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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Com o Mundial de MotoGP parado e com todos os pilotos em isolamento devido ao Covid-19, há profissionais do mundo das corridas de duas rodas que não têm descanso. É o caso dos elementos da Clinica Mobile que, em tempo de corridas, cuidam da saúde dos pilotos e em tempo de paragem... fazem o mesmo mas de outra forma.
À La Gazzetta dello Sport, Michele Zasa, responsável máximo da Clinica Mobile, explicou a situação deveras crítica que se está a viver em Itália e a forma como muitos ainda não estão a olhar de frente para a pandemia que o Mundo enfrenta:
"Há alturas em que me dá vontade de agarrar nas pessoas e levá-las para as suas casas. Nas ruas continuas a ver pessoas sentadas nos bancos, a passear, a correr. Estamos a combater um exército invísivel, mas muita gente está indiferente. Só estão a contribuir para que haja um maior número de contágios.
Já vi coisas muito duras na minha vida de médico, mas isto é outra coisa. É um stress constante e muito elevado também porque temos de seguir procedimentos muito rígidos para evitar possíveis contágios com os pacientes. Em pouquíssimo tempo, vimo-nos numa situação de emergência absoluta.
O verdadeiro problema agora é ver tanta gente jovem que começa a estar mal. Itália transformou-se num país de corredores. Temos de os levar a ver os mortos?... Nós, os profissionais de saúde, estamos no absoluto limite das nossas forças. É a Terceira Guerra Mundial, é preciso que as pessoas o entendam".
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