Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Só pessoas muito desconhecedoras do que o futebol português "gasta" e da diferença entre os privilegiados e os não privilegiados é que esperariam punição à medida da transgressão para Rafa Silva, jogador do Sport Lisboa e Benfica, que após o apito final no dérbi teve um muito reprovável comportamento, que incluiu, sem margem para dúvidas, uns quantos palavrões "simpáticos" dirigidos a Hugo Miguel, o árbitro da partida.
Esclarecemos, desde já, que é totalmente irrelevante Rafa ter sido alvo de uma qualquer boca avulsa de um jogador do Sporting, nomeadamente Bruno Gaspar. "Bocas" entre jogadores são à dúzia em cada jogo, mas como profissionais exige-se uma conduta muito mais elevada do que a que foi exibida pelo jogador encarnado, que agiu como um louco no relvado.
Rafa viu o cartão vermelho já para lá do apito final em Alvalade, e a acreditar nas recém-reportagens noticiosas, só irá cumprir um jogo de castigo.
Os regulamentos prevêem que a punição possa ser agravada caso o relatório do árbitro ou dos delegados do jogo relate, por exemplo, algum especial comportamento antidesportivo do atleta mesmo depois de ter recebido a dita ordem de expulsão.
No entanto, consta que nem Hugo Miguel, nem os delegados ao jogo incluíram qualquer menção deste género nos respectivos relatórios, apesar das imagens à vista de todo o Mundo. Assim, o castigo ao jogador será o normal, de um jogo – falha a deslocação ao terreno do Feirense –, podendo ser elegível para a recepção seguinte ao V. Setúbal.
Surpresa pela decisão?... Da minha parte, nenhuma. A alegada e conveniente omissão da informação pertinente à conduta de Rafa, sendo verdade, é mais do mesmos critérios por de mais displicentes que Hugo Miguel aplicou durante o jogo.
Em última análise, a conferência de imprensa de Luís Filipe Vieira logo a seguir ao jogo, com um leque de indirectas, devidamente complementada pelo comunicado do clube da Luz, na quinta-feira, no mesmo sentido, terão tido o efeito desejado.
Entretanto, cá estaremos nós para avaliar as arbitragens até ao último jogo da época.
Afirmação do empresário do jogador, António Araújo: «O Sporting, na pessoa de Augusto Inácio, fez uma proposta ao Franklim Freitas, presidente do Feirense. Não importa falar no valor aqui. Responsabilizava-se pela liquidação imediata e o Sporting levava já o jogador. Em futebol, para acontecer uma transferência, as três partes têm de estar de acordo. Feirense e Sp. Braga estão de acordo mas o jogador não está, porque não sabe de nada. Assim não há transferência.»
Rafa (Rafael Alexandre Fernandes Ferreira Silva), 20 anos, natural do Barreiro, fez o seu primeiro ano de formação no Atlético Povoense em 2003/04, mudou-se para o Alverca na época seguinte onde permaneceu até 2011, em 2011/12 jogou pelos juniores do Feirense e em 2012/13 juntou-se à equipa principal em competição na II Liga. Realizou 42 jogos como titular, 5 como suplente utilizado, acumulando 3203 minutos de jogo e marcando 10 golos, como médio ofensivo.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.