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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Ainda não me pronunciei sobre a decisão de intentar acções de responsabilidades civil contra Godinho Lopes, Luís Duque, Carlos Freitas e Nobre Guedes que o Conselho Directivo do Sporting pretende apresentar na Assembleia Geral da SAD, no próximo dia 1 de Outubro, para a aprovação desta, nem tenho intenção alguma de a comentar, mais do que superficialmente, enquanto a totalidade dos factos não for conhecida.
Em causa, aparentam estar "decisões carecidas de responsabilidade empresarial" por parte dos acima referidos antigos dirigentes e funcionários, em relação aos contratos de Izmailov, Jeffrén e Alberto Rodriguez. As alegações foram ontem reveladas pelo Conselho Directivo e teremos que esperar pelo respectivo procedimento jurídico, se é de facto por essa via que o caso vai ser encaminhado, para saber a versão das pessoas visadas.
A minha posição é muito simples, com este ou qualquer outro processo do género, com estas ou quaisquer outras pessoas que terão lesado o Sporting: se as alegações forem sustentadas por factos incontestáveis, os prejuízos devem ser apurados e os autores devidamente responsabilizados.
Dito isto, tenho apenas dois reparos laterais. Surpreende-me que o Conselho Directivo não tenha achado mais prudente esperar pelo resultado da Auditoria, cuja primeira fase, segundo consta, é precisamente o mandato de Godinho Lopes. Porquê isolar estes três casos da totalidade da gestão desse mandato ?
A segunda questão que me despertou alguma curiosidade, é a simultaneidade da notícia do supracitado procedimento a apresentar na Assembleia Geral e a emissão de um novo empréstimo obrigacionista. Não sei se tem algum significado especial, mas achei curioso.
Por fim, como sportinguista que sou desde que me conheço - e já lá vão umas boas décadas - até posso vir a admitir que tudo isto não passa de um mal absolutamente necessário, mas nem por isso me deixa menos triste por ver o meu Clube imerso nestas circunstâncias que, inevitavelmente, vão arrastar o bom nome do Sporting Clube de Portugal.
Ontem publicámos as alegações do Conselho Directivo e, hoje, esperava-se por uma qualquer reacção por parte dos visados - muito embora no lugar deles eu não faria qualquer comentário. Segundo o jornal "A Bola", todos foram contactados e somente Luís Duque se prestou a responder:
«São falsos todos os pressupostos em que se baseiam as propostas do Sporting, nomeadamente no que respeita os exames médicos. No sítio adequado as duas partes discutirão tudo o que for necessário. Quando fui presidente da SAD, com Carlos Freitas, em menos tempo de actividade já tínhamos ganho um campeonato, o que não acontecia há 18 anos e ainda tivemos tempo para montar uma equipa que voltou a ser campeã no ano seguinte. Em 31 anos foram os únicos campeonatos ganhos pelo Sporting.»
O início do que promete ser um longo e lamentável processo...
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