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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Subscrevo, na íntegra, a recém-decisão da Mesa da Assembleia Geral do Sporting CP de indeferir o requerimento para a realização de uma sessão extraordinária, que tinha como ponto único a revogação, com justa causa, do mandato dos titulares dos órgãos sociais do Clube.
Já tive ocasião de aqui referir as minhas razões para a não realização da AG e não vale a pena reiterar as mesmas nesta ocasião.
A explicação de Rogério Alves, presidente da MAG, está disponível aqui.
Eis o comunicado oficial da MAG:
A Mesa da Assembleia Geral do Sporting esteve esta terça-feira reunida para apreciar a resposta ao requerimento apresentado pelo movimento 'Dar Futuro ao Sporting' e adiou a divulgação do despacho para o próximo dia 11.
Durante várias horas, o Órgão liderado por Rogério Alves esteve a debater os argumentos apresentados pelo referido movimento, cujos porta-vozes são António Delgado e Carlos Mourinha, que visa a convocatória de uma Assembleia Geral Extraordinária para se votar a destituição dos actuais Órgaõs Sociais.
Num email enviado aos sócios, o Sporting divulgou quatro documentos, entre os quais os comunicados da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Directivo de segunda-feira à noite, assim como a Convocatória para a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) assinada por Jaime Marta Soares e com a data de 28 de Maio.
A Assembleia Geral, marcada para sábado, dia 23 de Junho, às 14h00, tem apenas dois pontos na Ordem de Trabalhos:
O primeiro diz respeito à Assembleia requerida pela Direcção, a 16 de Maio, e servirá para "Análise da situação do Clube e prestação de esclarecimentos aos sócios."
O segundo ponto diz respeito ao anúncio de Jaime Marta Soares, a 24 de Maio, ou seja, a deliberação sobre a "revogação colectiva, com justa causa", dos mandatos de Bruno de Carvalho e restantes elementos da Direção. Em nenhuma parte da convocatória é referido um eventual pedido dos sócios para a realização desta AG, nomeadamente na recolha de assinaturas, pelo que MAG assume a iniciativa da realização da mesma.
O outro documento que MAG fez distribuir aos sócios diz respeito à logística da própria Assembleia que o Conselho Directivo reclama ser ilegal - "pedido de apoio logístico ao Sporting para a organização de uma AG que, por ser ilegal, não se pode realizar".
No documento revelado e assinado por Jaime Marta Soares, este solicita, de forma oficial, ao Conselho Directivo, que assegure todas as condições para a realização da mesma, nomeadamente a reserva da Altice Arena, mobilização dos funcionários, contratação da Universidade do Minho para a votação em urna e apresentação de um Plano de Segurança.
No corpo do email a MAG faz questão ainda de referir que o Conselho Directivo pediu que fosse informado sobre a data para as eleições dos orgãos que estão demissionários - Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal e Disciplinar - e que está ainda pedida uma outra AG Ordinária, que deverá realizar-se até 15 de Junho, para aprovação do Orçamento.
O presidente da Mesa da Assembleia Geral demissionária, Jaime Marta Soares, anunciou a criação de uma Comissão de Fiscalização para "exercer transitoriamente as funções que cabem ao Conselho Fiscal e Disciplinar", também ele demissionário.
Eis a transcrição do documento na íntegra:
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, bem como todos os membros demissionários da Mesa da Assembleia Geral, informam os Sócios do Sporting Clube de Portugal nos seguintes termos:
1. Ao abrigo, nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 41.º dos Estatutos do Sporting Clube de Portugal, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral irá designar uma Comissão de Fiscalização para exercer transitoriamente as funções que cabem ao Conselho Fiscal e Disciplinar.
2. As eleições para os Órgãos Sociais do Sporting Clube de Portugal terão lugar nos termos e prazos estatutários.
Lisboa, 28 de Maio de 2018
"Quando os sportinguistas quiserem que saia do clube, basta que recolham as assinaturas necessárias e não terão de pagar qualquer custo pela assembleia-geral. Aí, se a vontade da maioria for a minha saída, acatarei no momento." (12 de Dezembro de 2017)
O que resta do Conselho Directivo reagiu com um extenso comunicado, através do qual, entre outras coisas, acusa Jaime Marta Soares de estar a tentar um "assalto ao poder":
A Mesa da Assembleia Geral do Sporting emitiu esta sexta-feira um comunicado em que lamenta o facto de na reunião da véspera o Conselho Directivo, liderado por Bruno de Carvalho, ter rejeitado todas as propostas que lhe foram apresentadas, nomeadamente a realização de eleições a 2 de Setembro.
Ainda lamenta que os membros da Mesa, assim como os do Conselho Fiscal e Discplinar, tenham sido sujeitos a ameaças, no ambiente deveras intimidatório da reunião.
Eis o comunicado da Mesa da Assembleia Geral:
1) Para a Mesa da Assembleia Geral é inequívoca a situação de profunda instabilidade e crescente divisão que atingiu o Clube e a necessidade de, o mais rapidamente possível, repor a normalidade e a coesão do mesmo, e considera também que apenas os Sócios têm plena legitimidade para apurar a responsabilidade por esta situação e determinar a solução mais adequada para os destinos do Clube.
2) A Mesa da Assembleia Geral não pode de modo algum ignorar os inúmeros pedidos de sócios, correspondentes a milhares de votos, para a realização de uma Assembleia Geral Extraordinária para destituição do Conselho Directivo.
3) Importa assinalar que a Mesa da Assembleia Geral apresentou ao Conselho Directivo uma solução que teria permitido a sua continuidade em funções até novas eleições, a realizar na data de 2 de Setembro de 2018, solução que teria evitado qualquer hiato na gestão do Clube e mais teria contribuído para limitar os danos resultantes da situação de instabilidade criada nos últimos meses.
4) A Mesa da Assembleia Geral constatou a insistente rejeição por parte do Conselho Directivo dessa solução, o que obriga à realização de uma Assembleia Geral Extraordinária visando a destituição dos membros do Conselho Directivo. Esta é a solução que mais respeita a vontade dos Sócios e mais rapidamente pode reestabelecer a normalidade no e do Clube, à luz do comportamento do Conselho Directivo e a sua reiterada oposição a qualquer outra das alternativas sugeridas pela Mesa da Assembleia Geral.
5) A Mesa da Assembleia Geral lamenta profundamente o comportamento do Conselho Directivo, incluindo a tentativa de obrigar os membros dos outros Órgãos Sociais a assinar uma suposta acta da reunião anterior (21 de Maio), sem qualquer correspondência com o que ocorreu no decurso da mesma.
A Mesa da Assembleia Geral lamenta também profundamente as ameaças e o ambiente intimidatório criado a que foram sujeitos os seus membros e os membros do Conselho Fiscal e Disciplinar nas próprias instalações do Clube. Estes factos são inaceitáveis e não correspondem à História do Sporting Clube de Portugal.
A Mesa da Assembleia Geral continuará sempre a agir no sentido de respeitar essa mesma História e promover a união entre todos os verdadeiros Sportinguistas.
6) A Mesa da Assembleia Geral reitera a todos os Sócios que continuará a agir em prol dos superiores interesses do Clube, sempre com toda a independência e imune a qualquer tipo de pressão.
Lisboa, 25 de Maio de 2018
A Mesa da Assembleia Geral
O novo "quasi oficioso" porta-voz do Sporting reporta este domingo que a mais recente onda de indignação contra Godinho Lopes - com petições e afins - não é nada de novo, dado que o Conselho Fiscal e Disciplinar analisa deste Outubro um requerimento com 100 assinaturas que visa a expulsão do ex-presidente do Sporting, assim como de Luís Duque, Nobre Guedes e Carlos Freitas.
O presidente deste órgão social - Bacelar Gouveia - recusou comentar o assunto, mas o PMAG, Jaime Marta Soares, teve isto para dizer:
Esse processo está no âmbito do CDF, que é quem tem competência para o analisar, portanto está em segredo de justiça. Só me pronunciarei se e quando chegar à Mesa da Assembleia Geral.
Luís Pires, antigo membro do Conselho Leonino e um dos promotores do requerimento de expulsão dos acima referidos, afirma que o assunto ganha redobrada actualidade pelas circunstâncias em torno do caso "Doyen":
A Doyen é um pretexto para atingir a actual direcção, porque provocou uma auditoria e, caso existam indícios criminais, irá remetê-los para o Ministério Público.
Se a memória não me falha, alguém fez recentemente um apelo a união no universo leonino. É por de mais evidente que está à vista !??
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