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Recém-declarações de Manuel José - antigo treinador do Sporting, entre outros - à Antena 1, sobre o campeonato em curso e, mais especificamente, sobre a posição do Sporting:

"Era uma inevitabilidade o Sporting perder pontos, mas ainda tem oito de vantagem para o segundo classificado. Nada estava decidido, mas com a vantagem tudo indica que é o grande candidato a ser campeão nacional. A luta maior vai entre Benfica e FC Porto pelo segundo lugar, já que o SC Braga atrasou-se um pouco.

O Sporting perdeu dois pontos, é verdade, o FC Porto podia ter perdido dois pontos. O Benfica ganhou, podia ter vencido por três ou quatro mas também podia ter empatado. O SC Braga ganhou mas o Farense até podia ter vencido. Foram resultados apertados.

Enquanto os outros ganharam os jogos nos últimos minutos, o Sporting perdeu pontos com o empate. O campeonato ficou mais entusiasmante.

O VAR devia ter visto que um jogador do Moreirense teve uma entrada bárbara que nem para amarelo era. E um fora de jogo de dois centímetros é uma aberração. Às tantas vai ser ao milímetro".

publicado às 03:16

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Considerações de Manuel José à Rádio Renascença sobre a actividade dos três grandes no mercado deste Verão:

"João Mário é um jogador natural da casa, com características um bocadinho idênticas a Wendel. Nos últimos tempos, depois de sair do Inter, tem sido emprestado e as coisas não têm corrido muito bem. Vamos ver o que vai acrescentar. Por outro lado, o Sporting precisava de mais cinco ou seis jogadores de muito boa qualidade, jogadores com nível para jogar num clube grande. Não o conseguiu, portanto pouco vai mudar no Sporting, na minha modesta opinião".

"Tenho a expectativa de ver em que vão resultar as saídas de Danilo e Alex Telles, mas acho que o FC Porto acabou por se reforçar bem melhor que o Benfica sem ter gastado tanto dinheiro".

"O Benfica não conseguiu contratar os jogadores que o seu treinador pretendia devido aos preços praticados. O central escolhido acabou por ser o francês Jean-Clair Todibo, de 21 anos, emprestado pelo Barcelona e sem experiência nenhuma de jogar num clube grande. Uma incógnita agravada pela fragilidade física de Jardel, que de cada vez que joga magoa-se".

"O FC Porto perdeu Alex Telles e Danilo, mas compensa com uma cultura competitiva que é quase única em Portugal. Podem jogar pouco, pode haver jogos em que a qualidade técnica pode deixar a desejar, mas morrem dentro do campo se for necessário e têm uma cultura de vitória tremenda. Eles encarnam o espírito do seu treinador, que já era assim como jogador também".

"Quando o FC Porto perde pontos, o Benfica tem dificuldade em ganhar pontos. Isso tem muito a ver com carácter e personalidade. O Benfica não tinha mentalidade de campeão na época passada e, apesar da conversa toda do Jesus, que iam render três vezes mais, já começou a dar demonstrações que não tem mentalidade de campeão".

publicado às 03:49

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Manuel José no programa Grande Área da RTP3, com muitas críticas ao Sporting, com o recém-jogo com o Rosenborg a ser o centro da sua atenção.

Já aqui referi noutros escritos que considero Manuel José o melhor treinador português do seu tempo, tendo presente a vertente técnica, embora não nutre o mínimo de simpatia pelo homem. 

Tive ocasião de privar com ele, enquanto liderava o Sporting, e mais tarde, quando estava ao leme do Belenenses. Ocasiões essas que não deixam saudades algumas.

Ao ler as suas considerações críticas - e até tem razão em muita coisa - o leitor deve ter em mente que Manuel José é pessoa de péssimo feitio que não hesita em criticar terceiros e até dar a proverbial machadada em colegas de profissão.

Aliás, este seu feitio é a principal razão que o impediu de realizar o seu sonho de liderar a Selecção Nacional, sendo, no entanto, melhor treinador do que muitos outros que por lá passaram.

Eis o que ele teve para dizer:

"A atmosfera continua difícil. Se olharmos para este jogo (Rosenborg), a segunda parte do Sporting, por amor de Deus, foi horrível! Tive de ver porque vinha para aqui, senão tinha mudado de canal, com tantos jogos que estavam dar na televisão.

Esta história de jogar com três centrais, meus amigos... joguei 8 anos assim no Al-Ahly, no Egipto, e 4 anos no Boavista. Quando o nosso defesa central ganhava a bola, se o adversário metesse cinco jogadores no ataque ele tinha de sair imediatamente a jogar e a defesa toda saía com ele, para pôr aqueles cinco jogadores, caso perdêssemos a bola, em fora de jogo. E o líbero subia para a posição dele.

No Sporting o único capaz de fazer isso é o Mathieu. O Coates é muito bom a defender, mas quando tem a bola, aquilo para ele é um objecto estranho, não sabe o que lhe fazer. Joga um futebol muito directo mas a bola não vai para ninguém, vai sempre para o adversário.

Eles com três defesas jogam de forma defensiva... jogar com três defesas é para dar 'corda aos sapatos' aos outros jogadores, para atacar com mais segurança. A segunda parte do Sporting foi um desastre!

O departamento de scouting do Sporting deve ter problemas de consciência que nunca mais acabam! Há ali dois ou três jogadores que não têm nível nenhum para jogar no Sporting CP. Não me lembro de uma equipa tão ruim. Não há milagres, aquele jogo em Tondela foi uma coisa assustadora.

Em Tondela, os passes que os centrais faziam entre eles... A bola não saía dali, era para trás e para o lado. Estavam a jogar com dois pontas-de-lança, meteram três extremos, porque este miúdo, o Rafael Camacho é um ala. Depois de sofrerem o golo mandaram os dois centrais para ponta-de-lança, isto é ridículo. O Sporting praticamente não criou nada.

A aposta que Silas fez frente ao Rosenborg ao meter aqueles miúdos todos a jogar foi um risco. Aqueles jogadores não têm ritmo competitivo nem experiência, foi um risco grande e os jogadores não ganharam nada com aquilo."

Como referi no início do texto, Manuel José diz muitas verdades, aliás, várias que já foram debatidas aqui no Camarote Leonino, mas com alguns exageros à mistura, e com o seu usual azedume.

Achei alguma piada (a propósito do que Manuel José afirmou) ao que Jorge Silas teve para dizer este sábado, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Belenenses. Eis uma das suas declarações:

"Percebo que há opções minhas que nem toda a gente entende, mas tenho de as tomar, sou o treinador e o meu grande objectivo é aumentar a competitividade interna, porque sou teimoso. Nunca desisto de nenhum jogador. Esqueço o mercado completamente, para mim está completamente fora de questão. O meu foco é preparar os que entendo que estão a um nível que, com alguns ajustes, sei que podem ajudar. Sou demasiado teimoso para vacilar ou desistir de algum jogador. A competitividade interna vem antes das vitórias. Esse é o nosso foco".

publicado às 04:46

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Considerações de Manuel José, antigo treinador do Sporting, entre outros, sobre a derrota que o Sporting sofreu na Supertaça e o possível futuro impacte no treinador:

"Perder 5-0 com o Benfica não é a mesma coisa que perder 5-0 com o Bayern Munique ou com o Manchester United. É com o Benfica, que é o principal rival, o rival da cidade. Pode muito bem deixar mossa em termos futuros e vai, de certeza, começar a levantar-se problemas, porque a cabeça do treinador é que fica sempre no cepo quando isto acontece e a contestação vai começar".

Sobre a actuação de Bruno Fernandes:

"Isto tem sido um romance, um folhetim tremendo, e mexe com o inconsciente de um jogador. Ele estava claramente afectado, mas é de campeão, porque na segunda parte correu muito mais do que na primeira, quanto mais golos o Sporting sofria, mais ele corria, mais ele queria chegar à frente, mais ele queria fazer as coisas bem feitas, o que demonstra que tem carácter e personalidade.

Foi nestes últimos dois anos o jogador mais importante do Sporting CP e da Liga. Se o Bruno Fernandes for embora, o Sporting ficará muito mais fragilizado e pode agudizar as coisas."

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Entretanto, o «capitão» publicou uma mensagem na sua conta no Instagram:

"Não é momento para muitas palavras, não é momento de levantar a cabeça, é momento de baixar a cabeça e pensar nos erros que cometemos e que nunca mais os devemos voltar a cometer! É o momento de pensar o que fez com que ganhássemos as taças que ganhamos o ano passado e que a união e companheirismo que tivemos nos levou a essas conquistas!

Aproveito e agradeço e peço desculpa a todos aqueles que se deslocaram até ao Estádio do Algarve ou que mesmo desde casa nos apoiaram!".

publicado às 03:34

Fotografia com história dentro (152)

Leão Zargo, em 23.06.19

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Uma vitória efémera!

Ralph Meade, Manuel Fernandes e Mário Jorge festejam um golo, perante o desalento de Dito, Oliveira e Silvino. Foi no célebre Sporting 7 - Benfica 1, em 14 de Dezembro de 1986, a tarde em que os “leões devoraram gulosamente as águias” (Aurélio Márcio, no jornal A Bola) e o último dia em que Silvino equipou de azul.

Este jogo, memorável para os leões e desastroso para os encarnados, encerra várias lições. A primeira é de que uma vitória pode ser apenas uma vitória. Mesmo um triunfo assim invulgarmente volumoso. No final, o Benfica foi o campeão nacional com vinte vitórias, nove empates e somente uma derrota. Essa, a do 7-1, precisamente. O Sporting ficou em 4º lugar, com menos onze pontos do que o rival de sempre.

Outra grande lição decorre da inconstância dos adeptos. Muitos benfiquistas presentes na bancada Superior Norte entenderam que aquela seria a melhor ocasião para fazer uma fogueira onde queimaram bandeiras e cachecóis do seu clube. Há quem garanta que houve cartões de sócio que foram à vida. Palpita-me é que que poucos meses depois tiveram de ir a correr à “Loja” para comprar à pressa os apetrechos para a festa do título.

Há ainda uma outra lição, mas essa bem amarga para o treinador Manuel José. Em 14 de Dezembro dirigiu os leões no celebrado 7-1, mas não aqueceu o lugar durante muito mais tempo. Naquela tarde em Alvalade houve abraços entre todos, menos de um mês depois, em 11 de Janeiro, recebeu a guia de marcha depois de um empate com o Rio Ave (0-0). Depois da euforia, a solidão. Mistérios que o futebol tece.

Ficha de jogo:

Campeonato Nacional, 14ª jornada

Sporting 7 - Benfica 1

Estádio de Alvalade, 14 de Dezembro de 1986

Árbitro: Vítor Correia (Lisboa)

Sporting - Damas, Gabriel, Venâncio, Virgílio, Fernando Mendes (Duílio, 78), Oceano, Zinho, Litos (Silvinho, 78), Mário Jorge, Manuel Fernandes e Ralph Meade

Treinador - Manuel José

Benfica - Silvino, Veloso, Dito, Oliveira, Álvaro, Shéu (Nunes, 58), Diamantino (César Brito, 72), Carlos Manuel, Vando, Chiquinho e Rui Águas

Treinador - John Mortimore

Golos: 1-0, Mário Jorge (15), 2-0, Manuel Fernandes (50), 2-1, Vando (59), 3-1, Ralph Meade (65), 4-1, Mário Jorge (68), 5-1, Manuel Fernandes (71), 6-1, Manuel Fernandes (83) e 7-1, Manuel Fernandes (86)

publicado às 12:59

Reflexão do dia

Rui Gomes, em 01.05.19

 

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Em entrevista à Rádio Renascença, Manuel José adiantou algumas considerações sobre a actualidade do campeonato nacional de futebol:

 

"Há que continuar a desconfiar porque as coisas ainda não estão resolvidas. O Benfica ganhou no Estádio do Dragão ao Porto, e logo a seguir entregou de bandeja dois pontos ao Belenenses e dois pontos ao FC Porto.

 

Portanto, não parece que as coisas já estejam resolvidas. O FC Porto empatou em Vila do Conde depois de estar a ganhar 2-0 até os 85 minutos e depois ofereceu dois pontos ao Rio Ave e ao Benfica também. O Rio Ave é uma boa equipa, nos últimos jogos tem subido, tem vindo a crescer. Fui despedido do Benfica em Vila do Conde, onde perdemos 3-1 e eu espero que a história não se repita.

 
O plantel do Sporting de Braga ainda não tem essa estatura mental. Com os grandes, o Braga só ganhou um jogo, ao Sporting, e numa fase má do Sporting. E, se fosse hoje, provavelmente não ganharia".
 

publicado às 04:48

Fotografia com história dentro (121)

Leão Zargo, em 11.11.18

 

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O Sporting de Manuel José em 1986-87

 

Manuel José foi o treinador do Sporting que iniciou a época de 1986-87. O presidente João Rocha, com problemas de saúde e cansado das inúmeras guerras do futebol em que se envolveu, preparava-se para se retirar. O plantel leonino sofreu uma sangria no Verão de 1986, tendo saído razões diferentes, Jordão, Sousa, Jaime Pacheco, Saucedo, Katzirz, Romeu, Carlos Xavier (emprestado à Académica) e Eldon. Quando se iniciou a pré-época nas Açoteias o plantel era constituído apenas por catorze jogadores. Depois, a conta-gotas, foram chegando Vital, Silvinho, Mário, João Luís, Zinho, McDonald, Negrete, Marlon Brandão e Peter Houtman. Dos juniores foram promovidos Rui Correia e Nelson Reis. Frank Rijkaard esteve três dias em Lisboa, custava 50 mil contos, mas não foi contratado.

 

O que começa mal, tarde ou nunca se endireita, como é sabido. Foi o ano do 7-1 ao Benfica, do 9-0 ao Akranes na Islândia e de uma eliminatória épica com o Barcelona na Taça UEFA (derrota fora por 1-0 e vitória insuficiente em casa por 2-1). Mas, o resto correu quase tudo mal, e Manuel José orientou em 11 de Janeiro de 1987 pela última vez a equipa leonina nessa época. O Rio Ave foi empatar a Alvalade (0-0) e o técnico algarvio recebeu a carta de despedimento. Marlon e Houtman, que ele tanto tinha desejado, estrearam-se finalmente nesse jogo depois de demoradas negociações. Mas, foi o adjunto Marinho Mateus quem sentou no banco na semana seguinte num jogo com o Oriental para a Taça de Portugal.  

 

Na fotografia do jornal A Bola (Julho de 1986), Manuel José e o jornalista Joaquim Rita conversam no areal da praia das Açoteias.

 

publicado às 13:07

O «derby» mexe com todos

Rui Gomes, em 22.04.17

 

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Zico

 

«O meu pai fazia bacalhau na brasa aos domingos sempre que

havia um jogo do Sporting. Hoje vou estar em

Alvalade e vou torcer pelos leões».

 

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 Manuel José

                                                                                        

«Já não há rivalidade entre os grandes. É puro ódio».

 

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 Iordanov

 

«Tudo o que acontecia dentro das quatro linhas

ficava lá. Para mim, não havia cá guerras.

Era amigo de jogadores do Benfica».

 

publicado às 04:38

"Mais valia ter jogado Podence"

Rui Gomes, em 06.02.17

 

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«O Jesus acha que consegue fazer um jogador de um cabo de vassoura. Quer mostrar que tem sempre razão, mas nem sempre as suas apostas estão correctas. Ele gosta de jogar sempre no risco e eu identifico-me com essa postura. É uma das razões pelas quais gosto dele. Mas quando assume esse risco também tem de assumir a responsabilidade se as coisas correm mal. Atirar as culpas para o Palhinha e para o Casillas já não me parece bem.

 

Na generalidade, não se faz apostas de risco nestes jogos (Matheus). Fazer invenções pode ser catastrófico, é o que a história nos diz. Mais valia ter jogado o Podence, que tem ritmo de I Liga e está moralizado. Quando se quer ser campeão não se devem fazer apostas daquelas».

 

Considerações de Manuel José sobre o clássico de sábado e as decisões de Jorge Jesus.

 

publicado às 14:15

 

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«Os árbitros ainda estão com a cabeça a prémio e agora começam a ficar os treinadores e os dirigentes em função das expectativas desmesuradas que se criaram. Há um equilíbrio emocional precário provocado por essas ambições desmedidas de ter de se ganhar de qualquer maneira, o que provoca instabilidade. O Sporting é o produto acabado da sua própria instabilidade, das expectativas desmesuradas que se criararam, de tantas certezas quando no futebol não há certeza alguma.

Há um sério problema de falta de confiança dos jogadores. Não aguentam a fortíssima pressão que lhes cai em cima fruto das declarações sempre bombásticas do presidente e do treinador. O Sporting é uma equipa parada, lenta, previsível, o que é a antítese do Sporting do início do campeonato e da época passada.

O Sporting vai ganhar em Chaves. Se forem eliminados, não sei se não rolarão cabeças - o povo quer resultados -, mas espero que isso não aconteça. Mesmo sobre brasas, o Sporting será sempre melhor do que um Chaves tranquilo e confiante, com todo o respeito para com o Chaves. É nestes jogos que se vêem os jogadores: os que são bons crescem; os que são menos bons ficam anões. É um jogo para homens de barba rija.
 
Se olharmos para os capitães naquelas declarações vimos que o rosto deles não transmite tranquilidade a ninguém. Tentaram ultrapassar o que certa imprensa dizia acerca de gritarias e insultos que são mais apropriados a estas situações do que uma conversa com um balneário frustrado. Não acredito que tenha sido uma conversa tranquila nem pouco mais ou menos.

Quem tem de fazer aquilo é o treinador e não com insultos. Normalmente, depois dos jogos, não se têm essas conversas com jogadores. Esse tipo de conversa é meio caminho andado para criar conflitos no grupo. Quando olhei para a cara deles na televisão, era claro como a água que aquilo não foi uma conversa normal. Os jogadores foram constrangidos para fazer aquela declaração, num querer amenizar e atenuar o problema sério que aconteceu no balneário, sem a presença do treinador. Foi constrangedor ver dois bons jogadores, campeões da Europa, assim».
 

publicado às 03:42

 

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FALTA DE OPÇÕES

"Jesus não muda porque não tem soluções à altura. Markovic é um insucesso, Elias joga pouco e o André pouco joga. O Castaignos está mais... para o cinzento. Não se aposta, também, em miúdos talentosos como o Matheus. Nem sempre se transforma um pau de vassoura num jogador".

GRAU DE EXIGÊNCIA

"Jesus mudou pouco porque percebeu que isto começou a ficar apertado e no jogo com o V. Setúbal, o mais acessível desta série, foi cauteloso e deu-se bem. Mas o problema dele é que as substituições não têm resultado. Aos adeptos foi prometido o céu e até ver... tudo isso cria maior ansiedade e responsabilidade entre os jogadores".

ROTATIVIDADE

"É preciso que os jogadores se identifiquem com os companheiros e no máximo devem ser alterados dois a três jogadores para manter uma base consolidada. Veja o exemplo do Bruno César: joga em todo o lado mas não se consolida como devia".

DISCURSO DO TREINADOR E DO PRESIDENTE

"Outro dos problemas passa pelo discurso de presidente e treinador, que acaba por ter influência na forma cada vez mais ansiosa como os jogadores entram em campo. E também se acumularam demasiadas vitórias morais".
 

publicado às 11:39

O "roto" falando do "esfarrapado"

Rui Gomes, em 18.05.16

 

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«Para mim, Jesus é o melhor de todos mas não é o melhor do mundo como ele pensa que é. Não tem respeito por ninguém – desrespeita toda a gente só para alimentar aquele ego enorme que tem. E não lhe fica bem. Mas também não pode ficar à espera que os outros o respeitem a ele. Quando se perde, temos também de perder o mau feitio, sermos magnânimos e dar os parabéns aos que ganham. Saber perder também é uma virtude.

Jesus quis entrar em 'mind games' de uma forma que não é aceitável. Disse agora no final que ele inventa, os outros imitam e ele é que ganha. Mas quem ganhou foi Rui Vitória. Ganhou 20 dos últimos 21 jogos. É um treinador incompetente? Não sabe o trabalho que está a fazer? A equipa está mal organizada? Nestes últimos 21 jogos, o Benfica foi melhor que o Sporting».

 

 

Achei piada a estas declarações de Manuel José, tendo eu tido a oportunidade ao longo dos anos de pessoalmente conhecer e lidar com o seu mau feitio, assente em um ego que se manifesta de modo diferente do de Jorge Jesus, mas que, mesmo assim, não deixar de ser igualmente controverso e conflituoso.

 

Dito isto, não deixa de ter razão no que se refere no primeiro parágrafo, já no segundo, teríamos de debater a questão com maior profundidade. É verdade que Rui Vitória é o treinador campeão, mas também acredito que por estas horas ele deve reflectir vezes sem conta como foi possível esta realização no seu primeiro ano ao leme do clube da Luz. Creio que, sobretudo, ele testemunhou em primeira mão, de forma favorável, aquilo que sentia na pele, de forma desfavorável, enquanto era treinador adversário.

 

Voltando a Manuel José, já o afirmei em outros escritos e não hesito em reiterar esta minha opinião: tecnicamente, de longe o melhor treinador português da sua geração - muito superior a Fernando Santos - e que merecia ter tido a oportunidade de comandar a selecção nacional. Essa não ocorrência, deve-se, sobretudo, ao seu mau feitio, mas também às 'démarches' nebulosas dos corredores do poder do futebol português. 

 

publicado às 12:17

  

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Manuel José dá o seu parecer sobre as recém-manchetes que revelam o interesse de Jardel (Benfica) em ser chamado à Selecção Nacional, assim como o enquadramento geral dos actuais centrais da "equipa das quinas".

 

«Não faz qualquer sentido" pensar em Jardel para a Seleção Nacional. Terá um tempo muito curto para dar à Selecção. Apesar da míngua de centrais que temos, e os que temos são todos já ‘balzaquianos’, com uma certa idade, outros estão a aparecer. Temos Bruno Alves, Pepe e Ricardo Carvalho, principalmente o Ricardo, que tem 37 anos, que estão perto no final das suas carreiras, mas continuam a ser excelentes jogadores. Não vejo qual o interesse de pôr na seleção um jogador naturalizado com 30 anos.

 

José Fonte, também de 32 anos, joga num campeonato muito mais competitivo, mesmo não jogando numa grande equipa como o Jardel, mas é português genuíno e faz muito bem aquilo que o Jardel poderia fazer. Aliás, tecnicamente é melhor do que o Jardel.

 

Depois do Europeu, o único que vai sair da Seleção é o Ricardo Carvalho. O Bruno Alves e o Pepe vão continuar a ser chamados quase de certeza porque estão em muito boas condições. Depois temos o Tiago Ilori, Rúben Semedo, Paulo Oliveira, Tobias Figueiredo e até este miúdo do Braga [Ricardo Ferreira], que já se anuncia como alvo do interesse do Benfica. E outros jovens haverá que serão uma aposta muito mais interessante do que estar a dar nacionalidade a jogadores trintões.»

 

Creio que é uma análise certeira deste experiente treinador, embora me deixe a pensar sobre o futuro de Paulo Oliveira e Tobias Figueiredo, face às recém-opções de Jorge Jesus e o excesso de centrais no Sporting.

 

publicado às 05:04

O que dizem eles

Rui Gomes, em 19.11.15

 

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«Já tivemos dois dérbis e ainda não chegámos ao fim do primeiro terço do campeonato. É caso para dizer que já são derbies a mais em tão pouco tempo. Mas a verdade é que são estes jogos que aceleram a paixão pelo futebol. Esperamos que este tenha a mesma qualidade dos outros dois, é verdade que mais pela parte do Sporting que do Benfica. Mas é um jogo que anima toda a gente, dá ao futebol uma dimensão maior que os clubes. Há sempre alguma ansiedade antes destes jogos.

 

Num jogo a eliminar não há favoritos. Falta o Benfica ganhar na Taça para que as coisas fiquem equilibradas mas é verdade que o Sporting tem feito melhores exibições que o Benfica. Ganhou os outros dois jogos, é o primeiro classificado do campeonato e tem mais confiança, mais moral.»

 

 

Manuel José em declarações à Antena 1.

 

publicado às 07:37

 

Em entrevista à CMTV, Manuel José comentou a actual situação entre Sporting e Benfica, assim como os problemas de violência no futebol:

 

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«Não faz sentido absolutamente nenhum (corte de relações). Parece que as claques é que mandam nos presidentes e nas direcções dos clubes. Em jogos em que não estejam os três grandes é confrangedor ver os estádios sem ninguém, e com estas cenas todas, qualquer dia, mesmo os jogos dos grandes não vão ter espectadores, porque a gente de boa fé não vai aos estádios.

 

Os clubes não fazem absolutamente nada para acabar com esta situação. Em Inglaterra aconteceu o que aconteceu e acabaram com os hooligans. Li que a Federação vai impor mais multas... Mas que multas ? Os clubes têm é de banir essas pessoas e a FPF puni-las. E não punir os clubes, fazendo dinheiro.»

 

Não deixa de ter alguma (até muita) razão e é bem verdade que as claques, de há uns anos a esta parte, têm tido uma influência que não deviam ter nos clubes, não obstante o indiscutível apoio que dão às equipas desportivas.

 

publicado às 04:34

 

 

Em declarações à RTP Informação, esta sexta-feira, Manuel José reiterou os seus já bem conhecidos sentimentos sobre José Eduardo:

 

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«Estas críticas deverão custar mais dinheiro em tribunal. Pouco mais tenho para dizer em relação a este indivíduo. Ele diz este tipo de coisas de um treinador como Marco Silva que tem um percurso quase imaculado, e tem uma imagem intacta a nível moral e ético. Esse senhor vai ter de provar todas estas coisas que diz. Ele devia era dizer o que sabe porque só fala em projectos sem dizer qual é. Não acredito que o presidente do Sporting o tenha mandatado para seja que for. Não quero comentar porque não quero dar-lhe protagonismo a qualquer preço que é o que ele quer. A este tipo de pessoas, temos de dar-lhes um chuto para o lixo. É o que se deve fazer.»

 

Não concordo inteiramente com Manuel José no que diz respeito ao papel do presidente do Sporting neste imbróglio. Se José Eduardo não foi mandatado por Bruno de Carvalho - o que é muito discutível - acho que, no mínimo, pela evidência claramente à vista, tem vindo a público com as suas notórias babosices com a sua anuência.

 

E aqui reside a essência da questão - parafraseando Manuel José -, qual a razão que Bruno de Carvalho não "dá o chuto para o lixo" a este personagem ?

 

publicado às 04:07

Manuel José "sem papas na língua"

Rui Gomes, em 27.12.14

 

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Como nos habituou ao longo dos anos, não há ambiguidades no discurso do  ex-treinador do Sporting. Instado a comentar a actual situação do seu antigo clube, Manuel José não hesitou:

 

«José Eduardo não presta para nada, tem os interesses dele e Marco Silva é um excelente treinador, que merece a oportunidade que tem no Sporting. Espero que Bruno de Carvalho se deixe dessas coisas acessórias, até porque tem feito um trabalho positivo e os sportinguistas querem o Sporting lá em cima.»

 

Certo ou errado, sem ambiguidades...

 

publicado às 17:14

Frase da Semana

Rui Gomes, em 21.11.14

 

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«Se me tivessem ligado a perguntar pelo Shikabala teria dito que ele era um pequeno génio, mas aconselharia a não o contratarem por que é uma loucura. Ele não aceita ordens de ninguém. Não tem cabeça e tem um grau de irresponsabilidade total. Escusavam de ter gasto dinheiro.

 

Quase nenhum dos jogadores contratados no início da época estão a jogar. Dos 14 só jogam dois. As excepções são os defesas centrais porque o Maurício se lesionou e o Rojo foi embora. Os outros andam a jogar na equipa B. O barato fica caro. Com o dinheiro gasto dava para contratar três bons jogadores para serem titulares.»

 

-    Manuel José    -

 

Observação: Concordo genericamente com as declarações do técnico e, na realidade, não é nada que já não se tenha dito aqui no Camarote Leonino, repetidamente. Com tudo isto, vai ser interessante ver o desfecho do caso Shikabala.  Em entrevista à "Antena 1", Manuel José ainda afirmou que já esperava que a contratação do egípcio não resultasse, pelas razões que citou. Entendo, no entanto, que este caso, apesar da controvérsia, é menos consequente do que a questionável política de contratações do início da época e, nesse contexto, estou completamente em sintonia com o antigo treinador do Sporting.

 

publicado às 16:13

Vamos ouvir quem sabe do que fala...

Rui Gomes, em 11.11.14

 

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Invariavelmente, a nossa palavra não tem grande "peso", por sermos vistos apenas como mero adeptos, mesmo quando contamos com largos anos de experiência a liderar equipas de futebol a níveis vários. Vamos, então, acreditar em quem é bem conhecido publicamente e é reconhecido por saber do que fala. Já tive ocasião de referir aqui no Camarote Leonino, que lidei com Manuel José diversas vezes ao longo dos anos. Sensações menos agradáveis, muito pela complexa personalidade do homem, mas nem por isso deixamos de o reconhecer como um dos melhores treinadores de futebol da sua geração, incomparavelmente superior ao actual seleccionador nacional, cargo que não desempenha apenas e tão só pela sua difícil maneira de ser e estar.

 

Manuel José é um profundo conhecedor do futebol português, em geral, e do Sporting, em particular, entre outros motivos, pelas suas passagens pelo Clube. Teve isto para dizer sobre a actual equipa:

 

«Com dez golos sofridos em igual número de jogos no campeonato, o Sporting apresenta um registo defensivo longe do esperado. E apenas em três jogos não sofreu golos. Os resultados explicam isto: muito dificilmente uma equipa que sofre tantos golos e em tantos jogos pode ser candidato ao título. E os golos têm acontecido sobretudo pelo centro da defesa. O Maurício, que na sua primeira época na Europa se apresentou muito forte na marcação e teve uma campanha quase sem mácula, tem estado desastroso; a saída do Rojo teve muito peso. O Sarr também tem tido uma série de problemas e agora surge o Paulo Oliveira, que tem parecido o mais estável, mas ainda é muito jovem.

 

Tem a ver com a falta de qualidade dos centrais. Dou o benefício da dúvida ao Paulo Oliveira, que, apesar da sua inexperiência, procura solidificar a sua posição - penso que vai dar um bom central. Mas os centrais têm tido uma influência decisiva no índice de golos sofridos, sem sombra de dúvidas. A começar pelo empate em cima da hora com o Maribor; o Sarr também fez um autogolo contra o FC Porto; a própria expulsão do Maurício em Gelsenkirchen, contra o Schalke, mostra essa intranquilidade. Mas o meio-campo também tem culpa: agora as equipas têm de defender em bloco e atacar em bloco.

 

Tem de haver uma consciencialização colectiva da equipa, que sabe que tem ali o seu calcanhar de Aquiles. Os problemas têm acontecido, em última instância, no centro da defesa, mas se houver um apoio efectivo dos médios, sobretudo, mas também, até, dos avançados, as probabilidades de sofrer golo descem consideravelmente. Todos têm de ajudar. Só assim os centrais não estarão tão expostos, vão serenar e fazer melhor o seu trabalho.»

 

Análise correcta e sensata de Manuel José que, ao fim e ao cabo, até não sublinha novidade alguma, para os mais conhecedores e atentos. Este estado das coisas com o eixo defensivo do Sporting é uma pura consequência das decisões tomadas no Verão pela SAD, sejam estas pelas mãos de Bruno de Carvalho, Augusto Inácio ou quem quer que seja. A necessidade que sempre foi óbvia, severamente agravada pelas saídas de Marcos Rojo e Eric Dier, não foi devidamente compensada, mesmo tendo em conta os condicionalismos financeiros.

 

Consta na comunicação social - com ou sem fundamento - que o Sporting procura um jogador para a posição "10" no mercado de Janeiro. A prioridade continua a ser um defesa central suficientemente experiente e com a capacidade para fazer a diferença, pelo menos ao nível do que esta defesa leonina necessita.

 

publicado às 15:05

 

O nome de Manuel José já foi debatido inúmeras vezes ao longo dos anos, para o cargo de seleccionador nacional. Sempre falado, nunca escolhido, por razões pouco ou nada assentes na sua capacidade técnica e de liderança ou experiência. Perante a vaga deixada pela saída de Paulo Bento, o antigo treinador do Sporting não expressa o seu desejo de assumir a função, mas a sua receptividade não é mistério algum.

 

Eis algumas das suas considerações de momento:

 

«É uma decisão que me surpreende muito, principalmente depois das declarações feitas no final do Portugal-Albânia, que fizeram crer que iria enfrentar esta vaga de contestação. Na altura, disse que não seria por uma derrota que iria sair e eu defendi-o. Confirmando-se que a decisão partiu dele, isso quer dizer que Bento não conseguiu lidar com a contestação. O mais sensato teria sido deixar o cargo após o Mundial do Brasil e estranho o timing da decisão. Uma vitória frente à Dinamarca teria dissipado as críticas.»

 

«O divórcio entre Paulo Bento e a opinião pública é fácol de explicar: Scolari aglutinou os portugueses en torno da Selecção. Queiroz começou a distanciar e Paulo Bento, com o seu ar austero, pouco comunicativo, acabou por afastar os adeptos. Cada um tem a sua forma de ser, mas o facto é que nunca foi uma figura simpática. Quando se ganha, ninguém repara nisso, mas nos maus momentos ninguém perdoa.»

 

«Já não crio expecttivas. Tenho oito títulos continentais em África, mas cá é como se tivesse ganho oito campeonatos de matraquilhos. As pessoas na rua dizem-me que eu devo ser seleccionador, mas no meu caso não é o povo quem mais ordena...»

 

publicado às 05:06

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