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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Nacional - a contar para a 30.ª jornada da Liga NOS - que terminou com a vitória do Sporting por 2-0, golos marcados por Zouhair Feddal (83') e Jovane Cabral (90+2').
Os nervos, o artista do árbitro, a falta de comparência do VAR, a equipa do Machado, o relógio a correr contra, mas.... no final ganhou o mesmo e muito justamente. Esta equipa do Nacional merece descer à 2ª Liga e já agora devia levar este árbitro junto, fazia um favor ao futebol. Vitória muito apertada, mais por culpa de terceiros, onde foi permitido o jogo violento ao Nacional que deveria ter acabado reduzido a oito elementos. Jovane entrou e resolveu.
DESTAQUE - JOVANE CABRAL - 6 - Jogou 28 minutos e só fez isto: arrancou a expulsão a um adversário, meteu a bola redondinha na cabeça de Feddal no primeiro golo numa excelente assistência, teve uma arrancada que terminou rasteirado na área para penálti e marcou ele próprio o castigo máximo, metendo a bola na gaveta que sentenciou a partida e a conquista dos 3 pontos.
LUÍS MAXIMIANO - 4.5 - Fez tudo perfeito e teve uma acção de grande nível, um mergulho limpo aos pés do isolado Éber Bessa, evitando o golo do Nacional que poderia complicar muito a vida ao Sporting. Surpreendeu com a segurança nas bolas aéreas; vê-se que tem evoluído.
PEDRO PORRO - 3 - Jogo discreto e foi dos que se deixou intimidar pela postura muito faltosa do Nacional. Algo infeliz nos cruzamentos, voltou a ter um deslize comprometedor quando deixou um adversário escapar com perigo para a baliza de Max. Acertada a sua substituição num momento que o Sporting teria que arriscar tudo.
LUÍS NETO - 3 - Exibição muito sofrível; valeu que o adversário raramente incomodou na sua zona, mas tem de facto poucas ideias na hora de construir e quando o tentou fazer estorvou mais que ajudou. Poderia ter sido substituído, mas o Rúben optou pela saída do Daniel que já estava amarelado.
SEBASTIÁN COATES - 3.5 - Menos inspirado no jogo de ontem. Cometeu um deslize muito grave, quando arriscou na frente do avançado do Nacional que lhe escapou isolado, valendo depois o Max. Esteve bem melhor a esticar o jogo nos lançamentos largos para as costas da defesa adversária.
ZOUHAIR FEDDAL - 4.5 - Voltou ao melhor da sua conhecida forma; impecável a defender, sempre muito concentrado e com eficácia, fez o primeiro golo antecipando o cruzamento de Jovane Cabral, entrou de rompante não dando hipóteses ao sortudo do guarda redes do Nacional e fez a equipa respirar de alívio.
NUNO MENDES - 3 - Dos jogos menos conseguidos; começou muito bem, mas a forma caceteira com que os jogadores do Nacional entraram na partida intimidou-o, sofrendo várias faltas seguidas e duras, com o beneplácito do árbitro.
JOÃO PALHINHA - 3.5 - Também entrou muito bem na partida, mas à medida que o Nacional ia recuando no terreno, deixando bastante meio campo para o Sporting, passou a ser uma peça a mais na equipa e o Rubén também o percebeu, fazendo entrar para o seu lugar o homem do jogo, o Jovane.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Não fez um bom jogo, longe disso, acusou alguma ansiedade e precipitação que não lhe são normais; depois da saída do João Palhinha recuou para o seu lugar e acalmou o seu futebol, com isso melhorou e terminou em alta.
NUNO SANTOS - 3 - Entrou com muita vontade de ferir o adversário, correu bastante a procurar espaços na profundidade pelo seu corredor, conseguiu alguns cruzamentos mas não foram bem direccionados. Manteve o adversário a cuidados na largura e nas costas da sua defesa até o final.
PEDRO GONÇALVES - 4 - Parecia que ia, juntamente com o Paulinho, arrancar uma grande exibição; entrou muito bem e a todo o gás, mas foi perdendo alguma intensidade por consequência das inúmeras faltas sistemáticas cometidas pelos jogadores do Nacional. Esteve mesmo perto de facturar em diversas ocasiões, faltando-lhe alguma felicidade na definição.Voltou a aparecer em bom plano nos 15 minutos finais.
PAULINHO - 4 - Fez a sua melhor exibição até agora na equipa; sempre muito activo, foi dos que mais faltas sofreu, inclusive agressões, ganhou mais duelos que perdeu, teve o golo à mercê em várias ocasiões; o poste, os deuses, o guarda redes, as pernas dos adversários, tudo lhe aparecia pela frente a negar o golo. Foi um quebra cabeças constante na defesa do Nacional até ao fim do jogo.
GONZALO PLATA - 3 - Substituiu Pedro Porro, no momento que o Rúben Amorim tinha que arriscar tudo para ganhar o jogo e os três pontos; entrou bem e ajudou no ataque final e consequente destruição da fortaleza do Nacional.
MATHEUS NUNES - 2.5 - Jogou os minutos finais, já depois da equipa ter conseguido o primeiro golo da partida; entrou para o lugar de um esgotadíssimo Nuno Mendes; era hora de equilibrar a equipa e foi isso que tentou fazer.
MATHEUS REIS - 2.5 - Da mesma forma como Matheus Nunes entrou para dar mais frescura e equilíbrio na equipa e na defesa, numa hora em que o adversário tentava o jogo directo. Ainda ajudou a aquecer os colegas com o abraço da festa do segundo golo.
Rúben Amorim - 4 - Mais uma jornada sem perder e numa altura decisiva. A equipa precisa ainda de engrandecer a sua personalidade, quando perante um adversário que pratica uma estratégia de jogo violento; devia ter reagido logo no início da 2ª parte fazendo entrar o Jovane Cabral ou o Plata, seria um murro na mesa e uma mensagem dura para a equipa, que teriam que abanar o jogo e abordá-lo de outra forma.
MANUEL MACHADO - 1 - Esta múmia voltou de novo ao futebol e trouxe uma equipa de caceteiros a Alvalade. Ele já sabia até onde podia ir, trazia a lição bem estudada e sentiu as costas bem quentes. Assistimos à sua tradicional actuação carnavalesca; depois das inúmeras faltas e agressões que os seus jogadores cometeram e dos três penáltis claros não assinalados contra a sua equipa, ainda teve a lata de criticar o árbitro. Pode voltar para onde veio, porque não faz falta nenhuma ao futebol.
MANUEL OLIVEIRA (Árbitro) - 1 - Numa semana em que tanto se falou sobre arbitragens escandalosas, eis o invejoso deste árbitro que não quis ficar atrás. É um dos piores da Liga e estranha-se esta nomeação; fazia parte seguramente do plano "NORMAL" para varrer o Sporting CP da luta pelo título. Três penáltis e duas expulsões perdoadas ao Nacional, sem contar com os amarelos que ficaram por mostrar. É excessiva fruta para um só jogo.
LUÍS FERREIRA (VAR) - 0 - Não esteve lá, adormeceu ou sabe-se-lá o que pode ter acontecido, três penáltis, duas expulsões e... silêncio total na Cidade do Futebol.
O segundo golo do campeonato de Feddal
Sporting 2 Nacional 0
DESTAQUES
"Tivemos uma má fase, mas tivemos esta vitória em Braga e tínhamos tido outra em Faro. O que me deixa mais tranquilo é a atitude, a forma de jogar e como os jogadores correm, como estão concentrados. Não sabemos se essa fase já passou ou não. Está tudo difícil de controlar, mas a resposta é sempre boa".
"Cabe a nós todos melhorarmos o nosso comportamento. Eu obviamente não tenho sido o melhor dos exemplos. Cada um pode controlar o seu, eu tento fazer. Quando há uma expulsão penso sempre que é a ultima, é para isso que trabalho. Faço esse trabalho mental, sabendo que com a pressão do dia a dia de ser treinador, com falta de público, que acho que é muito importante, existem alguns excessos".
"O que queremos é ganhar jogos, conquistar coisas para o Sporting e ajudar o Clube a crescer. Foco está aí, sabendo que temos tido alguns excessos que também têm a ver com a falta de público. Não estou a desculpar nada. Está errado, mas por alguma razão é".
"Não falamos em título, falamos dos jogos, queremos ganhar o jogo e no fim faremos as contas. O que me dá prazer é ganhar jogos e ver os meus jogadores felizes, a crescer, portanto esse é o nosso foco. como tem sido até ao momento. Só o três pontos interessam e depois, no fim, faremos as contas. Seja onde for, tem sempre um sabor igual".
Nomeações da Secção Profissional do Conselho de Arbitragem da FPF para os jogos da 30.ª jornada da Liga NOS:
Sporting CP-CD Nacional
Árbitro: Manuel Oliveira
Assistentes: Pedro Ribeiro e Tiago Leandro
4.º árbitro: Bruno Rebocho
VAR: Luís Ferreira
AVAR: Bruno Rodrigues
FC Porto-FC Famalicão
Árbitro: Nuno Almeida
Assistentes: André Campos e Carlos Campos
4.º árbitro: Marcos Brazão
VAR: Vasco Santos
AVAR: João Bessa Silva
CD Tondela-SL Benfica
Árbitro: Manuel Mota
Assistentes: Jorge Fernandes e Luciano Maia
4.º árbitro: João Gonçalves
VAR: André Narciso
AVAR: Paulo Brás
Marítimo M.-SC Braga
Árbitro: Fábio Veríssimo
Assistentes: Bruno Rodrigues e Pedro Martins
4.º árbitro: Flávio Lima
VAR: Bruno Esteves
AVAR: Rui Cidade
Instantes depois do FC Porto ter empatado o jogo na Choupana, esta terça-feira, Zouhair Feddal recorreu ao Twitter para dizer: "Cada vez entendo menos".
A referência óbvia é ao facto de Taremi ter ajeitado a bola com o braço no início do lance. Até se admite que o árbitro (António Nobre) não tenha visto, mas já o mesmo não se pode dizer de Vasco Santos, que desempenhou a função de vídeo-árbitro na partida.
Com superioridade numérica a seu favor desde os 64 minutos, a equipa portista acabou por ganhar a eliminatória, no prolongamento, sem grandes dificuldades.
Sérgio Conceição no final do encontro... "Houve lances duvidosos que ainda não tive oportunidade de ver".
Pois... nem vale a pena agora, o resultado está feito.
A imagem que está a ser o foco de muita atenção, de Daniel Guimarães, guarda-redes do Nacional, todo enlameado depois de mergulhar a um potente remate de Pote que bateu no poste.
Não encontrei fotos deste lance. Esta imagem foi extraída do vídeo.
Apenas para complementar o debate no post "As Notas de Julius"
Na 2.ª edição desta nova rubrica, temos a oportunidade de ler e comentar as notas (0-6) que o nosso leitor Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes no jogo de ontem com o Nacional, em que a equipa leonina saiu vitoriosa por 2-0, com golos de Nuno Santos (43') e Jovane Cabral (90').
"E... na tempestade chegou o 'Furacão Sporting', que arrasou na raça, no querer - que comoveu seguramente todos os adeptos que gostam de futebol e orgulhou toda a nação Sportinguista. Que atitude, de todos, sem excepção".
ADÁN - 4 - Não cometeu um único erro nas poucas vezes que foi chamado a intervir.
PORRO - 4 - Um dos jogadores que melhor se adaptou ao terreno; é um poço de força este 'muchacho', nunca se cansa.
LUÍS NETO - 4 - Toda a defesa esteve em alta, devidamente concentrada e a merecer nota bastante positiva e Neto já surpreende por acertar tantas vezes.
COATES - 4.5 - Hoje, como um peixe na água , imperial a comandar e a unir como um verdadeiro capitão.
FEDDAL - 4 - Sempre muito atento a defender e a subir muitas vezes nas bolas paradas provocando grande indecisão no adversário.
NUNO MENDES - 4 - De volta às suas boas exibições. Vê-se que fisicamente já está completamente recuperado e arrastou muitas vezes o adversário pelo seu corredor e ainda experimentou várias vezes o veneno dos seus cruzamentos.
JOÃO PALHINHA - 5 - Foi ele o epicentro do furacão que caiu em cima do Nacional na Choupana. Durante toda a tempestade, incansável, que energia, que capacidade, abafou o meio campo adversário .
JOÃO MÁRIO - 3.5 - Muito lutador atirando-se de corpo e alma à tarefa e compromisso do que tinha que fazer, não tinha o melhor terreno para as suas características mas o que fez foi sempre bem.
POTE - 4.5 - Também de volta e que jogo, foi um dos braços do furacão, merecia o golo que esteve várias vezes muito perto de conseguir, aquela chegada à linha de fundo a tempo de servir o Nuno Santos no primeiro golo foi fantástica e importante para o resto do jogo.
NUNO SANTOS - 4.5 - Um leão muito guerreiro, ganhou a vasta maioria dos duelos em velocidade e soube posicionar-se para empurrar a bola cruzada pelo Pote.
SPORAR - 3.5 - Bastante combativo e quase sempre com muita eficácia, na chegada, no passe e nos duelos, prendeu bem os centrais.
TIAGO TOMÁS - 3.5 - Entrou com muita vontade mas teve dificuldade em adaptar-se escorregando algumas vezes, excelente a acreditar e a ganhar aquela bola onde ofereceu o golo ao Jovane no 'toma e faz-te famoso' .
MATHEUS NUNES - 3 - Entrou no momento em que o Nacional apostava tudo na bola para a frente e quando necessitávamos de refrescar o meio campo .
JOVANE CABRAL - 3 - Foi lançado nos derradeiros minutos do jogo mas ainda muito a tempo de marcar o golo pleno de oportunidade quando adivinhou o passe do Tomás e que sentenciou a partida.
RÚBEN AMORIM - 5 - Irrepreensível a forma como preparou o jogo e a equipa, que se apresentou muito melhor adaptada ao terreno que o adversário. Nota-se que transmite tremenda energia aos jogadores, muito atento ao timing correcto das substituições.
LUÍS FREIRE (Treinador do Nacional) - 3 - Nota positiva para quem fez o que pôde para travar o líder e sem recorrer ao anti-jogo.
SPORTING - 5 - Prova de fogo muitíssimo bem ultrapassada, no meio da tempestade foi o furacão que arrasou o adversário. Marcou dois golos e não sofreu nenhum.
NACIONAL - 3 - Contra factos não há argumentos, defrontou um adversário sagaz e em guerra levou a maior parte do tempo a proteger-se a si próprio do furacão.
MANUEL MOTA - 4 - Num jogo complicado de dirigir, com muitos choques, fez uma boa arbitragem .
Rúben Amorim, na conferência de imprensa no final do jogo com o Nacional, comentou a Liga Portugal face à muita pressão que esta exerceu relativamente à aterragem da comitiva do Sporting na Madeira.
Recorde-se que o avião foi inicialmente impossibilitado de aterrar no Funchal devido ao mau tempo, tendo sido então desviado para Porto Santo. Só cerca de três horas mais tarde, numa segunda tentativa, a aterragem no Funchal foi conseguida.
No que diz respeito ao adiamento do jogo, de quinta-feira para sexta-feira, a decisão foi do árbitro Manuel Mota e não do Sporting, muito embora se admita que houve diálogo entre as partes, assim como com o Nacional.
"Foi algo estranho, havia um alerta vermelho e mesmo assim viemos. Foi um momento difícil dentro do avião, recebemos muitas chamadas da Dra Helena (Pires) que tínhamos de aterrar, que tínhamos de ir a jogo, como se nós não quiséssemos ir a jogo. Nós éramos os mais interessados a ir a jogo. Fizeram pressão enorme para aterrarmos, como se fôssemos nós a pilotar o avião. Não há uma pessoa que estivesse aqui ontem que dissesse que havia condições para se jogar aqui".
Algo para reflexão... parece-me!
ADENDA
Gostei deste comentário do leitor Fernando Pais na nossa página de Facebook:
"Sra. Helena, o Rúben Amorim não podia pilotar o avião. Não tem o nível 4".
Imagem bem descritiva do jogo com o Nacional: as condições meteorológicas
o paupérrimo estado do relvado e o guarda-redes a fazer defesas.
Uma vitória (2-0) alcançada com uma grande capacidade
de perseverança e espírito de sacrifício.
PARABÉNS!!!
Pote foi considerado o homem do jogo: "Este jogo valeu os mesmos três pontos que nos últimos. Foi uma vitória na raça e na vontade, mas o leão é feito disto. Vamos continuar a trabalhar".
Os golos de Nuno Santos e Jovane Cabral para rever.
Rúben Amorim no final do jogo: "Cada vez melhor no entendimento daquilo que o jogo está a pedir... Não tenho palavras para a atitude destes jogadores, tenho um orgulho enorme de ser treinador deste grupo. Agora, são mais três pontos e temos de continuar a trabalhar. Fisicamente estiveram muito bem, são muito bem acompanhados, estavam preparados para um jogo difícil".
Também me parece que o nosso treinador estava igualmente muito bem preparado para este jogo. Ele e o seu Staff claro.
Analisando as previsões disponíveis no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para o Funchal, à hora do apito inicial, está previsto "céu parcialmente nublado", com vento a soprar de Norte a 9 km/h e temperatura a rondar os 15ºC. A probabilidade de precipitação é de 4%. De resto, as condições meteorológicas deverão começar a melhorar ao final da manhã e evoluir favoravelmente até à hora do jogo.
Veremos se essa "evolução" se concretiza e se entretanto aparece o já notório nevoeiro.
Na realidade, mesmo com menos vento e chuva, hoje, não há garantias algumas quanto ao estado do relvado, que, aliás, parece-me não ter bom escoamento.
Nota: Segundo os regulamentos, terão de ser os mesmos 'onze' anunciados ontem a iniciar o jogo de hoje, salvo haver um caso de lesão comprovada.
Rúben Amorim subiu ao relvado para avaliar as condições do terreno, a cerca de uma hora do apito inicial do jogo e antes das equipas iniciarem os exercícios de aquecimento.
Após o adiamento de ontem e pelas imagens que nos chegam da Madeira a situação hoje é mais favorável. As condições do relvado só poderão ser realmente verificadas já com o jogo em andamento.
*** A chuva começou a cair com grande intensidade no final do aquecimento, Os jogadores de ambas as equipas foram para o balneário. Aliás, neste momento cai granizo no Estádio da Madeira.
Rúben Amorim está preparado para todas as eventualidades, na visita do Sporting CP ao Nacional. Seja para um relvado encharcado ou, em último caso, para o adiamento do jogo, caso a tempestade que se prepara para assolar a Madeira torne o campo impraticável.
A Depressão Filomena está a chegar à ilha da Madeira, com períodos de chuva, trovoada e, no caso específico do arquipélago ventos fortes. Rúben Amorim não se assusta e garante que preparou a equipa para qualquer possibilidade, para o jogo da 13.ª jornada da I Liga.
"Tentámos preparar-nos para um terreno muito diferente e adaptar-nos ao vento e ao que pode acontecer. Preparámo-nos para um jogo mais direto e com muita atenção para os lances de bolas paradas", revelou o técnico leonino, esta quarta-feira, em conferência de imprensa.
"O Sporting não pressiona nada nem ninguém. Se houver condições, se o árbitro decidir, haja poças ou piscinas, o Sporting vai ser competitivo e lutar pela vitória."
"O Nacional é uma equipa organizada com várias variantes e individualidades, como o muito experiente Rúben Micael".
"O Sporting conhece bem o adversário agora orientado por Luís Freire, um treinador de qualidade e espera um jogo difícil. Preparámo-nos da melhor maneira e vamos ser muito competitivos."
"O Sporting estará preparado para tudo, até mesmo para o mau tempo".
"A preparação nem sequer é especial, pensamos jogo a jogo, depois deste começaremos a preparar o seguinte. O que se pode esperar é um Sporting CP como tem sido, com uma excelente atitude mas que reconhece as limitações que ainda tem. Será um jogo difícil, o Nacional tem uma equipa bem organizada, com treinador de qualidade, e será num dia em que sabemos que pode haver uma tempestade na Madeira. Tentámos preparar-nos para o que pode acontecer. Vamos ser muito competitivos."
"Penso que há coisas que só vivendo estaremos preparados. Não há que pensar nisso, há que adiar ao máximo. Numa semana temos dois jogos para o campeonato e a meio um da taça em podemos comprometer tudo. Esse é o nosso foco, queremos ganhar todos os jogos e não nos podemos preparar para perder. Só vivendo é que sabemos ao certo como será. A preparação é sempre para vencer o próximo jogo."
"O mercado é com a estrutura do Clube. Penso contar com os jogadores que tenho. Estou satisfeito com os que tenho agora à disposição, eles estão preparados para o jogo com o Nacional e isso é o mais importante."
"Os adversários jogam bem, os treinadores são muito inteligentes, as equipas e os seus jogadores têm os seus momentos. Aqui com o Gil Vicente tivemos dificuldades para criar jogadas para finalizar e três dias depois, com o Tondela, foi o que se viu. Sei que no futebol às vezes basta um clique, tem a ver com coisas que não controlamos. Sabemos que isto pode mudar de um momento para outro, mas a nossa forma de jogar não."
"Já falámos sobre isso... Tenho mais visibilidade no Sporting, mas é algo que vamos tratar porque vou acabar o 4.º nível, vou despachar isso, e isso já nem vai ser tema de conversa".
Nomeações da Secção Profissional do Conselho de Arbitragem da FPF para os jogos da 12.ª jornada da Liga NOS:
CD Nacional-Sporting CP
Árbitro: Manuel Mota
Assistentes: Paulo Miranda e Luciano Maia
4.º árbitro: Iancu Vasilica
VAR: António Nobre
AVAR: Pedro Martins
SC Braga-Marítimo M,
Árbitro: Hélder Malheiro
Assistentes: Rui CIdade e Gonçalo Freire
4.º árbitro: Flávio Lima
VAR: Artur Soares Dias
AVAR: Rui Licínio
Artur Soares Dias novamente como VAR, embora desta vez no jogo do SC Braga. Pelos vistos, o Conselho de Arbitragem está satisfeito com o seu desempenho nessa função, até mesmo depois da calamidade em Famalicão.
Rui Alves, presidente do Nacional da Madeira, actual líder da Segunda Liga, defendeu em entrevista à RTP Madeira que os campeonatos profissionais deviam ser homologados segundo as classificações actuais:
"Os regulamentos actuais da Liga não prevêem esta situação de excepção e, neste quadro excepcional, é preciso salvaguardar qualquer injustiça. É homologar pela classificação actual. Não há outra saída melhor. De todas, esta seria a decisão que mais se aproxima da justiça desportiva.
É preciso aguardar por uma posição uniforme da UEFA, que tomará uma decisão sobre o melhor caminho a seguir. Confio que esse deve ser o caminho, em Portugal tenho receio que não.
Se o SL Benfica estivesse em primeiro, estaria muito mais tranquilo. Toda a gente sabe o que acontece quando os interesses do Benfica estão em causa. Se estivesse em primeiro, certamente a decisão sobre a homologação dos resultados seria muito mais fácil".
O Futebol Clube de Arouca é um clube do interior. Esteve na I Liga de 2013/2014, tendo tido a sua melhor época em 2015/2016, tendo-se apurado para a Liga Europa. A partir daí caiu a pique, em 2016/2017 desceu de divisão, para a II Liga, e na época que terminou, baixou aos Campeonatos Nacionais.
O seu presidente é, há largos anos, Carlos Pinto. Enquanto a equipa fazia boa figura, era uma figura emproada, que botava faladura por tudo e, sobretudo, por nada.
Das últimas notícias que há, o Clube terá fechado, literalmente, as portas aos jogadores, técnicos e funcionários.
O Clube Desportivo Nacional da Madeira é um clássico português do sobe e desce. As presenças na Primeira Liga sempre foram frequentes, assim como as descidas. Subiu em 2016/2017, desceu este ano. O seu presidente é um dos inefáveis do futebol português, Rui Alves. Pelo que se consta, estará a preparar um despedimento colectivo no plantel.
Ambos os clubes todos os anos apresentam à Liga demonstrações de capacidade financeira para poderem participar nas competições que esta organiza.
Ambos os clubes, dos quais os seus presidentes são os responsáveis máximos, assinaram contratos de trabalho com os trabalhadores, comprometendo-se a que lhes pagariam os salários.
E os atletas e técnicos confiaram nestas pessoas a sua vida e as das suas famílias. E fazem planos de vida a contar que os clubes e os seus presidentes são pessoas de bem, e que não prometem coisas que não podem cumprir. E que a Liga tem mecanismos para que não andem a participar nas suas competições instituições sem arcaboiço para tal.
Mas esta é apenas uma presunção. Aparentemente ilidida pelos factos. Nem os clubes têm condições para andar em campeonatos profissionais, nem os seus presidentes são pessoas que honram os compromissos que assumem, nem a Liga controla coisa alguma.
No futuro, só clubes com capacidade financeira deveriam participar nestas provas, estes senhores deveriam ser definitivamente arredados de dirigirem tudo o que vá para além de uma barraquinha de quermesse, e a Liga – a Liga deveria fazer um esforço de ser um bocadinho menos imprestável do que aquilo que é. E já agora, onde andam os sindicatos?
Este texto não é sobre o Sporting CP, mas é sobre valores como a honradez, seriedade e solidariedade. E esses... são bem nossos. Como podemos festejar as nossas vitórias, se soubermos que os artistas derrotados, para além dos pontos, podem perder o emprego e o sustento - deles e das suas famílias?
Nem tudo é um jogo.
Penso que é a decrição mais justa e correcta do jogo a que assistimos na Choupana, com o golo solitário a surgir apenas aos 63', por intermédio (mais uma vez) de Luiz Phellype.
Onze inicial do Sporting: Romain Salin; Ristovski, Coates, Mathieu e Acuña; Doumbia, Gudelj e Bruno Fernandes; Diaby, Jovane Cabral e Luiz Phellype.
Suplentes: Luís Maximiano, Bruno Gaspar, Tiago Ilori, Jefferson, Francisco Geraldes, Miguel Luís e Pedro Marques.
Marcel Keizer, na conferência de imprensa pós-jogo, afirmou que o Sporting construiu bem mas não foi eficaz o suficiente no último passe, o que é verdade, mas eu incluiria também a finalização, não obstante várias intervenções de qualidade do guarda-redes "madeirense".
A realidade do dia, no entanto, é que Luiz Phellype marcou o seu quinto golo nos últimos quatro jogos e a equipa conquistou a oitava vitória consecutiva - sétima da Liga NOS - um novo recorde na era Keizer.
O Sporting não terá demonstrado um nível exibicional acima da média, como tinha vindo a fazer nos últimos jogos, mas, ainda assim, foi sempre superior à equipa da casa. Houve, porventura, alguma falta de criatividade e penetração pelo corredor central, mas foram criadas mais do que suficientes oportunidades para o marcador ser mais dilatado.
Como eu já tinha previsto no post sobre a convocatória, na ausência de Wendel o treinador optou por Doumbia, numa posição mais recuada em relação a Gudelj e Bruno Fernandes, o que terá afectado a dinâmica ofensiva. Dito isto, só Diaby teve três ou quatro lances com golo à vista, acabando por ser frustrado pelo guarda-redes do Nacional ou por desvios de defesas.
Com este resultado, o Sporting solidifica o terceiro lugar, com 67 pontos, mais seis do que o SC Braga, que só hoje defronta o Feirense, e menos cinco do que o FC Porto e Benfica.
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