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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O presidente Frederico Varandas, acompanhado por Bruno Fernandes e o jovem Miguel Luís, visitou esta terça-feira o pólo do Estádio Universitário, onde treinam vários escalões da formação leonina, tal como tinha prometido durante a campanha eleitoral. Eis o que ele teve para dizer:
"É um grande orgulho. Não é o facto de ter cumprido uma promessa, é mais do que isso. É importante perceber que estes miúdos são o futuro do Sporting. Treinar aqui e ter a vista para o estádio... Um dia estarem lá tem de ser a ambição deles. No próximo mês, vêm outros dois jogadores. É importante perceber que os seniores também olham para eles. Hoje, são os seniores. Quinta são os mais pequeninos. 400 miúdos vão ver o jogo. É treino. É importante repor bons hábitos, cuidá-los bem. Este é o futuro do Sporting".
Os jogadores de futebol são profissionais. Recebem de acordo com o contrato livremente aceite. Jogam o que sabem e podem em função das circunstâncias. Desde há meses que são insultados pelo presidente, publicamente, em função de um mau resultado. Ninguém hoje queria ganhar mais do que eles, e também contra o presidente.
Depois de uma semana de terror e quase sem qualquer preparação técnica/táctica, que se esperava? E por acaso jogaram contra bonecos? Não houve nenhuma falta de atitude, houve descontrolo emocional e falta de preparação em função dos ataques que sofreram. O pior cego já nem é o que não quer ver, é o que não consegue ver.
Quem quiser apoiar o 'deus' até destruir o Sporting, está no seu direito. Nenhum ditador subsiste sem apoio. Se não há vergonha em ter à frente do nosso Clube, um arruaceiro, um mentiroso compulsivo, um demagogo, um indivíduo que não respeita ninguém, incluindo órgãos de soberania, eu tenho. É uma questão de princípios!
Nação Valente
O presidente do Olympiacos, que também é dono do Nottingham Forest, em Inglaterra, perdeu as estribeiras perante os maus resultados da equipa na Superliga grega. Conta a imprensa helénica esta terça-feira que Evangelos Marinakis mandou os jogadores da equipa principal de férias e ainda aplicou uma multa de 400 mil euros a cada um deles. Diz que vai acabar a época com os sub-20.
A imprensa do país conta o que Marinakis disse no balneário, depois do empate com o Levadiakos (1-1). "Vocês só pensam nas vossas casas bonitas e nos carros. Não vos preocupa a equipa. Os jogadores sub-20 amam mais o Olympiacos e os seus adeptos do que vocês! Pago milhões para que não vos falte nada! Despedi três treinadores e no final parece que vocês é que eram os culpados.
Vou construir o Olympiacos do princípio, fazer a equipa com que sempre sonhámos. Eu e os adeptos já aguentámos isto demasiado tempo. Vocês vão de férias já hoje".
O que se faz quando não nos emprestam um brinquedo? Para Gigi Becali, a solução é fácil: compra-se o brinquedo. Pelo menos foi assim que o (controverso) presidente do Steaua de Bucareste resolveu o problema da propriedade do clube.
É que o Steaua sempre foi o clube do exército romeno, desde 1947, ano em que foi fundado, mas quando Gigi Becali (e a sua conta bancária) entrou em cena, em 2003, quis deter o clube na sua totalidade. Seguiu-se uma batalha judicial, com Becali a sair vencedor, mas, em 2013, o Supremo Tribunal de Justiça devolveu a propriedade do clube ao Ministério da Defesa romeno.
O episódio seguinte na novela foi caricato: o clube entrou em campo, contra o CSMS Iasi, sem símbolo na camisola, porque já não podia ser Steaua. E, por fim, passou a ter uma nova designação: FCSB.
Ou seja, hoje, às 19h45, é o Futebol Clube Steaua de Bucareste que vai estar no caminho do Sporting rumo à Liga dos Campeões (e aos muitos milhões que ela traz).
Apesar de já estar bem mais adiantado na época do que o Sporting - já realizou oito jogos oficiais -, o Steaua é um adversário teoricamente acessível para a equipa de Jorge Jesus. Chega a esta fase depois de ter eliminado os checos do Plzen (empate 2-2 em casa, vitória por 4-1 fora) e é 4º na Liga romena (três vitórias e três empates), mas não tem a qualidade dos sportinguistas, nem em termos colectivos, nem em termos individuais.
Alinhavado habitualmente num 4-2-3-1, é expectável que o Steaua entre em Alvalade com as linhas baixas, procurando um resultado que permita discutir a eliminatória na 2ª mão, na Roménia. Sem o médio português Filipe Teixeira, que está em dúvida por lesão, o meio-campo irá sofrer alterações, até porque o outro habitual titular, Budescu, também não estará disponível por lesão.
Na defesa, o treinador Nicolae Dica também tem mais problemas: o central Mihai Balasa também está lesionado e não jogará. Quem está garantido na frente de ataque é Alibec, o internacional romeno que é a grande referência em termos ofensivos, pela sua mobilidade, que permite aos romenos procurar rapidamente o contra ataque, sempre que possível. Algo que deverá acontecer esta noite, em Alvalade. Se o Sporting deixar, claro.
3 anos de mandato traduzidos numa "mão cheia e outra de coisa nenhuma". O seu legado ? Dívidas atrás de dívidas e uma resma de processos em tribunais. Será sempre lembrado pela perseguição a ex-presidentes, ex-jogadores e a sócios do clube. Foi, sem margem para quaisquer dúvidas e até ao momento, o pior presidente da história do SPORTING. Eis o retrato de Bruno Azevedo de Carvalho. Está para nascer quem consiga fazer pior. Parabéns Bruno !
Nem queria acreditar num vídeo que me enviaram com o nosso treinador do hóquei patins a dizer depois da 1ª mão da Taça Continental que uma equipa do meu Sporting era a “voz do presidente”. Claro esta frase foi aproveitada pela agência de comunicação do Bruno Carvalho que parece também trabalha para o Sporting e fizeram o destaque que aqui publico.
Depois disso, essa “voz”, infelizmente para nós, já perdeu para o campeonato e foi esmagada na 2ª mão da Taça Continental. Espero que 4ª feira contra o Benfica mudem o “chip” e que os nossos treinadores e jogadores se esforcem e dêem tudo pelo clube e em particular pelos seus sócios e adeptos. Quem estiver circunstancialmente a dirigir o clube deve ser apenas respeitado (mesmo que não dê a esse respeito como naquela vez em que ia provocando um incidente grave durante um jogo de hóquei e outra vez no futsal espicaçando ânimos exaltados, o que é uma especialidade sua) e nunca confundindo com o Clube em si.
O próprio treinador do futsal do Benfica veio no sábado “dar graxa” ao Luís F Vieira depois de nos ganhar com muita sorte à mistura. Fica-lhe mal.
Ouvi, pela voz inconfundível do presidente do Sporting, na última Assembleia Geral do clube, que agora (aparentemente referindo-se ao seu mandato) o Sporting está finalmente a ganhar nas modalidades.
Resolvi fazer um exercício simples de comparação do que se tem passado nas principais competições das principais modalidades nos 2 anos desde que entrou Bruno Carvalho e os 2 anteriores à sua chegada.
No futsal fomos campeões e ganhámos a Taça de Portugal na época antes da entrada do Bruno Carvalho, depois disso ganhámos apenas um campeonato e temos falhado, em particular, nos jogos contra o Benfica como no último sábado = Estamos piores.
No andebol tínhamos ganho a Taça de Portugal nas duas épocas antes da chegada de Bruno Carvalho e ainda conseguimos repetir a graça em 2013/14, mas a época passada ficámos em branco (o que há muito não acontecia). Não vou falar do Troféu Cidade de Viseu cujo destaque dado pelo Bruno Carvalho já foi alvo de muito gozo pelos benfiquistas = Estamos piores.
No atletismo ganhámos em 2011 o título de pista coberta masculinos e femininos (que repetimos em 2012). Em 2012 ganhámos também o crosse masculinos (em 2011 tínhamos ganho o crosse curto masculino) e feminino (que repetimos em 2013 e 2014). Em todos estes anos ganhámos o campeonato nacional por clubes feminino = Estamos iguais.
A grande vitória que poderemos destacar desde a chegada do Bruno Carvalho é a da Taça Cers no regresso do hóquei. Lembro no entanto que é uma competição louvável mas geralmente jogada por equipas limitadas e que já tinha sido ganha por equipas como o Sesimbra, Oliveirense e Paço d`Arcos. Se temos ganho depois esta espécie de Supertaça contra o Barcelona (apesar do desinteresse dos adeptos deste clube pela modalidade) já teria sido um feito = Estamos melhores (não havia comparação com o passado).
É evidente que estamos a gastar mais dinheiro nas modalidades (com excepção do atletismo) porque, entre outras coisas, o Bruno Carvalho sabe que isto pode ajudá-lo ao seu principal objectivo (que agora já tornou público) de poder sustentar a sua família. Tiro-lhe no entanto o chapéu no acompanhamento que dá às várias equipas. Infelizmente e ao contrário do que é passado para a opinião publica, a verdade é que os resultados nas principais modalidades têm sido, até agora, pouco animadores com esta nova Direcção.
Confesso que estava / estou com esperança com o forte investimento deste ano nas modalidades, mas admito a minha desilusão por ver a atitude de profissionais bem pagos a não deixar tudo em campo, como no último fim de semana, nomeadamente no andebol quando fomos eliminados das competições europeias por uma equipa ao nosso alcance (inacreditável a última jogada de ataque sem sequer rematar / ainda estou para perceber porque mudámos de treinador) e no futsal que perdemos quase por displicência (confesso a minha embirração pelo Marcão que quando jogava no Benfica representava tudo o que eu não gostava um bocado à imagem do Jorge Jesus).
Jorge Jesus, em declarações à SportTV, depois do jogo com o Nacional, com mais uma versão sobre a exclusão de André Carrillo:
Como treinador, estou aqui para defender os interesses do Sporting. Tudo o que o presidente achar que é em defesa do clube, estou cem por cento com ele. É uma decisão do presidente. Tudo o que ele achar que beneficia o clube, estou com ele.
Siga a caravana !!!
O título do post é a manchete de hoje no jornal "A Bola", em uma reportagem da autoria de Hugo Forte, em que descreve o que decorreu na reunião entre Bruno de Carvalho e Marco Silva. Como ele teve acesso a esta informação está no segredo dos "Deuses", mas, confirmando-se a genuinidade da mesma, torna-se por de mais evidente que alguém presente na dita reunião "soprou" essa informação para a praça pública.
Em síntese, eis as questões principais que são reportadas pelo jornalista:
- A reunião teve lugar no sábado, dia 3 do corrente, pelas 13h00, na Academia de Alcochete;
- A iniciativa da reunião partiu de Bruno de Carvalho;
- A reunião não durou mais de meia hora;
- Marco Silva anuiu ao encontro, pois também teve consciência de que protelar a situação de guerra fria entre presidente e treinador era insustentável;
- Bruno de Carvalho ouviu diversas sensibilidades e quase todas se mostraram contrárias ao despedimento de Marco Silva;
- A resolução de Bruno de Carvalho para despedir o treinador foi tomada no dia 26 de Dezembro, quatro dias depois da outra reunião entre as partes;
- Nessa outra reunião, Bruno de Carvalho exigiu que Marco Silva se retratasse das palavras por ele proferidas após o jogo com o Nacional;
- Na reunião deste sábado, Marco Silva tentou esclarecer as questões que se levantaram na sequência das declarações públicas e nos escritos de José Eduardo;
- Marco Silva ainda mais tentou esclarecer a não existência de qualquer declaração de repúdio, por parte do Conselho de Administração da SAD;
- Não houve tempo para a abordagem de muitas questões, inclusive da questão de reforços em Janeiro;
- Marco Silva gostava de ver reforçado o centro da defesa com um jogador experiente e também não veria com maus olhos a aquisição de mais um jogador para o centro de ataque, uma vez que vai perder Slimani nos próximos tempos;
- Em resumo, posições foram clarificadas, sempre no pressuposto que os interesses do Sporting estavam acima de qualquer ego.
Bem... meia hora não dá para muita coisa mas, pelos vistos, foi o suficiente para "selar a paz", pelo menos no imediato. O jornalista refere que Marco Silva anuiu ao encontro de sábado com o objectivo de resolver o diferendo entre as partes. Enquanto estes sentimentos são perfeitamente lógicos e sensatos, teria sempre de anuir a uma reunião convocada pelo presidente, em representação da entidade patronal.
De resto, pela informação disponibilizada, pouco mais pode ser apurado neste momento, além, evidentemente, da mensagem do presidente desse mesmo dia.
Muito embora Marco Silva tenha afirmado que a sua pouca expansiva postura ontem em Guimarães não é invulgar, não seria humano se não evidenciasse algum indício do tumulto dos últimos dias, em severo contraste com o presidente, que reagiu como se esta vitória na Taça da Liga fosse a solução para todos os seus problemas.
«Por vezes estou mais passivo. Estou concentrado no jogo e no trabalho dos meus jogadores. Não há introspecção. Está mais do que na altura, pela dimensão do clube, pela massa adepta do clube, de pararmos um pouco com a história de que o treinador está sisudo.»
Em abono da verdade, achei a sua postura durante o jogo perfeitamente normal, já o mesmo não posso dizer do que tive ocasião de observar no final da partida. Concordo com Marco Silva quando ele diz que "há mais coisas para ver no jogo do que a cara do treinador." É bem verdade, mas pelo momento que o Sporting atravessa, é difícil não tentar interpretar as expressões dos principais protagonistas.
No outro lado da moeda, a reacção de Bruno de Carvalho não surpreendeu de modo algum, perfeitamente em linha com a sua essência. Já percorreu trajectos de muito maior embaraço pessoal e não permitirá que esta "pequena" tempestade perturbe a sua postura pública.
Quando instado a comentar a "falta de apoio da Direcção do Sporting", Marco Silva surpreendeu, não pela substância da resposta, mas sim pelo facto de ter respondido:
«Apoio ? Sinceramente, isso não é o mais importante. Há decisões que não sou eu que tomo. Estou da mesma forma que estava quando entrei neste grande clube, com a mesma paixão. Sinto o apoio dos adeptos diariamente, é o que me faz trabalhar cada vez mais. As outras questões não é a mim que têm de perguntar. Está na hora de respeitarmos os adeptos do Sporting, que todos os dias lêem coisas nos jornais que não são agradáveis. Eu importo-me com o que eles têm passado nas últimas semanas, principalmente na última semana. Não vou contribuir para isso.»
O homem não é estúpido, sem dúvida alguma. Terá exagerado ao que concerne o seu actual estado emocional - embora se admita que detém a mesma paixão - mas compreende perfeitamente que a vasta maioria de adeptos está com ele neste imbróglio em curso, e de forma subtil sublinha o seu reconhecimento por esse apoio.
Muito sinceramente, não faço leitura alguma quanto ao seu futuro pelo que se passou ontem no Estádio D. Afonso Henriques. Admito a possibilidade de a decisão ter sido tomada independente do jogo e do resultado, e se não foi, compete ao presidente assumir as suas responsabilidades e não prolongar este estado das coisas, de uma forma ou outra, e aceitar as eventuais consequências. Pode, mas não deve, continuar a encomendar recados deploráveis aos seus lacaios, como aquela vergonhosa missiva publicada pelo oblíquo José Eduardo.
«Não comento as palavras do presidente, sabem disso. O que posso é que, como treinador, falo como treinador, prefiro criticar ou elogiar de cara a cara e com os meus atletas presentes. Essa é a forma que eu tenho de estar e que continuarei a seguir na carreira, porque julgo ser a melhor.»
Marco Silva, depois do Nacional - Sporting.
Apesar da ocasião solene marcada pelas pazes entre o "capitão" e o presidente, achei piada - e digo isto sem intuito crítico - ao breve discurso de Bruno de Carvalho. Se a memória não me falha, o velho ditado diz "dar um passo atrás para dar dois à frente", mas, pelos vistos, dois não chegam para o presidente:
«Às vezes, ao dar um passo atrás dão-se 50 à frente", e foi isso que conteceu"
Dá novo significado ao termo "extremar pelo exagero"... nada de novo com Bruno de Carvalho.
«Bruno de Carvalho é um óptimo orador, que tem resposta para tudo, tentou esclarecer bem os assuntos, mas na minha opinião, e recordando o que ele escreveu no Facebook, em relação aos profissionais, demonstrou a sua imaturidade. Esqueceu-se que são os jogadores e as equipas técnicas que defendem o clube, nas vitórias e nas derrotas. Este presidente é um jovem que quer a mudança no Sporting mas que devia aprender mais um pouco do que é o futebol e a paixão do futebol, que não é aquilo que ele demonstra ter. Os jogadores são humanos, têm sentimentos, e ele não pode dizer que os jogadores são indignos, como disse. Esquece que em todas as equipas do Mundo há sempre um ou dois jogos maus ao longo da época. Toda a gente sabe isso. Guimarães foi um jogo mau e esta equipa já fez coisas muito boas ao longo da época. Devia ter maior respeito pelos profissionais. Devia dar o exemplo de tratar assuntos entre muros e num momento mau devia apoiar os jogadores. Em relação à Liga, resumo em duas palavras: o Sporting não vai a lado nenhum se se isolar.»
Fernando Peres - o primeira à nossa direita na fila de
baixo, nesta foto da época de 1967/1968.
Fernando Peres representou o Sporting durante oito anos, além do Belenenses, Académica e FC Porto. Foi internacional A, por Portugal, 27 vezes.
Não era de esperar que a alegada "ameaça presidencial" sofresse uma "morte" súbita, por conseguinte, não surpreende verificar que continua a ser o prato do dia para a comunicação social desportiva cá do burgo, embora, porventura, de forma mais branda e velada.
No processo de rever as manchetes noticiosas matinais, como é meu hábito, verifico que há ainda quem insista que a estrutura leonina - ou seja, Bruno de Carvalho - chegou mesmo a tomar medidas no sentido de avançar com processos disciplinares a Nani, Rui Patrício e Jefferson, os três jogadores que "ousaram" comentar as críticas do presidente após o desaire em Guimarães.
Que o processo não tenha desenvolvido, segundo a Imprensa, deve-se apenas e tão só a reflexão por parte do presidente, assente no receio que uma acção desta natureza viesse a provocar consequências mais nefastas no grupo.
Não obstante o clima nebuloso provocado pelo infeliz uso do Facebook pelo presidente - além dos dois últimos menos agradáveis resultados em jogos da I Liga - existem fortes indicações de que o grupo está totalmente com Marco Silva e acredita na sua liderança. O comentário do treinador no sentido que os problemas da equipa são para resolver dentro das quatro paredes do balneário, é entendido globalmente como a forma ideal de encarar as responsabilidades e solidificar o colectivo.
Marco Silva tem vindo a ganhar o respeito dos jogadores, desde o primeiro dia, de forma gradual e sustentada, através de uma relação assente primordialmente na confiança e na lealdade do seu discurso. Ainda bem que assim é e esperamos que os jogadores saibam responder com performances em conformidade com as exigências do Clube e das competições entre mãos.
Pelos vistos o Presidente do Sporting mesmo depois de eleito continua muito activo na net (e depois ainda se queixa que trabalha 24 horas por dia!). Assim, com a esperança que vai ler este post não resisto a fazer-lhe os seguintes pedidos (cortei vários para não o cansar):
1) Meta no Sporting os prometidos 15/20 milhões
2) Venda o Elias ou então aproveite-o
3) Fale menos e em particular limite os auto-elogios e as provocações estéreis aos rivais e dê mais protagonismo aos atletas e equipas técnicas
4) Controle os seus tiques ditatoriais e trate os colaboradores do Sporting com respeito, especialmente os que não são seus amigos ou familiares
5) Ignore os bajuladores e dê ouvidos a quem não é “yes man”
6) Garanta os jogos de futebol a horas decentes
7) Esqueça lá isso da aliança com o Benfica
8) Acabe com o Conselho Leonino
9) Pare de se desculpar com o passado
10) Não enerve a equipa no banco mas antes transmita confiança lá para dentro
11) Agradeça o apoio dos adeptos mesmo quando os resultados são maus (se calhar especialmente nesses dias)
12) Continue a frequentar este blog!
Não me vou dar ao trabalho de transcrever o todo da mensagem do presidente do Sporting - intitulada "Porque o Sporting somos nós" - por estar disponível no site do Clube aqui e, porventura, já terá sido lida por muitos dos leitores. Dito isto, no entanto, esta contém algumas considerações importantes e merecedoras de maior relevo e apreciação da nossa parte.
Surpreendente - para mim, pelo menos - ler o que podem ser considerados lamentos do presidente sobre determinados aspectos do Clube e medidas levadas a cabo pelo seu Conselho Directivo que, na sua óptica, não tiveram o impacto esperado e desejado:
1. Um acréscimo "apenas" de 6000 novos sócios, apesar de terem sido criados novos escalões "para permitir que todos se possam tornar associados e com regalias."
Sublinha ainda Bruno de Carvalho que este número é "manifestamente pouco para a grandeza do Sporting Clube de Portugal". As razões exactas para esta disposição serão várias e talvez de difícil dissecação. Não será injusto apontar para a crise do País como um dos factores que contribui para a menor adesão de sportinguistas a associação formal ao Clube. Além do mais, é a natureza humana, que não exclui sportinguistas, que a vasta maioria é composta por adeptos muito mais passivos do que activos.
2. Uma vez colocada à venda a "Gamebox Modalidades", apenas 200 foram vendidas. Considerando o notável ecletismo do Sporting, este baixo número é de facto surpreendente. Não sei até que ponto a não existência de um próprio pavilhão influencia esta vertente das operações, mas é provável que tenha um impacto negativo.
3. No que à venda de Gamebox para o futebol concerne, faltam ainda vender cerca de 2000, declarando o presidente que "estamos irremediavelmente afastados do objectivo de receita definido e necessário." Mesmo com a implementação inédita de os "Bilhetes Família" e os "Bilhetes Anti-Crise", que permitem limitado (1000) ingressos "Anti-Crise" ao custo de 5 euros, apenas se tem verificado uma média de compra de 150.
No último jogo em Alvalade contra o Nacional, houve uma campanha com preço único para todas as bancadas, de 7 euros para sócios. Apesar disto, lamenta o presidente, estiveram pouco mais de 38000 espectadores, sendo que contabilizando as entradas Gamebox, significa que apenas 3233 sócios compraram bilhetes para o jogo.
Também aqui será possível avançar com um leque de factores que precipitam o todo da situação, mas considero que dois são cruciais: o primeiro, as baixas expectivas para a época anunciadas logo no primeiro dia e frequentemente reiteradas desde daí. A segunda, a não existência de nomes "cartaz" no plantel. Compreende-se perfeitamente a condicionante financeira, mas é esperar muito vender um produto que não apresenta activos sonantes, não obstante os resultados de maior agrado. O adepto de futebol, em geral, além do apoio ao clube da sua simpatia, é motivado a assistir "in loco" pela expectativa de ver jogar este ou aquele jogador de dotes superiores e pelo espectáculo, por si. A exemplo, extremo que seja, não sou adepto do Real Madrid mas tento não falhar um jogo seu por... Cristiano Ronaldo. Se me encontro na capital espanhola, a tentação de me deslocar ao estádio é irresistível. No Sporting temos muitos outros exemplos do género, mas vem-me prontamente à ideia o meu entusiasmo em ver em Alvalade um Peter Schmeichel, um André Cruz, um Acosta e até um Liedson, só para nomear alguns.
4. Por fim, na parte que compete a este meu texto, o presidente lamenta também o jornal do Clube - que ele descreve como "mudado e melhorado"- apenas ter "algumas dezenas de novos assinantes".
Concordo que tenha mudado, já o seu melhoramento é muito discutível. Desde o advento de notícias "online" hora a hora, um jornal como o do Sporting é forçado a ter um atractivo extra para estimular vendas e assinantes. Não sou perito na matéria mas, pela minha óptica, algumas das alterações levadas a cabo afectaram o interesse pela publicação. É lógico que cada leitor procure algo diferente de um jornal de clube: a minha preferência é notícias sobre as modalidades - escassas em outros órgãos noticiosos - as crónicas dos jogos da formação, algumas entrevistas com figuras interessantes que não sejam atletas e, sobretudo, os artigos de opinião, a minha leitura preferida.
O actual jornal começa logo menos bem com o editorial da autoria do seu director, José Quintela, que é um pobre escriba e tem como seu escopo quase exclusivo aquilo que eu considero propaganda avulsa e repetitiva. A edição, em si, para baixar custos, foi reduzida de 30 páginas para 20, eliminando muito espaço de publicação. Tem havido um número excesso de entrevistas - em alguns casos até de peculiar escolha - com "amigos" da nova liderança, que poderá muito bem reconhecer interesses e considerações pessoais, mas não incentiva vendas. Sobretudo, a parte que sempre me atraiu mesmo antes de me tornar colaborador, a diversidade de artigos de opinião que foi reduzida para um terço, ou menos ainda. Por norma, verificam-se apenas dois ou três cronistas - um deles o personagem de Daniel Sampaio - que me leva a dizer que se eu quiser "ouvir" sempre o mesmo "sermão" todas semanas, por palavras diferentes, limito-me a ir à Missa na Igreja do meu bairro. Felizmente para o jornal, José Serrano - valoroso colaborador de há já três décadas, ou mais - ressurgiu recentemente com os seus usuais interessantes "ataques" à comunicação social "encarnada". Outros colaboradores de notável interesse - excluindo a minha pessoa - desapareceram completamente. Em geral, a qualidade gráfica e a composição geral do jornal continuam a ter muita qualidade, graças à contribuição do seu director-adjunto de há uns anos, Rúben Coelho, e à sua equipa, muito embora nos créditos só apareça o nome de José Quintela, contrário ao que sempre se evidenciou.
Bruno de Carvalho termina a mensagem com um compreensível apelo a todos os sportinguistas para uma maior participação. Estará finalmente a reconhecer que navegar nestas "águas" clubistas, é sempre mais apetecível quando nos encontramos à distância e em terra firme.
«Já chega de tanta crítica a Bruno de Carvalho. Opinião é uma coisa, agora sempre para o mesmo lado já cheira a trauma... Será que ele é assim tão mau ???
Todos merecem o benefício da dúvida e por enquanto uma coisa mostrou, é que quem manda no clube é ele, para o bem e para o mal... do meu ponto de vista que sou um sócio com menos de cinquenta anos, essa atitude do presidente só pode resultar em melhores resultados, porque desde que me conheço outras políticas deram no que está à vista de todos.
Saudações leoninas e seremos sempre da mesma equipa quer se goste ou não...»
Leitor: Filipe
Observação: Apesar de não concordar com tudo o que o nosso leitor diz, respeito a forma construtiva e respeitosa como expressou a sua opinião - até se deu ao cuidado de comentar em um post mais atrás e sem relevância alguma a esta temática - e, nestes termos, respeito sobretudo o seu pleno direito a expressão livre, condição que hoje em dia é frequentemente ignorada no universo leonino, nomeadamente na blogosfera.
Não deixo de reconhecer que tudo o que ultrapassa os parâmetros de razoabilidade provoca incómodo e corre o risco de se tornar insignificante , no entanto, continuo a não compreender, ou melhor, compreendo mas não posso de forma alguma aceitar que Bruno de Carvalho tenha um tratamento especial ou diferente de qualquer outro presidente na história do Sporting. Não me vem à ideia um único líder do nosso Clube centenário que não tenha sido criticável e criticado pela sua liderança e, muito em especial, dado as circunstâncias excepcionais como este presidente chegou ao poder - através da crítica incessante e de uma oposição efectiva - é tão ou mais criticável que qualquer outro, quer se goste quer não. Que o até agora sucesso da campanha futebolística vá longe para moderar os ânimos, até é compreensível e, diga-se, expectável, mas não só os resultados desportivos constituem a essência do Sporting, passado ou presente. Por conseguinte, continuaremos a criticar Bruno de Carvalho, e outros, sempre que entendermos que há justa causa para a expressão e não serão as inúmeras tentativas a intimidação por parte de determinada facção de sportinguistas que nos irão demover deste curso livre e democrático. Aliás, se a premissa em que o blogue é assente fosse direccionada a agradar a todos, sempre, a sua razão de ser deixava de ter significado algum.
Nota: Já depois de ter preparado este texto, surgiu um comentário de um leitor - por incrivel que pareça, referente a uma simples troca de impressões com terceiros sobre o jogo com o Belenenses - que serve para ilustrar até que ponto estende esta obcecação, quase paranoia, em que alguns vivem o Sporting do momento: Disse o leitor: «(...) Mais uma semana na frente, frente ao Nacional, mais uma oportunidade de tentar pedagogicamente convencer os mais velhos que não se pode jogar sempre perfeito, pois estão sempre a reclamar e quem os ouve não fica lá com muita vontade de os ouvir novamente.»
Pelos vistos, já não é apenas uma questão de opiniões diferentes mesmo sobre um mero jogo de futebol, tem a ver com a condição pedagógica "dos mais velhos" !!!... Mais palavras para quê ?
A "Superbrands" é uma organização internacional, independente, que se dedica à promoção de marcas de excelência em 89 países. Na Gala Superbrands 2013 realizada no EPIC SANA Lisboa Hotel, o Sporting Clube de Portugal foi distinguindo como Marca de Excelência de 2013. Em representação do Clube, o presidente do Conselho Directivo, Bruno de Carvalho, declarou o seguinte:
«O prémio é do Sporting e dos mais de 700 colaboradores, atletas e dirigentes, que fazem, deste clube o clube mundial com mais títulos, com mais núcleos, fiiais e delegações, que mais atletas olímpicos tem, que mais jogadores dá às selecções nacionais, que acredita que há bons portugueses a jogar à bola, que mexe com mais de três milhões de pessoas e que há 107 anos leva Portugal aos quatro cantos do Mundo.»
Bruno de Carvalho ainda teve ocasião de responder a algumas questões solicitadas pelos jornalistas presentes. Admite poder vir a vender algum jogador em Janeiro, desde que a saída ou saídas não interfiram com o projecto desportivo: "Não é imperioso vender nada nem ninguém. Estamos satisfeitos e equilibrados. O Sporting deixou de ter necessidade de fazer aquilo que não quer, mas somos um clube formador. Se houver uma proposta muito boa para o Sporting e que não coloque em causa o que é o desempenho desportivo, o jogador pode sair."
Quanto à época em curso, o presidente expressou satisfação pelo estado das coisas, mas voltou a recorrer ao «discurso da casa»: "O Sporting tem que jogar jogo a jogo, honrar a camisola e na altura certa fazer as contas. Não há alteração do discurso nem distinção do discurso com o treinador. Dizemos todos a mesma coisa desde o arranque do campeonato. Estamos muito contentes e orgulhosos do que temos feito. Temos o plantel e a equipa técnica que queríamos e estamos perfeitamente satisfeitos. Temos conseguido levar os nossos objectivos em diante e não sentimos grande necessidade de fazer absolutamente nada. Merecíamos estar ainda na Taça de Portugal. Estamos muito calmos com aquilo que temos vindo a fazer. Apenas na Taça não ficámos satisfeitos porque saímos da forma que toda a gente viu."
Algum exagero por parte do presidente nestas últimas considerações suas. Por positivo que queiramos ser, o Sporting não deixou de fazer aquilo "que não quer", já que os condicionantes financeiros e outros inibam essa disposição. Precisamente o mesmo é aplicável ao termo "temos o plantel que queríamos", quando, na realidade, nem sequer temos o plantel possível, porque poderíamos ainda contar com três elementos que seriam muito úteis a esta equipa: Stijn Schaars, Santiago Arias e Zakaria Labyad.
O presidente ainda deu a entender que o Sporting não pretende usar ou não está focado no mercado de Janeiro em termos de reforços. Quero crer que esta sua posição pública se deve apenas a uma questão de estratégia e que não reflecte as reais intenções da SAD. Dito isto, e voltando a sublinhar a realidade financeira, não é de esperar que venha algum jogador de nível excepcional reconhecido - um André Cuz, como já li aqui no blogue - salvo uma "jóia" inesperada, como foi o caso de Fredy Montero.
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