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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O que se está a passar no Sporting é o resultado de anos e anos em que o Clube foi ficando gradualmente refém das claques, capazes de fazer e desfazer treinadores e jogadores, mas também de impor a sua vontade e sobretudo os seus múltiplos interesses económicos aos presidentes e às administrações do clube de Alvalade.
Frederico Varandas teve a coragem de as enfrentar. E não pode ser deixado sozinho neste combate.
Os arruaceiros, que estavam muito mal habituados a mandar no Sporting e cujas benesses e prebendas subiram em exponencial com Bruno de Carvalho, não desistem.
Nas assembleias gerais insultam, apupam, gritam – e quando chega a hora das votações perdem sistematicamente por mais de 70% dos votos.
No estádio insultam o presidente e assobiam a equipa.
No Pavilhão João Rocha fazem emboscadas, agridem dirigentes e menores.
Mas já não é só o regresso do destituído Bruno de Carvalho que querem. O que lhes dói é que Frederico Varandas tenha tido a coragem de os enfrentar, de lhes cortar os benefícios excessivos de que desfrutavam e de lhes mostrar claramente que quem manda no Sporting são os sócios e a Direcção eleita em assembleia geral e não eles.
O combate é duro, duríssimo, tanto para os dirigentes do Sporting como até para as suas famílias, porque estes energúmenos não têm valores nem princípios. Querem submeter à sua vontade todos os que lhes fazem frente. Daí que peçam insistentemente a demissão de Varandas.
E é por isso que, neste momento, todos os sportinguistas que querem um Sporting limpo destas desastrosas influências têm de se unir em torno do presidente, mesmo que tenha tomado algumas decisões erradas e mesmo que a equipa principal de futebol esteja a fazer uma época muito má.
Mas não é isso o que mais importa. Neste momento, o que é decisivo é saber se o Sporting continuará a ser um clube democrático, com princípios e valores, ou se acabará por cair nas mãos de uma ralé cujo sportinguismo assenta unicamente nos muitos milhares de euros com que vinha a ser beneficiada todos os anos.
Neste ingrato combate contra as claques, Frederico Varandas está certíssimo. E só é pena que o Governo e os outros clubes grandes de Portugal não apoiem uma medida urgente para sanear o futebol português: a proibição de claques organizadas, que são um antro de desordeiros, de droga, de marginalidade e de violência.
Em Inglaterra fizeram a limpeza e o campeonato inglês tornou-se um dos mais vibrantes do Mundo. Porque é que em Portugal a mesma medida não há-de resultar?
Texto da autoria de Nicolau Santos, Tribuna Expresso.
Frederico Varandas fez o que tinha de fazer: deu um safanão na estrutura de futebol do Sporting, despediu o treinador, manteve Bruno Fernandes, resolveu vários dossiês pendentes, aliviou e muito a tesouraria do Clube e contratou três jogadores (embora por empréstimo) que visa reforçar o sector atacante da equipa. Quanto aos reforços, logo se verá. Mas no essencial o presidente retomou as rédeas do futebol do Clube, retirou argumentos aos críticos e deu passos no sentido certo para ter de novo os sócios com a equipa. Falta no entanto um ponto decisivo: a escolha do novo treinador. E aí Varandas não pode dar um novo passo em falso.
E dar um novo passo em falso é ir buscar treinadores que ninguém conhece à II Divisão espanhola ou outro estrangeiro qualquer sem curriculum que só treinou equipas do meio da tabela nos seus países e que a única coisa que lhes era pedido era que a equipa não descesse de divisão. Não é de um treinador com este perfil que o Sporting necessita.
Para já, a escolha de Leonel Pontes como técnico interino justifica-se plenamente. Pontes conhece muito bem o clube, é sportinguista, foi adjunto de Paulo Bento durante doze temporadas, já teve várias experiências no estrangeiro e está a ter um desempenho notável à frente da equipa dos sub-23 (cinco jogos, cinco vitórias, 23 golos marcados), podendo levar um ou mais destes jovens com talento para a equipa principal.
Não vejo pois, no plano interno, quem melhor possa agora assumir o cargo de treinador da equipa principal do clube. E convém lembrar (embora a história não se repita mas…) que quando o Sporting foi campeão pela mão de Inácio, este também substituiu um treinador estrangeiro no início da época.
Dito isto, será Leonel Pontes o técnico ideal para o Sporting? Não, desde que haja melhor alternativa. E neste momento a única alternativa verdadeiramente válida que teria enorme impacto nacional e internacional seria a contratação de José Mourinho para liderar a equipa principal de futebol do Sporting. Dirão: não há dinheiro para contratar Mourinho. Tem de haver. E além de dinheiro terá de haver argumentos.
Mourinho está há quase um ano sem treinar. A sua última experiência no Manchester United deixou-o numa situação difícil. O conflito com os jogadores leva a que presidentes de clubes pensem duas vezes em contratá-lo. E por isso é que Mourinho não está a treinar em Inglaterra, Espanha e Itália, os campeonatos mais interessantes. Mas também não está a treinar em França ou Alemanha.
Por outras palavras, Mourinho está a desvalorizar-se como treinador e precisa de relançar a carreira. Que melhor desafio pode ter do que pegar no Sporting e levá-lo à conquista do título que lhe escapa há dezoito anos? Que melhor desafio pode ter do que conseguir para o clube um crescimento no seu prestígio nacional e internacional, que se tem vindo paulatinamente a perder nas últimas duas décadas? Afinal não foi isso que Mourinho fez quando chegou a Inglaterra para treinar o Chelsea, que não ganhava um título há 50 anos?
Mourinho voltaria a ser falado nacional e internacionalmente, o seu nome estaria de novo em cima da mesa dos grandes clubes europeus, o Sporting atrairia o olhar do mundo do futebol, os futebolistas teriam orgulho em ser treinados por ele e a nação leonina voltaria a acreditar que tudo é possível. É um jogo em que as duas partes ganhariam profundamente. Só é preciso que o dr. Varandas o convença com argumentos sólidos, estes ou outros. O dinheiro que o clube investir nessa contratação terá um elevadíssimo retorno. Tão certo como a Primavera suceder ao Inverno ou dois e dois serem quatro.
Nicolau Santos, Tribuna Expresso aqui.
O que se passou no Marítimo-Sporting (0-0) é o espelho do futebol português: um árbitro que desde o princípio mostrou ao que vinha, um guarda-redes que passou metade do jogo a recuperar de lesões imaginárias e um treinador que nunca disse à sua equipa para queimar tempo de todas as maneiras e feitios.
O Sporting não jogou bem, mas jogou muito melhor que o Marítimo. Melhor: o Sporting jogou futebol. O Marítimo destruiu o pouco futebol que houve. E destruiu-o de todas as maneiras e feitios, desde o guarda-redes Charles que se “lesionou” sozinho por três vezes, tendo sido atendido durante longos minutos pela equipa médica do clube, até ao capitão dos maritimistas, Edgar Costa, que numa disputa de bola caiu fora do terreno de jogo agarrado à mão e às partes pudendas, mas que apesar das enormes dificuldades, conseguiu dar um acrobático salto tipo salmão a subir o rio e atirar-se para dentro do campo, onde ficou longos minutos a contorcer-se e a ser assistido pela equipa médica, que teve tanto trabalho esta segunda-feira como se estivesse no banco de urgências do Hospital Santa Maria.
Ora perante tantas paragens de jogo, o que fez o árbitro Tiago Martins, um senhor com cara de mau? Pois, começou por dar um cartão amarelo ao Borja, supostamente por simulação, quando o defesa-esquerdo do Sporting corria entre três jogadores do Marítimo e sofreu contacto físico, mesmo que não tenha sido falta (que, no caso, seria penálti); mostra um inacreditável cartão amarelo a Coates e marca uma falta perigosa contra o Sporting numa disputa de bola entre o defesa leonino e o pequeno Pedro Pelágio; e expulsa o mesmo Coates já no período de descontos, quando o guarda-redes Charles mais uma vez demorava a reposição da bola em jogo e o sportinguista foi lá estimulá-lo a despachar-se – e claro que Charles ficou logo a contorcer-se com dores mais uns dois minutos.
Entretanto, poupou Edgar Costa ao segundo cartão amarelo, que seria mais que merecido.
Perante tudo isto, o estimado senhor Tiago Martins deu três minutos de descontos na primeira parte e quatro na segunda. Um exagero! Um mãos largas! Deveria ter acabado o encontro logo aos 90 minutos porque aquilo foi sempre bola cá, bola lá, sem paragens nem tempo para respirar! Parecia um jogo da Premier Leauge. O Sporting vem agora dizer que o jogo só teve 56 minutos úteis. Mas claro que não pode ser. Quem viu o desafio percebeu muito bem porque Tiago Martins deu uns magnânimos sete minutos de descontos no total.
E de cada vez que havia um canto contra o Marítimo? Ui! Era sempre falta dos atacantes do Sporting! São pessoas sem maneiras, sempre a empurrar os adversários. Então o Bas Dost está sempre a agarrar os defesas das outras equipas e isso aconteceu imenso no domingo. Tiago Martins é que o topa!
E além de topar o grande "agarrador" Bas Dost, o ilustre Tiago Martins também é letrado. Entende extremamente bem o inglês. E quando Marcel Keizer, que é um treinador excitadíssimo, disse aquela frase capaz de fazer corar de vergonha qualquer carroceiro - “This shit is a joke” - o erudito Tiago Martins nem hesitou: rua! Não se admite este tipo de linguagem no futebol português! Em contrapartida, o Senhor Petit, treinador do Marítimo, esteve sempre calmo ao longo do jogo como a transmissão televisiva bem mostrou e as palavras que disse foram sempre em tom baixo e educativas, tipo “ó Edgar Costa, por favor tem cuidado e não dês tantos encostos suaves no Bruno Fernandes”.
Por isso, Petit ficou em campo, é um Senhor, e Kaizer foi expulso, porque é um arruaceiro.
Mais ainda: Petit preparou a sua equipa para jogar o jogo pelo jogo, em todo o campo, sempre com a baliza do adversário nos olhos, na cabeça e nos pés e não, como por vezes injustamente o acusam, de colocar um autocarro de dois andares à frente da baliza e de estimular os seus jogadores a derrubar os adversários, a puxarem as camisolas, a rasteirarem, a fazerem do campo um ringue de luta livre, a perderem o máximo tempo possível simulando lesões inexistentes. Ele próprio o disse no final do encontro: “Não dei indicações para os jogadores perderem tempo. Há contactos, é normal que os jogadores possam ficar no chão”. Oh, se é normal! E como eles ficaram no chão!
Tudo visto e revisto, o Marítimo merecia ter ganho este jogo por 3-0 e o sr. Tiago Martins deve ser considerado o árbitro da jornada. Que portento! Que competência! Que olho de lince! Que segurança! Com equipas, treinadores e árbitros assim, o futebol português será cada vez mais prestigiado no mundo e irá muito longe. Olá se irá!
Artigo da autoria de Nicolau Santos, na Tribuna Expresso.
Estimados leitores, ele há casos que lembram os fenómenos do Entroncamento. Senão vejamos: vai a Liga portuguesa na 9 jornada. Em cada jornada disputam-se nove jogos de 90 minutos (fora os descontos) cada.
Tudo somado já se jogaram 7290 de futebol na I Liga portuguesa. Não se conhecem casos em que o videoárbitro tenha falhado. Até ontem. Adivinhem quem foi o beneficiado? Pois…
Não, não se jogaram 7290 minutos com o VAR sempre a funcionar. Jogaram-se 7266. Porque ao minuto 66 do Aves-Benfica houve uma quebra de comunicação entre o árbitro do encontro, Nuno Almeida, e o videoárbitro. Pelos vistos, Nuno Almeida não se importou. Não parou o jogo para tentar repor a comunicação com o videoárbitro.
Estou cá eu, chego e sobro para apitar isto.
Dez minutos depois da interrupção das comunicações, o Aves reduziu para 1-2 e reentrou no jogo. Ou pensou que ia reentrar. Porque logo a seguir, apenas dois minutos depois, o árbitro Nuno Almeida não vê, na mesma jogada, um empurrão de Jonas a um jogador do Aves e, na sequência da jogada, assinala um penálti completamente inexistente sobre Pizzi. Jonas converteu e acabou ali o jogo.
Ora é realmente muito estranho que com tanto campo por esse país onde o VAR poderia ter falhado e não falhou. Logo foi falhar no Aves-Benfica. E podia ter falhado, mas não ser necessário para avaliar nenhuma situação complicada. Mas logo por azar a sua intervenção era necessária no caso do segundo penálti assinalado contra a equipa da casa, que Nuno Almeida poderia ter corrigido. Convenhamos que há falhas do diabo! Depois do golo inviabilizado pelo olho clínico do VAR ao Portimonense na Luz que daria o empate por o jogador algarvio que centrou ter não o corpo mas o joanete em fora de jogo, agora o VAR fechou o olho e o Benfica lá matou um jogo com dois penáltis e vários tremeliques pelo meio. E assim, de VAR em VAR, lá vai o Benfica a pontuar.
Em contrapartida, no Sporting-Chaves em Alvalade, um tal de Rui Costa, que parece que é árbitro da Associação do Porto, conseguiu ver uma simulação de Gelson Martins num lance em que foi derrubado na área e mostrar o cartão amarelo ao jogador verde e branco.
O VAR segredou-lhe ao ouvido que era penálti, pelo que, manifestamente contrariado, o tal de Rui Costa lá foi ver as imagens. Viu e não ficou convencido. Mas pelos vistos o VAR insistiu em dizer-lhe que era penálti. Mais entufado ainda, voltou a ver as imagens. Mas não deu o braço a torcer.
Era o que faltava! Isto não é um penálti, não é um penálti, não é um penálti! (embora se estivesse mesmo a ver que era penálti, mas eu já disse que não era e já mostrei o cartão amarelo e daqui não saio).
E lá mandou seguir o jogo, que foi mais ópera que futebol, tal a beleza de dois dos golos na vitória leonina por 5-1 (que deveria ser 6-1 se o tal Rui Costa não seguisse tão à risca o ditado “o pior cego é o que não quer ver”).
Moral da história: o vídeo-árbitro melhorou a qualidade das arbitragens portugueses, mas não é igual para todos. É mais simpático para um do que para os outros. Esperemos que isto não volte a acontecer até ao final do campeonato.
Nicolau Santos, director-adjunto jornal Expresso
Os primeiros jogos oficiais do Sporting saldaram-se por duas vitórias e um empate e mostraram uma equipa sólida defensivamente mas com grandes problemas em criar oportunidades de golo – e em concretizar as poucas que tem criado. Seguramente que Jorge Jesus já identificou o que tem de mudar. Ou seja, Seydou Doumbia e Bruno Fernandes, nesta altura da época, têm de estar no onze inicial. De outra forma, arriscamo-nos a ter dissabores, porque os jogos não se ganham só com boas defesas – exigem também que se marquem alguns golos. Até agora sofremos zero golos e marcámos três, à média de um por jogo. Um campeão só o é com uma defesa de betão e a marcar, por jogo, uma média de 2,5 a 3 golos.
Contra o Desportivo das Aves fora fizemos um jogo enfadonho, mas seguro. O Aves não teve nenhuma oportunidade, quase não passou do seu meio-campo e quando o 0-1 se ameaçava arrastar até ao final, deixando sempre a dúvida se num lance fortuito não poderia surgir o empate, um mau alívio da defesa avense colocou a bola em Gelson Martins que não perdoou. Uma vitória justíssima, sem discussão, mas sem brilho.
Seguiu-se o jogo com o Setúbal e mais uma vez se constatou a solidez defensiva da equipa. O Setúbal não criou nenhuma oportunidade e passou sempre a ideia que a sua única ambição era sair de Alvalade com um ponto. Bruno Paixão, que já tinha perdoado um empate aos sadinos por uma falta na sua área sobre Coates, teve a coragem de assinalar um penálti indiscutível aos 87 minutos, que Bas Dost converteu. Ganhámos justamente por 1-0 mas ficou claramente a ideia de que estamos a ter enormes dificuldades em criar oportunidades de golo e, mais ainda em concretizá-las.
O jogo com o Steaua de Bucareste era um teste de maior exigência, mas mesmo assim desta vez, pensávamos nós, os deuses do futebol estavam connosco, tendo afastado da nossa frente, por uma incrível conjugação astral, as equipas mais fortes no play-off da Champions. Pois o jogo de terça à noite em Alvalade provou que temos um osso muito duro para roer se queremos entrar mesmo na Champions. E sim, como disse Jesus, é bom não ter sofrido golos. Mas é péssimo não os termos marcado. Sim, lá podemos marcar um. Mas se eles marcam dois, a jogar perante o seu público, que lhes dará um apoio fanático?
O que este último jogo confirmou foi que:
1) Piccini não é defesa direito para o Sporting. Esperemos que o Stefan Ristovski seja bem melhor. Mas já agora, não haverá na equipa B ninguém melhorzinho para o lugar do que o Piccini?! É que o Piccini, valha-nos Deus!;
2) o centro da defesa parece estar a tornar-se de betão e Mathieu é um grande, um enorme reforço. Corta, desarma, não inventa, vai à frente, puxa pela equipa e tenta mesmo o remate. Dou a mão à palmatória de novo: Mathieu é um excelente reforço;
3) do lado esquerdo, não se percebeu a aposta em Coentrão para o jogo com o Steaua. Se não estava em condições nem tinha sido convocado como é que aparece a jogar? E o certo é que mostrou que não estava em condições: não houve piques, centros de jeito, remates e foi pelo seu lado que os romenos podiam ter chegado ao golo numa bola que saiu juntinho ao poste direito de Patrício. Neste momento, Jonathan Silva está melhor que Coentrão e dá mais garantias;
4) no meio-campo, enquanto não sabemos se William fica ou não, sabemos seguramente que Adrien não está em forma ou então está com a cabeça noutro lugar. Longe da exuberância e da assertividade que já mostrou em épocas anteriores, Adrien está, neste momento, claramente abaixo da forma de Bruno Fernandes, que tenta mais e melhor o golo e que faz passes bem mais perigosos.
5) Finalmente, no ataque, eu gosto muito de Podence, mas até agora a sua eficácia em matéria de golos foi nula. Com Doumbia em campo, a defesa da equipa adversária está sempre mais em causa.
Por tudo isto, e por o Sporting estar num ciclo de jogos importantes (e o da Champions é decisivo) espero eu e todos os sportinguistas que Jesus não invente contra o Guimarães nem contra o Steaua em Bucareste. A equipa inicial tem de ser esta: Patrício; Piccini (que remédio…), Coates, Mathieu e Jonathan; Battaglia, Bruno Fernandes, Acuña e Gelson; Doumbia e Bas Dost. É o melhor onze que temos neste momento, o mais perigoso, o que pode causar mais estragos ao adversário, o que marcará golos sem qualquer dúvida. De outra forma, arriscamo-nos a começar a perder pontos em Guimarães e a dizer adeus à Champions mais uma vez. Bom, e se o William não for vendido, claro que entra de caras para o lugar de Battaglia e a música passa logo a ser outra.
Vamos repetir todos juntos para Jorge Jesus ouvir: sem Bruno Fernandes nem Doumbia não vamos lá!
Nicolau Santos, jornal Expresso
Caro Nuno Saraiva,
Depois da nossa recente troca de pontos de vista, escrevo-te para reconhecer que tens toda a razão. Ainda agora começou o campeonato mas já se vê que temos equipa para sermos campeões. Melhor, vamos ser campeões, ponto final. Todos juntos conseguiremos esse objectivo.
E o fundamental para alcançar o troféu é termos um treinador como Jorge Jesus, com provas dadas há muitos e muitos anos, sobretudo em matéria de invenções. Ricardo Soares, treinador do Aves, que na época passada enquanto treinador do Chaves nos eliminou para a Taça de Portugal e nos voltou a roubar pontos no último suspiro do jogo em casa deles para o campeonato, pensava que eram favas contadas e que nos ia depenar de novo. Deve ter visto todos os jogos da pré-época do Sporting e idealizou a táctica com base nessas observações.
Mas Jorge Jesus, escaldado como estava da época passada, disse para os seus botões: “Espera aí que já te tramo”. E zás, colocou a jogar uma equipa que nunca tinha jogado na pré-época. Ou melhor, parte da equipa. Podence, que era dado como titularíssimo, para jogar nas costas de Bas Dost, ficou no banco. Bruno Fernandes, que era dado como titularíssimo mas com Adrien no banco, jogou com Adrien, mas numa posição que nunca Jesus tinha testado na pré-época. E assim foi como se o Sporting desta vez não começasse só com dez: desta vez foi mesmo com nove, porque Bas Dost e Bruno Fernandes pareciam peixes fora de água.
Mas tudo isto foi mais uma jogada genial de Jesus: ai pensam que é o Bas Dost que marca? Pois então tomem lá o Gelson. E para provar que esta táctica foi genial, tomem lá o Gelson em dose dupla: não um, mas dois golos. Pelo meio, fizemos aquele jogo assim para o entediante para ver se os rapazes do Aves se distraíam. E não é que se distraíram mesmo? Duas vezes. Foi o que bastou.
Portanto, temos que o nosso Houdini das tácticas deu um banho ao Ricardo Soares. E o certo, certo é que já vamos na frente do campeonato, depois de termos passado esta perigosíssima deslocação contra o poderoso Desportivo das Aves. Agora estou muito expectante para o próximo jogo que penso que é contra o Setúbal. Suspeito que vai jogar o Bruno César a defesa direito (ele é sempre muito feliz com o Setúbal), o Doumbia ao meio e o Iuri Medeiros, se ainda não foi despachado, à esquerda. O José Couceiro que se cuide. Quando der por ela já está a perder por dois.
Finalmente, um grande bem haja para a nossa defesa que não sofreu golos. O Piccini é um portento de segurança na direita. E que belas jogadas de ataque que fez! Vai lá, o homem, vai lá! No meio, a coisa estava tão sensaborona, que o Coates deixou fugir um jogador do Aves, que felizmente rematou contra o Patrício. Mas foi só para o animar. O Coates quando quer mete o turbo e parece o Usain Bolt. E o Mathieu, senhores, o Mathieu? Aquilo é que é técnica, velocidade, rapidez de raciocínio, rins flexíveis! Vai dar-nos muitas alegrias! E até marca livres! Que bem que os marca!
É verdade que o Jesus só o deixou marcar um, mas é para surpreender os adversários, de certeza. Quando quis marcar outro, Jesus disse que era o Adrien e quase dava golo. O Coentrão é que me tem calado. A sério. Está de regresso o velho Coentrão e já fez coisas bem interessantes.
Ah, desta vez não foi preciso vídeo-árbitro. Ganhámos mesmo sem o VAR. Foi só preciso inventar uma táctica nova. Ou uma equipa que nunca tinha jogado assim. Ou colocar o Bas Dost e o Bruno Fernandes sem bola que é para eles saberem que a vida não é fácil. Grande Jesus!
Está feito, grande Nuno! Manda reservar o Marquês! Estamos a caminho!
Nicolau Santos, jornal Expresso
Nicolau Santos, director-adjunto do jornal Expresso, responde à missiva de Facebook de Nuno Saraiva, director de comunicação do Sporting:
Meu caro Nuno Saraiva,
Conhecemo-nos há alguns anos e chegámos mesmo a trabalhar juntos no Expresso. Sempre mostraste ser um grande profissional e uma excelente pessoa. Hoje vi o que escreveste na tua página oficial do Facebook sobre a crónica que ontem publiquei na Tribuna Expresso. E compreendo-te. Trabalhas para o Sporting, tens de defender o clube. É normal: ninguém que trabalha para uma empresa ou instituição critica publicamente o patrão ou o presidente. E se é paga para as defender, tem de vir a terreiro fazê-lo.
O Sporting, contudo, é uma instituição de utilidade pública. Tem milhares de sócios, já teve muitos presidentes e muitos mais treinadores, terá mais presidentes e treinadores. Vivemos num país livre, logo num universo tão alargado de associados haverá sempre quem não concorde com o presidente de plantão ou com as opções do treinador que está de momento aos comandos.
Vamos então por partes. Bruno de Carvalho devolveu aos sócios do Sporting o orgulho de pertencerem ao clube e a fé de voltarem a acreditar em novas conquistas em todas as modalidades. Construiu o pavilhão, uma falha inadmissível num clube com a dimensão do Sporting. Renegociou com os bancos, ganhou folga financeira para não asfixiar a possibilidade de serem comprados novos jogadores que, a nível do futebol, nos dêem a possibilidade de ganhar a I Liga. Fez propostas para tornar muito mais transparente o futebol nacional. Relançou modalidades que estavam abandonadas e onde o clube tinha pergaminhos. Deixando de lado as suas afirmações truculentas e atitudes completamente desnecessárias, Bruno de Carvalho tem sido um grande presidente, que resgatou o Sporting daquele declínio irreversível em que parecia ter entrado.
Contratou dois grandes treinadores, Leonardo Jardim e Marco Silva, que infelizmente entendeu dispensar. Mal, claro, como se tem visto. Mas quando conseguiu trazer Jorge Jesus para o Sporting, fez algo de extraordinário: encontrou a peça que fez o click para galvanizar os sócios e os jogadores, ao mesmo tempo que traumatizava profundamente os nossos rivais da segunda circular. Foi um dois em um, que só não resultou logo na conquista do campeonato porque nessa altura não havia videoárbitro.
Tudo isso, contudo, não me faz esquecer outras coisas. Jesus está há duas épocas no Sporting e a começar a terceira. O que ganhou com os jogadores que herdou (e que tinham ganho uma Taça de Portugal) e com os muitos outros entretanto adquiridos? Uma Supertaça. É pouco, lamentavelmente pouco para a sua apregoada genialidade. E o pior é que os resultados tem vindo a descer.
Na sua primeira época à frente do Sporting, a equipa principal ficou em segundo lugar, marcou 79 golos e sofreu 21. Na época passada, o clube ficou em terceiro, marcou 68 golos (menos 11) e sofreu 36 (mais 15). Ora o guarda-redes foi sempre o mesmo (Rui Patrício), o meio-campo também (William e Adrien). Logo, o problema só pode ter estado na defesa.
E Jesus tem um manifesta esquizofrenia com as defesas dos clubes que treina. Já tinha no Benfica, onde os defesas esquerdos se sucederam com tanta regularidade que nem o mais acérrimo dos prosélitos do clube da Luz se consegue lembrar dos respetivos nomes. Inventou num célebre jogo no Dragão, onde colocou David Luiz, um defesa central, a jogar à esquerda. O Benfica perdeu por 5-0.
No Sporting, depois de termos feito uma monumental exibição em Madrid, fomos jogar com o Rio Ave. Perdemos 3-1, com Bruno César a defesa esquerdo. Os avançados passavam por ele como se fossem de mota e ele estivesse de bicicleta. Jesus só corrigiu o erro depois de termos o jogo perdido. Durante muitos jogos no ano passado resolveu apostar em Zeegelaar, embirrando claramente com Jefferson, que defende menos mal que Zeegellar mas é muito melhor a marcar livres, a centrar e a apoiar o ataque.
Também não deu quase oportunidades a Paulo Oliveira e não desistiu enquanto não o correu do clube. A dupla central de defesas mudou tanto que os sócios eram surpreendidos a cada jogo. Depois ficou-se por Ruben Semedo e Coates. Agora indicou a porta de saída a Semedo para contratar um tal Mathieu, que não tem, pela sua morfologia, nenhumas características de ser um defesa rápido e de ter rins flexíveis. E Coates precisa de um parceiro rápido ao seu lado, como eram Semedo ou Paulo Oliveira. Sem eles, a vida também lhe vai correr pior. E que dizer da dispensa de Schelotto para ser substituído por Piccini, que por sua vez ficou (descobriu-se agora em Alvalade!) sem nenhum concorrente para a sua posição?
Aliás, leio hoje no Record: “Urgente – Jesus quer lateral e central – Técnico procura alternativa válida a Piccini e Coates”. Pergunto: agora é que descobriram isso? A 15 dias de começar o campeonato? É que o problema não foi termos perdido com o Guimarães por 3-0. O problema é que não se vê como vamos solucionar o problema para o campeonato. E as grandes equipas constroem-se a partir da defesa, porque são aquelas que sofrem poucos golos.
Sim, eu sei que o André Pinto está lesionado. Mas o Tobias alguma vez é melhor que o Paulo Oliveira? E porque é que dispensámos o Schelotto? É pior que o Piccini? E agora o Coates também já não serve? Mais: o Mattheus Oliveira é melhor que o Francisco Geraldes? Não, não e não.
E vamos jogar com três centrais, em 3-4-3? Temos jogadores para isso? Até quando vamos experimentar o sistema? Vejam-se os resultados em sete jogos de preparação: 1 golo sofrido com o Belenenses, dois com o Marselha, 1 com o Fenerbahce, 3 com o Basileia, 3 com o Valência, 1 com o Mónaco, 3 com o Guimarães. 14 golos sofridos, média de dois por jogo. É assim que nos vamos candidatar a campeões? Isto não faz acender inúmeras campainhas de alarme nos comandos técnicos do Sporting e na direcção? E não será que, mais que por causa dos jogadores, é o sistema que está errado?
Por outro lado, Jesus está a reproduzir no Sporting o que fez no Benfica: a contratação de uma avalanche de jogadores sul-americanos em detrimento de oportunidades para os jovens da formação ou para jogadores portugueses que não foi ele que contratou. Não é o modelo do Sporting Clube de Portugal e é um enorme erro, que nos vai custar caro quando ele deixar o clube.
Meu caro Nuno, recebi o ano passado o meu emblema de sócio do Sporting Clube de Portugal há 25 anos. Mas na verdade deveria ter recebido outro emblema, porque desde os seis anos fui sócio do Sporting Clube de Luanda, um tempo que infelizmente não conta para a contabilidade do SCP.
Há 13 anos que pago a Gamebox. Tenho as quotas em dia. As maiores alegrias que tive foram a conquista dos dois últimos campeonatos pelo Sporting. No primeiro não estava em Portugal, mas no segundo andei a buzinar pelas ruas de Lisboa, bebi champanhe, pintei a cara de verde e branco e festejei exuberantemente com os meus filhos desde o Marquês, passando pela Avenida da Liberdade, até ao Largo do Pelourinho. Para sportinguista híbrido não está mal de todo.
Sabes, meu caro Nuno, quando fui do Conselho Leonino e tinha assento na parte da bancada principal destinada aos corpos sociais (coisa que pouco fiz porque prefiro de longe o meu lugar cativo), havia um senhor que se sentava ao meu lado e que passava o tempo a dizer que o Sporting não ganhava porque toda a comunicação social estava contra o clube.
E eu a olhar para o campo e a ver os nossos avançados a falhar golos de baliza aberta ou a nossa defesa a abrir alas para os adversários marcarem. O que é que a comunicação social tem a ver com a inépcia de jogadores e treinadores? O que é que a comunicação social tem a ver com contratações falhadas, programações de temporada erradas, escolhas de sistemas desadequados? Nada. Zero.
Mas eu acredito. Acredito sempre que o Sporting vai ultrapassar todos os obstáculos, todas as dificuldades, todas as barreiras. Acredito que os jogadores suarão e honrarão aquela camisola. Acredito que os sócios encherão de novo Alvalade esta época, com uma média de espectadores acima dos 40 mil (muito por causa do Presidente e do bom futebol que a equipa, apesar da falta de resultados, tem jogado) e que empurrarão o Sporting para muitas vitórias. E sei, como tu também sabes, meu caro Nuno, que se esta época for tão paupérrima de títulos como foi até agora, o reinado de Jesus termina em Alvalade. Ah, também sei que não há sócios de primeira e outros de segunda. Todos tem direito a dizer o que pensam, mesmo se não pensam o mesmo que o Presidente ou o treinador. E não será seguramente por causa de um artigo na Tribuna Expresso que o Sporting não ganhará a Liga 2017/2018. Estamos de acordo, meu caro Nuno?
Nuno Saraiva reagiu esta sexta-feira ao artigo intitulado Sporting. Assim não vamos lá ! de Nicolau Santos, no jornal Expresso, fazendo uma analogia com recém-resultados do rival da Segunda Circular:
«Ao ler ontem a Tribuna do Expresso, percebi, mais uma vez, porque é que o Presidente do Sporting está sempre a dizer que o nosso clube é autofágico. Nicolau Santos, sportinguista e já outrora membro do Conselho Leonino, ainda antes de a época começar e após um jogo sem qualquer interesse a não ser o de rodar jogadores e dar-lhes minutos, vaticinou já o fim do campeonato, a desgraça, o horror e até se arrogou na pretensão de aconselhar o presidente e o treinador a irem preparando o discurso da desculpa para a derrota. Isto não é sportinguismo.
Um rival perdeu 5-1 com um colosso suíço e 1-0 com uma equipa da segunda divisão inglesa, e não veio ninguém desse clube vaticinar a desgraça ou a catástrofe. Antes pelo contrário, puxam, galvanizam, criam fé, dão força! É pena que estes leões híbridos, que acabam por ser os maiores adversários do Sporting, uma vez que a cada passo apenas tentam descredibilizar, desestabilizar ou criar ondas de negatividade, ainda persistam».
Até poderemos admitir que o artigo do director-adjunto do Expresso é excessivamente negativo e pessimista, mas Nuno Saraiva - e por tabela, Bruno de Carvalho - terão de compreender que o que é ou não escrito sobre o clube da Luz nada tem a ver com o presente estado e respectivas performances do Sporting. São duas questões absolutamente distintas.
A realidade de momento, independente do que ocorre com outros clubes, é que a pré-época do Sporting não oferece muitas razões para optimismo, salvo porventura 45 minutos do jogo com o Mónaco. Isso, e algumas tomadas de decisão muito discutíveis, para não dizer sem nexo, tanto quanto a contratações como a vendas e/ou empréstimos, a exemplo de Paulo Oliveira, quando agora consta que Jorge Jesus quer outro central.
Este campeonato ficou decidido no Estádio da Luz, no jogo entre o Benfica e o Sporting, que os encarnados venceram por 2-1, apesar de terem sido dominados durante grande parte dos 90 minutos. E pelo despedimento do treinador do Braga, José Peseiro, na semana seguinte. Eu já explico.
Houvesse videoárbitro a funcionar no dia daquele Benfica-Sporting e outro galo cantaria. Mas o árbitro Jorge Sousa, ao não assinalar duas penalidades a favor do Sporting – e na sequência da primeira, o clube da Luz, num rápido contra-ataque, marcou o primeiro golo – determinou quem seria o campeão este ano.
Já sei que vai cair o Carmo e Trindade por causa desta afirmação. Mas o certo é que o mood leonino mudou a partir daí. Convenhamos que até essa altura havia dois candidatos ao título: Benfica e Sporting. O FC Porto nunca mostrou estofo de campeão e Nuno Espírito Santo, enredado em várias indefinições, não conseguiu jamais que a sua equipa tivesse o killer instinct que faz os verdadeiros campeões e que matam os jogos quando eles têm de ser mortos e que não desperdiça oportunidades de recuperar pontos quando elas surgem. Foi assim todo o campeonato e, só por isso, o FC Porto não merece ser campeão.
Voltemos, portanto, a esse dia 11 de dezembro de 2016. Pois bem, depois de uma primeira parte repartida, na segunda parte o Sporting menorizou o Benfica, encostou-o às cordas, fez dele um clube pequeno e de bairro, a defender, defender, defender, o Ederson a voar para aqui, a voar para ali, os adeptos a roer as unhas e em taquicardia, o Bas Dost faz o 1-2 e aí o Benfica entrou em desespero, não conseguia respirar, não saía do seu meio-campo, e o Jorge Sousa a não ver nem as duas mãozinhas do Pizzi, nem o bracinho direito do Nelson Semedo – mas a cinco minutos do final o genial Jorge Jesus tira o Bas Dost e mete o André e finalmente o Benfica descansou; sempre na retranca, mas descansou e depois festejou como se tivesse ganho o campeonato.
E fez bem. Foi lá que o ganhou. O Sporting, em vez de sair um ponto à frente do Benfica se tivesse ganho, saiu com cinco de atraso. E a mossa foi tão grande no estado psicológico dos jogadores do Sporting, o desânimo e o sentimento de injustiça foram tão pesados, como se houvesse forças poderosas que sempre se movem contra o clube nos momentos decisivos, que na semana seguinte a equipa voltou a perder por 0-1, desta vez em casa e contra o Braga, que tinha acabado de despedir José Peseiro, substituído interinamente por Abel Ferreira, que por acaso tinha sido despedido da equipa B do Sporting por Bruno de Carvalho assim que este chegou a Alvalade, que colocou no seu lugar João de Deus, que como se provou é um treinador medíocre, que quase conseguiu colocar a equipa B a descer de divisão, foi despedido, apareceu a treinar o Nacional, que acabou na II divisão.
O futebol nem sempre tem lógica mas há coisas que têm toda a lógica.
Mas depois dos penáltis que Jorge de Sousa não marcou na Luz, a substituição de José Peseiro à frente do Sporting de Braga antes do jogo com o Sporting foi a segunda razão que decidiu o campeonato a favor do Benfica. É que com Peseiro como treinador, o Sporting ganharia com mais ou menos dificuldade ao Braga, atendendo a que Peseiro é conhecido e reconhecido como um magnífico “pé frio”, um homem que sabe muito de futebol mas nunca ganha nada e perde mesmo quando tem tudo a seu favor (Grrrr! Aquela final da Liga Europa perdida em casa com uns russos quaisquer, depois de na semana anterior termos perdido o campeonato na Luz, com um golo do Luisão em falta sobre o Ricardo, ainda me está atravessadíssima!).
Mas logo haviam de despedir o Peseiro antes do Braga jogar com o Sporting e de colocar o Abel Ferreira, que estava ressabiado com o Bruno de Carvalho, a orientar a equipa apenas naquele jogo. E bastou para o Braga nos ganhar em Alvalade por 1-0 – e em vez de cinco pontos de atraso, passámos a ter oito. O campeonato acabou aí para o Sporting, apesar de na segunda volta termos tido uma séria consecutiva de vitórias, culminada com a vergonhosa derrota de domingo contra o Belenenses, em casa e com muitas mulheres e crianças nas bancadas, que ficam desde já traumatizadas para a vida e prontas para a aderir a outro emblema que lhes garanta vitórias.
Resumindo e concluindo, o Benfica ganha este campeonato porque o FC Porto nunca mostrou que o podia vencer e ao Sporting lhe cortaram as pernas no jogo da Luz. Parabéns, pois, ao Benfica. É um campeão poucochinho, nunca entusiasmou, nunca fez um grande jogo, só tem dois jogadores de classe acima da média, o Jonas e o Ederson, o resto é assim assim e claro que uma equipa que tem como cérebro o Dumbo não pode ser uma grande equipa.
Mas pronto, levem lá a Taça e parabéns ao Rui Vitória, que segue o velho provérbio, segundo o qual se a vida te dá limões, então faz limonadas.
Para o ano cá vos esperamos. Ou melhor, para o ano é que é. Não sei o quê, mas para o ano é que é. Eu pelo menos acredito. E como disse o presidente Bruno de Carvalho, que vai no segundo mandato e que já conseguiu ganhar uma Supertaça, basta! Já não há paciência para tanta desgraça! Para o ano ou isto muda ou mudam os sportinguistas: de treinador – e de presidente! Queremos vitórias.
Estamos sedentos de vitórias. Alguma vitória que nos anime e nos encha de orgulho. Não, não queremos jogar muito bem contra o Real Madrid e perder lá e cá. Não, não queremos jogar muito bem contra o FC Porto e perder lá por 2-1. Não, não queremos encurralar o Benfica e perder na Luz 2-1. Não, não queremos mais desculpas.
Queremos ganhar, ganhar, ganhar – por nós, pelos nossos filhos, pelos nosso netos, pelos filhos dos nossos netos, pelos nossos avós, pelos nossos bisavós, pelos nossos tetravós. O que é que não perceberam?
Nicolau Santos, director-adjunto, jornal Expresso
Nota: É por de mais óbvio que o teor textual do escrito visa estimular debate. Enquanto esse debate for construtivo, a moderação do blogue não será activada.
O Sporting está em crise indisfarçável. O título começa a ser uma miragem e vamos ver se a caminhada na outra única competição que o clube ainda pode vencer, a Taça de Portugal, não termina já esta terça-feira em Chaves. E quando há uma crise tão evidente começam a procurar-se os culpados. Depois do jogo de sábado, em que o Sporting empatou em Chaves, o presidente foi ao balneário tirar satisfações e, pelos vistos, invectivar os jogadores pelo seu eventual menor empenho. E no domingo terá tido uma conversa alargada com o treinador Jorge Jesus. O problema é que o primeiro responsável de tudo isto é Bruno de Carvalho.
Desde que chegou ao Sporting, Bruno de Carvalho despediu Jesualdo Ferreira, contratou Leonardo Jardim, Marco Silva e Jorge Jesus. Vai no seu quarto treinador e ganhou uma Taça de Portugal. Leonardo Jardim foi campeão na Grécia, lidera atualmente o campeonato francês, com o Mónaco, que é a equipa mais goleadora da Europa. Marco Silva venceu a Taça de Portugal pelo Sporting, foi campeão na Grécia e está agora a recuperar o Hull City, em Inglaterra. Jorge Jesus foi quase campeão na sua primeira época no Sporting, ficando a dois pontos no Benfica, e esta época anunciava-se como de grandes vitórias. Afinal, tem sido de grandes derrotas.
Quais são as ilações do que atrás foi escrito? 1) Bruno de Carvalho sabe escolher bem os treinadores; 2) tem pouca paciência para eles, não lhes dando tempo para consolidar o projeto; 3) apostou as fichas todas em Jorge Jesus na época passada e mais ainda nesta, dando todas as condições ao treinador para fazer melhor que em 2015/16, comprando uma camioneta de jogadores que o técnico pediu para as mais diversas posições.
E que fez Jorge Jesus com tanto jogador? Pois pouco, muito pouco. Em primeiro lugar, desvalorizou os jogadores formados no clube e cedeu-os a outros clubes: Matheus Pereira, Iuri Medeiros, Palhinha, Francisco Geraldes, Ryan Gauld (que o presidente dizia que era o Messi escocês…), etc.
Em segundo, dos jogadores contratados só dois pegaram mesmo: Bas Dost (melhor marcador da Liga) e Campbell, com intermitências. Alan Ruiz ainda tem mais intermitências, Spalvis vai agora para o Belenenses depois de uma longa lesão, Meli quer regressar à Argentina, Douglas é muito grande mas já nos atirou para fora da Taça CTT (embora aquilo não tenha sido penalty nem que a vaca tussa…) e o Markovic foi um grande (L)azar que nos saiu na rifa. Por outras palavras, ou Jorge Jesus é péssimo a escolher jogadores ou há muita gente a ganhar com esta girândola de futebolistas a passarem (e a passearem) por Alvalade.
Em terceiro, dinamitou completamente o lado esquerdo da defesa do Sporting. Aliás, este é um problema que Jesus já tem desde os tempos do Benfica: os defesas esquerdos para ele nunca são suficientemente bons. Na Luz devem ter passado pelo lugar uns 15. No Sporting já vamos em três (Jefferson, Zeegelaar e Bruno César) e com regularidade a imprensa desportiva dá notícia de que Jesus continua incessantemente à procura de novos defesas-esquerdos, não se percebendo porquê. Na sua primeira época, Jefferson foi titular indiscutível, com excelentes prestações. Na segunda foi relegado para o banco e substituído por Zeegelaar, que parecia ser o homem ideal para Jesus. Não era ou já não é. Agora nem para o banco vai.
Bruno César que não é nem nunca foi defesa-esquerdo é o homem do momento. Acontece que é por ali que acontecem muitas das nossas desgraças (o primeiro golo do Chaves vem de um centro daquela zona, o 3-1 co o Rio Ave passou todo por ali). E se está a defender, o Chuta-Chuta não está bastante mais à frente em condições de marcar golos - e lá ficamos nós reduzidos ao Bas Dost. Mas Jesus também conseguiu dar cabo da confiança de outro defesa excepcional: Paulo Oliveira. Encostou-o, só o tira do banco in extremis e lá vem as notícias que está no rol dos dispensáveis.
Ponhamos os pontos nos is. O que vai restar desta fortíssima aposta na época 2016/17 é um grande investimento com um fraquíssimo retorno, sendo de supor que isso possa ter problemas na situação financeira do Sporting. Chega-se, então, ao principal responsável, Bruno de Carvalho, que por acaso enfrenta um processo eleitoral para a presidência do clube. Dificilmente perderá as eleições mas o seu brilho empalideceu manifestamente.
Tentando copiar o estilo Pinto da Costa, abrindo várias frentes de guerra, umas externas outras internas, umas justas outras injustas, umas razoáveis outras completamente irrazoáveis, Bruno de Carvalho está agora fragilizado. Esta última de ir ao balneário depois do jogo de Chaves para aparentemente invectivar os jogadores, que estavam desolados com o resultado, como foi evidente assim que o árbitro deu por terminado o encontro, não ajuda nada a dar confiança à equipa e não melhora o ambiente que se vive entre presidente, treinador e jogadores. E quando se perde a confiança dos jogadores, os resultados dificilmente aparecem.
A sorte de Bruno de Carvalho, por muito que não o queira, está amarrada à de Jesus, com quem fez um contrato multimilionário até 2019. Despedir o treinador custará demasiado ao Sporting. E apesar de todas as manias de Jorge Jesus, o homem sabe da poda. Talvez limitar-lhe as exigências de obrigá-lo a rentabilizar o material humano que tem à sua disposição, fazendo regressar os que estão emprestados e mandando de volta os que não acrescentaram nada, seja uma boa maneira de o colocar à prova. O bom treinador é o que torna bons jogadores apenas regulares, que torna muito bons jogadores bons e que torna excepcionais jogadores muito bons. Jesus já provou que sabe fazer isso. Se não quiser aceitar o repto, que se demita.
Para o seu lugar não faltam boas hipóteses: Rui Jorge, Abel Ferreira (que Bruno de Carvalho despediu da equipa B, substituindo-o por João de Deus – e o Sporting B está à beira da despromoção), Paulo Fonseca. Mas também há Marco Silva – embora esse só venha com outro presidente.
Entretanto, há que cerrar os dentes e ganhar na terça-feira em Chaves. Ganhar não pelo presidente, não pelo treinador. Ganhar pelos melhores adeptos do mundo, ganhar pelo Sporting, ganhar em nome do Sporting. Força, Sporting!
NICOLAU SANTOS, director-adjunto jornal Expresso
O Sporting foi ontem afastado da final four da Taça Lucílio Baptista porque a média etária da sua equipa era superior à da do Vitória de Setúbal. É um critério como qualquer outro. E está contemplado no regulamento. Talvez fosse melhor que fosse beneficiada a equipa com mais jogadores portugueses em campo. E aí o Setúbal ganhava de goleada.
Em qualquer caso, a Taça Lucílio Baptista há-de sempre ser recordada não pelos vencedores mas pelas lamentáveis arbitragens com que todos os anos são brindadas as equipas que participam no torneio.
Na terça-feira, a fava saiu ao FC Porto no jogo contra o Moreirense. Dois penáltis por assinalar e duas expulsões, a primeira das quais – a de Danilo – há-de entrar para o primeiro lugar dos casos mais ridículos da arbitragem portuguesa.
Na quarta-feira, foi a vez do Sporting. O menor problema não foram os dois cantos a favor do Sporting que ficaram por marcar; ou os foras de jogo assinalados que afinal não eram; ou o golo invalidado por suposto fora de jogo de Campbell logo no início do segundo tempo. O pior mesmo, honrando esse extraordinário árbitro que foi Lucílio Baptista, o homem que apitava por intuição, foi o penálti assinalado aos 94 minutos contra o Sporting. Ele há penáltis duvidosos. Ele há penáltis claros. E ele há penáltis que não lembram à mente mais abstrusa – a não ser que essa mente pertença a um tal Rui Oliveira, árbitro da Associação de Futebol do Porto.
Dito isto, o Sporting deu meia parte ao Setúbal e um golo de canto, que é uma coisa que já não se usa. Mas colocar a jogar Markovic é o mesmo que dizer que jogamos com dez. Diz o presidente Bruno de Carvalho que o homem vai explodir. Olha que bom! Mas talvez valha a pena sugerir-lhe que vá explodir para bem longe – porque, pelo andar da carruagem, o bom do Markovic vai passar uma temporada em Portugal sem fazer um jogo de jeito. E assim ao intervalo lá ficou o homem nas cabines, bem como o Bryan Ruiz, que continua a jogar como um peixe fora de água em relação ao que produziu na época anterior.
Com estes dois em campo, o Sporting, na prática, jogava com nove contra onze e deu 45 minutos de avanço ao Vitória que fez o 1-0. Na segunda parte, com as entradas de Bas Dost e Gelson, a música foi logo outra, mas não deu para mais do que chegar ao empate – e para comprovar também que o André falha golos que, como diria o saudoso Jorge Perestrelo, 'até eu marcava como a minha barriguinha'.
Ou seja, está na altura de perguntar se o Palhinha, o Geraldes ou o Matheus não são melhores que o Markovic e o André. E se não será bom pedir o seu regresso e despachar alguns dos monos que comprámos na última abertura do mercado e que até agora tão péssima conta de si têm dado.
Pelo menos com estes não éramos eliminados da Taça Lucílio Baptista devido à média etária, mas apenas pelos grosseiros erros de arbitragem, característica que faz parte integrante desta competição. E não dávamos outra vez meia parte de avanço ao adversário para ver se o Markovic ou o Elias encarreiram.
Uma última nota: já só nos restam a Liga (e o Benfica está longe…) e a Taça de Portugal. Se não ganhar nenhuma (e para a Taça temos uma ida a Chaves que é perigosíssima), como fica Jorge Jesus no final da época? E Bruno de Carvalho?
NICOLAU SANTOS - Director Adjunto - jornal Expresso
Por sugestão de um leitor, a quem agradecemos, desde já, publicamos um artigo da autoria de Nicolau Santos, director-adjunto do jornal Expresso, que aborda muito do que se debate neste momento e que, por mera coincidência, foi publicado antes do jogo com o Nacional. Dá para imaginar o que o jornalista diria mais sobre Jorge Jesus, face à exibição do Sporting na Madeira.
«Jorge Jesus é um técnico que tem provas dadas em vários clubes e que tem um curriculum onde cabem várias vitórias na Liga, na Taça de Portugal e na Taça da Liga, além de outros troféus. Jorge Jesus conseguiu no Benfica manter a equipa principal de futebol sempre competitiva apesar dos jogadores que iam sendo vendidos. Jorge Jesus chegou ao Sporting e transformou a mentalidade da equipa, que passou a acreditar que podia mesmo ganhar todos os jogos em que entrasse – de tal modo que, no ano passado, o Sporting só não foi campeão porque, na reta final, o Benfica fez um trajecto extraordinário, conseguindo manter-se até ao fim dois pontos à frente dos jogadores que representavam o clube fundado pelo neto do visconde de Alvalade.
Este ano, apesar das saídas de Slimani e de João Mário, o Sporting parecia ter à partida bem mais razões para acreditar no título devido às contratações, aparentemente cirúrgicas, que fez. Mas de repente as coisas estão a ficar tremidas. É claro que ainda falta muito campeonato mas a derrota nos últimos minutos com o Real Madrid, depois de uma exibição fabulosa, a derrota por 3-1 com o Rio Ave, o empate nos últimos minutos com o Guimarães depois do Sporting estar a ganhar por 3-0 (!) a um quarto de hora do fim, a derrota com o Borussia Dortmund por 1-2 com uma exibição indigente na primeira parte e o empate da semana passada em casa com o Tondela, conseguido com muito sangue, suor e lágrimas e imensa falta de talento no último suspiro da partida, fizeram regressar à nação sportinguista toda a insegurança e descrença que a tem acompanhado anos e anos a fio.
Jesus tem vindo a demonstrar que os grandes treinadores também têm as suas embirrações e manias. A de achar que o Jefferson não serve para defesa esquerdo é uma delas. Pode não servir mas é seguramente melhor que o Marvin Zeegelaar. Defende tão mal como ele mas centra bem melhor e remata livres de forma bem mais perigosa. O centro da defesa recomenda-se com Ruben Semedo e Coates, mas que mal fez o Paulo Oliveira para ser posto de lado? Por exemplo, nos jogos contra o Real Madrid e contra o Guimarães a sua entrada não teria sido muitíssimo indicada? Mas não, Jesus não lhe dá oportunidade.
Em contrapartida, no meio-campo, temos agora um rapaz que nos tramou uma vez quando jogava no Benfica, que já provou que tem muito bons pés, mas que em matéria de entrega ao jogo e de entrosamento com a equipa, quando se trata de atacar em conjunto ou defender quando é de defender, até agora só conseguiu provar que não tem lugar no onze. A sua exibição com o Borussia Dortmund foi verdadeiramente lamentável: até ele sair, o Sporting jogou sempre com menos um. E qualquer treinador de bancada percebe que, neste momento, Bruno César é um jogador muito mais importante para a equipa do que o tal de Markovic. Tem sido um Lazar dos diabos sempre que ele está em campo. Precisa de tempo, diz Jesus. Ah, se precisa, então treine mais e jogue na equipa B uns tempos – ou entra quando estivermos a ganhar por 7-0. Agora para andar no campo a jogar futebol de praia, não, muito obrigado.
E o Elias, senhores, o Elias?! Contra o Madrid entrou e fez o livre que deu o golo do Ronaldo. Contra o Dortmund passou o tempo a ver jogar o Julian Weigl. E com toda a razão, diga-se! O miúdo jogava espantosamente bem e Elias nem se aproximava só para tentar perceber como o futebol se joga com a cabeça e não com os pés. E foi assim que até marcou um golo, sem o Elias se chegar.
Quanto ao Alan Ruiz, contratado por causa do seu pé esquerdo, alguém se esqueceu de dizer que ele funciona a gasóleo e não a gasolina. E devagar, devagarinho não se vai longe no futebol europeu, mesmo que seja em Portugal. Ainda por cima já tínhamos outro a gasóleo: o Bryan Ruiz, que tem um pés magníficos mas falha muitos golos e defende muito pouco. Não há por lá um tal Bruno Paulista que Jesus dizia que ia explodir este ano e que era extraordinário? No jogo contra o FC Porto, pelo menos quando entrou mostrou ser bastante viril nas entradas (um bocadinho de mais, talvez…), ao contrário dos macios Markovic e Elias. Por onde andará Bruno Paulista?
Tínhamos então muitas soluções para o meio-campo. Mas o Adrien lesionou-se e o que se viu é que o rei vai nú, isto é, viu-se que a equipa não tem nenhum jogador com as características do capitão do Sporting. E desde que ele falhou a equipa tem andado com o coração nas mãos. Ora não é aceitável esta tremedeira só porque o Adrien se lesionou. O Benfica tem tido uma devastadora onda de lesões e não só Rui Vitória tem encontrado soluções, como a equipa continua a ganhar interna e externamente e vai destacada na liderança do campeonato. Jesus não consegue fazer o mesmo? Não. Porque não tem matéria-prima ou porque, tendo-a, não aposta nela mas noutra? Parece-me que a segunda razão é a verdadeira. Componha ele o meio-campo com William e Bruno César até Adrien regressar e metade dos problemas desaparecem.
No ataque, Gelson faz miséria mas não pode fazer tudo. E Bas Dost não pode falhar os golos que falhou contra o Borussia (daria o 2-2) e contra o Tondela. É um jogador muito diferente de Slimani. Não marca os defesas e está na área feito um pinheiro. Por isso, precisa ter alguém que desequilibre ao seu lado. Gelson é um. Campbell pode ser o outro. O Markovic é que não. O Castaignos também não. O André não há meio de mostrar o que vale. E eis como vendemos dois, compramos seis jogadores, e ficamos muito pior do que estávamos. Como é possível?
Esta noite (Nacional-Sporting, 21h00) é para ganhar. Só pode. O Sporting deve jogar com Patrício; João Pereira, Coates, Semedo e Jefferson; William, Bruno César e Bryan Ruiz; Campbell, Bas Dost e Gelson. Assim, até os comemos! Carrega, Sporting!».
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