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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.

Antigamente dizia-se que o Natal era o Cabo das Tormentas do Sporting, mas na época de 2020-21 foi o Cabo da Boa Esperança. Estar na liderança com clara vantagem sobre o Benfica e o Porto constituiu o melhor antídoto para combater a descrença e simbolizar a nova realidade sportinguista. Em Janeiro, a 13ª jornada frente ao Nacional na Choupana deu início a um ciclo difícil de jogos que englobavam Benfica, Rio Ave e Paços de Ferreira em Alvalade e Porto, Marítimo e Gil Vicente fora de casa.
A Choupana é um campo tradicionalmente complicado por razões anaeróbicas em virtude da altitude (630 metros) e pelo microclima que, dependendo, pode originar ventos fortes, nevoeiro, aguaceiros intermináveis ou calor sufocante. Tudo isso foi agravado pelo vento e chuva da tempestade “Filomena” que implicou o desvio do avião, obrigou o adiamento da partida de 7 de Janeiro para o dia seguinte e degradou imenso o estado do o relvado.
A partida foi dura, muito “rasgadinha”, quase uma batalha campal devido ao estado do terreno, um verdadeiro teste para a equipa sportinguista que venceu com golos de Nuno Santos e Jovane e continuou invicta e firme na liderança do campeonato. Se cada jogo de futebol tem a sua própria história, este jogo na Choupana revelou como os jogadores leoninos estão preparados para jogar com menos nota artística num relvado enlameado sob chuva intensa, colocando a técnica individual num futebol mais directo para a baliza adversária. Dentro das quatro linhas vencem quando são insuperáveis no controlo táctico, no esforço individual e na solidariedade colectiva.
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