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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não é claro a que propósito Óscar Arias - director desportivo do Sevilha - ainda fala de Marvin Zeegelaar, que, recorde-se, esteve muito próximo de reforçar o emblema andaluz este Verão. Seja qual for a sua motivação, eis o que ele teve para dizer, esta terça-feira, em entrevista ao Canal Sur Radio:
"Sobre o Marvin houve demasiada conversa. O jogador chegou a vir a Sevilha e passou nos exames médicos. Estávamos à espera de ultimar a documentação e, nesse espaço de tempo, o Sporting incluiu umas cláusulas de penalização sobre o jogador e mudaram uma série de questões que nem se colocaram antes. Eles não queriam que ele pudesse reforçar o Benfica ou o FC Porto no futuro. Nós cansámo-nos e começámos a olhar para outras opções".
O defesa holandês acabou por ir para o Watford de Marco Silva por cerca de 3 milhões de euros, mas o que o mais me confrontou é que o negócio que acabou por cair por terra com o Sevilha é um numa série em que o Sporting surge com exigências de última hora não previamente negociadas. Não levei a cabo qualquer pesquisa para citar casos, mas tenho memória vívida de terem ocorrido no passado recente.
A outra questão, que já referi em outros textos, é a constante obcecação com a cláusula "anti-rival" até com activos que não passam de meros excedentários. Acho um autêntico exagero, daí considerar uma obcecação, além de, na minha opinião, ser um condicionante contratual que não devia ser permitido, por inibir a livre movimentação laboral de um jogador de futebol, uma vez que o clube empregador deixou de querer os seus serviços.
Aliás, discutivelmente, uma consideração que se pode associar ao acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça da União Europeia relativamente à "Lei Bosman" de 1995.
Não é novidade alguma surgirem notícias sem qualquer fundamento sobre o Sporting, nomeadamente no que diz respeito ao mercado de Verão. Precisamente por este estado de coisas, não queremos acreditar que haja o mínimo de verdade no que está a ser noticiado sobre as negociações com o Sevilha relativamente a Marvin Zeegelaar.
Recém-reportagens surgem a indicar que a transferência do jogador holandês para o Sevilha estava praticamente fechada, com o Sporting em vias de encaixar três milhões de euros no imediato, mais 500 mil euros em objectivos, mas o negócio caiu por terra. Isto, supostamente, porque a SAD exigiu colocar no contrato a cláusula anti-rivais que os andaluzes rejeitaram.
Além do mais, já havia sido noticiado esta quinta-feira pela imprensa espanhola que o negócio tinha abortado na sequência das inúmeras críticas dos adeptos nas redes sociais e nos canais oficiais do clube espanhol.
Esta segunda notícia até é plausível, mas a primeira parece-me pura e simplemente fantasista, tendo em conta que se trata de um jogador que tem sido severamente criticado enquanto no Sporting pela sua diminuta qualidade, ao ponto de nem sequer estar autorizado a treinar com a equipa, apesar de ter contrato com o Clube até 2020, e que custou apenas 400 mil euros.
Com tudo isto sobre a mesa e um potencial lucro superior a três milhões de euros, não dá para imaginar que o presidente e restantes dirigentes da SAD estejam preocupados com a cláusula anti-rival, que, na minha opinião, até nem devia ser permitida.
Rumores noticiosos oriundos da Holanda avançam que o Feyenoord apresentará uma proposta por Marvin Zeegelaar nos próximos dias, para este suceder a Terence Kongolo no plante liderado por Giovanni van Bronckhorst.
Zeegelaar integra a lista de dispensas indicada por Jorge Jesus e nem nem sequer se apresentou na Academia de Alcochete no início dos trabalhos de pré-temporada, tendo sido autorizado a procurar novo clube. A Sporting SAD pretenderá 4,5 milhões de euros pelo seu passe, verba que se descaracteriza, uma vez que o Transfermarkt avalia o jogador em 3,5 milhões de euros.
Não por mera coincidência, foi recentemente anunciado um acordo entre o Feyenoord e o Mónaco para a transferência de Kongolo, por 15 milhões de euros. Factor que indicará a disponibilidade financeira do clube de Roterdão para adquirir Zeegelaar por valores muito próximos aos que o Sporting está a exigir.
O internacional holandês de 26 anos fez a formação no Ajax e chegou ao Sporting em Janeiro de 2016 proveniente do Rio Ave, tendo assinado contrato até Junho de 2020.
Em 2016/17 participou em 26 jogos, 24 dos quais como titular, acumulando 2035 minutos de jogo, uma média de 78,3 minutos por jogo.
Não é que seja novidade alguma, mas desta vez o anúncio sobre o novo reforço do Sporting é oficial. António Silva Campos, presidente do Rio Ave, confirmou a transferência de Marvin Zeegelaar para Alvalade já em Janeiro. O líder vila-condense carimbou a mudança no jantar natalício do Rio Ave, oficializando o que se sabia há algum tempo. Sem revelar mais detalhes sobre os contornos do negócio, Silva Campos garantiu apenas que o holandês passa a estar às ordens de Jorge Jesus assim que reabra o mercado de transferências, no início de 2016.
Segundo o Diário de Notícias, já há um acordo entre o Sporting e o Rio Ave para a transferência, em Janeiro, do extremo esquerdo Marvin Zeegelaar a troco de 400 mil euros, com um contrato para as próximas quatro épocas à sua espera em Alvalade.
O jogador holandês formado no Ajax, de 25 anos, chegou a Vila do Conde em Agosto de 2014 e termina o contrato em Junho de 2016. Depois do clube de formação, regista passagens pelo Elazgspor, Blackpool, Espanyol B e Excelsior.
Na época em curso, participou em 11 jogos como titular, acumulando 939 minutos de jogo (10,4 jogos), com 3 golos marcados.
Em 2014/15, participou em 37 jogos, 26 dos quais como titular, acumulando 2369 minutos de jogo (26,3 jogos), com um golo marcado.
Não adianto qualquer comentário, uma vez que não tenho o mínimo de memória deste jogador. Não duvido, no entanto, que apareçam leitores com "novelas" elogiosas sobre esta alegada contratação.
Um vídeo do jogador em acção está disponível aqui.
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