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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
"É normal que Coates, vendo o lance de Rúben Dias, se possa sentir prejudicado. Acho que o critério aí foi diferente, mas foram árbitros diferentes. Mas eu preparei o jogo sem Coates. Participou sempre nos nossos treinos, mas chega-se ao momento que temos de nos concentrar noutros jogadores. Se ele puder jogar, está mais do que identificado com o que nós temos trabalhado. A minha preocupação foi mais com o onze e um possível substituto".
Sebastián Coates saberá ainda hoje ou no limite até amanhã à hora de almoço se pode ir a jogo em Alvalade, face ao pedido de despenalização que o Sporting apresentou.
É muito provável que o pedido não seja concedido.
Adenda: Coates vai mesmo falhar a recepção ao Benfica. O Conselho de Disciplina da FPF não despenalizou o central, como era intenção do Sporting, e assim sendo este irá cumprir um jogo de castigo pelo quinto amarelo que viu em Setúbal.
Este, um lance que ocorreu ontem no Benfica-Rio Ave, aos 61', que devidamente ajuizado por Artur Soares Dias resultaria no segundo amarelo a Rúben Dias.
O árbitro da partida "nada viu" e o VAR devia estar distraído na altura.
Curiosamente - ou talvez não - Carlos Carvalhal, treinador da equipa vilacondense, foi questionado na conferência de imprensa pós-jogo, e respondeu nem sequer se lembrar do lance. Interessante, não é???
Claro, se fosse um qualquer Sebastián Coates, estaríamos hoje a debater uma decisão do árbitro bem diferente.
O futebol português vai fora do caminho para se descredibilizar a si próprio, muito pela superintendência carnavalesca dos órgãos federativos, cuja visão do jogo e respectivas regras é vergada a servir interesses obscuros.
O mais recente vergonhoso episódio recai sobre a despenalização de Rúben Dias, anulando o castigo de dois jogos que lhe tinha sido imposto pela agressão a Gelson Martins no dérbi, permitindo-lhe, portanto, ir a jogo amanhã frente ao Moreirense, na última jornada do Campeonato Nacional 2017/18.
O castigo foi revogado depois da audição do árbitro e video-árbitro, sobretudo este, que não consideraram ter havido agressão de Rúben Dias a Gelson. Logo, o lance não passou despercebido durante a partida, tendo havido uma decisão da equipa de arbitragem que não houve agressão.
Ora levando em consideração particularmente o depoimento do VAR - Hugo Miguel - que deixou bem claro que para ele o lance que levou Ruben Dias a atingir Gelson Martins com o cotovelo foi um lance normal de jogo, que não merecia sequer cartão vermelho, o Conselho de Disciplina da FPF concordou com a argumentação do Benfica, de que não havia agressão, e retirou os dois jogos de suspensão ao jogador.
Esta vergonhosa decisão vai muito além de mera incompetência, e exige uma investigação face à evidência à vista de todo o Mundo. Mas, pelos vistos, o que realmente aconteceu, não aconteceu, segundo quem tem autoridade para perverter a veracidade dos factos.
Comentário de Nuno Saraiva no Facebook:
"Este é, de facto, um país sui generis. Já tivemos exames feitos ao domingo e agora temos a despenalização do Rúben Dias decidida ao sábado. Enfim, se era para isto, escusavam de ter ouvido os árbitros todos. Bastava lerem o Rola no jornal do Benfica que ia dar no mesmo. O Conselho de Disciplina consegue fazer aquilo que até os cartilheiros tiveram vergonha de tentar perante a evidência das imagens televisivas. Depois queixem-se!".
Os exemplos de ausência de cultura desportiva e sentido de fair-play do clube da Luz não param de se evidenciarem na praça pública, e depois ainda há quem fique indignado por se chamar as coisas pelos seus próprios nomes.
Rúben Dias é um jovem muito promissor que, tudo indica, terá um futuro risonho como futebolista profissional. Para isso, terá de atingir mais maturidade de jogo no que diz respeito à forma como aborda lances e adversários. Reconhecido como excessivamente agressivo, mesmo por adeptos encarnados, tem passado praticamente impune nas provas nacionais. Regista a soma de 5 cartões amarelos, zero duplos amarelos e nunca foi expulso. Foi alvo de um auto pela Comissão de Instrutores, por comportamento antidesportivo, e acabou por receber apenas uma repreensão.
Perante isto, somos confrontados pelo ignóbil surgimento público de Varandas Fernandes, vice-presidente do Benfica, alegando que o castigo de dois jogos pela agressão a Gelson Martins é prova de que Rúben Dias está a ser "perseguido de forma vergonhosa". Nada menos do que IDIÓTICO !...
"É um defesa criado nas escolas do Sport Lisboa e Benfica, competitivo, mas que não tem comportamentos violentos. O atleta não merece ser tratado da forma como tem vindo a ser tratado. O que se passou com esta decisão de abrir um processo sumaríssimo é só mais uma evidência da dualidade de critérios que tem sido vista ao longo de toda a temporada, com prejuízo óbvio para o Benfica.
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