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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Alguém escreveu algures que o futebol é o ópio do povo, que o faz alucinar no epicentro de sentimentos brutais e radicais, sempre numa transformação constante que os resultados, os golos e a falta deles provocam, a velocidade com que se viaja do desanimo, frustração e depressão há euforia é incrivelmente supersónica.
Ontem a Selecção portuguesa na voz dos portugueses estava condenada a uma morte prematura, muito pela péssima imagem que deixou no 1º jogo contra os checos, hoje, após a vitória contundente à Turquia, já se fala na Final e em ganhar o Europeu. A verdade é que se o selecionador espanhol fizer o seu trabalho de casa e deixar-se de continuar a querer ser o principal protagonista pelas piores razões, a matéria prima que abunda na Selecção consegue fazer a diferença, principalmente em jogos contra selecções como esta Turquia que optou meter-se por atalhos que não conhece, arranjando um grande sarilho para si mesma e que acabou sem surpresa, num duplo suicídio, o tentar jogar de igual contra Portugal e depois com um auto-golo absurdo, que fará com certeza parte dos auto-golos mais caricatos de sempre do futebol a este nível.
As grandes selecções, recheadas de grandes jogadores tecnicamente evoluídos, tendem a crescer durante este tipo de torneios, o ambiente do grupo ganha melhor coesão, os erros estratégicos são detectados e corrigidos e o "jogo" de conjunto evolui. Esta Selecção Turca afinal não se mostrou diferente das anteriores, mostrando que continua a anos luz da qualidade das melhores selecções do planeta, tentou o bluff de jogar de peito feito, imagine-se a pressionar a primeira linha portuguesa, mas não passaram das aparências, porque depressa se percebeu que lhes faltava muita coisa, em que mais de metade dos seus jogadores não tem para dar.
A Selecção portuguesa aproveitou e muito bem o cenário de espaços que os turcos lhe ofereceu, para se alimentar da adrenalina, da vitamina motivacional e fazer boa figura num jogo bem jogado por todos os elementos, obtendo uma vitória justíssima e sem história, com especial destaque para o jovem possante Nuno Mendes que fez da sua exibição um paraíso e em que os 80 anos somados entre Pepe e CR7 ainda envergonharam e humilharam os turcos, arrasando-os.
Portugal vai terminar no 1º lugar do grupo, garantindo já a passagem para a fase do mata mata, onde começará na verdade o Europeu.
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