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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
CONSELHO DIRECTIVO
Presidente: Rui Jorge Rego
Vice-Presidentes:
Rodolfo José Gonçalves Lourenço de Melo Laranjo
João Paulo Mota Da Costa Lopes
Rui Manuel Duarte Garção
André Serpa Soares
António Manuel de Almeida Dias
Vogais:
João Pedro de Vasconcelos Rosa
Hermenegildo Barata Galacho
João Lima
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Presidente: Luís Miguel Viana
Vice-Presidente: João Sousa Lara
CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR
Presidente: Nelson Lourenço
Vice-Presidente: Ângelo Pereira
Rui Jorge Rego é o cabeça de uma Lista na qual apenas figuram novidades do universo Sportinguista, excepção feita ao próprio que pertenceu à MAG da SAD no mandato de Godinho Lopes.
Como desconhecidos que são, não existe infelizmente muito para dissecar desta equipa, no entanto foi preocupante ver no debate da CMTV que um dos seus vice-presidentes não sabia que Rui Rego já tinha exercido funções no Sporting e teve de se retratar após ter sido chamado à atenção.
Apesar de “desconhecidos”, apresentaram algumas novidades, como por exemplo o facto de defenderem uma maior profissionalização na gestão do Sporting e para isso defendem que deva existir um CEO que não o Presidente. Uma ideia interessante, muito discutida actualmente e que é o primeiro reconhecimento de que um Presidente não tem de ser capaz de fazer tudo (Benedito também defende essa ideia).
Rui Rego apresentou uma postura calma nos dois debates a que assisti (CMTV e Sporting TV) e notei uma melhoria considerável do primeiro para o segundo, sendo que no segundo ele “serenou” os ânimos dos restantes candidatos logo no início, mostrando racionalidade. Os pontos que trouxe à discussão foram igualmente interessantes e porventura foi dos poucos candidatos que apenas se preocupou em discutir o futuro.
O programa exposto deixa-me com um misto de emoções. Por um lado, é um programa extremamente racional (o mais racional que vi), respondendo a muitas das perguntas que são e devem ser feitas e com um pragmatismo de se tirar o chapéu. Por outro lado, em determinados momentos, pareceu-me um programa a despachar, abordando os temas mas não aprofundando o suficiente as soluções referidas.
Esta tinha tudo para ser uma Lista de Ilustres desconhecidos que por um motivo ou outro se apresentavam a eleições, recolhiam uns modestos votos e dia 9 de Setembro já ninguém se lembraria dela. Mas não! É que a Lista E, é também a lista das surpresas.
Surpresa por não ter medo de apresentar como seu CEO o Paulo Lopo, Presidente da SAD do Leixões que anda às “turras” com o clube e que é um fervoroso benfiquista (apesar de também ser sócio do SCP).
Surpresa por apresentar como Director Desportivo o brasileiro Roberto Carlos.
Surpresa também por dar nome aos investidores. Ou seja, é normal os candidatos atirarem para o ar que estão em contacto com um ou outro “investidor” para resolver determinadas situações. Rui Rego “inovou” ao dizer quem é o investidor principal e qual o de “reserva”.
Rui Rego parece estar a fazer a maioria das coisas bem, então qual é o problema? Porque não é ele um candidato Presidenciável? Bom, eu apontaria dois motivos: desconfiança por ser um desconhecido; e desconfiança porque parece tudo demasiado bom.
Por outras palavras, Rui Rego está efectivamente a apresentar trabalho mas, infelizmente, sendo ele um “desconhecido”, não possui ainda “credibilidade” suficiente na praça pública para validar as suas promessas. Quem nos garante que estes investidores (que nada têm a perder em Portugal) efectivamente vão investir no SCP depois de Rego ganhar? Quais as contrapartidas de Roberto Carlos para aceitar associar-se desta forma? Que segurança nos dá em relação a colocar Lopo como CEO?
Resumindo, Rui Rego aparece nestas eleições como o “desconhecido” e, entretanto, já se transformou em “surpresa”, sendo que apenas os resultados de 8 de Setembro dirão como terminará ele esta caminhada.
Para já, é por de mais óbvio que é um dos candidatos que melhor fez o trabalho de casa, sendo extremamente pragmático e não tendo caído no facilitismo de apresentar “pasto para os olhos comerem”. Com soluções diferentes, válidas, honestas e transparentes Rego peca por carregar uma certa aura de desconfiança à sua volta que não o deixa evoluir. São muitas as perguntas que se perfilam nesta candidatura pela “estranheza” da situação, mas há uma que parece estar na mente de todos os Sportinguistas: o que realmente pretende Rui Rego com a sua candidatura?
Enquanto os Sportinguistas não se sentirem confortáveis com esta resposta, Rui Rego não será Presidente, nem que apresente como reforço para Janeiro, Neymar (algo que até não me surpreenderia tal o histórico de surpresas desta Lista).
Um forte Abraço ao Rui Rego
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