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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
... que não vejo bem as coisas. Ao longo dos anos, foi com frequência que lia a crónica de um jogo de domingo em um diário desportivo, na segunda-feira, e perguntava a mim próprio, e a amigos, se esta se referia ao mesmo jogo a que eu assisti, "in loco" ou pela televisão. Pouco ou nada mudou com o passar do tempo... aparentemente.
No que diz respeito ao jogo da Selecção Nacional, a exibição não me agradou, a equipa mostrou insuficiências clamorosas a espaços e o meio campo não funcionou na construção das manobras ofensivas. Escrevi na crónica que publiquei logo a seguir ao jogo, que, na minha opinião, o grande problema deste meio campo centra-se em Tiago, que não justifica a titularidade, minimamente. Não mencionei Danny, mas também fez parte integral da minha análise global.
Estarei errado com estas observações, porque acabo de ler o seguinte no "Record":
«Tiago... Durante mais de 70 minutos foi, com Moutinho, um dos grandes dominadores de todo o espaço do meio-campo, desdobrando-se no terreno. Jogou na antecipação, quando tinha de ajudar William Carvalho, e no passe quase sempre certo na procura de Nani ou Ronaldo. Quando saiu já estava esgotado.»
Não comentei João Moutinho mas, sem ser brilhante, esteve melhor do que Tiago. Acho, no entanto, esta apreciação nada menos do que surreal:
«João Moutinho... Há muito tempo que não víamos João Moutinho jogar a este nível na Selecção Nacional. Seguramente que desde o jogo com a Suécia, em Solna, que não se mostrava tão decisivo em todas as acções ofensivas de Portugal, correndo quilómetros mas com qualidade, fazendo passes no tempo certo e para o companheiro certo. Um gigante.»
Que me perdoem, mas não foi este o jogo que eu vi !
Na eleição de Melhor Jogador do Ano TSF/Opel Insígnia, os profissionais da TSF elegeram ao longo de todo o ano o "Homem do Jogo". A lista dos 10 jogadores mais nomeados foi sujeita à votação dos adeptos e do cruzamento dessas duas votações surgiram os três finalistas, que foram então à votação dos 38 treinadores das duas ligas profissionais. Através dos votos de 36 desses treinadores, Nemanja Matic foi eleito o Melhor do Ano de 2013, com 146 pontos, João Moutinho ficou no 2.º lugar com 130 pontos e, mais distante, com 48 pontos, no 3.º lugar, Fredy Montero.
Até acho que o prémio foi bem entregue a Matic pelo seu excelente ano ao serviço do Benfica, mas não deixo de fazer dois reparos sobre este processo. Primeiro, é de notar que os únicos dois treinadores que não votaram foram os do FC Porto: Paulo Fonseca e Luís Castro da equipa B. Não terá sido por mera coincidência, decerto, deixando a ideia que a estrutura portista proibiu-os de votar, por razões não reveladas. O segundo reparo centra-se na votação sobre dois jogadores que apenas jogaram meia época em Portugal em 2013: João Moutinho que foi transferido para o Mónaco no Verão, e Fredy Montero que chegou a Alvalade nessa mesma altura. Parece-me mais justo e lógico que uma das condições de elegibilidade fosse que os jogadores votados teriam de ter jogado o ano inteiro em Portugal e não somente cerca de seis meses.
De qualquer modo, são estas as regras e resta dar os parabéns a Fredy Montero, que disse o seguinte:
"Foi uma honra receber este prémio depois de tão pouco tempo cá. Não sei se a minha adaptação está a ser fantástica. Só sei que quero mostrar em campo o quão feliz estou por jogar na Europa e num grande clube como o Sporting. Espero para o ano voltar a esta gala e, se possível, ficar um pouco acima no pódio."
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