Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não são leões, mas também têm quatro patas. Não rugem, mas ladram. Não têm juba, mas também têm pêlo. Mais importante do que tudo isso: não são pessoas, mas têm sentimentos. O Sporting Clube de Portugal marca pela diferença e, associando-se à União Zoófila (UZ), decidiu assinalar o mês do animal, Outubro, com uma visita inesperada ao Pavilhão João Rocha, com uma campanha baseada no mote: “Há várias formas de ajudar. Não compre, adopte”. Depois da mascote Jubas ter conhecido as instalações da associação, foi a vez dos nossos amigos de quatro patas surpreenderem os jogadores leoninos invadindo o seu ‘habitat natural’.
Entre risos e saltos, com os melhores amigos de quatro patas a mostrarem os seus dotes e a encantarem os corações dos atletas verdes e brancos, a manhã foi de animação e muita brincadeira. A partir do momento em que entraram no Pavilhão, os cinco cães iluminaram os rostos dos presentes e não deixaram ninguém indiferente.
Tendo-se completado hoje dois meses após a sua (acinzentada) cerimónia inaugural, os sportinguistas – particularmente os sócios do Clube – interrogam-se, justificadamente, sobre o que, de concreto, se passa com o Pavilhão João Rocha. Sobretudo aqueles que contribuíram financeiramente para a sua construção.
Acaba por ser deveras intrigante o manto silencioso que se abateu sobre a inaugurada, e tão ambicionada, obra nestes já sessenta dias decorridos. O que acontece? Não estará ainda em condições, técnicas ou legais, de ser utilizado? Problemas com o empreiteiro ou a Câmara Municipal? O que falta? Quando abrirá efectivamente? Quando nele se iniciarão as competições, os treinos das modalidades ou a realização de outros eventos? Quando passará a ter vida?
A par das inelutáveis dúvidas, aumenta a compreensiva frustração dos sócios e adeptos – nomeadamente numerosas famílias residentes no estrangeiro – que se deslocam ao Estádio José Alvalade com o animado objectivo de visitar o novo Pavilhão, mas que apenas encontram portões encerrados e poeirada em torno do edifício, limitando-se a espreitar de fora, sem sucesso.
E, enquanto a Direcção do Sporting mantiver este misterioso silêncio – não cumprindo o seu dever de informar ou esclarecer – também aumentará, obviamente, todo o tipo de especulações…
Texto da autoria de Leão da Guia
Um artigo interessante intitulado "A verdadeira inauguração", da autoria de Trinco, no blogue Dia do Clube, que passamos a recomendar aos leitores:
49 dias após a pomposa "inauguração" do pavilhão, em que o mais relevante, além do incómodo discurso da Maggy Rocha, foi a pouca relevância dada aos atletas e adeptos, em contraponto ao "one-man-show", autêntico buraco negro das atenções na sua tradicional maneira egoísta do "eu acima e antes do nós", está-se ainda por saber quando se dará a verdadeira inauguração do espaço.
Sim, porque a inauguração de um espaço desportivo não se faz com o corte de uma fita ou com uma festarola catita para entreter distraídos, adormecidos e hipnotizados, amplamente matraqueada e propagandeada pelos amigos da Comunicação Social. Mesmo aqueles que se quer fazer crer sejam uns malandros. A inauguração de um espaço desportivo faz-se com um evento desportivo. Ainda há poucos dias, fez 14 anos, foi assim com o Estádio José Alvalade.
Acontece que a menos de um mês das competições de seniores começarem ainda nem um treino foi feito no novo pavilhão. Muitas visitas, muitas festas, muita areia, mas desporto que é bom, nada!
O que nos poderá fazer questionar não só a extemporaneidade daquela inauguração (que mais não foi que um momento na agenda estratégica do interessado) mas o porquê de passado este tempo tudo permaneça na mesma.
Seguramente não será falta de dinheiro para pagar €700k ou €800k que faltem pagar ao empreiteiro e que estejam a protelar a entrega da obra por parte deste.
Num Clube que aumenta o seu orçamento para as modalidades 120 por cento em dois anos, que contrata uma equipa nova de voleibol contrariando aquilo que foi justificado para acabar com o basquetebol, que contrata com salários "leoninos", ao que se sabe, futsalistas, andebolistas e mesa-tenistas, e até paga cláusulas de rescisão "à Neymar" (à escala, entenda-se) a hoquistas, seguramente esse não será o problema.
Ou será?
P.S. Ou será que se está a tentar carregar na boa vontade e tamanho do bolso dos Sportinguistas no cálculo da tabela de preços das Gameboxes Modalidades, numa tentativa encapotada de "missão paga o que falta"?
O Sporting divulgou ontem os primeiros pormenores sobre a inauguração do Pavilhão João Rocha, estrutura que vai abrir portas no próximo dia 21, destacando a oportunidade que a cerimónia vai proporcionar à família sportinguista, que se fará representar por antigos e actuais dirigentes, antigos e actuais atletas, claques organizadas e muitos dos núcleos que estão espalhados não só por Portugal, mas um pouco por todo o Mundo.
O clube aproveitou, ainda, para destacar o facto de mil dos 3 mil lugares disponíveis na inauguração serem ocupados por quem contribuiu monetariamente para a edificação da nova casa das modalidades, através da campanha ‘Missão Pavilhão’.
No total, foram registados cerca de 23 mil donativos, que contribuiram para o pagamento de aproximadamente 10 por cento da estrutura.
Entre o muito que Bruno de Carvalho anda a fazer com timing impecável para deslumbrar os sportinguistas votantes (Gelson Martins, Coates, Macron), circulam rumores que já terá feito um pedido à Câmara Municipal de Lisboa para que haja um acto solene de pré-inauguração do Pavilhão João Rocha.
Recorde-se de que a primeira pedra foi lançada a 26 de Março de 2015, mas tudo indica que a edificação do projecto bandeira do consulado do ainda presidente do Sporting não vai estar concluído a tempo do acto eleitoral.
Apesar de haver quem diga que Bruno de Carvalho não olha a meios para atingir fins, acho melhor dar-se-lhe o benefício da dúvida sobre estes rumores, porque a noção de uma pré-inauguração é ridículo de mais mesmo para ele.
Correndo o risco de abusar da participação do nosso leitor Zargo, transcrevo em post um recém-comentário seu que eu considero muito informativo, clarificando até alguns mitos que circulam na praça verde-de-branca:
«A edificação do Pavilhão João Rocha é um acto de fé... e também de perseverança, é certo. De facto, desde a reunião do executivo municipal de Lisboa de 16 de Abril de 2007, que decidiu que se negociasse com o Sporting a cedência de terrenos para a construção do Complexo Desportivo, passando pelo protocolo celebrado pela Direcção de Filipe Soares Franco, no âmbito do loteamento dos terrenos do antigo estádio, por José Eduardo Bettencourt, que garantiu junto da CML direitos de edificabilidade de mais 29.000 m2 a acrescer aos 109.000 m2 previstos para a UOP 30 do Plano Diretor Municipal e a votação em 3 de Novembro de 2010, pela Câmara de Lisboa, do Plano de Pormenor Alvalade XXI, onde está englobado o novo pavilhão do Sporting.
Assim, no âmbito do período de discussão pública do Plano de Pormenor Alvalade XXI, a Câmara Municipal de Lisboa realizou no Auditório Artur Agostinho uma reunião pública de esclarecimento, a 30 de Maio de 2011. A CML viria a aprovar a 26 de Outubro de 2011 o Plano Pormenor Alvalade XXI.
Como sabemos, a Missão Pavilhão é de Julho de 2014.»
O Sporting emitiu um comunicado, esta segunda-feira, para informar sobre a forma como serão disponibilizados os 8,93 milhões de euros por parte da Sporting SAD, para a construção do Pavilhão das Modalidades.
Não hesito em admitir que sou um autêntico leigo nesta matéria. Será possível alguém explicar-me o significado técnico desta operação ?
O comunicado está disponível aqui.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.