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As Notas de Julius 2021/22 (19)

Julius Coelho, em 19.11.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Varzim da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, que resultou numa vitória do Sporting por 2-1. Golos de Pedro Gonçalves (67') e (88') gp.

Foi preciso chamar a 'cavalaria' para desbloquear e resolver um jogo sem chama ou grandes motivos de interesse. Equipa com muitas mexidas, principalmente na defesa, não conseguiu manter a intensidade dos primeiros 20 minutos, deixando um adversário - que a jogar sempre de bloco médio e baixo - acreditar e ganhar ânimo nos despiques. As entradas de Porro, Sarábia e Pote trouxeram de novo o ritmo que se exigia e com eles os golos que ditaram uma vitória justíssima e apuraram o Sporting para os oitavos de final da Taça.

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DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 4 - Entrou aos 60 minutos a substituir o azarado Jovane e resolveu um jogo que parecia bloqueado. No primeiro golo teve o 'feeling' para estar no sítio certo, permitindo-lhe um remate fácil e na grande penalidade não falhou. Os golos aparecem-lhe com naturalidade. Mostra um nível de eficácia sempre muito elevado.

JOÃO VIRGÍNIA - 4 - Duas intervenções de alto nível e que foram muito importantes para impedir que o Varzim marcasse o primeiro golo do jogo. 

GONÇALO ESTEVES - 3.5 - Entrou com tudo e prometeu uma grande noite, conseguiu por várias vezes provocar desequilíbrios na defesa do Varzim e espaços para cruzar, mas faltou-lhe sempre uma melhor definição. Foi caindo de produção até ser substituído pelo Pedro Porro aos 66'.

RICARDO ESGAIO - 2.5 - Exibição bastante discreta; competente a defender mas ineficaz e pouco energético na primeira fase da construção. Ser central não é de todo a sua praia e evidencia muito pouca determinação quando a equipa ganha a bola. Tem dificuldade em compreender os espaços que lhe compete ocupar.

ZOUHAIR FEDDAL - 3 - A sua experiência ajudou a disfarçar as suas limitações para o lugar do centro da defesa, o lugar do patrão que nunca conseguiu ser, exibição desfocada e muito esforçada. Tentou fazer de Coates mas foi sempre o Feddal que conhecemos. Deixou algumas vezes o adversário ganhar vida em lances que podia e devia ter resolvido.

MATHEUS REIS - 3 - Não consegue resistir ao vício das faltas desnecessárias; tem sempre uma mãozinha a agarrar ou a empurrar desmedidamente o adversário, ou vai à queima quando bastava manter a posição. Melhor a ligar o jogo pelo lado esquerdo do ataque da equipa.

NUNO SANTOS - 3 - Um inicio de jogo bem fulgurante, ganhando na velocidade pelo seu corredor, cruzou muitas vezes com espaço para a área adversária mas definiu sempre mal. Precipitou-se na forma como abordou o avançado do Varzim dentro da sua área, no lance que precipitou a falta para grande penalidade e que resultou no golo do empate. A sua nota saiu prejudicada por isso.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Era jogo para poder brilhar com a braçadeira de capitão no braço e mostrar toda a sua qualidade, mas raramente se viu. Só mesmo naquele tiraço que levava o selo para um grande golo em que o guarda-redes (grande exibição) do Varzim lhe negou com a defesa mais espectacular da noite. Foi sem dúvida um dos momentos mais altos do jogo. Estranhamente, teve pouca bola e também não a procurou.

MATHEUS NUNES - 3.5 - Correu quilómetros na primeira parte na tentativa de ajudar a equipa a resolver cedo o jogo. Teve excelente oportunidade para inaugurar o marcador mas o inspiradíssimo Ismael não o permitiu com uma espantosa defesa. Com o desgaste foi naturalmente perdendo a intensidade. As entradas de Pote e Sarabia deram-lhe novo ânimo para a ligação aos colegas da frente.

TABATA - 2 - Nunca conseguiu desequilibrar nem vencer nos duelos, foi aposta falhada sem efeitos práticos nas poucas iniciativas que protagonizou. Tardia a sua substituição que já se pedia; saiu aos 66' para dar o lugar a Sarabia.

JOVANE CABRAL - 3 - Saiu lesionado com torção no joelho, depois de escorregar no excesso de areia que um deplorável relvado apresenta em algumas zonas do campo. Estava a ter uma exibição inconstante, com pouco protagonismo. Marcou um livre ao seu jeito ( é a sua grande praia) levando a bola a bater na barra sem hipótese de defesa.

PAULINHO - 2 - Totalmente ausente do jogo, foi invisível em quase todos os 90 minutos, claramente o elemento da equipa que menos produziu. Após um bom trabalho de Sarabia pelo lado esquerdo, quase que fazia um golo de belo efeito de calcanhar, a bola sobrou para o Pote que não falhou para inaugurar o marcador.

PABLO SARABIA - 3.5 - Foi decisiva a sua entrada, notou-se de imediato a melhoria da qualidade que trouxe à equipa na fase derradeira da partida, numa excelente iniciativa em que ganhou espaço já dentro da área dos poveiros, cruzou uma bola que acabou por sobrar para o Pote que não desperdiçou para o primeiro golo do jogo.

PEDRO PORRO - 3.5 - Entrou para os 25' finais ainda com o resultado empatado a zero e mexeu com o jogo; destemido nos duelos ajudou a empurrar o Varzim ainda mais para a sua grande área. Decisivo no resultado final no lance em que sofreu a grande penalidade e que deu a vitória à equipa ao cair do pano.

LUÍS NETO - 2.5 - Fica para a história da sua carreira os dez minutos que jogou contra o clube onde tudo começou para ele. O treinador sabia da importância que tinha este jogo para o Luís Neto. Ainda foi a tempo de cortar um cruzamento em que a bola ia direitinha para a cabeça de um adversário à boca da baliza do João Virgínia.

RÚBEN AMORIM - 4.5 - É sempre missão complicada voltar a impulsionar os jogadores, após paragem para os jogos das selecções. Esperava um desafio menos complicado e optou por apresentar a equipa que uns dias antes tinha feito um belo jogo-treino contra o Estoril. No entanto, as coisas pareciam querer complicar-se e sentiu a necessidade de lançar a cavalaria para resolver a contenda. E... já são nove vitórias consecutivas.

ANTÓNIO BARBOSA - 3.5 - Jogou com as armas limitadas que tem. Com um já esperado bloco médio baixo, tentou explorar os contra-ataques que chegaram à área do Sporting com algum perigo. O adversário tinha outros argumentos que fizeram a diferença. Ficou a boa imagem de uma equipa que se esforçou até ao final. Teve também um guarda-redes inspiradíssimo que ajudou a equilibrar momentos do jogo.

ANDRÉ NARCISO (Árbitro) - 3 - Usou a lei da compensação, quando entendia que errava, compensava o adversário depois. Geriu o jogo de forma sofrível tecnicamente. Nos lances de grande penalidade precipitou-se mas foi coerente, ou marcava os dois ou não marcava nenhum. 

VAR - Esta fase da competição ainda não tem o VAR. O motivo é porque há equipas dos escalões secundários em prova que não têm condições nos seus estádios para montar o sistema das câmaras.

publicado às 03:33

As Notas de Julius 2021/22 (09)

Julius Coelho, em 29.09.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo com o Borussia Dortmund da 2.ª jornada da fase de grupos da Champeon League, que resultou numa derrota por 1-0. 

Em Dortmund contra o temeroso Borussia, o Sporting recuperou a sua identidade nas jornadas da Champions League, Jogando os noventa e três minutos olhos nos olhos com os alemães. Se alguém esperava mais uma cabazada viu a equipa dar uma boa resposta e que até colocou em dúvida o resultado final até ao último segundo da partida. Verdade que não teve oportunidades claras para marcar, mas conseguiu em muitos momentos enervar e banalizar o futebol  do adversário na sua própria casa. Foi um alívio para os jogadores, treinador e adeptos da equipa alemã quando o árbitro apitou para o final da partida. O mais negativo da equipa do Sporting esteve no erro que levou ao único golo da partida e na perda constante das segundas bolas.

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DESTAQUE - MATHEUS NUNES - 4 - Já tinha sido o destaque no jogo contra o Ajax e voltou a ser o melhor da equipa ontem à noite. Não se amedrontou com o adversário e atirou-se ao jogo com ganas de fazer bem o seu trabalho, o transportar a bola e carregar a equipa para a frente. Pena que tenha caído bastante de produção na segunda parte e já sem pernas para poder acompanhar o último assalto à tentativa do golo do empate nos 10 minutos finais.

ANTONIO ADÁN - 3,5 - Concentrado e sempre bem atento aos movimentos da frente do ataque temeroso dos alemães, matou vários cruzamentos com segurança, fica a ideia que podia ter feito algo mais no golo sofrido, tem um breve momento que descai em excesso para o seu lado esquerdo e abriu  maior ângulo para o remate cruzado que acabou com a bola dentro da sua baliza.

PEDRO PORRO - 3.5 - Bastante seguro a defender, jogando simples e prático, mas teve algumas dificuldades para as suas patentes saídas pelo corredor onde encontrou quase sempre os caminhos tapados.

LUÍS NETO - 4 - Realizou uma das melhores exibições de leão ao peito.Já tínhamos dito que está a passar um bom momento de forma, foi o melhor elemento da defesa superando o próprio capitão Coates, excelente percepção dos movimentos dos avançados do Borussia que lhe permitiu chegar sempre primeiro roubando-lhes a maior parte das vezes a bola. 

SEBASTIÁN COATES - 3 - Muito melhor a comandar a defesa do que a resolver os seus próprios apertos. Falhou por duas vezes cortes que habitualmente não facilita colocando calafrios no Adán. Não leu bem o lance do passe de primeira que isolou o Donyell Malen à sua esquerda e já não conseguiu impedir o seu remate vitorioso para o único golo do jogo.

ZOUHAIR FEDDAL - 3 - No geral cumpriu não sendo exuberante. No golo sofrido não estava lá, nem Matheus Reis, abrindo uma cratera ao marcador do golo que carimbou a vitória dos alemães. Foi um erro bem crasso porque não podiam estar os dois ausentes ao mesmo tempo na zona. Nos 10 minutos finais viu-se com dois passes bem medidos a isolar o Nuno Santos à esquerda.

MATHEUS REIS - 3 - Foi competente na função de defender, mas complicou por vezes na saída, entregando a bola ao meio campo adversário. O treinador continua a experimentar soluções à esquerda depois do falhanço do Rúben Vinagre, com Feddal longe da sua forma fica ainda mais difícil estancar de vez o problema.

JOÃO PALHINHA - 3 - Não fez um grande jogo, chegou muitas vezes atrasado com os seus conhecidos carrinhos que são sempre muito eficazes, também não foi feliz no passe entre as linhas do adversário, a equipa nunca esteve muito ligada nessa zona faltando mais apoios e melhor precisão do passe.

PABLO SARABIA - 3 - Fez um jogo fraco e ainda não apareceu o que se espera dele, nunca conseguiu ligar o jogo com o agravante de perder a bola algumas vezes logo na recepção. 

TIAGO TOMÁS - 2.5 - A sua titularidade foi a grande surpresa da noite, mas percebeu-se a intenção do treinador. Perante o sistema de jogo sempre ofensivo dos alemães, o Tiago poderia ganhar a profundidade nas suas costas, mas isso raramente se viu. Forçosamente tem que melhorar o passe, foram quase todos interceptados pelo adversário. Num ataque que pouco produziu é também ele responsável por essa ineficácia.

PAULINHO - 3 - Cada vez mais desperta o interesse pelas notas que lhe são atribuídas, pelas suas exibições. Teve alguns pormenores com classe tirando várias vezes o adversário da frente, mas sempre longe da baliza adversária e das zonas onde deveria estar. Depois surpreendeu pela negativa no último passe onde terá que melhorar bastante.

NUNO SANTOS - 2 - Entrou aos 58 minutos, no momento em que a maioria dos adeptos do Sporting já pensavam nele, mas decepcionou. Revelou insuficiências técnicas e nunca soube mediar bem a sua posição face à última linha da defesa adversária, sendo apanhado várias vezes em fora de jogo. Nada acrescentou e por isso decepcionou-nos a todos.

JOVANE CABRAL - 2 - Depois entrou o Jovane e a situação ficou igual, sem melhoria na equipa, correu muito é verdade ... só que atrás da bola e dos alemães.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Finalmente entrou alguém que veio acrescentar e muito. Mexeu com o jogo, deu nova vida à equipa que parecia já ter desistido de tentar o golo do empate, e motivou os alemães a olharem para o relógio gigante do estádio. Pena ter já encontrado o Matheus Nunes nas lonas. O Daniel devia ter entrado mais cedo quiçá mesmo de início. Nos 10 minutos que jogou tudo o que fez foi sempre bem feito com critério acima da média que surpreendeu muito o adversário.

BRUNO TABATA - 2.5 - Trouxe mais energia à equipa, Porro já estava muito desgastado mas não foi por ali, por aquele lado que a equipa oscilou e perdeu.

RICARDO ESGAIO - 2 - Entrou fresco perante tentativa da equipa ainda chegar ao empate; segurou aquele lado esquerdo onde também anda ali para desenrascar. Pena que o Nuno Santos tenha passado ao lado do jogo, obrigando o Esgaio a ficar mais fixo sem poder arriscar muito mais.

RÚBEN AMORIM - 4 - Espremeu a equipa até onde foi possível espremer. Defrontou uma das equipas com maior poderio ofensivo a nível mundial na sua própria casa. Perdeu, mas surpreendeu pela positiva, assustando os alemães. A equipa quase que não cometeu erros na defesa, mas sem Pedro Gonçalves em campo o ataque fica demasiado inofensivo. O jogo valeu pelos 10 minutos finais, com as substituições principalmente do Daniel, a equipa agarrou no jogo e deu esperança de se chegar ao empate, o que seria um prémio merecido.

SRDJAN JOVANOVIC (Árbitro - Sérvio) - 3 - Arbitragem medíocre, na dúvida ganhavam sempre os... alemães. De parvo não tem mesmo nada, soube agradar a quem deve agradar, à cúpula do futebol mundial. Portugueses!!!! Quem são? Bahhh!!.

POL VAN BOEKEL (VAR - Holandês) - 3 - Ninguém o incomodou e também não incomodou ninguém.

publicado às 07:03

As Notas de Julius 2021/22 (06)

Julius Coelho, em 16.09.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo com o Ajax de Amesterdão da 1.ª jornada da fase de grupos da Champeon League, que resultou numa derrota por 5-1. Golo de Paulinho (33').

Colapso total da defesa, faltou o comandante e andaram todos à deriva sem nunca acertarem com o tempo de entrada dos adversários que lhes apareciam pela frente, principalmente pela porta escancarada que o Rúben Vinagre lhes abriu à esquerda e que nunca conseguiu fechar. Uma equipa do Ajax que com uma tremenda qualidade de passe fez toda a diferença e caiu em cima de uma equipa do Sporting de forma implacável sem a deixar pensar o jogo. Fica para a história umas fugazes reacções da equipa leonina após o golo do Paulinho que ainda deram para ameaçar reentrar no jogo. 

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DESTAQUE - MATHEUS NUNES - 3.5 - Foi o mais esclarecido do meio campo; tentou por várias vezes levar a bola até as linhas mais recuadas do Ajax, ganhou quase sempre os duelos com o adversário respondendo na mesma velocidade e intensidade. Mas lá atrás na defesa era cada tiro cada melro.

ANTONIO ADÁN - 2.5 - História curta no jogo, sofreu 5 golos e não os conseguiu parar, sentiu-se quiçá pela primeira vez deveras desprotegido e nada pôde fazer para mudar o rumo aos acontecimentos.

PEDRO PORRO  - 3.5 - Dos melhores da equipa, deu muita luta e raramente perdeu nos duelos, principalmente com o Dusan Tadic, está em grande forma e como o Matheus Nunes tentou levar a bola pelo seu corredor conseguindo algumas vezes ter êxito, teve 2 bons remates que quase surpreendia o guarda redes holandês, um deles levava o caminho do golo mas a bola acabou por bater no poste e ir parar às mãos do keeper do Ajax.

GONÇALO INÁCIO - 1 - Voltou a lesionar-se e muito cedo no jogo, aos 20 minutos, mas já os holandeses tinham marcado dois golos em que não esteve isento também de culpas.

LUÍS NETO - 1 - Noite para esquecer, nem nos sonhos conseguirá fazer de Coates; nunca encontrou a fórmula para poder ajudar a estancar aquela rotura à esquerda da defesa e também foi comido de cebolada com as entradas dos avançados holandeses nas suas costas. Que o diga o Sébastien Haller, que aproveitou muito bem para marcar 4 golos em Alvalade.

ZOUHAIR FEDDAL - 1 - Está em nítida má forma, foi o pior dos centrais. Já o tem sido e jogos do campeonato, para azar do Rúben Vinagre que fica entregue a si próprio. Teve um bom cabezazo na área dos holandeses que em melhor forma e mais confiante seria golo.

RÚBEN VINAGRE - 1 - Mais uma noite para esquecer, foi do seu lado que a equipa se desmoronou, nada lhe saiu bem e depois entrou em desespero, tudo que fazia ou decidia fazer dava asneira, foi um passador para os holandeses que fizeram dele o que quiseram. Terá que crescer muito ainda para poder estar ao nível destes jogos, que medite muito bem tudo o que não fez para poder melhorar. 

JOÃO PALHINHA - 3 - Esforço ingrato porque a maior parte do tempo andou perdido sem saber o que fazer, se devia recuar e dar uma ajuda lá atrás ou se ousava avançar mais no terreno para ajudar nas escapadas do Matheus Nunes com mais uma linha de passe. Ficou confuso e o seu futebol acabou também por sair baralhado.Os holandeses apostaram na pressão e nos passes curtos já dentro da área do Sporting com desmarcações que deram cabo dos rins ao Luís Neto e ao Feddal; tudo isso se passou longe dos terrenos do João Palhinha.

JOVANE CABRAL - 1 - Jogou? Nem demos por ele, a equipa jogou seguramente com um elemento a menos enquanto ele esteve em campo. Esperamos que não entre em algum processo do tipo Manénização, (Carlos Mané). Não fez seguramente a parte que lhe estava destinada.

NUNO SANTOS - 3 - Acabou por ser dos melhores da equipa, mostrou sempre muito inconformismo e lutou por cada bola sem nunca a dar por perdida, andou sempre na luta de mangas arregaçadas, o ataque da equipa podia ter tido outra expressão caso a defesa não desmoralizasse tanto a todos. O Nuno mostrou que o Ajax também tem fragilidades e que em outras circunstâncias podem ser aproveitadas.

PAULINHO - 3.5 - O terceiro elemento do trio que esteve em melhor plano, lutou muito e ganhou algumas vezes nos poucos duelos que o jogo lhe permitiu disputar, marcou um golo que podia levar a equipa a entrar no jogo porque pouco depois fez o segundo que seria um fabuloso golazo de cabeça se o VAR não o invalida por fora de jogo duvidoso.

RICARDO ESGAIO - 1 - Entrou aos 20 minutos de jogo para o lugar do lesionado Gonçalo Inácio. Foi solidário com o descalabro dos colegas da defesa e o Ajax voltou a marcar por mais três vezes. Fora da sua posição mais natural foi um remendo que não surtiu qualquer efeito

PABLO SARABIA - 2.5 - Não trouxe grande diferença ao jogo do meio campo da equipa, o VAR sacou o segundo golo ao Paulinho e logo depois o Ajax voltou a marcar e a moral caiu para todos, geriu o seu esforço espreitando a possibilidade do contra golpe que raramente apareceu. Não está ainda preparado fisicamente para jogar os 90 mimutos.

MATHEUS REIS - 3 - Até que surpreendeu ter entrado bem no jogo e esteve muito melhor que o Rúben Vinagre a defender, inclusive viu-se em algumas tentativas de participar na construção ofensiva já perto da área do Ajax.

TIAGO TOMÁS - 2 - Entrou para o lugar do muito desgastado Nuno Santos para que a equipa mantivesse a pressão na primeira linha holandesa; tirando essa função nada mais se viu de grande registo.

DANIEL BRAGANÇA - 2 - Entrou para os quinze minutos finais quando o resultado já estava fechado, todavia entrou bem e viu-se com alguns bons pormenores no passe entre as linhas holandesas.

RÚBEN AMORIM - 1 - Por muita culpa que tenham tido alguns jogadores no jogo e que tiveram claramente o treinador será sempre o primeiro responsável. A verdade é que o sistema da equipa que para os jogos do campeonato português encaixa muito bem, pode não ser suficiente contra equipas que têm outra capacidade de pressão e um nível muito elevado no passe. Se o sistema é para manter nesta competição terá que o afinar melhor e depois jogar sem o Coates, quiçá seria melhor recuar mais o Palhinha e meter a jogo o Ugarte.

ERIK TEN HAG - 6 - Lição táctica em Alvalade, apresentou uma equipa muito bem trabalhada, uma verdadeira equipa, que sabe pressionar de forma tremenda durante os 90 minutos de jogo e ainda com uma qualidade fantástica no passe. Foram muito eficazes numa noite em que tudo lhes saiu bem.

JOSÉ MARÍA SÁNCHEZ MARÍNEZ (Árbitro) - 2.5 - Arbitragem sofrível tanto técnica como disciplinarmente. Errou muitas vezes e o mais prejudicado foi sempre o Sporting, não interpretou da melhor forma vários lances cortando erradamente contra ataques do Sporting e levou uma eternidade a dar o primeiro amarelo aos jogadores holandeses que usaram e abusaram da agressividade, frequentemente violenta. Aliás, cometeram (foram assinaladas) 27 faltas contra as 11 do Sporting, e mais teriam sido.

ALEJANDRO HERNÁNDEZ ( VAR) - 3 - Sem casos de maior não foi foi chamado a intervir. No golo do Paulinho é uma fora de jogo milimétrico duvidoso.

publicado às 03:03

As Notas de Julius (25)

Julius Coelho, em 16.05.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes no jogo com o Benfica  - a contar para a 33ª jornada da Liga NOS - que terminou com a vitória encarnada por 4-3 - golos leoninos marcados por Pedro Gonçalves aos 45+1' e 77' (gp) e Nuno Santos aos 62'.

Rúben Amorim resolveu "oferecer" 45 minutos ao Benfica; não preparou bem o jogo, mexendo demasiado na equipa. Com Feddal e Pedro Porro ausentes, não devia abrir aquela tremenda autoestrada no meio campo aos jogadores do Benfica. Disse no final que a equipa precisa de crescer em outros aspectos, mas a começar por ele próprio  e perceber que há jogos que não se podem desperdiçar para fazer experiências. O jogo do Sporting só teve o seu verdadeiro ínicio na 2ª parte, quando estavam todos no seu devido lugar. Pedro Gonçalves não merecia aquela traição.

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DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 6 - Pote está a mostrar outra faceta extraordinária; a sua regularidade nas boas exibições, não merecia que o treinador lhe tivesse dificultado tanto o jogo com aquelas traições no meio campo e na defesa, marcou 2 golos e outros tantos podia ter marcado, bolas nos postes, jogada do penálti, encheu o campo com a sua enorme qualidade. Ganhou claramente no duelo com Seferovic.

ANTONIO ADÁN - 3 - Teve à sua frente uma defesa algo desorganizada e ainda a dar demasiados espaços entre linhas; ainda evitou um golo certo ao adversário numa excelente recuperação depois de estar batido, mas que pesadelo sofrer 4 golos num só jogo e em que pouco ou nada podia fazer para os evitar.

JOÃO PEREIRA - 2.5 - Teve um muito bom inicio de jogo, mas foi ficando desorientado com todas aquelas baldas no meio campo e optou por resguardar-se; do outro lado o adversário era cada tiro cada melro e... assim, foi sacrificado para a equipa se reencontrar com as substituições obrigatórias. 

GONÇALO INÁCIO - 3 - Muitas dificuldades a corrigir tantos erros à sua frente, devia ter jogado no outro lado e Luís Neto à direita; respirou melhor na 2ª parte quando voltaram a conseguir fluir o jogo de construção de forma mais segura e organizada.

SEBASTIÁN COATES - 3 - Que grande dor de cabeça lhe deu o treinador. A falta de rotina do Matheus Reis ao não conseguir fechar os espaços entre ele e o Nuno Mendes mataram-lhe a liderança organizativa, depois nem o outro Matheus nem o Daniel fechavam à sua frente; andou desesperado toda a primeira parte. Nos dez minutos finais acabou por subir para a posição de ponta de lança, numa altura em que a equipa, depois de uma excelente recuperação, procurava o empate por todos os meios.

MATHEUS REIS - 1 - Chumbou redondamente e até colocou em causa a sua futura utilização; foi um autêntico passador sem noção dos espaços a fechar; foi o elemento menos na equipa e o principal desequilibrador da organização defensiva. É verdade que à sua frente "nunca existiu ninguém" a ajudar na primeira parte. Mas nem depois, quando o meio campo ficou mais organizado com as entradas de João Mário e Palhinha, mostrou acerto e qualidade.

NUNO MENDES - 4 - Não sabe jogar mal; foi sempre dos mais inconformados, tentando empurrar o jogo da equipa para a frente com muitas iniciativas individuais; foi sempre para cima deles sem medo e é difícil desarmá-lo sem ser em falta. Arrancou várias faltas e cruzou várias vezes com perigo para a área do Benfica.

DANIEL BRAGANÇA - 2 - "Que pasó" Daniel? A festa já acabou!!! Nem defendeu bem nem atacou como sabe. Foi engolido pelo meio campo adversário e nunca percebeu por onde sempre se escapava o Pizzi. Jogo para..."recordar", para trabalhar muito mais ainda no futuro.

MATHEUS NUNES - 2.5 - Ficou claro que aquela posição da primeira parte nunca será a sua; andou perdido e só quando voltou às zonas que tão bem conhece respirou melhor e foi importante na recuperação do resultado; mas já estava demasiado desgastado, tudo podia ter sido tão diferente. Nota negativa pela tremenda infantilidade no penálti que provocou; já não se usam esses lances depois de ganha a posição.

NUNO SANTOS - 4 - Está num bom momento e não merecia aquela "generosidade" geral da equipa em todo o primeiro tempo; lutou bastante e nunca desistiu; marcou um grande golo, daqueles que fazem levantar um estádio. 

PAULINHO - 3 - A sua missão principal era prender os centrais adversários enquanto o Pedro Gonçalves vagabundeava no meio deles; não fazendo um bom jogo teve, mesmo assim, oportunidades para marcar, a exemplo do cabezazo à boca da baliza.

JOÃO PALHINHA - 4 - Trouxe uma mensagem bem clara e dura: ninguém na equipa consegue fazer aquele lugar como ele e deixou-nos todos a pensar... no seu futuro. Se foi uma mera experiência do treinador, a conclusão é evidente. Entrou e "aquilo" foi outra coisa, totalmente diferente, até o mestre da táctica já coçava a cabeça.

JOÃO MÁRIO - 4 - Pode não ter golo, não ter intensidade, ser um jogador frio e calculista mas ninguém na equipa transporta a bola tão bem como ele. Pena que já havia três golos de diferença, mas ficou quase, quase..! Volto a dizer, tudo poderia ter sido tão diferente se......., mas só o treinador é que pode explicar o que pretendeu com "aquilo".

JOVANE CABRAL - 3.5 - Também a viver um bom momento, ajudou bastante na hora de tentar refazer a asneira da primeira parte e teve boas iniciativas, é perito a ganhar espaços com facilidade. Ficou clara a ideia que devia ter entrado mais cedo.

RÚBEN AMORIM - 3 - Ontem espalhou-se ao comprido; não devia ter mexido tanto na equipa e logo numa visita a casa do rival, que fazia deste jogo a salvação da sua época. O Daniel e o Matheus Nunes jamais conseguem ganhar um meio campo a este plantel do Benfica; têm que comer ainda muita farinha; o "mestre da táctica" agradeceu e chamou-lhe um figo. Tentou depois corrigir o erro mas já foi tarde; foi uma traição à equipa que não merecia.

JORGE JESUS - 3 - Não se fez rogado com a oferta do Rúben Amorim, aproveitou ao máximo aquela primeira parte atípica da equipa do Sporting. O pior foi quando o Sporting se recompôs na 2ª parte e esteve quase a ser humilhado, depois de ter tido por duas vezes uma vantagem de três golos e quase que a perdia.

TIAGO MARTINS - (Árbitro) - 2 - A arbitragem habilidosa já esperada. Este é mais um dos cancros do futebol;  na dúvida apitou sempre para o mesmo lado; no momento alto do Sporting cortou-lhe as iniciativas, depois tentou limpar-se no lance do Nuno Mendes na parte final do jogo; manejou o jogo à conveniência. Quiçá... a sua nomeação não foi por acaso.

BRUNO ESTEVES - (VAR) - 3 - Sem casos para analisarmos. Nunca se meteu e foi o melhor que fez.

publicado às 03:04

As Notas de Julius (24)

Julius Coelho, em 12.05.21

Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Boavista  - a contar para a 32ª jornada da Liga NOS - que terminou com a vitória do Sporting por 1-0 - golo marcado por Paulinho (36') - e a 'consagração' do título nacional.

Enfim, a entrada no Olimpo e dançar com os deuses na noite mais longa, ao som da voz da Maria João Valério. Sporting? É a maior loucura saudável, uma vitória para a eternidade, foi a melhor equipa em tudo e sejamos justos e honestos, passeou durante todo o campeonato e desde muito cedo na frente com margem segura até à consagração. Ontem podia e deveria ter terminado o jogo com uma goleada histórica, tantas foram as oportunidades claras de golo falhadas.

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DESTAQUE - NUNO SANTOS - 6 - Entrou endiabrado no jogo, sem tremideiras e foi dos que queria acabar com "aquilo" o mais rápido possível; esteve imparável, driblou, ganhou sempre na velocidade, atirou ao poste uma bola fora do alcance guarda-redes. Foi o seu melhor jogo da época.

ANTONIO ADÁN - 6 - Seguríssimo em todas as suas acções; foi chamado a intervir a uma bola rematada à queima, aos 40', que daria o empate ao Boavista, e que provocou calafrios, mas resolveu como sempre.

PEDRO PORRO - 6 - Entrou feliz e decidido a fazer um grande jogo e numa excelente iniciativa ganhando espaço para rematar à baliza de Leonardo; foi traído pelo esticanço que deu à perna e lesionou-se; no seguimento, a bola sobrou para o João Mario que teve uma perdida incrível na cara do guarda -redes.

GONÇALO INÁCIO - 6 - Um dos benjamins da equipa; entrou algo ansioso, mas foi encontrando o seu equilíbrio e foi subindo de rendimento numa excelente entre-ajuda ao João Pereira, acabou em excelente plano.

SEBASTIÁN COATES - 6 - Uma das asas da taça do título pertence-lhe por direito; "el comandante" empurrou a equipa para o Olimpo, impecável a defender e ainda tentou por várias vezes fazer o seu habitual golo.

ZOUHAIR FEDDAL - 6 - Está a viver um momento inesquecível, foi dos cadeados mais robustos da defesa durante toda a época, ontem não deu hipóteses e antecipou-se sempre às ideias do adversário.

NUNO MENDES  - 6 - Benjamim na idade mas muito adulto no seu futebol, assumiu a responsabilidade de empurrar a equipa para a frente, mas sente-se mais cómodo com o Nuno Santos à sua frente. Tudo isto está a ser um sonho para ele.

JOÃO PEREIRA - 6 - Voltou ao Sporting para terminar a carreira e ser campeão. Ontem teve uma missão dificil quando entrou para substituir Pedro Porro, mas não tremeu e cumpriu sempre muito bem até ao fim. Ainda se aventurou, aparecendo algumas vezes solto lá na frente. Foi muito útil à equipa e não o vimos a cometer qualquer erro.

JOÃO PALHINHA - 6 - Entrou decidido a ser o rei leão no meio campo e rugiu durante toda a partida, mantendo sempre o adversário à distância da baliza de Adán; encheu o campo. Viu-se com excelentes passes largos a lançar o Nuno Mendes.

JOÃO MÁRIO - 6 - Se tivesse golo seria um jogador fabuloso; deu equilíbrio à equipa nas fases de transição, fez um trabalho notável a anteceder o golo do Paulinho. Trabalhou muito.

PEDRO GONÇALVES- 6 - Muito activo na frente, arrastou várias vezes os defesas adversários atrás de si, fez excelentes triangulações com o Paulinho, veio atrás várias vezes buscar jogo, teve o golo nos pés por duas vezes, fugiu pela direita solto na área mandou um tiraço ao poste; seria um golo monumental.

PAULINHO - 6 - Já ninguém duvida do seu valor e do que pode dar à equipa; cada vez mais integrado, destaca-se com excelentes iniciativas; marcou com tremendo sentido de oportunidade o golo do título finalizando um cruzamento de Nuno Santos, mas podia ter marcado mais golos. Ganhou o seu lugar com mérito e a equipa fica claramente mais forte com ele.

MATHEUS NUNES  - 6 - Nos derradeiros 15 minutos do jogo a ansiedade foi tomando conta da equipa, tirando -lhe algum discernimento, pedia-se a entrada do Matheus Nunes para rejuvenar o meio campo; era o momento de assegurar a vitória que tanto representa para os sportinguistas espalhados pelo Mundo inteiro.

DANIEL BRAGANÇA - 6 - Depois de perdidas tantas oportunidades de golo, a equipa acusou o desgaste, enquanto o Boavista ameaçava com mais alguma posse de bola, urgia refrescar a equipa e o treinador muito atento fez tripla substituição, estava tanto em jogo, o Daniel veio ajudar a equilibrar e a fazer de tampão às tentativas do adversário.

JOVANE CABRAL - 6 - Substituiu o desgastado Pedro Gonçalves nos 10 minutos finais; entrou forte e manteve a defesa do Boavista longe da construção ofensiva. Teve um raid que provocou pânico na área adversária e que podia ter acabado em golo, mas pecou na definição.

MATHEUS REIS- 6 - Também era hora de fechar o lado esquerdo da defesa, o Nuno Mendes já dava sinais de dificuldade a recuperar e foi isso que o Matheus Reis foi fazer.

RÚBEN AMORIM- 6 - Merecia um 10 olímpico; foi o grande obreiro deste enorme sucesso que ficará para a eternidade. A equipa voltou a entrar muito focada no que tinha que fazer, tentou resolver cedo e dar tranquilidade a todos lá dentro e cá fora, várias oportunidades claras de golo poderiam ter dado um resultado histórico, mexeu na equipa quando o jogo pediu.

JESUALDO FERREIRA - 4 - Treinador honesto e equipa competente, fizeram o que lhes estava ao alcance; enfrentaram a melhor equipa do campeonato, um Sporting muito forte e determinado, tiveram a sorte de não sairem de Alvalade com mais golos sofridos, um só golo provocou incómodo até final, mas também tiveram mérito.

LUIS GODINHO - (Árbitro) - 5 - Estava convicto que liberto dos fantasmas do VAR iria fazer uma boa arbitragem e assim aconteceu, nada a apontar. O problema não é o árbitro Luís Godinho e ontem ficou claro e provado.

BRUNO ESTEVES - (VAR) - 4 - Houve um empurrão ao Pedro Gonçalves que o pode ter impedido de cabecear à boca da baliza, mas dá-se o benefício da dúvida; de resto, nada mais a apontar

NOTA: Caros amigos leitores, pela enorme importância que esta vitória representa para o Sporting, tomei a liberdade de brindar os nossos jogadores com os seus nomes na cor de ouro e dar-lhes a nota máxima de 6, a título extraordinário, não só por tudo o que fizeram neste jogo, mas também pela época extraordinária que culminou no título merecidíssimo de Campeões Nacionais 2020/21.

publicado às 06:30

As Notas de Julius (23)

Julius Coelho, em 06.05.21

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Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Rio Ave  - a contar para a 31ª jornada da Liga NOS - que terminou com a vitória do Sporting por 2-0, golos marcados por Pedro Gonçalves (34') e Paulinho (63').

Vitória perfeita em Vila do Conde, sublinhada pela exemplar atitude e ambição de quem quer muito ser campeão nacional. Os rapazes atiraram-se ao adversário dispostos a não facilitarem, dominaram em todos os momentos do jogo e o resultado só peca por escasso. Foi um dos melhores jogos desta época, deixando-nos uma imagem de grande equipa, espalhando todo o perfume de um futebol muito seguro e objectivo.

DESTAQUE PAULINHO - 5 - Está cada vez mais entrosado com os colegas e com o que o treinador lhe pede. O resultado ficou hoje à vista. Foi incansável, procurou fazer sempre tudo bem, executou bons movimentos técnicos que demonstram a sua grande qualidade, acreditou naquela bola que parecia perdida e que originou o penálti e terminou com um excelente e merecido golo que sentenciou a partida.

ANTONIO ADÁN - 4 - Foi espectador a maior parte do tempo do jogo e quando teve que intervir fê-lo sempre com a segurança que nos habituou.

JOÃO PEREIRA - 3.5 - Resultou como engodo para o treinador do Rio Ave, que ao escolher atacar o Sporting pelo corredor direito da sua defesa, imaginando facilidades, seguramente que não contava que o "velhinho" ainda está ali para as curvas, nunca cedeu e foi sempre competente. Surpreendeu positivamente... afinal esteve meses sem competir.

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - Dos mais discretos na defesa, mas cumpriu quando teve que intervir, principalmente a dobrar os colegas da defesa. Esteve sempre muito atento às fugas dos velozes Gelson Dala e Júnior Brandão quando tentavam ganhar as costas do Coates e do Feddal.

SEBASTIÁN COATES - 4.5 - Muito influente no jogo da equipa; é o grande líder em quase todos os jogos e ontem voltou a sê-lo. É o jogador do campeonato e merece essa notável distinção. Quase que voltava a facturar, não tivesse o poste negado um excelente cabezazo com selo de golo.

ZOUHAIR FEDDAL - 4 - Voltou a mostrar que está em grande forma, muito atento e seguro às tentativas de passes para as suas costas, chegou sempre primeiro e foi leão na luta.

NUNO MENDES - 4 - Teve um excelente início de partida. Diminuiu a intensidade depois de levar uma porrada num pé, conseguindo várias vezes chegar com sucesso para cruzar com espaço, embora lhe tivesse faltado melhor definição. 

JOÃO PALHINHA - 5 - Depois de alguns jogos com menor fulgor, eis que apareceu ontem a mostrar que está de volta à sua grande forma. Voltou a varrer todo o campo e foi importante a emperrar as manobras de construção do Francisco Geraldes. Esteve também perto de inaugurar o marcador, mas o seu cabezazo levou a bola directa ao poste.

JOÃO MÁRIO - 4.5 - Enquanto teve pernas foi um dos mais influentes da equipa, principalmente naquele período inicial quando entraram de rompante encostando o Rio Ave às cordas. Jogou muito bem entre linhas do adversário, abrindo espaços que disparava a equipa para cima do Rio Ave, sufocando-o várias vezes.

PEDRO GONÇALVES - 5 - Correu quilómetros; ele e Paulinho foram um constante quebra cabeças para a defesa do Rio Ave; exímio a jogar entre as últimas linhas da defesa adversária. Faz-me recordar muito o António Oliveira com os vários movimentos que faz, especialmente quando acelera com a bola colada ao pé. Marcou de forma irrepreensível a grande penalidade que deu o primeiro golo do jogo.

NUNO SANTOS - 4  - Sempre presente na procura de desequilíbrios pelo seu corredor com o triângulo: Pedro Gonçalves, Nuno Mendes e Paulinho. Escaldou as luvas do guarda redes do Rio Ave num tiraço já dentro da área que quase dava golo.

MATHEUS NUNES - 4 - Era a hora de entrar para travar o atrevimento do Rio Ave naquele início da 2ª parte. Entrou muito bem na partida, está também num bom momento de forma, levou a bola frequentemente para perto da área adversária e ajudou sempre a equipa para que nunca perdesse o meio campo. A sua entrada foi fundamental, o Sporting voltou a mandar no jogo.

JOVANE CABRAL - 4 - Feliz a sua entrada para aquele quarto de hora final, imparável nas suas arrancadas que levou o pânico por duas vezes à área adversária, mas já não havia necessidade de arriscar e preferiu e bem que a equipa mantivesse a bola sem atirar à baliza e tentar mais um golo.

DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - Entrou para o lugar do esgotado Pedro Gonçalves, na fase que a equipa já geria o resultado dos 2 golos; ainda deu para participar numa saída rápida e em superioridade numérica em que podia ter sido mais feliz, mas era a hora de agarrar aqueles três pontos tão preciosos.

LUÍS NETO - 2.5 - Era necessário refrescar o lado direito da defesa da equipa, o João Pereira já dava sinais de começar a ceder, entrou fresco e repôs o equilíbrio, apesar de uma entrada dura mas desnecessária aos pés de Carlos Mané, pela qual foi amarelado.

RÚBEN AMORIM - 6 - 31 jogos da Liga na mesma época sem perder é um feito deveras extraordinário e recorde absoluto em todos os campeonatos. Ontem esteve brilhante na preparação de uma partida tão importante, em que pode ter dado o passo decisivo para a conquista de um título que ninguém ousaria acreditar ser possível. A equipa fez um jogo perfeito, nunca deu qualquer oportunidade de golo ao adversário, foi ágil a perceber e a responder com a entrada imediata do Matheus Nunes, quando no início da 2ª parte o Rio Ave alterou a sua estratégia e ameaçava a defesa do Sporting.

MIGUEL CARDOSO - 3.5 - Apanharam um Sporting demasiado forte e tiveram sempre uma missão muito complicada, jogaram limpo e com interessantes movimentações que procuravam a boa velocidade dos seus avançados. Não foi seguramente o jogo em que apostavam fazer pontos, para saírem da posição difícil na tabela. Do outro lado esteve um conjunto de rapazes que querem ser campeões nacionais e que estiveram dispostos a dar tudo em campo.

FÁBIO VERÍSSIMO (ÁRBITRO) - 6 - Excelente arbitragem, decidindo sempre com muita coragem em tempos (de cólera) muito difíceis, principalmente quando se trata de jogos do Sporting.

TIAGO MARTINS (VAR) - 4 - Analisou o lance que originou o penálti e muito bem, pedindo ao árbitro que fosse ver as imagens ao monitor.

publicado às 04:19

As Notas de Julius (22)

Julius Coelho, em 02.05.21

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Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Nacional   - a contar para a 30.ª jornada da Liga NOS - que terminou com a vitória do Sporting por 2-0,  golos marcados por Zouhair Feddal (83') e Jovane Cabral (90+2').

Os nervos, o artista do árbitro, a falta de comparência do VAR, a equipa do Machado, o relógio a correr contra, mas.... no final ganhou o mesmo e muito justamente. Esta equipa do Nacional merece descer à 2ª Liga e já agora devia levar este árbitro junto, fazia um favor ao futebol. Vitória muito apertada, mais por culpa de terceiros, onde foi permitido o jogo violento ao Nacional que deveria ter acabado reduzido a oito elementos. Jovane entrou e resolveu.

DESTAQUE JOVANE CABRAL - 6 - Jogou 28 minutos e só fez isto: arrancou a expulsão a um adversário, meteu a bola redondinha na cabeça de Feddal no primeiro golo numa excelente assistência, teve uma arrancada que terminou rasteirado na área para penálti e marcou ele próprio o castigo máximo, metendo a bola na gaveta que sentenciou a partida e a conquista dos 3 pontos.

LUÍS MAXIMIANO - 4.5 - Fez tudo perfeito e teve uma acção de grande nível, um mergulho limpo aos pés do isolado Éber Bessa, evitando o golo do Nacional que poderia complicar muito a vida ao Sporting. Surpreendeu com a segurança nas bolas aéreas; vê-se que tem evoluído.

PEDRO PORRO - 3 - Jogo discreto e foi dos que se deixou intimidar pela postura muito faltosa do Nacional. Algo infeliz nos cruzamentos, voltou a ter um deslize comprometedor quando deixou um adversário escapar com perigo para a baliza de Max. Acertada a sua substituição num momento que o Sporting teria que arriscar tudo.

LUÍS NETO - 3 - Exibição muito sofrível; valeu que o adversário raramente incomodou na sua zona, mas tem de facto poucas ideias na hora de construir e quando o tentou fazer estorvou mais que ajudou. Poderia ter sido substituído, mas o Rúben optou pela saída do Daniel que já estava amarelado.

SEBASTIÁN COATES - 3.5 - Menos inspirado no jogo de ontem. Cometeu um deslize muito grave, quando arriscou na frente do avançado do Nacional que lhe escapou isolado, valendo depois o Max. Esteve bem melhor a esticar o jogo nos lançamentos largos para as costas da defesa adversária.

ZOUHAIR FEDDAL - 4.5 - Voltou ao melhor da sua conhecida forma; impecável a defender, sempre muito concentrado e com eficácia, fez o primeiro golo antecipando o cruzamento de Jovane Cabral, entrou de rompante não dando hipóteses ao sortudo do guarda redes do Nacional e fez a equipa respirar de alívio.

NUNO MENDES - 3 - Dos jogos menos conseguidos; começou muito bem, mas a forma caceteira com que os jogadores do Nacional entraram na partida intimidou-o, sofrendo várias faltas seguidas e duras, com o beneplácito do árbitro.

JOÃO PALHINHA - 3.5 - Também entrou muito bem na partida, mas à medida que o Nacional ia recuando no terreno, deixando bastante meio campo para o Sporting, passou a ser uma peça a mais na equipa e o Rubén também o percebeu, fazendo entrar para o seu lugar o homem do jogo, o Jovane.

DANIEL BRAGANÇA - 3 -  Não fez um bom jogo, longe disso, acusou alguma ansiedade e precipitação que não lhe são normais; depois da saída do João Palhinha recuou para o seu lugar e acalmou o seu futebol, com isso melhorou e terminou em alta.

NUNO SANTOS - 3 - Entrou com muita vontade de ferir o adversário, correu bastante a procurar espaços na profundidade pelo seu corredor, conseguiu alguns cruzamentos mas não foram bem direccionados. Manteve o adversário a cuidados na largura e nas costas da sua defesa até o final.

PEDRO GONÇALVES - 4 - Parecia que ia, juntamente com o Paulinho, arrancar uma grande exibição; entrou muito bem e a todo o gás, mas foi perdendo alguma intensidade por consequência das inúmeras faltas sistemáticas cometidas pelos jogadores do Nacional. Esteve mesmo perto de facturar em diversas ocasiões, faltando-lhe alguma felicidade na definição.Voltou a aparecer em bom plano nos 15 minutos finais.

PAULINHO - 4 - Fez a sua melhor exibição até agora na equipa; sempre muito activo, foi dos que mais faltas sofreu, inclusive agressões, ganhou mais duelos que perdeu, teve o golo à mercê em várias ocasiões; o poste, os deuses, o guarda redes, as pernas dos adversários, tudo lhe aparecia pela frente a negar o golo. Foi um quebra cabeças constante na defesa do Nacional até ao fim do jogo.

GONZALO PLATA - 3 - Substituiu Pedro Porro, no momento que o Rúben Amorim tinha que arriscar tudo para ganhar o jogo e os três pontos; entrou bem e ajudou no ataque final e consequente destruição da fortaleza do Nacional.

MATHEUS NUNES - 2.5 - Jogou os minutos finais, já depois da equipa ter conseguido o primeiro golo da partida; entrou para o lugar de um esgotadíssimo Nuno Mendes; era hora de equilibrar a equipa e foi isso que tentou fazer.

MATHEUS REIS - 2.5 - Da mesma forma como Matheus Nunes entrou para dar mais frescura e equilíbrio na equipa e na defesa, numa hora em que o adversário tentava o jogo directo. Ainda ajudou a aquecer os colegas com o abraço da festa do segundo golo.

Rúben Amorim - 4 - Mais uma jornada sem perder e numa altura decisiva. A equipa precisa ainda de engrandecer a sua personalidade, quando perante um adversário que pratica uma estratégia de jogo violento; devia ter reagido logo no início da 2ª parte fazendo entrar o Jovane Cabral ou o Plata, seria um murro na mesa e uma mensagem dura para a equipa, que teriam que abanar o jogo e abordá-lo de outra forma. 

MANUEL MACHADO - 1 - Esta múmia voltou de novo ao futebol e trouxe uma equipa de caceteiros a Alvalade. Ele já sabia até onde podia ir, trazia a lição bem estudada e sentiu as costas bem quentes. Assistimos à sua tradicional actuação carnavalesca; depois das inúmeras faltas e agressões que os seus jogadores cometeram e dos três penáltis claros não assinalados contra a sua equipa, ainda teve a lata de criticar o árbitro. Pode voltar para onde veio, porque não faz falta nenhuma ao futebol.

MANUEL OLIVEIRA (Árbitro) - 1 - Numa semana em que tanto se falou sobre arbitragens escandalosas, eis o invejoso deste árbitro que não quis ficar atrás. É um dos piores da Liga e estranha-se esta nomeação; fazia parte seguramente do plano "NORMAL" para varrer o Sporting CP da luta pelo título. Três penáltis e duas expulsões perdoadas ao Nacional, sem contar com os amarelos que ficaram por mostrar. É excessiva fruta para um só jogo.

LUÍS FERREIRA (VAR) - 0 - Não esteve lá, adormeceu ou sabe-se-lá o que pode ter acontecido, três penáltis, duas expulsões e... silêncio total na Cidade do Futebol.

publicado às 04:03

As Notas de Julius (21)

Julius Coelho, em 26.04.21

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Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo de ontem com o SC Braga  - a contar para a 29.ª jornada da Liga NOS - que terminou com a vitória do Sporting por 1-0, golo marcado por Matheus Nunes ( 81').

Sporting agarrou o título com uma mão? Vitória contra todos os mafiosos do futebol português. Com um enorme coração de leão, a equipa soube resistir durante 78' a jogar em inferioridade numérica, face à expulsão de Gonçalo Inácio. Após um início de jogo aos repelões e acusando alguma tremedeira numa defesa que cometeu alguns erros (Gonçalo Inácio e Nuno Mendes), tiverem o momento chave na expulsão e a partir daí arregaçaram as mangas e mostraram porque são a melhor defesa da Europa.

DESTAQUE - SEBASTIÁN COATES - 6 - Foi dele o grito da revolta, fez um jogo de alto nível mundial, cortou tudo, empurrou a equipa, comandou nas horas de aflição, foi lá à frente para ser derrubado em falta na área do SC Braga, pegou na bola e foi por ali fora quase passando por toda a gente e no ar foi... um ás na guerra. Fez um jogo irrepreensível, à campeão.

ANTONIO ADÁN - 5 - Voltou a ser o muro que nos tem habituado, sempre muito seguro nos cruzamentos transmitindo muita fé a toda a equipa e ainda fez uma excelente defesa à queima-roupa no cabezazo do Galeno, negando-lhe o golo.

NUNO MENDES - 5 - É um grande jogador e olha sempre o adversário de frente; teve várias iniciativas que incomodaram a defesa do Braga; voltou a brilhar com uma excelente exibição; anulou o Ricardo Esgaio, uma das chaves principais da estratégia do adversário. Saiu esgotadíssimo.

ZOUHAIR FEDDAL - 4.5 - Ficou bem claro que quando está bem fisicamente o lugar é dele; muito agressivo na antecipação e no jogo aéreo; assumiu a responsabilidade após a expulsão e cumpriu sempre. Protegeu muito bem as saídas do Nuno Mendes.

GONÇALO INÁCIO - 2 -  Entrou demasiado confiante e facilitou diante do ratão do  Gaitán e teve que o travar depois levando com o 1º amarelo, ficou desde logo condicionado e com a tolerância zero deste árbitro nos jogos que apita do Sporting. Não surpreendeu ter levado o 2º e ser expulso logo aos 18'. Vai reflectir e crescer com isso.

PEDRO PORRO - 3.5 - Tinha ordens para não se aventurar; com Galeno no outro lado não podia arriscar, mostrou alguma retoma depois do período apagado dos últimos jogos, ganhou a maioria dos duelos ao Galeno e ao Gaitán.

JOÃO PALHINHA - 4 - Teve uma entrada difícil no jogo, não conseguindo exercer a pressão que tão bem sabe fazer; foi dos que cresceu a olhos vistos depois da expulsão do Gonçalo Inácio e ganhou realce a emperrar muitas vezes as movimentaçôes na construção do SC Braga e a tapar  principalmente o corredor central ao Fransérgio e ao Ricardo Horta. Acabou em excelente plano.

JOÃO MÁRIO - 3 - Está a passar por alguns problemas de confiança, voltou a ser dos elementos de menor produção da equipa, correu muito, esforçou-se, mas não acrescentou muito na construção; teve momentos que passou ao lado do jogo. A sua substituição aos 65' não surpreendeu e só peca por tardia.

NUNO SANTOS - 3 - Havia uma estratégia na sua utilização, mas com a expulsão logo aos 18',  as ideias que tinham para o ataque descambaram-se. Foi um dos sacrificados a sair para a equipa se reorganizar e partir para um plano B. Cumpriu bem naquela tarefa ingrata de segurar o resultado até ao intervalo.

POTE - 4 - Foi sempre importante nas manobras da equipa quando se multiplicava na procura de contra-atacar; depois, tudo se alterou e viu-se mais vezes a ajudar a defender. Tentou algumas jogadas individuais em esforço, mas faltou acompanhamento dos colegas que não podiam arriscar na subida.

PAULINHO - 3 - Ganhou algumas faltas antes e depois da expulsão do colega; teve um desvio de registo na área do Braga após um pontapé de canto em que Pote quase chega e faz golo. Em inferioridade numérica e com a necessidade de reorganizar a equipa com um novo plano, compreende-se a sua saída.

MATHEUS NUNES - 5 - Um dos homens do jogo; marcou um golo que pode valer muito no final do campeonato; valeu sim e já ontem uma grande vitória num campo muito difícil. Já tinha dado boas indicações no jogo contra o B-SAD e ontem ficou claro que voltou à sua forma e confiança em alta. Fantástica a sua desmarcação no lance do golo em que rematou com muita convicção.

NETO - 4 - Entrada forçada para a reorganização da equipa na defesa após a expulsão do Gonçalo; mostrou sempre muita garra e muito coração. Curioso, não teve falhas e deve-se também a ele o facto do Sporting ter saído da Pedreira com os três pontos, no ataque final do Braga mostrou serviço e deu o exemplo no apoio ao Porro no corredor direito.

MATHEUS REIS - 3 - Entrou na hora de defender o pote do ouro que valia os 3 pontos; o SC Braga usa e abusa dos corredores e era o momento de fechá-los na ajuda ao Porro e ao Nuno Mendes; cumpriu e trouxeram o ouro para Alvalade.

TIAGO TOMÁS - 3 - A sua entrada foi com a ideia de não deixar subir os centrais do SC Braga, mantendo-os sempre em sentinela. Sofreu várias faltas e numa delas foi a chave do jogo, deu o golo da vitória ao Sporting.

GONZALO PLATA - 3 - "Muy bien venido, muchacho". Entrou muito bem no jogo num momento crucial que era preciso tirar a bola perto da nossa área,  conseguiu ganhar duelos e com isso minutos preciosos.

RUBÉN AMORIM - 5.5 - Uma grande montanha ultrapassada com rigor e disciplina; ficou a ideia que estava "feita a cama" ao Sporting neste jogo em Braga; foi uma vitória contra todos os mafiosos do pobre futebol português. Na expulsão não entrou em pânico e teve cabeça fria; pediu à equipa para aguentar até ao intervalo e aí reorganizou os rapazes e ensaiaram com êxito um plano B para a segunda parte; mexeu depois sempre bem e quando tinha que mexer.

CARLOS CARVALHAL - 3 - Terceiro jogo com o Sporting CP e três derrotas: (Alvalade, campo neutro e Braga); estará a esta hora conformado que de facto é tremendamente difícil ganhar a este Sporting; voltou a tentar tudo, pela direita, pela esquerda, pelo centro mas....... do outro lado estava o ...Sporting.

ARTUR SOARES DIAS - 1.5 - Arbitragem habilidosa, a empurrar sempre o mesmo até encontrar forma de expulsar um jogador do Sporting, por vias de um critério apertado com tolerância zero. Foi uma arbitragem à Artur Soares Dias, por isso não estranhamos; no lance do Fransérgio já fez vista grossa, nem tão pouco quis incomodar o VAR.

TIAGO MARTINS - 1.5 - Que dupla em Braga, a cama estava feitinha. Dois lances em que tinha que parar o jogo e obrigar o árbitro a ir ao monitor: empurrão ao Coates na área do SC Braga e entrada de sola do Fransérgio na perna do João Palhinha. Com esta notória dupla, a expulsão do jogador do Sporting foi a normalidade reclamada pelo bandido do Norte.

publicado às 03:34

As Notas de Julius (20)

Julius Coelho, em 22.04.21

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Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo de ontem com o Belenenses - a contar para a 28.ª jornada da Liga NOS - que terminou num empate por 2-2, golos leoninos de Sebastián Coates (84') e Jovane Cabral (90+6').

Quarenta e cinco minutos e dois golos oferecidos ao adversário, dão de certo modo a ideia de masoquismo de uma equipa que parece não ter assim tanta necessidade de ser campeã. Com uma segunda parte de um só sentido, viu-se muito desacerto e gritante falta de eficácia nas zonas de finalização. Mas o onze inicial trazia equívocos; Tiago Tomás perdeu condição para a titularidade, parece desgastado e não consegue ter reacção. Chegou a hora do Jovane? 

DESTAQUE- NUNO MENDES - 5 - Carregou a equipa às costas a maior parte do tempo, voltou à sua grande forma e foi o maior desequilibrador da equipa, foram dele as melhores movimentações e iniciativas que mais danos provocaram no adversário, esteve sempre uns furos bem acima dos colegas da equipa.

ANTONIO ADÁN - 2 - Acontece, mas ao Sporting nestas alturas acontece sempre tudo; um tremendo disparate aquele deslize em que ofereceu de bandeja o segundo golo ao colombiano Cassierra. Ficou então mais difícil dar a volta ao resultado.

PEDRO PORRO - 2 - Continua uma sombra do que já lhe vimos fazer, voltou a ser dos mais fracos da equipa e viu de novo uma bola a sobrevoar-lhe para as suas costas e que acabou em golo do adversário (o primeiro) e já vão três em 4 jornadas seguidas.

GONÇALO INÁCIO - 2.5 - Também muito hesitante nos duelos com o Miguel Cardoso e deu-lhe demasiado espaço no lance do primeiro golo; deixou a imagem de alguma perda de confiança.

SEBASTIÁN COATES - 3.5 - Se jogasse a ponta de lança seria por esta altura o melhor marcador da Liga. O treinador, a perder por 0-2, deveria ter logo arriscado e colocá-lo na frente. Jogo muito ingrato, anda preocupado com aquele lado direito da equipa. Marcou um bom golo e foi ele que rompeu o esquema defensivo que o Petit trabalhou durante a semana para este jogo.

MATHEUS REIS - 3 - Não consegue fazer esquecer o Feddal quando em forma, esforça-se bastante mas com pouca utilidade visível; menos mal a proteger as costas do Nuno Mendes mas também porque o adversário raramente lá chegou.

JOÃO PALHINHA - 2.5 - Ainda em recuperação daquela queda de forma que tem vindo a apresentar nos últimos jogos, melhor no jogo aéreo em que já conseguiu ganhar vários lances mas sem dar à bola a direcção da baliza. A velocidade e intensidade que se exigia logo na primeira parte esbarraram na sua lentidão em resolver.

JOÃO MÁRIO - 3 - Fala-se da falta de estofo que os jovens da equipa ainda apresentam com excepção do Nuno Mendes, neste momento mais crítico ao nível exibicional colectivo, e por isso esperava-se que os mais velhos e experientes como o João Mário empurrassem a equipa. Também mostrou algumas dificuldades e ainda falhou uma grande penalidade num momento chave, a acabar a primeira parte, em que poderia dar o golo do empate e melhores condições para a equipa dar a volta no segundo tempo.

POTE - 2.5 - Muito estático ao contrário do que fez e jogou em Faro, deixou-se amarrar e nunca se libertou, mesmo quando recuava a procurar jogo esteve lento e trapalhão e raramente decidiu bem. Tem que procurar ser mais constante e consistente.

TIAGO TOMÁS - 2 - Está a ser o maior equívoco do treinador ao trazê-lo para titular, está fora "dela"....e anda a maior parte das vezes perdido mostrando uma notável crise de confiança talvez porque se sente desgastado e perde por isso os duelos na velocidade que antes não perdia, teve pouco discernimento a finalizar quando lhe apareceu por duas vezes a bola em boas condições já dentro da área. 

PAULINHO - 2 - Ainda não foi desta e a falta de confiança que demonstra em cada lance contagia negativamente a equipa; parece que pode engatar a qualquer momento mas os jogos vão passando e os  pontos vão ficando pelo caminho; ainda há tempo, é um facto, mas......vai já ficando um sentimento de angústia nos adeptos.

NUNO SANTOS - 3 - Não foi tão consequente como se previa com a sua entrada para dar a volta ao resultado, mas foi dele o excelente cruzamento para Coates fazer o primeiro golo da equipa.

BRUNO TABATA - 2.5 - Entrou com vontade e quis ser protagonista; foi servido várias vezes mas raramente saiu dali bom sumo; desperdiçou bons lances ao rematar sem nexo e sem direcção, conseguiu espaço para alguns cruzamentos que acabaram por não ter efeito prático; tem de procurar ser mais pragmático e eficaz nas suas decisões.

DANIEL BRAGANÇA - 2 - Não foi muito feliz na ideia que trazia de ajudar a empurrar a equipa para a reviravolta, mostrou alguma precipitação e teve iniciativa de remate a alguma distância da baliza adversária mas se não olhar para ela no momento do remate dificilmente dará a melhor direcção à bola.

JOVANE CABRAL - 3.5 -Quiçá seja a hora do treinador apostar no Jovane a titular ou colocá-lo mais cedo em jogo; voltou a entrar bem e a conseguir espaços no meio da defesa adversária; teve o mérito do cruzamento que foi cortado pelo braço do Tiago Esgaio para penálti; assumiu a marcação dessa penalidade e fez o golo do empate no último lance da partida.

MATHEUS NUNES - 3 - Entrou nos 15 minutos finais quando o resultado ainda estava em 0-2, já se mostrou mais solto e ajudou a empurrar a defesa do Belenenses para trás e com isso teve papel importante por a equipa ainda ter ido a tempo de sacar o empate.

RÚBEN AMORIM - 3 - É o lider de uma equipa que ainda não perdeu e segue na frente a 6 jornadas do final, mas neste momento os adeptos anseiam por muito mais do que a equipa tem vindo a mostrar nos últimos jogos; na época passada deixou escapar 12 pontos nas últimas 10 jornadas e agora nas mesmas 10 jornadas finais em 4 já deixou escapar 6 pontos ;esperamos que não se repita o mesmo e comece a dar a volta já no jogo em Braga. A equipa apesar do empate mostrou ter condições de segurar a vantagem na tabela. Terá que analisar melhor tudo e todos na equipa e arriscar com quem se apresenta em melhores condições.

PETIT - 4 - O futebol que as suas equipas apresentam raramente agrada aos adeptos, mas ontem foi eficaz e quase tudo lhe saiu bem. Mesmo sem rematar à baliza do Sporting viu a sua equipa marcar dois golos e esteve a um fio de conseguir a primeira derrota do líder; e é importante registar que não recorreu ao odioso anti-jogo.

NUNO ALMEIDA (Árbitro) - 5 - Realizou uma excelente exibição o que surpreendeu com uma arbitragem sem erros e merece nota elevada, mostrou coragem de decisão nos lances das penalidades na área do Belenenses.

ANDRÉ NARCISO (VAR) - 5 - Um jogo com vários casos e todos a serem muito bem decididos. Merece levar nota elevada.

publicado às 06:00

As Notas de Julius (19)

Julius Coelho, em 17.04.21

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Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo de ontem com o SC Farense - a contar para a 27.ª jornada da Liga NOS - que o Sporting venceu por 1-0, golo de Pote aos 35 minutos.

Vitória merecida da equipa que mais e melhores oportunidades criou para marcar. Não precisava daquele sofrimento no final em que vacilou na defesa, muito por culpa do Farense, que não tendo nada a perder atirou-se ao jogo directo levando a incerteza do resultado até ao apito final do árbitro. Mas a equipa não pode perder tantas segundas bolas. Um feito histórico do Clube, que atingiu  27 jogos no campeonato sem conhecer a derrota.

DESTAQUEANTONIO ADÁN - 5.5 - Segurou com muita firmeza os três pontos da vitória, num claro duelo com Beto. Brilhou a grande altura e levou a melhor. Foi a vez dele segurar aquele cabo de aço da defesa, esteve fantástico no jogo.

PEDRO PORRO - 2.5 - Mais um jogo ao lado; está bastante abaixo da sua forma. Foi estranho vê-lo perder tantos duelos com o adversário e fazer cruzamentos sempre sem convicção e com pouca direcção; está a atravessar um período menos bom e a equipa está a ressentir-se por isso.

GONÇALO INÁCIO - 3.5 - A equipa necessita daquele pé esquerdo que coloca a bola onde quer nas costas da defesa adversária; nunca se aventurou e foi dos que sofreu na parte final do jogo para parar o avanço directo do Farense.

SEBASTIÁN COATES - 4 - Mesmo com alguns desacertos na saída, foi sempre o melhor homem da defesa, o mais esclarecido e o que soube guardar sempre a posição; teve um dos seus famosos "cabezazos" que levava o selo de golo, que obrigou Beto a brilhar com uma excelente parada.

MATHEUS REIS - 3.5 - Preocupado em cumprir a principal missão que era defender; tentou mostrar-se algumas vezes no apoio ao ataque sem grande resultado prático, mas mostrou as garras de leão nos despiques e vimo-lo levar quase sempre a melhor.

NUNO MENDES - 3 - Exibição algo abaixo do que estamos habituados a ver-lhe; teve dificuldades em entrar no jogo, sendo algumas vezes surpreendido pela velocidade a todo o gás com que entrou o Farense. Melhorou com o decorrer do jogo, mas raramente acertou com os cruzamentos e acabou em bom plano quando quase ofereceu de bandeja um golo ao Tiago Tomás.

JOÃO PALHINHA - 3 - Curiosamente, fez um dos jogos menos conseguidos esta época, esteve mais discreto sem aquele fulgor, acusou algum desnorte nos minutos finais quando o Farense apostou tudo no jogo directo e deixou-se envolver também pela ansiedade.

JOÃO MÁRIO - 4.5 - Foi o melho elemento da equipa durante a primeira parte. Atirou-se ao jogo de frente, decidido e vimo-lo chegar mais vezes à área adversária; puxou dos galões e quis mandar no jogo nunca se escondendo; por duas vezes podia ter marcado com passes de morte do Paulinho, principalmente no segundo lance mesmo à boca da baliza.

DANIEL BRAGANÇA -3.5 - Raramente perde a bola e manteve um excelente critério no passe, teve sempre visão na leitura do timing que o jogo pedia, foi pragmático e vertical na procura de espaços na construção. Enquanto esteve em campo a equipa não perdeu muitas segundas bolas; saiu esgotado.

POTE - 5 - Esteve sempre muito bem durante toda a partida; nunca se escondeu e veio procurar jogo atrás muitas vezes. Dos mais inconformados quando a equipa perdia a bola e não conseguia agarrar o jogo, sempre animado a sair e a procurar soluções, marcou de ressaca o golo da vitória e ofereceu outro cantado ao Paulinho. Só uma grande exibição do Adán lhe retirou o prémio do homem do jogo. Já podemos dizer que o Pote ...voltou.

PAULINHO - 3.5 - Não se compreende tanta hesitação em rematar à baliza; teve várias oportunidades de matar o jogo e por isso a equipa acabou por arriscar-se a sofrer o golo do empate; na pequena área teve uma bola direitinha à sua cabeça e preferiu um passe para trás? Mais tarde o Pote dá -lhe uma bola cantada pela direita e isolado frente ao guarda redes volta de novo a preferir fazer mais um passe? Falta de confiança? Teve um golo feito num bom remate perto da linha da baliza mas também era a noite do Beto brilhar, com mais uma espantosa defesa.

MATHEUS NUNES - 1 - Substituição falhada, irreconhecível, entrou muito mal no jogo e nem para estorvar o adversário foi capaz . Entrou para ganhar as segundas bolas e segurar o jogo mas não ganhou coisa nenhuma.

NUNO SANTOS - 2 - Entrou no pior período da equipa quando já se agarravam todos uns aos outros e a ver a bola pelo ar a chegar várias vezes à área do Sporting; sem registo.

TIAGO TOMÁS - 2 -  No poucos minutos que esteve em jogo, só por uma vez a bola lhe chegou, embora algo adiantada, naquela escapada do Nuno Mendes, e não lhe conseguiu chegar; um lance que podia acabar com o sofrimento de todos.

RÚBEN AMORIM - 5 - Merece nota alta o treinador que consegue um registo histórico de maior número de jogos (27) sem derrotas no campeonato e num jogo em que ganhou e mereceu ganhar, mexeu menos na equipa e não foi feliz com as escolhas. Fica-nos a ideia que João Mario não devia ter saído.

JORGE COSTA - 4 - Bom jogo da sua equipa; creio que o Farense reúne a simpatia da maioria dos sportinguistas, que fazem votos para que consiga manter-se na primeira Liga; mostra futebol suficiente para isso e seria justo.  Foram de novo guerreiros até ao final do jogo.

HUGO MIGUEL - (Árbitro) - 4 - Teve um jogo difícil de muitos contactos e ajuizou quase sempre bem, tanto tecnicamente como disciplinarmente; teve um lance difícil na área do Sporting e esperou pela decisão do VAR.

VÍTOR FERREIRA - (VAR ) - 4 - No lance na área do Sporting entre o Nuno Mendes e o Tomás Tavares, não pareceu que o contacto entre os pés de ambos fosse o suficiente para penálti; ficou a dúvida e perante essa dúvida o VAR ajuizou bem.

publicado às 04:33

As Notas de Julius (18)

Rui Gomes, em 12.04.21

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Na 18.ª edição desta rubrica, o leitor tem assim a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que o nosso colaborador Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo de ontem com o Famalicão - a contar para a 26.ª jornada da Liga NOS - que terminou num empate (1-1).

"Sporting continua líder destacado e é a melhor notícia do dia! A equipa apresenta-se em falência na intensidade do ataque mas que mesmo assim foi suficiente para produzir três claras oportunidades de golo para ganhar o jogo e que foram desperdiçadas. Amorim ainda não encontrou a fórmula para encaixar o Paulinho no ataque e já foi penalizado por isso em quatro pontos perdidos. Só Pote e Nuno Mendes estiveram ao nível do que era exigido. Todos nós esperamos que a equipa se reencontre e volte de novo ao caminho das vitórias já no São Luís contra o Farense".

DESTAQUE - NUNO MENDES - 4 - Mostrou sempre muita raça em cada lance que disputou e empurrou a equipa para a frente muitas vezes, raramente perdeu um duelo e só em falta conseguiam pará-lo sendo massacrado pelos seus adversários durante todo o jogo; descobriu Jovane dentro da área na melhor oportunidade do jogo. Não merecia os dois pontos perdidos.

ANTONIO ADÁN - 3 - A exemplo da partida em Moreira de Cónegos, o guarda-redes sofreu um golo indefensável depois de uma grande aselhice da defesa contra um ataque forasteiro inofensivo e ainda sacou com a cabeça uma bola com efeito para canto.

PEDRO PORRO - 2 - Depois de ter chegado das estrelas da selecção espanhola ainda não aterrou na terra, tem que se fazer à vida e não deixar cair por terra o que de tão bom tem feito neste campeonato. Muito mal no golo sofrido, deixando fugir o adversário pelo seu corredor; já tinha acontecido o mesmo na jornada anterior e ainda falhou um golo quase cantado quando estava bem posicionado. Deve ter ainda as orelhas a queimar de tantos raspanetes que levou dos colegas durante todo o jogo.

LUÍS NETO - 2 - Um desastre em directo com a bola nos pés mas isso não é novidade para ninguém, ficou muito mal na fotografia ao não fazer como devia a dobra ao Porro na jogada que deu o golo do Famalicão; nesse lance viu-se a diferença para o miúdo Gonçalo Inácio.

SEBASTIÁN COATES - 3 -Também batido no golo do empate. Não foi o grande capitão impulsionador da equipa, estando algo apagado e menos interventivo; também denotou dificuldades na saída, pausando em excesso o jogo que se pretendia mais rápido e mais intenso; teve uma acção individual até à área adversária que quase dava êxito, mas falhou no cruzamento.

ZOUHAIR FEDDAL - 2 - Em nítida crise de confiança, raramente acerta e não pareceu estar bem fisicamente, fez um jogo muito fraco e o treinador só tinha que o substituir. Esperamos que possa adiar o seu Ramadão que começa na próxima terça feira; a equipa necessita do Feddal em forma.

JOÃO PALHINHA - 2.5 - O seu jogo durou dez minutos quando foi amarelado em sequência do erro do árbitro em não assinalar uma falta clara que o Paulinho sofreu antes e no seguimento o João Palhinha tinha que parar o contra-ataque que podia trazer danos à equipa. A partir desse ponto, ficou condicionado e perdeu a sua usual agressividade de jogo. Acertada a sua substituição "forçada".

POTE - 4 - Junto com o Nuno Mendes foi claramente dos melhores jogadores da equipa e não foi por ele que se perderam os dois preciosos pontos; foi rápido a tirar aquela bola ao central do Famalicão e no seguimento acabaria por ser ele a fazer o primeiro golo do jogo. Posicionado mais recuado, em troca com João Mário, esteve muito mais em jogo com boas iniciativas. Segundo Rúben Amorim, esta é a sua posição mais natural. Pena Paulinho e principalmente Tiago Tomás terem estado mais em Marte que em Alvalade.

JOÃO MÁRIO - 3.5 - Tentou jogar bem e fazer com que a equipa tivesse mais posse de bola mas com pouco resultado produtivo; nas zonas perto da baliza faltou-lhe sempre mais audácia, preferindo mais um passe. Nesta nova versão, jogando mais adiantado, devia ter mais chegada e não teve, nunca teve olho para a baliza adversária.

TIAGO TOMÁS - 2.5 - Ontem, a sua titularidade terá sido um equívoco. Nem ele nem ninguém percebeu o que o treinador pretendia que fizesse ou onde tinha que estar, se era a apoiar o Paulinho ou cair na direita para extremo; não fez nem uma nem outra, foi sim inofensivo e depois falhou aquela oportunidade isolado deixando o defesa lá chegar .....tem estado a perder confiança.

PAULINHO - 3 - Ainda procura o seu lugar no esquema da equipa, luta bastante, recua a procurar as tabelas mas com pouco resultado prático e útil; pode ser coincidência, mas a produção da equipa caiu bastante com a sua integração.

DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - Trazia instruções para mexer com o jogo, mas sentiu dificuldades em impulsionar os colegas; raramente conseguiu espaços para construir mas foi importante na melhor fase da equipa, quando na parte final obrigaram o Famalicão a recuar para mais perto da sua área, conseguindo ganhar muitas segundas bolas.

MATHEUS REIS - 3 - Não há muito a dizer, entrou na segunda parte a substituir Feddal e cumpriu a sua missão sem grandes registos. 

JOVANE CABRAL - 2 -  Entrou no jogo para o ataque final à baliza do Famalicão mas acabou por ser muito pouco produtivo. Contra o que lhe é habitual, perdeu vários duelos, não conseguindo fazer a diferença. Atirou ao charco a melhor oportunidade do jogo, daquelas do "toma-lá e faz-te famoso" desconcentrado não acertou com a baliza.

EDUARDO QUARESMA - 2 - Entrou para o lugar do Luís Neto, em claras dificuldades físicas, mas quase nem se deu por ele.

NUNO SANTOS - 2.5 - Amorim tentou tudo para que a equipa conseguisse o golo da vitória; o Nuno foi o último cartucho. Deixou a ideia de querer ajudar a resolver, fez um excelente cruzamento de trivela para o Jovane que não fez golo porque foi impedido em falta para penálti pelo defesa do Famalicão.

RÚBEN AMORIM - 3.5 - A vida não está fácil depois de ver quatro pontos voar. Parece estar com algumas dificuldades em entrosar no seu esquema o Paulinho; acreditamos que implementou uma ideia em que acredita, mas ainda sem grande sucesso. Resultaram sim oportunidades suficientes para ganhar o jogo, mas a produção da equipa no geral ficou aquém do esperado e do que se exigia.O Sporting segue na frente imbatível e ainda com uma margem de vantagem importante e foi a melhor noticia de hoje.

IVO VIEIRA - 3.5 - O Famalicão é neste momento da época uma das equipas em melhor forma. Jogaram em Alvalade num claro mano a mano e só cederam nos quinze minutos finais quando se sentiram empurrados para trás pela equipa do Sporting, mas foram quase sempre inofensivos no ataque fazendo dois remates à baliza de Adán nos 94 minutos.

RUI COSTA (Árbitro) - 2.5 - Arbitragem manhosa sempre na espreita da caça ao leão; à mínima infracção nunca hesitou. Foi manhoso no amarelo ao João Palhinha (9') depois de fazer vista grossa ao pisão claro a Paulinho. Mas não lhe podemos apontar o dedo pelos falhanços claros nas boas oportunidades que o Sporting teve no jogo. Ele e um dos seus assistentes serão alvo de discussão pelos dois lances passíveis de penálti já perto do fim do jogo.

ANTONIO NOBRE (VAR) - 1 - Nos lances passíveis de penálti por faltas sobre Jovane - um é bastante evidente, o outro discutível - teria de intervir para ajudar o árbitro a tomar a decisão mais correcta. Optou por fazer vista grossa, com influência directa no resultado.

publicado às 04:05

As Notas de Julius (17)

Rui Gomes, em 06.04.21

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Na 17.ª edição desta rubrica, o leitor tem assim a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que o nosso colaborador Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo de ontem com o Moreirense - a contar para a 25.ª jornada da Liga NOS - que terminou num empate (1-1).

"Sinal vermelho...ontem à noite oferecemos vitaminas aos adversários. Com um falso controle de um jogo que afinal nunca esteve controlado o Sporting deixou voar dois pontos. Jogadores em sub-rendimento a fazerem muito pouco para o que se exigia e exige nesta fase derradeira do campeonato, com atitudes displicentes a baixarem a guarda na atitude. Dessa forma não vamos lá. Uma bola não pode nunca ser rechaçada da área adversária para o nosso meio campo e voltar de novo perto da mesma área e apanhar jogadores do Sporting em fora de jogo, porque ainda recuperavam a passo e assim se perdeu o 2-0 e muito provavelmente os três pontos. Tanta matéria para o treinador ter que reagir no balneário".

DESTAQUE - 3.5 - MATHEUS REIS - Entrou a substituir Nuno Mendes e acabou por ser o mais esclarecido da equipa, com bons movimentos no ataque pelo seu corredor que criaram verdadeiros desequilíbrios na defesa do Moreirense; pena não ter conseguido definir melhor no último passe. Dos que manteve vivo o Sporting nas saídas.

ANTONIO ADÁN - 3 - O pior que pode acontecer a qualquer guarda redes é sofrer um golo indefensável do empate (ou derrota) nos minutos finais, depois de passar o resto do jogo a assistir como espectador. 

PEDRO PORRO -  2 - A chamada à selecção espanhola fez-lhe mal?... Os elogios que teve subiram-lhe à cabeça? Uma sombra daquele espanhol com fúria que nos habituou; esteve mansinho todo o tempo. O Abdu Conte foi-lhe superior na maior parte dos duelos e não estava lá quando ele fugiu para o golo do empate, precisamente naquela hora que era a de defender o ouro. Noite para esquecer ou para .....lembrar?

GONÇALO INÁCIO - 3 - A defender foi ajudando a tapar as insuficiências dos colegas à sua frente mas na construção esteve desastrado falhando vários passes ou atirando a bola para a terra de ninguém. Descoordenou-se com a linha da defesa no momento que deveria estar ainda mais atento e colocou o Conte em jogo, que resultou no golo do empate.

SEBASTIÁN COATES - 3 - A paragem fez-lhe mal, viu-se mais preso de movimentos e temeu aventurar-se mais à frente na construção; notou-se-lhe uma menor confiança na saída. Esperamos que recupere rápido e volte a ser o primeiro impulsionador da equipa.

ZOUHAIR FEDDAL - 2 - Jogo muito mal conseguido do marroquino, errático e sem acerto, transmitiu inseguridade, falhou um golo cantado e acabou por cortar a bola para o único avançado que estava ali mais perto para fazer o golo que nos tirou os 3 pontos. Um erro que mudou a história do jogo.

NUNO MENDES - 3 - Até ser atirado para fora do jogo estava a ser regular e seguro a defender e a levar a melhor em várias saídas pelo seu corredor; que lástima a sua saída forçada e sem que o adversário fosse expulso ou amarelado? Esperamos que não seja nada de grave, mas as imagens desse momento fazem-nos arrepiar.

JOÃO PALHINHA - 3 - Um jogo de altos e baixos, teve menos momentos em que foi igual a si próprio, parece que quando não joga tão bem o Sporting não joga também bem. Entrou muitas vezes em labirintos sem saída, correu muito mas nem sempre da melhor forma, mostrou sempre grande atitude até ao último minuto.

JOÃO MÁRIO - 3 - Tentou agarrar o jogo e a equipa mas foi quase sempre pouco eficaz; a par de João Palhinha, percorreu o campo todo, mas com muito pouco êxito; raramente pisou a área adversária, um detalhe que o treinador tem que o fazer melhorar.Teve mais intenções que boas execuções.

DANIEL BRAGANÇA - 3.5 - Só se explica a sua substituição por esgotamento, porque até aí estava com rendimento superior aos colegas; foi dos que mais pediu a bola e ajudou muito sem ela, fez um excelente cruzamento para o golo do Paulinho: "acariciou" a bola para a meter direitinha na sua cabeça.

POTE - 2 - "Que pasa" Pedro Gonçalves? Onde anda aquele Pote vagabundo e arrasador? Muito estranha a sua falta de atitude em vários momentos do jogo; a dez jornadas do final andamos a gerir o esforço? Não desequilibrou, raramente ganhou nos duelos, fez corpo presente grande parte do tempo e recuperava a ...passo? Voltou a desperdiçar um remate muito favorável, a equipa necessita urgente do regresso do Pote.

PAULINHO - 3 - Poderia ter sido a grande figura do jogo, não estivesse o Pote a dormir e a recuperar a passo no lance que daria o seu segundo golo. Não se pôde revelar mais pela permanente falência do ataque organizado da equipa. Nos golos, em que só um valeu, foram de excelente execução técnica.

TIAGO TOMÁS - 2 - Foi quase sempre engolido nos duelos, a seu favor o facto de ter sido servido poucas vezes em condições, entrou para caçar mas veio de cartuchos vazios.

MATHEUS NUNES - 2 - Trouxe os bolsos vazios de soluções e foram uns bons litros de água desperdiçados no banho.

RÚBEN AMORIM - 2 - É agora depois do que aconteceu neste jogo que irá revelar a sua capacidade de treinador, por outras palavras a sua vida de grande treinador para grande feitos vai começar amanhã, ficaremos todos à espera. Cometeu erros na abordagem mental da equipa ao jogo. Vi neste fim de semana um adversário que a correr atrás com 10 pontos de atraso ganhou com dificuldade mas não na atitude dos seus jogadores que comem a relva até ao final. Depois de jogos nas selecções, é quando se mexe menos na equipa; vendo o Pote a arrastar-se no campo, acreditamos que saberá reagir.

VASCO SEABRA - 4 - É difícil roubar pontos ao Sporting e a sua equipa conseguiu roubar 2, mesmo não merecendo; teve os deuses com ele: um a dar 2 cm ao VAR para sacar um golo ao Sporting e um outro a tapar a vista ao árbitro numa expulsão evidente. Mas a sua equipa manteve-se sempre organizada e com processos simples, banais mas que acabaram por ser eficazes.

JOÃO PINHEIRO (Árbitro) - 1 - O mesmo árbitro que com um toquezinho quase não teve dúvidas em expulsar o Fransérgio do SC Braga no jogo contra o Benfica nem amarelo dá naquela entrada que quase partia o tornozelo ao Nuno Mendes. O que merece um árbitro depois de mostrar ser de facto um grande "pendejo"?

BRUNO ESTEVES (VAR) - 1 - Tanto cuidado e perda de tempo infinito na procura microscópica de formigas de 2 cm e depois não vê um elefante quase a "esmagar " a perna ao Nuno Mendes? Cheirou a missas encomendadas em Moreira de Cónegos. É nestes detalhes que os campos são inclinados para o lado que mais dá jeito.

publicado às 04:33

As Notas de Julius (16)

Rui Gomes, em 21.03.21

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Na 16.ª edição desta rubrica, o leitor tem assim a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que o nosso colaborador Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo de ontem com o Vitória de Guimarães - a contar para a 24.ª jornada da Liga NOS - que o Sporting venceu por 1-0, golo de Gonçalo Inácio aos 44 minutos.

"Não tem o golo do minuto noventa e Coates tem o golo do minuto quarenta e Inácio e... menos uma final, mais três pontos. Excelente primeira do Sporting em que não se notou tanto que faltou o capitão, na segunda parte foi fechar, fechar, fechar até ao fim. Para nós adeptos leões foi mais uma sessão de arritmia que nos faz ansiar cada vez mais para que o final deste campeonato não demore muito., uffff!".

DESTAQUE - JOÃO PALHINHA - 5 - Foi enorme em toda a primeira parte, cortou quase todas as tentativas do adversário pela raiz; jogou mais posicional para que João Mário e Bragança pudessem arriscar mais, depois, na segunda parte, com os estoiros da sua companhia a meio campo ficou mais isolado e acabou como pronto socorro. 

ANTONIO ADÁN - 4 - Foi expectador grande parte do primeiro tempo e quando foi chamado a intervir fez uma grande defesa num tiraço com selo de golo já dentro da área levando a bola a bater ainda no poste, no canto viu a bola bater na trave e não entrar; segue bem benzida a sua baliza.

PEDRO PORRO - 3.5 - Muito melhor como toda a equipa na primeira parte onde ligou bem o jogo na construção pelo seu corredor, ganhando a maioria dos duelos. Com a radical alteração táctica com que o Guimarães se apresentou na segunda parte, viu-se obrigado a subir menos e a ser mais posicional com a linha de cinco.

LUÍS NETO - 3 - A ausência de Coates trouxe-o de novo ao seu lugar à direita, mas voltou a ser o elo mais fraco da defesa; limitou bastante as saídas do Porro que teve que estar sempre com o olho no colega.

GONÇALO INÁCIO - 5 - Exibição à craque no lugar do patrão e capitão; nunca perde a profundidade para os adversários atacantes e ainda teve tempo para os seus lançamentos "açucarados" que começam a ser habituais. Depois, a cereja no topo do bolo; foi dele o "cabezazo" do jogo que valeu os três pontos da vitória.

ZOUHAIR FEDDAL - 4 - Assumiu o jogo com muita responsabilidade, por ser o mais experiente; as mexidas que o treinador teve que fazer pela ausência do uruguaio, sabia que tinha que agarrar o Gonçalo, e juntos, o cabo de aço da defesa e fê-lo muito bem, deve-se muito a ele toda aquela tranquilidade que o miúdo mostrou no jogo.

NUNO MENDES - 3.5 - Prometeu muito de início com saídas que baralharam o lado direito da defesa do Guimarães; quando muda de velocidade cria o pânico à sua frente, depois e da mesma forma que Porro, teve que posicionar-se na linha de cinco na segunda parte quando o adversário subiu no terreno e meteu quatro avançados na frente; com a entrada de Ricardo Quaresma, e já exausto, era necessário entrar alguém mais fresco e foi substituído.

JOÃO MÁRIO - 3.5 - Não fez uma grande exibição mas cumpriu sempre na tarefa árdua de pensar o jogo e encontrar linhas de rotura na defesa; teve a ajuda do miúdo Daniel e juntos com Palhinha reinaram na primeira parte; foi até não dar para mais e saiu bastante esgotado.

DANIEL BRAGANÇA - 4 - Inteligente o Rúben que percebeu que com este adversário tinha que colocar mais gente com capacidade de segurar a bola no interior; retirou-lhes espaço e o Daniel cumpriu muito bem a sua parte; manteve-se sempre próximo do João Mário e ganhou muitas segundas bolas, foi destaque na construção.

POTE - 4 - Teve alguns lances de génio na primeira parte e esteve perto do golo por duas vezes, foi infeliz com a bola a esbarrar na trave e ainda assistiu o Tomás no lance do golo anulado. Caiu na segunda parte e também recuou para defender o golo da vitória; pena que se ausente ocasionalmente do jogo, um aspecto importante que terá forçosamente que corrigir. 

TIAGO TOMÁS - 3 - Mais uma noite de muito trabalho em que até chegou a marcar, mas o VAR invalidou-lhe o golo; tem dificuldades em jogar de costas para os defesas que o marcam e se não o deixam virar acaba por perder a bola e viabilizar contra ataques do adversário; terá que evoluir nessas acções.

PAULINHO - 2.5 - Já se esperava a sua falta de ritmo e acerto; falhou um golo cantado. De registar e louvar o seu esforço e competência na hora de ajudar a defender o resultado, vimo-lo várias vezes a cortar a bola dentro da nossa área.

BRUNO TABATA - 2.5 - Quando esperávamos a entrada do Jovane surge o Tabata, entrou no momento da perda do meio campo, o Daniel já não estava e ao João Mário já se lhe via a língua de fora; a missão que lhe foi pedida para segurar a bola era difícil mas não comprometeu.

DESTAQUE - DÁRIO ESSUGO - 3 - Dezasseis anos e o mais jovem de sempre numa equipa do Sporting nos jogos da Liga. Entrou para o lugar do João Mario, histórico e só por isso tem nota positiva, teremos tempo de ver o que sabe fazer.

MATHEUS REIS - 3 - Era a hora de agarrar o que a equipa já tinha conseguido e esse sinal foi dado com a entrada de Ricardo Quaresma, com o adversário a entrar no risco total. O Rúben Amorim percebeu e não facilitou e o Matheus, fresco, entrou e não se viu o Quaresma.

JOVANE CABRAL - 2.5 - Fica difícil de perceber a razão de Jovane só entrar nos cinco minutos finais; mesmo assim ainda conseguiu carregar a bola por duas vezes para o meio campo do V. Guimarães. O Rúben lá saberá porquê, mas que o jogo já pedia há muito a sua entrada pedia.

RÚBEN AMORIM - 4 - Continua a ganhar e é isso que importa; tem gente que fala que o campeonato para o Sporting só começava hoje, pois foram mais 3 pontos e ficam a faltar 10 finais. A equipa jogou muito bem nos trinta minutos iniciais em que podia ter marcado dois golos; a entrada do Daniel para ajudar o João Palhinha e o João Mário foi muito bem pensada.

JOÃO HENRIQUES - 3.5 - A sua equipa fez uma fraca primeira parte, sem velocidade e sem pressão aos jogadores do Sporting, mas podia ter marcado com duas bolas a bater nos ferros da baliza de Adán; na segunda parte subiu as linhas mas raramente incomodou a sério a defesa do Sporting.

TIAGO MARTINS (Árbitro) - 3.5 - É um árbitro que marca poucas faltas mas deixa o jogo correr, por vezes excessivamente, fazendo vista grossa a faltas flagrantes. Bem no capítulo disciplinar. No golo, apitou fora de jogo antes de terminar a jogada, felizmente que existe o VAR e resolveu bem.

VÍTOR FERREIRA (VAR) - 3.5 - Bem no golo, validando-o depois do árbitro apitar um fora de jogo inexistente. No golo invalidado a Tomás deixou algumas dúvidas, mas houve uma imagem que deixa a ideia de a bola ter passado a linha lateral e se passou decidiu bem.

publicado às 04:48

As Notas de Julius (15)

Rui Gomes, em 14.03.21

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Na 15.ª edição desta rubrica, o leitor tem assim a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que o nosso colaborador Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo de ontem com o Tondela - a contar para a 23.ª jornada da Liga NOS - que o Sporting venceu por 1-0, golo de Tiago Tomás aos 81 minutos.

"Vitória justa mas com exibição muito tímida da equipa do Sporting. Trouxeram o ouro de Tondela mas passaram ao lado do jogo. Esta estratégia de só assaltarem a fortaleza do inimigo nos últimos 15 minutos está a deixar os adeptos em geral num enorme estado de ansiedade. A equipa imprimiu pouca velocidade e andou sempre longe da baliza adversária, controlando à distância, apesar da necessidade de ganhar. O cântaro tantas as vezes  vai à fonte que um dia.......ficamos sem ele!".   

DESTAQUE - TIAGO TOMÁS - 3.5 - Marcou o golo da vitória e pouco mais. Vimo-lo falhar na primeira parte um golo cantado. Tem que treinar os movimentos de cabecear a bola; dá pouca impulsão na altura e dessa forma a bola vai-lhe subir sempre. Tem baixado o seu rendimento. Mas nunca vira a cara à luta.

ANTONIO ADÁN - 3 - Esteve especialmente atento nas saídas. Sem facilitar, pontapeou a bola muitas vezes para longe; teve um deslize num cruzamento que o podia ter traído mas no geral teve uma noite serena. 

PEDRO PORRO - 3.5 - Teve direito a polícia privado mas conseguiu fugir-lhe várias vezes e testar alguns dos seus bons cruzamentos que foram das iniciativas de maior dificuldade que o adversário teve que enfrentar na primeira parte.

GONÇALO INÁCIO - 3 - Não comprometeu, mas nunca se sentiu muito confortável; algumas decisões de risco em momentos que não tinha necessidade; mostra já ansiedade e sente o peso da responsabilidade.

SEBASTIÁN COATES - 3 -  Hoje teve maiores dificuldades na defesa e ainda falhou vários passes na saída, quase que fazia golo mas o guarda redes do Tondela socou a bola primeiro; foi amarelado e enfim vai poder descansar e recuperar do desgaste que já se lhe nota; não irá jogar no próximo jogo contra o Guimarães.

ZOUHAIR FEDDAL - 1.5 - Nunca conseguiu entrar no jogo e cometeu vários deslizes comprometedores; lento a reagir e a decidir; valeu-lhe hoje o Nuno Mendes ter feito um bom jogo, salvando-o algumas vezes.

NUNO MENDES - 3.5 - Foi um dos elementos que melhor executou a estratégia do treinador, conseguindo esquivar-se várias vezes à marcação do adversário impondo a sua velocidade; faltou-lhe melhor apoio lá na frente; cruzou para o lance que deu os três pontos.

JOÃO PALHINHA - 3.5 - Travou no seu terreno a sua batalha nos muitos duelos com o adversário e saiu-se quase sempre por cima; só não conseguiu ser tão eficaz na construção.

JOÃO MÁRIO - 2 - Passou ao lado do jogo; foi ele ontem uma das causas por a equipa não ter conseguido acelerar quando o jogo pedia mais velocidade; o treinador tinha que fazer algo para mudar o rumo dos acontecimentos e por isso teve que sair. 

NUNO SANTOS - 2 -  Nada fez de importante a registar, tentou um remate de primeira fora da área que saiu muito ao lado e fez um sprint até à sua área para cortar uma bola perigosa e mais nada se viu.

POTE - 2 - Tem muitas dificuldades em combinar com o Tiago, mas deu-lhe de bandeja a bola para o golo do ouro que trouxeram de Tondela; sente-se confortável no jogo interior mas sem apoios fica tempo a mais a ver jogar; também não esteve feliz nos duelos. 

TABATA - 2 - O treinador viu-se obrigado a intervir a meio da segunda parte fazendo forte alteração na estratégia inicial mexendo na defesa face ao sub-rendimento do Feddal; tenta ao mesmo tempo encontrar o seu lugar e pelo que se viu também não é à direita a defender que ele se safa.

DANIEL BRAGANÇA - 3 - Sempre que entra mostra serviço, foi à luta  de frente e a verdade é que após a sua entrada o Tondela começou a recuar ainda para mais perto da sua área. O Sporting se queria ganhar teria que mudar o ritmo do jogo dando-lhe mais velocidade no passe e na pressão sem bola e foi o que o Daniel trouxe à equipa. 

MATHEUS REIS - 2 - Foi mais um elemento a ajudar na hora de empurrar o adversário mais para trás mas depois do golo mostrou algum nervosismo naqueles oito minutos finais que pareceram uma eternidade, perdendo alguns duelos que nos enervaram a todos nós.

JOVANE CABRAL - 2.5 - Entrou para o derradeiro assalto mas devia ter entrado mais cedo; teve boas iniciativas pela esquerda que romperam a defesa do Tondela. Após o golo esqueceu-se que o jogo ainda não tinha termindo e não pressionou o adversário como se impunha.

MATHEUS NUNES - Às vezes penso que Rúben Amorim se esqueceu dele no banco ou enganou-se nos Matheus fazendo entrar o outro, o Reis, aos 75 minutos. O jogo pedia a sua entrada para o assalto final, mas acabou por entrar a 5 minutos do fim para defender os três pontos. Será que o Rúben que se enganou?

RÚBEN AMORIM - 4 - Será estratégia cansar o adversário com o carrossel para depois fazer o ataque final nos últimos 15 minutos, fazendo entrar nesse período vários jogadores com características diferentes? Poderá ser e a verdade é que tem resultado, mas o futebol praticado pela equipa não tem sido bonito de se ver, sempre no risco e como ainda falta um terço do campeonato para se jogar .......!!

PAKO AYESTARÁN - 3.5 - Joga-se bem em Tondela com uma equipa de ilustres desconhecidos e isso é muito mérito do seu treinador, mas aquele autocarro estacionado em frente à sua baliza era maior que o autocarro do Sporting que estava à espera da equipa junto à porta do estádio. Jogou xadrez com o Rúben, também guardou para os minutos finais os trunfos, mas perdeu, levou xeque-mate.

NUNO ALMEIDA (Árbitro) - 2 - Não fez uma boa arbitragem e os casos com erros mais graves foram sempre em prejuízo do Sporting; aquela falta não marcada sobre o Tomás junto à linha da grande área do Tondela é inexplicável, ele viu e manda seguir? O 'pisão' ao Tomás dentro da área ele viu e manda seguir? Cartão amarelo ao Coates porquê? Apeteceu-lhe dar-lhe o cartão?

GUSTAVO CORREIA (VAR) - 2 - Os 'pisões' dentro da área não fazem parte do protocolo nos jogos do Sporting?

publicado às 04:34

As notas de Julius

Rui Gomes, em 03.01.21

20210102-zk1_6146.jpg

Hoje, para variar, vamos poder comentar as 'notas' que o nosso leitor Julius atribuiu aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes no jogo de ontem com o SC Braga:

ADÁN - 5 - Hoje podiam estar ali a noite toda no tiro ao boneco que a bola não entrava, foi um gigante.

PORRO - 5 - Exibição de grande nível, secou a arma secreta do Braga ( Galeno até rasgou a sua camisola de frustração)

LUÍS NETO - 4 - Hoje esteve sempre muito bem nas dobras e na antecipação e ainda bem concentrado no passe.

COATES - 4 - O patrão, incansável e com excelentes cortes 'in extremis', foi leão.

FEDDAL - 4 - Soberbo, vindo de lesão não comprometeu, vestiu a pele de leão e foi macho.

NUNO MENDES - 3 - Aos solavancos, já anda de novo a tentar meter a 'quinta', está quase de volta, alguns erros de posição na defesa que podiam comprometer.

NUNO SANTOS - 3 - Parece sempre prometer muito e depois fica-se ali sempre algures muito bem na desmarcação que deu o primeiro golo.

JOÃO PALHINHA - 4 - Foi outro leão de combate a roer-lhes os calcanhares a todos.

JOÃO MÁRIO - 5 - Aguentou o barco naquele meio campo no momento do vendaval e pautou sempre o jogo da construção.

POTE - 3 - Um golo muito importante com timing exacto, procura recuperar a sua forma e vai voltar em breve

TIAGO TOMÁS - 3 - Hoje não era dia mas aprendeu muito, apanhou com a ratazana do Raul Silva que é graduado em ratice e ensinou bastante.

SPORAR - 4 - Que entrada de leão, com esta é que o Braga não contava; afinal também tínhamos uma arma secreta, decisivo no Sporting voltar a ficar por cima

MATHEUS NUNES - 3 - Ajudou a fechar bem o lado mais perigoso do ataque do Braga; o Sequeira já não subiu mais e marcou um golo decisivo para o desenrolar do jogo.

TABATA - 2 - Muito bom no um para um, mas tem que definir melhor e saber recuperar logo depois a sua posição.

RÚBEN AMORIM -  Excelente leitura do jogo, preparou bem o embate especialmente a nossa defesa e mexeu na hora certa , melhoramos com as substituições enquanto o Braga piorou com as suas.

CARVALHAL - 3 - Não gostei de todo aquele seu ar de vaidade ate os golos do Sporting o obrigarem a mudar para a sua cara n.º 3.

SPORTING - 4.5 - Marcou 2 golos e não sofreu nenhum.

SC BRAGA - 4 - É de facto uma equipa que joga bem e de olhos fechados.

ÁRBITRO - 3.5 - Esteve bem, mas mal auxiliado pelo VAR.

VAR - 2 - As missas continuam não é Sr. João Pinheiro? 3 penáltis e 2 expulsões no jogo a prejudicarem o Sporting.

publicado às 03:04

Serão estas as notas ?

Rui Gomes, em 17.03.14
 

 

publicado às 02:46

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