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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Algumas considerações de Rúben Amorim sobre o jogo da segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões frente ao Manchester City:
“Sabemos que vamos defrontar uma grande equipa. O Manchester City, tendo baixas, tem jogadores mais do que suficientes para apresentar grandes equipas. Vamos fazer o mesmo: apresentar a melhor equipa. A única gestão que temos feito é a carga física e proteger os jogadores. Vai jogar a melhor equipa e a que nos oferece mais garantias para ter um bom resultado".
"O nosso projecto passa muito pela formação, mas há que entender os momentos em que vamos meter os jogadores ou não. Isso foi pensado. O Dário [Essugo] podia ser uma opção para jogar de início, não vai jogar de início. Entendi que não deveria ser este jogo. Vamos fazer essa gestão, sabendo que temos uma grande responsabilidade. Não interessa se a eliminatória está fechada. É um jogo, queremos lutar pela vitória".
"Os jovens são o nosso futuro. Não temos de pensar que temos as fornadas que tivemos. A evolução é isso mesmo, a exigência vai sendo cada vez maior, não é fácil ter Matheus Nunes e Nuno Mendes todos os anos. Acreditamos muito nestes que têm vindo, há um crescimento muito grande na Academia Sporting. O investimento que está a ser feito no Clube demora tempo. São a base do nosso projecto.
O City demorou talvez 10 anos a construir a equipa que tem hoje e tem muito dinheiro. O Liverpool demorou quantos anos para ser campeão europeu? O [Jürgen] Klopp demorou cinco anos para ganhar o primeiro título. Nós não temos o investimento de fora, estamos a tentar criar riqueza para investir nos jogadores e na nossa formação. Temos qualidade. Nem todos os anos vamos conseguir fazer isso, há que ter essa noção".
“Tenho contrato com o Sporting e sou muito feliz no Sporting. Já estamos a trabalhar na próxima época há uns meses. Temos tudo planeado, ainda hoje falámos na pré-época. No futebol, tudo pode acontecer. Mas a vontade das partes é continuar, temos muito para fazer. Essa é a ideia".
Uma pergunta muito simples para o leitor...
Depois da derrota no Estádio José Alvalade, no jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Champions, qual é o objectivo do Sporting na visita a Manchester?
Há quem diga que o Mundo está nas mãos daqueles que têm a coragem de sonhar e correr o risco de viver os seus sonhos...
Na época de 1963/64, o Manchester United era considerado o colosso do futebol europeu, e ainda com Gentil Cardoso como treinador, venceu a primeira mão da eliminatória da Taça das Taças por esclarecedores 4-1.
Para todos parecia evidente o desfecho da eliminatória restando apenas saber por quantos golos de diferença o Manchester United iria eliminar o Sporting, um cenário semelhante ao de agora perante a formação do City.
Parecia para todos - menos para a equipa - que com uma vontade férrea e um querer inolvidável acreditou sempre que seria possível, tendo decidido remeter-se a um ambiente de clausura durante quinze dias treinando três vezes por dia.
A confiança da equipa começou a espalhar-se e na noite do jogo o antigo Estádio José Alvalade registou uma das suas maiores enchentes e sentia-se uma confiança colectiva dos adeptos na equipa e à entrada em campo ouviu-se vindo das bancadas um rugido imenso de "vamos a eles, vamos a eles".
Depois de avançar no marcador por 2-0, a equipa do Sporting, para o pasmo do Mundo, decidiu brindar os adeptos com mais três golos em sete minutos, fixando o resultado final em 5-0.
Os ingleses nem queriam acreditar no que lhes estava a acontecer, mas a demolição estava realizada e o resultado ficou para a história como a derrota mais pesada sofrida pelo Manchester United nas competições europeias.
ADENDA
O Sporting CP ruma a Manchester com 21 jogadores na comitiva: Adán, Virgínia, André Paulo, Coates, Luís Neto, Feddal, Gonçalo Inácio, Porro, Matheus Reis, Ricardo Esgaio, Rúben Vinagre, Ugarte, Dário Essugo, Renato Veiga, Nuno Santos, Edwards, Pablo Sarabia, Tabata, Rodrigo Ribeiro, Paulinho e Slimani.
Elitista, e mais alguns.
Ao ler este e outros comentários de treinadores de bancada, fico com a ideia que vivem fora da realidade. Até parece que o Sporting não jogou com a melhor equipa do mundo e que vale mil milhões de euros.
Até posso concordar, como observador leigo, que a equipa cometeu erros impensáveis, que o treinador falhou na estratégia, que pôs o jogador A e podia ter posto o B, que, como ele explicou na conferência de imprensa, com outra estratégia o resultado poderia ser ainda mais desnivelado, que mudar o sistema rotinado da equipa não ajuda no seu crescimento. Nunca mostrarei querer saber mais que o técnico, que está a construir esta equipa, que mudou o ADN de muitos anos no Sporting CP. Humildade fica bem.
Quanto ao leitor Elitista já é um clássico: aparece apenas nos momentos maus. No mínimo estranho. E como diz uma canção de Zeca Afonso, "a formiga no carreiro ia em sentido contrário...". Ainda bem que não é esse o rumo da maioria dos adeptos, como hoje ficou provado.
Texto da autoria de Nação Valente
Depois do Barcelona foi agora a vez do Manchester City ser afastado da Champions, ao cair por obra dos franceses do Lyon, por 3-1.
Adoro ver estes galácticos do futebol, com os seus orçamentos de centenas de milhões, serem afastados por adversários teoricamente inferiores.
Bem... não devo ser hipócrita, a realidade nua e crua é que gosto que isto aconteça com alguns galácticos. No caso do Manchester City, apenas e tão só porque não sou fã de Pep Guardiola, treinador com muita fama mas que não conseguiu levar o Bayern Munique ao título europeu, e agora está a acontecer o mesmo com a formação inglesa.
Depois do apuramento do PSG, esta é a primeira vez que duas equipas francesas chegam às meias-finais da Champions League.
O Lyon tem agora pela frente o Bayern Munique, em jogo agendado para quarta-feira, dia 19, e o RB Leipzig defronta o PSG na véspera.
É assim que bons treinadores se fazem grandes, ou não será ?...
Pep Guardiola já alertou a direcção do Manchester City que irá realizar uma profunda revolução na equipa inicial dos «citizens» e pretende contratar oito jogadores para entrarem directamente na equipa.
De acordo com o Mirror, Guardiola terá cerca de 263 milhões de euros para investir nos reforços que precisa para a equipa.
O técnico espanhol defende que apenas Aguero, De Bruyne e Fernandinho têm lugar na equipa inicial e que terá de ser apurado se Vincent Kompany, que teve sucessivas lesões, estará em condições de continuar.
O mesmo poderá ocorrer com o Manchester United por mão de José Mourinho. De algum modo, mas em escala algo inferior, o mesmo poderá ser dito de Jorge Jesus enquanto no Benfica.
Em inglês existe uma expressão, «sick as a dog», que, traduzida à letra, não faz muito sentido, «doente que nem um cão», mas, para o efeito, serve para sublinhar que quando há muito dinheiro, até dores de cabeça se compram.
Mario Bolotelli foi transferido do Manchester City para o AC Milan a troco de vinte milhões de euros, mais quatro milhões por objectivos, com o jogador a assinar um contrato válido até 2017 que o verá receber 5,5 milhões por época. O avançado italiano chegou a Manchester em agosto de 2010 por 22 milhões de euros e através da sua estadia no emblema inglês, tem-se evidenciado não pelos golos que marcou - 30 golos em duas épocas e meia, ou seja, 733 mil euros por golo, fora salário - mas pelas constantes guerras com o treinador Roberto Mancini, por via do seu insólito comportamento, além das suas mil e uma peripécias fora do relvado. Se há atletas que não merecem o talento que Deus lhes deu e a sorte que a vida lhes proporcionou, este é um deles.
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