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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Aos 37 minutos do encontro da 3.ª jornada do campeonato, entre Farense e Sporting, no Algarve, quando os jogadores leoninos pediram grande penalidade por mão na bola de Lucas Áfrico dentro da área dos algarvios.
O árbitro da partida, Tiago Martins, marcou infracção, mas foi chamado a ver as imagens pelo VAR, Fábio Veríssimo, que teve outra interpretação. Após rever as imagens, o árbitro manteve a decisão e assinalou penálti para os leões, convertido por Gyökeres.
Os áudios foram divulgados no programa Juízo Final, da SportTV+, que contou com os comentários de João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem: "Se olharmos para o lance, nós não gostaríamos que este penálti fosse assinalado. O defesa está parado, a evitar que o atacante se vire, ele não faz nenhum gesto. A bola sofre um desvio de trajectória em cima do defesa e esta acaba por bater no braço. Na prática, diria que este lance não tem nada de penálti".
Pelos vistos, há quem não tenha visto bem o lance que levou Artur Soares Dias a assinalar grande penalidade contra o Sporting. Com o FC das Antas a perder, ele não desperdiçou a oportunidade que desejava e esperava.
Podemos discutir os quês e porquês do contacto corpo a corpo entre Porro e Evanilson, e é bastante discutível. Os jogadores do clube das Antas estão muito bem ensaiados para arrancar as faltas. Atravessam-se à frente do adversário para provocar o contacto e então caírem. O que se viu no jogo de ontem não é nada de novo, fazem-no em quase todos os jogos, o que ajuda a explicar não só o número de penáltis a seu favor como jogarem 9 vezes em vantagem numérica nos últimos 18 jogos.
Mas muito além disso, no lance de ontem, há um outro factor bastante evidente: no início do lance, Evanilson dá uma cotovelada na cara de Porro. Logo aí, Artur Soares Dias, se fosse um árbitro sério e isento, que não é, devia ter assinalado falta a favor do Sporting.
O VAR, Hugo Miguel, é cúmplice impudente no "crime". Tem ao seu dispor múltiplos monitores que lhe permitem rever o lance de toda a maneira possível.
Também ele, se fosse sério e isento, que não é, devia ter alertado Artur Soares Dias para rever as imagens no monitor. Isto, se de facto o árbitro não viu o que ocorreu in loco, o que é discutível.
O Sporting, até ao penálti, estava a ser a melhor equipa. Na primeira parte, foi a mais ofensiva, com Matheus Nunes e Pedro Porro a executarem dois excelentes remates que mereciam melhor sorte.
É igualmente verdade que o penálti, e subsequente golo, alterou o jogo. A equipa leonina mostrou alguma intranquilidade e depois cometeu o lapso defensivo que permitiu o segundo golo do FC das Antas.
Mas o penálti é crucial e acabou por ser o lance mais decisivo do jogo.
É possível haver quem tenha uma leitura diferente da minha do todo do jogo, é uma questão de opinião. Mas o lance do penálti não é subjectivo, está bem à vista!!!
E agora pergunto eu: quem vai ser escolhido a dedo para apitar o jogo da 2.ª mão no Dragão?
P.S.: Segundo informações que me chegaram, o lance do penálti, acentuado pela falta sobre Porro, já correu várias televisões e não é segredo algum. Mas, como quase sempre, no que diz respeito ao FC das Antas, o clube da corrupção, tudo passa em branco.
Mais um!... Por algum motivo o FC Porto tem mais penáltis a favor que Sporting, Benfica e SC Braga juntos.
REGISTO DA LIGA NOS
FC Porto - 13 penáltis
Sporting - 5
SC Braga - 3
Benfica - 0
Nem o árbitro Manuel Mota nem o VAR Hélder Malheiro viram esta falta para penálti por mão de Jesús Corona, jogador do FC Porto, no jogo de ontem frente ao Farense. A equipa do Norte venceu por 1-0.
Mesmo admitindo que Manuel Mota não viu, pela imagens disponíveis é impossível o VAR não ter visto. A decisão, portanto, obedece a critérios que não as Leis do Jogo.
"Foi um escândalo grande. Este árbitro já tinha feito o que tinha feito no jogo com o FC Porto. Uma incompetência total e talvez uma grande alergia ao Sporting, de um árbitro que esteve ali a defender outros (?) interesses. Só posso vê-lo assim. Devia ser corrido da arbitragem. Interesses? Pode estar ali comandado por alguém. Estranho mesmo que este árbitro tenha este comportamento com o Sporting. De forma continuada. A contestação é legítima. O Sporting tem de ser respeitado. Queixas? Concordo, deve fazê-lo quanto antes, e sem sequer poupar o árbitro. Há que tomar medidas e há que haver responsabilidade do Conselho de Arbitragem".
José Sousa Cintra, em declarações à Rádio Renascença
Gastaram-se litros de tinta, usaram-se uns quantos quilos de palavras, passe o exagero, com interpretações, tão ou mais subjectivas, que o lance de penálti revertido no jogo Sporting-FC Porto. Do que foi dito e escrito, resulta um denominador comum: o homem do apito, esteve certo na sua decisão em função do que observou directamente, mas, ao mesmo tempo, esteve errado, de acordo com as imagens televisionadas, que lhe foram apresentadas pelo VAR. Assim sendo, a reversão acabou por ser correcta, ou por outras palavras, "escreveu-se direito por linhas tortas". Quando o assunto cair no esquecimento, a banda continua a tocar.
Imagens televisionadas? Começam aqui as contradições. Porque razão o VAR meteu o "bedelho" onde não devia. Sobre tudo o que li e ouvi, há uma posição unânime: o lance em causa não constituía um erro grosseiro do árbitro. E mesmo perante as imagens que têm aparecido, a intervenção do defesa portista na acção do avançado é susceptível de diversas interpretações. Também não se nega o contacto, o que se discute, fundamentalmente, é se teve ou não influência no seguimento da jogada.
Para não acrescentar mais litros ou quilos à polémica, coloco algumas interrogações: o que se passou na comunicação, que não devia ter existido, entre o VAR e árbitro? O que viu este nas imagens televisivas que o levou a mudar a sua anterior decisão? Não viu contacto? Se viu, calculou então a sua intensidade? Com que certezas mudou a decisão? Será que não os tem no sítio? Tem medo de quê ou de quem?
Em conclusão, o homem do apito foi célere na marcação da infracção, mas depois de uma conversa de "pé de orelha", mudou de agulha. Acredito que quando foi ver as imagens já tivesse a reversão decidida.
Vimos vários comentadores encartados a dizer que não era caso para VAR, mas que a sua intervenção repôs a verdade, a partir da dita conversa, que não podia ter existido. Que raio de coerência é esta? A verdade é que é fácil bater num clube sério como o Sporting CP, ainda por cima com o acordo de certas facções internas. Na realidade, não me lembro de ver estes comentadores mexer uma palha, contra as falcatruas que beneficiam outros clubes. A verdade é que não se "escreveu direito por linhas tortas" mas escreveu-se "torto por linhas direitas".
O que é que Luís Godinho viu no monitor - com a cumplicidade de Tiago Martins (VAR) - diferente do que viu no relvado no momento real do lance?
O facto de ser o mesmo VAR que agiu na época passada em Moreira de Cónegos, tal como Frederico Varandas refere nas suas declarações, deve ser "mera" coincidência, decerto?!?
O árbitro assinalou falta de Zaidu sobre Pote na área numa primeira instância e exibiu o 2º cartão amarelo ao lateral-esquerdo portista. No entanto, reavaliou o lance no monitor e reverteu a decisão.
(O vídeo do lance disponível aqui)
Frederico Varandas, em conferência de imprensa, manifestou a sua indignação:
"Hoje o Sporting CP está triste porque perdeu dois pontos e acho que o futebol português também está triste porque teima em não mudar. Já vi o lance várias vezes, e só faço uma pergunta: este mesmo lance, este possível penálti, sabem quando é que era revertido no Estádio do Dragão ou na Luz? Nunca, nunca. O árbitro vê empurrão nas costas, assinala penálti, depois o VAR surge a analisar se há intensidade, se é dentro ou fora da área. É o costume... o VAR só deve analisar num erro clamoroso. Para mim é penálti, é. O jogador leva um encosto no ar, para mim é penálti. Foi marcado, em Alvalade, é revertido. Mas também vi em Tondela o Doumbia ser pisado, o árbitro bem a mostrar o vermelho, o VAR chamou e reverteu em amarelo. Também vi um penálti claríssimo em Moreira de Cónegos que o mesmo VAR de hoje não viu. O VAR chamou o árbitro, viu, mas o árbitro continuou a achar que não era penálti.
São estas coisas que acontecem frequentemente no futebol português, mas sobretudo ao Sporting. O mesmo VAR não vê o vermelho directo ao Zaidu, qual é a dúvida? E é por isso que acho que o futebol português devia estar triste. Infelizmente, em Portugal, para triunfar só por mérito, é muito difícil. No futebol ainda mais. Não interessa se a pessoa foi apanhada em escutas, se tem processos judiciais, interessa é se tem poder, se ganhou e aí todos prestam vassalagem.
O Sporting dá todo o apoio ao presidente da arbitragem mas já disse isto três vezes: Se os soldados não prestam, encostam-se. E se virmos, há um denominador comum muitas vezes. Há valores que o Sporting não abdica, não vamos fazer o que se fazia, não vamos jogar sujo. Mas se tivermos de gritar, vamos gritar bem alto. Custe o que custar, vamos vencer."
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ADENDA
Faltava, neste post, os pareceres de alguns "peritos" cá do burgo...
Jorge Faustino (nota 3) - Arbitragem que confirmou a maturidade de um "jovem" internacional onde alguns erros de critério não influenciaram o resultado. Trabalho globalmente positivo.
- Zaidu, na tentativa de jogar a bola, mas numa abordagem muito negligente, acertou com a sola da bota no pé de Pedro Porro. Vantagem bem aplicada e correta a exibição do amarelo na interrupção seguinte.
- Existe contacto do braço de Zaidu nas costas de Pedro Gonçalves que parece não ter impacto na movimentação deste. Lance de interpretação de intensidade onde se aceita a decisão de não sancionar penálti.
Marco Ferreira (nota 3) - Cometeu alguns lapsos a nível técnico e disciplinar. Errou em assinalar o pontapé de penálti com o VAR a intervir correctamente. Acusou a pressão do jogo acabando por não influenciar o resultado final.
- Zaidu aborda tarde a bola e pisa o pé do adversário de forma negligente, Árbitro aplica a lei da vantagem e adverte na interrupção. Boa decisão.
- Zaidu e Pedro Gonçalves tentam disputar a bola dentro da área do Porto com o avançado a cair, Árbitro assinala pontapé de penálti. VAR aconselha o árbitro a verificar o monitor e reverte a decisão correctamente. Lance normal sem infracção.
**** Surpresas?... Nenhuma!!!
E se a mão na bola de Cédric Soares no Portugal - Irão, que fez correr tanta tinta, tivesse sido sancionada com um livre directo em vez de uma grande penalidade? Essa é a sugestão do ex-árbitro internacional alemão Thorsten Kinhöfer, que considera a actual definição de mão na bola uma área cinzentas nas leis de jogo e acredita ter encontrado a solução para sancionar esse tipo de lances, tantas e tantas vezes polémicos e esmiuçados ao pormenor.
Para ele, sancionar uma mão na bola dentro da área através de um livre directo no ponto frontal da área mais perto da infracção seria a opção mais justa, à excepção de mão manifestamente deliberada para evitar um golosobre a linha de baliza, que continuaria a ser castigada com grande penalidade.
"Se o castigo não for tão pesado, será retirada pressão ao árbitro", argumentou Kinhöfer ao Bild, inspirado na regra de lançamentos livres do andebol.
O antigo árbitro alemão, 50 anos, apitou 213 jogos da Bundesliga entre 2001 e 2015, tendo sido árbitro FIFA entre 2006 e 2013, período no qual dirigiu 28 jogos internacionais de clubes e selecções.
Uma ideia inovadora, mas que merece ser deliberada pelo International Board (FIFA).
"Quero que me expliquem de uma vez por todas como se deve abordar estes lances. Robson está a um metro e meio. Ao levantar o braço tem o braço em posição normal. É claramente um lance em que a bola vai à mão, ele não tem luvas na mão, não quer defender a bola. Não aumenta a volumetria do corpo. Eu disse no treino aos jogadores para não defenderem estes lances com os braços atrás das costas porque perdem mobilidade. No primeiro treino da semana abordei este tema. Só quero que me digam qual é o procedimento e todos os árbitros ajam em conformidade com o procedimento".
Jorge Simão, treinador do Boavista
Nota: Se deu essas instruções aos seus jogadores, errou, neste jogo ou em qualquer outro.
E nem é preciso o VAR, basta enviar um email!!!
Não sei se é o primeiro caso do género desde que o VAR foi introduzido ao futebol, mas aos 72' do FC Porto-Boavista, Sérgio Oliveira marcou o terceiro golo dos dragões de penálti, mas o mesmo foi anulado por vídeo-árbitro pelo facto de o médio ter escorregado na execução do castigo máximo e acabar por dar dois toques na bola.
Até que ponto a tomada de decisão de rever o lance foi influenciada pelo guarda-redes do Boavista - o primeiro a chamar a atenção do árbitro -, é difícil de determinar, mas de uma forma ou outra acabou por ser a decisão correcta.
O desavergonhamento do clube da Luz e das suas hostes ao virem falar do golo de Bas Dost frente ao Rio Ave, uma situação in extremis que, quanto muito, é milimétrica, para aqueles que têm dúvidas, quando temos mais uma vez num jogo do glorioso cá do burgo um lance que passa "despercebido" tanto ao árbitro como ao VAR.
Estamos a referir o autêntico atropelamento de Luisão a Luís Machado do Feirense, aos 50 minutos de jogo. Muito embora a Benfica TV não repita o lance, pela óbvia inconveniência do mesmo, a imagem original não deixa margem para quaisquer dúvidas. Curiosamente, o árbitro está muito bem posicionado directamente em linha com o lance e sem ninguém a incomodar a sua visão.
Desta vez não houve uma avaria técnica de comunicação com o VAR, mas sim escuridão total.
Podem, então, continuar com esses argumentos de encher o bolso para adulterar a verdade. Nada de novo, aliás, para aqueles lados da Segunda Circular.
Ou melhor... como não marcar um penálti !
Rui Vitória, instado a comentar o vídeo-árbitro na conferência de imprensa pós-jogo:
«Que pergunta é essa? O lance não tem nada, é justo, é correcto. Ponto final. Temos satisfação por ganhar. Não venham com conversas dessas comigo porque não alimento essas coisas».
Vítor Oliveira, treinador do Portimonense, comenta o vídeo-árbitro:
"Se os critérios forem iguais para toda a gente, o video-árbitro é óptimo. Temos que verificar se os critérios de avaliação são mais ou menos equivalentes ou se são muito diversificados, ou se se faz uma leitura num jogo e outra completamente diferente em outro. Vi agora no balneário. No penálti não me parece que haja qualquer tipo de falta. Há um contacto normal, penso que há uma simulação do Salvio e não há penálti. Acabámos por ser derrotados por um chouriço que apareceu no jogo".
Nuno Saraiva comenta vídeo-árbitro no Benfica vs Portimonense:
«Depois do que aconteceu esta noite na luz, não voltem a falar-me do penálti claríssimo sobre o Bas Dost no jogo com o Vitória de Setúbal. Tenham vergonha! E alguém que explique como é que, respeitando a lei das probabilidades, o mesmo árbitro, que hoje teve olho de milhafre, pode ser VAR em 3 dos primeiros 5 jogos do mesmo clube. Se calhar, na Luz, é melhor que passem a chamar-lhe VARíssimo».
... E, pelos vistos, com o vídeo-árbitro a "aplaudir" a performance do avançado brasileiro do Benfica. O mau da fita foi Marcão, claro. Tocar no actor, na área, implica correr graves riscos. Ainda por cima, o livre que levou ao lance do "puxão" que Hugo Miguel "viu", foi mal assinalado. Siga...
Terá sucedido num jogo da "Premier League".
Espectacular !!!
Rui Patrício foi um dos heróis do apuramento de Portugal para as meias-finais do Euro 2016. O guarda-redes do Sporting defendeu a quarta grande penalidade, da autoria de Blaszczykowski, abrindo caminho à vitória, que seria depois sentenciada por Ricardo Quaresma.
Isto, no jogo da sua 50.ª internacionalização pela equipa das quinas.
Não assisti ao embate entre o Vitória de Setúbal e o Benfica e, pelo resultado, e não só, até não duvido que a equipa da Luz tenha sido superior. Mas... e há quase sempre um "mas" em jogos dos encarnados, existiu um lance para grande penalidade logo aos dois minutos, quando Jardel empurra Rambé com o braço e ainda lhe dá uma pisadela, para o afastar da baliza de Artur, que passou impune.
São estes pequenos/grandes detalhes que, por vezes, fazem a diferença. Curiosamente - ou talvez não - não li ninguém do V. Setúbal a queixar-se do árbitro.
A jogada em questão está disponível aqui.
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