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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O jornal francês 'Le 10 Sport' revelou este domingo que o Monaco estará a preparar um possível ataque a Marcos Acuña já no mercado de Inverno. A acreditar, Acuña é um dos alvos preferidos de Thierry Henry no reforço do plantel, na tentativa de reverter a situação atual na Ligue 1, onde é 19.º, com apenas 13 pontos.
O Le 10 Sport refere que jogador argentino, apesar dos seus 27 anos, tem ainda uma margem de progressão interessante, sendo por isso o alvo preferencial dos monegascos que, em princípio, seriam obrigados a fazer um investimento muito substancial, já que o internacional argentino tem vínculo com o Sporting até 2023. Para mais, está blindado com uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros e é igualmente um elemento fulcral na estrutura de Marcel Keizer no Sporting.
Por enquanto, apenas mais um rumor do mercado, no entanto, a possibilidade não deixa de apresentar um cenário interessante. Partindo do princípio que nenhuma oferta será pelo valor da cláusula de rescisão, deveria o Sporting considerar permitir a transferência caso a proposta sobre a mesa seja mesmo "muito substancial" ?
Acuña chegou a Alvalade no Verão de 2017 por cerca de 10 milhões de euros. O seu passe, segundo o Transfermarkt, vale neste momento 15 milhões.
Mais uma enorme trapaça à Pinto da Costa, a venda ao Monaco de João Moutinho por 25 milhões de euros e de James Rodriguez por 45 milhões, de acordo com o que foi comunicado à CMVM pelo clube do Norte. O que isto significa é que o Sporting está a ser ludibriado de muitos milhões, recebendo apenas 3,5 milhões pelo seu 25% da mais-valia da transferência, quando poderia - e deveria - ter recebido 7,250 milhões se o jogador foi na realidade vendido pela valor da cláusula de rescisão - 40 milhões - ou, mesmo admitindo uma verba inferior - 35 milhões - segundo o que era mais expectável, 6 milhões de euros.
Não é surpresa alguma e já aqui se sublinhou esta forte hipótese em outros escritos. Na realidade, João Moutinho foi teoricamente vendido por muitos menos do que o Tottenham ofereceu no verão de 2012, negócio esse que não foi aceite por Pinto da Costa precisamente pela inexistência de venda em pacote que permitisse a negociata que foi agora efectuada.
Desconheço os mecanismos que a UEFA e/ou a FIFA providenciam em matéria desta natureza mas, de qualquer modo, o Sporting deveria fazer queixa/exposição tanto do FC Porto como do clube de Monaco - óbvio cúmplice neste negócio. É totalmente inacreditável que o FC Porto vendesse o seu principal e mais importante activo por 15 milhões de euros abaixo da sua cláusula de rescisão. Este é um importante desafio para o novo presidente do Sporting e veremos como ele lida com os "big boys".
P.S. Em antecipação dos variados comentários, deixo desde já claro que não devemos aceitar o argumento de que "fez o FC Porto muito bem, que o Sporting fizesse o mesmo no seu lugar". É totalmente inaceitável, porque é o mesmo que dizer que os fins justificam todos e quaisquer meios. Para isto ser possível, o Monaco teve que concordar declarar a transferência com o jogador deliberadamente subvalorizado. Por falta de evidência, o processo não estará ferido de legalidade, consideração que não anula o que está à vista de todos. É a minha modesta opinião que o Sporting deveria fazer uma exposição à UEFA/FIFA, mesmo sem provas. No mínimo, para chamar a atenção a este tipo de negociatas.
Segundo Pinto da Costa, as negociações com as transferências de João Moutinho e Jaime Rodriguez para o Mónaco ainda não estão concluídas, daí que ainda não conste qualquer comunicação oficial no site dos dois clubes nem por parte do FC Porto à CMVM. É de admitir que existe enorme curiosidade - e alguma ansiedade à mistura - em saber os pormenores do negócio, pela percentagem (25%) que o Sporting detém sobre a mais-valia da verba atribuída ao ex-médio sportinguista. Há muitos meses - quase desde que ele se transferiu para a Invicta - que insisto que João Moutinho nunca seria vendido sem ser em pacote e até acredito que não houve negócio com o Tottenham na época passada precisamente por isso. Como é evidente, a percentagem do Sporting poderá vir a ser significativamente reduzida se parte do que lhe compete for habilmente transferida para o outro jogador.
Dito isto, também existirão outras considerações que poderão complicar a computação dos números. Não posso garantir que a informação está actualizada, mas mediante o que me foi possível apurar, o FC Porto - em Outubro de 2010 - vendeu 37.5% do passe de Moutinho à Mamers B.V. por 4.125 milhões de euros e 35% do passe de James Rodriguez à Gol Football Luxembourg por 2.2550 milhões de euros, considerando, ainda, que pela transferência original do colombiano, o FC Porto só adquiriu 70% dos seus direitos económicos. Perante este complexo cenário, vai ser interessante analisar os números que serão comunicados oficialmente em um negócio que ficará condicionado à aceitação do Monaco na Liga francesa, algo que ainda está por confirmar.
Adenda: O que está a ser noticiado já a hora tardia - mas não confirmado - é que contrário aos desejos do FC Porto, o Monaco recusou declarar 25 milhões de euros por João Moutinho e 45 milhões por James Rodriguez, insistindo em 35 milhões por cada. Sendo verdade - e esperamos que seja - isto significa que o Sporting terá direito a 25% de 24 milhões, ou seja, 6 milhões de euros, a adicionar aos 11 milhões que recebeu pela venda original.
Confirmando-se que o Monaco já chegou a um acordo com João Moutinho para a próxima temporada e que está disponível para pagar os 40 milhões de euros referentes à cláusula de rescisão do jogador, o Sporting, nas circunstâncias, poderá fazer um bom negócio pelos seus 25% acima dos 11 milhões que o FC Porto pagou por ele, que será aproximadamente 7.250 milhões de euros.
A notícia foi hoje avançada pela revista francesa "Le 10 Sport" que também indicou que falta apenas a reunião entre os dois clubes para selar o negócio, tornando-se na transferência mais cara de um jogador a sair do futebol nacional.
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