentário do leitor “Leão da Guia”, que comentava neste post, o facto da Selecção Nacional jogar os próximos dois encontros deste mês no Estádio da Luz.
Na minha opinião, é notório e demais evidente que existe uma óbvia preferência da FPF por este estádio, senão vejamos:
Desde Março de 2015 (último ano em que a Selecção jogou em Alvalade), até Março de 2019, a equipa de todos nós fez 25 jogos em Portugal, sendo 14 amigáveis e 11 oficiais.
Destes 25 jogos:
Se formos a ver apenas os jogos oficiais, então temos:
A última vez que a Selecção jogou em competição em Alvalade foi a 11 de Outubro de 2013, já lá vão quase 6 anos.
Exige-se que a FPF explique os motivos e se o não fizer, exige-se que os clubes exijam uma justificação junto da FPF.
O FCP provavelmente irá remeter-se ao silêncio, uma vez que o Estádio do Dragão já tem garantidos 2 jogos para este ano (após 3 anos de um amigável que lá se jogou).
Não havendo explicações públicas, é natural que as pessoas acreditem que esta preferência se dê pelos motivos que vieram a público através dos e-mails filtrados, ou seja, por haver trocas de dinheiro entre a FPF e o SLB, “pela porta do cavalo”, para além dos montantes oficiais.
Da minha parte, surpreende-me que nem FPF, nem SLB, tenham vindo ainda a público justificar o que para eles significa “…pagar pela porta do cavalo…”, em especial, porque esta afirmação indicia práticas ilegais de branqueamento de capitais, um crime público que a ser real, poderia levar a FPF a perder o Estatuto de Utilidade Pública.
Mais, surpreende-me que sendo o SLB uma SAD cotada em bolsa, nunca tenha havido por parte das entidades reguladoras, nomeadamente CMVM, qualquer questão e/ou pedido de esclarecimento, esquecendo-se porventura (ou fazendo-se de esquecida) que o crime é alargado às Instituições Reguladoras que, por mero indício, não actuem.
Este caso com certeza ainda dará muito que falar, até porque estes são crimes públicos e a partir do momento que a mera suspeita surja (e já surgiu na imprensa nacional) o Ministério Publico terá de actuar…
Poderão as Instituições tentar “esquecer” o caso, no entanto compete-nos a nós cidadãos pressionar até que haja respostas, e nesse sentido, o Sporting, como um dos principais lesados, poderá ter um papel fundamental, queira esta Direcção disponibilizar-se a isso.
P.S.: Podendo um jogo oficial render mais de 1 Milhão de euros (directa e indirectamente) ao “dono” do Estádio, é fácil perceber o quão apetecível é albergar os jogos da Selecção.
O Sporting bateu o Benfica no dérbi de hóquei em patins na Luz, por 4-7, e salvaguardou a primeira posição do campeonato, ficando agora mais perto do título.
Os leões começaram melhor e dominaram a primeira parte, chegando ao intervalo a vencer por 0-3, mas o Benfica reagiu bem a seguir ao intervalo e igualou a partida graças a três golos de Adroher.
O Sporting, no entanto, não perdeu a confiança e em seis minutos marcou três golos e recuperou a vantagem. O Benfica ainda reduziu para 4-6 e dispôs de um livre directo para colocar a diferença na vantagem mínima, mas Girão levou a melhor e, na resposta, Pedro Gil fez o 4-7.
Com esta vitória, o Sporting fica com 65 pontos, um ponto de vantagem sobre o FC Porto e quatro sobre o clube da Luz, mantendo a esperança de voltar a ser campeão nacional, 30 anos depois do último título, que aconteceu na época 1987/88. Para isso os leões estão dependentes apenas de si e só têm de vencer o FC Porto na 25ª jornada do campeonato, que será disputada no Pavilhão João Rocha.
No final do Benfica-Moreirense (1-0) e numa altura em que os jogadores do Benfica comemoram o 2.º lugar, o árbitro assistente Pedro Felisberto foi à bancada dar um beijo apaixonado à mulher que tinha um cachecol das águias. Este, o incidente que já tinha sido referido pelo nosso leitor Mike, num outro post desta terça-feira.
É evidente que um beijo é um beijo, mas sendo inocente, será importante recordar a história da Mulher de César...
No mínimo, um acto de insensatez grosseira de Pedro Felisberto. Isso, ou arrogância desmedida.
Jorge Jesus
"É o primeiro jogo depois do ano novo mas nada mais do que isso. É um jogo apaixonante, um dérbi de Lisboa, em que os adeptos são fervorosos, dos dois lados. O Sporting vai apresentar-se na Luz pensando que tem todas as possibilidades de vencer, fazendo aquilo que já fez em outros anos, de forma a criar um clima de qualidade. Mas está tudo em aberto”.
Rui Vitória
"Há 19 jornadas para jogar. Não basta fazermos uma boa jornada, quando depois ainda temos 18 jornadas pela frente. O jogo tem importância mediática, mas falta mais do que uma volta para jogar. Há campeonatos que são decididos nos jogos entre os grandes, outros que são em outros jogos. Jogamos em casa, com adversário de qualidade que está à nossa frente, mas que queremos ganhar."
Sérgio Conceição
"O resultado do dérbi que mais interessa ao FC Porto?... Não falo para ficar bem na fotografia. Nada vai ficar decidido esta quarta-feira".
Manuel Fernandes
"O jogo dos 7-1 nem foi o meu melhor dérbi. Numa época em que fomos campeões, em 1979-80, recebemos o Benfica num dia de chuva. E eu gostava de jogar à chuva. Fiz um golo e o Jordão dois, com duas assistências minhas, e ganhámos por 3-1. Penso que esse sim, foi o meu melhor dérbi. Quando há dérbis, há sempre coisas diferentes dos outros jogos. Bastava ver os movimentos a partir da segunda-feira anterior. Começava logo a ferver. Líamos a imprensa, víamos televisão e aquilo mexia connosco. Quem vai à frente nem sempre ganha estes jogos há sempre atmosfera especial, para os media e para os próprios jogadores.
António Veloso
"É um facto que o Benfica não tem estado bem. Não é normal nesta fase tão precoce da época o Benfica estar fora de todas as competições, com exceção do campeonato. No entanto, acredito perfeitamente que pode ser campeão, embora tenha a noção de que não será fácil. Acho que este jogo será o virar da página para o Benfica. O campeonato é um objectivo muito realista e acredito que se a equipa conseguir vencer as coisas serão completamente diferentes".
Fernando Mendes
"As (boas) condições não estão totalmente reunidas, em face do ambiente em volta do jogo, mas, por outro lado, são duas boas equipas. Para o Sporting é sempre complicado jogar contra estes jogadores de classe mundial. Há sempre um ligeiro favoritismo para as equipas que jogam em casa, mas parece-me que o Sporting está mais forte. Se o Benfica perder, complica o objectivo e isso poderá condicionar os jogadores".
Isaías
"É um clássico e, por isso, é sempre de desfecho instável, mas é um jogo que vale seis pontos para o Benfica. O Sporting vai dificultar. Que vença o melhor mas desejo que isso aconteça para o lado dos encarnados. O Benfica tem de fazer o trabalho de casa mas o Sporting não vai vender esses três pontos em saldos. Iniciativa de jogo para o Benfica? Não sei se o Benfica vai assumir a iniciativa de jogo mas tem de tentar ser agressivo a partir dos 15, 20 minutos para obter os três pontos".
«Esqueci-me de algo que não sendo futebol merece todo o destaque: minuto de silêncio em memória de Fernando Mendes. Respeitado por 90% do estádio com excepção, segundo dizem, dos apoiantes do SC Braga e meia dúzia de Benfiquistas menos respeitadores.
No actual estilo de liderança do Sporting de Bruno de Carvalho, pergunto se tal seria possível em Alvalade, caso o falecido fosse figura ligada ao Benfica... É tudo».
Leitor: João Gonçalves
Um comentário muito tendencioso e assente em uma falsa premissa, em que o leitor não faz a distinção entre a instituição Sporting Clube de Portugal, os seus sócios e adeptos e a postura bélica da pessoa do presidente do Conselho Directivo.
Além disso, não se lê nem se ouve, eu pelo menos não li nem ouvi, qualquer referência a adeptos do SC Braga, mas sim a adeptos do Benfica que no início do minuto de silêncio em memória de Fernando Mendes, desrespeitaram o momento, assobiando.
Portugal foi a melhor equipa em campo ao longo dos 90 minutos e mereceu a vitória, embora apenas com a vantagem de um mero golo, a decisão da eliminatória fica adiada para terça-feira, dia 19, na Suécia.
Portugal desperdiçou uma grande oportunidade de golo logo nos minutos iniciais e parte pela sua menor inspiração ofensiva, muito pelo sistema defensivo dos suecos, não se viu o desejado nível de criatividade de jogo no último terço do terreno. Com o passar dos minutos no segundo tempo, a equipa das quinas foi-se superando ao adversário e dominou praticamente o resto do jogo - faltando somente alguma eficácia na finalização - até que finalmente o "suspeito usual", Cristiano Ronaldo, marcou o golo da vitória.
Poderá ter havido alguma diferença de rendimento entre os jogadores lusos mas, em geral, todos estiveram muito bem. Zlatan Ibrahimovic foi completamente anulado pela defesa portuguesa e não foi factor no jogo. Cristiano Ronaldo sempre mais activo, mas envolvido nas manobras ofensivas e poderia ainda ter registado um segundo golo com o cabeceamento à trave. O nosso Rui Patrício "esteve presente" sempre que foi necessário e não deu indicação negativa alguma do golo sofrido no "derby".
Indiferente do que vier a acontecer, não será exagero algum afirmar que Portugal tem melhor equipa do que a Suécia e se mantiver a disposição colectiva que demonstrou no Estádio da Luz, e salvo imprevistos de força maior, está em muito boa posição para assegurar a passagem para a final do Mundial 2014 no Brasil.
Uma palavra final de reconhecimento para os mais de 61 mil espectadores que estiveram presentes no Estádio da Luz e que foram incansáveis no seu apoio à equipa de todos nós.
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