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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Muito embora Rafael Leão já tenha uma parte do seu salário no AC Milan penhorado, o Sporting continua à espera do pagamento total da dívida, inclusive de juros, sentenciado pelo TAS.
O Lille (LOSC), que desde o primeiro dia tenta fugir à responsabilidade, mesmo depois de embolsar cerca de 34 milhões de euros pela transferência do jogador para Itália, agora recorreu para o Tribunal Federal da Suíça da sentença proferida pelo Tribunal Arbitral do Desporto, que considerou o clube francês solidariamente responsável pelo pagamento da indemnização ao Sporting por Rafael Leão. O valor devido, com juros, ronda 20 milhões de euros.
Curiosamente, apesar de tudo isto, o passe do jogador está actualmente avaliado em 77 milhões de euros. Ao fim e ao cabo, nunca se saberá quanto o Sporting perdeu desportiva e financeiramente pelas acções do jogador.
O tribunal de Milão aceitou o pedido dos advogados de Rafael Leão e a decisão sobre o pagamento da indemnização do avançado português ao Sporting foi adiada para 17 de Maio.
Em causa está uma indemnização que o Sporting CP garantiu, por decisão do Tribunal Arbitral do Desporto, na sequência da saída de Rafael Leão do Clube, que alegou justa causa para rescindir contrato após os ataques à Academia, em 2018.
Os advogados de Rafael Leão conseguiram congelar o valor em causa - 20 milhões de euros, mais custas de tribunal – e adiar o pagamento ao Sporting, mas a sessão, agora adiada para 17 de Maio, será decisiva para o desfecho do processo.
Para já, nem sequer compreendo o que é que o tribunal de Milão tem a ver com este caso. Mas isso não obstante, é impossível não perguntar se este caso nunca mais tem fim.
Curiosamente, nada se houve relativamente ao Lille, clube no qual os holofotes deviam estar bem focados.
O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), sedeado na Suíça, considera que o LOSC Lille é responsável solidário pelo pagamento da indemnização ao Sporting por Rafael Leão.
A decisão foi conhecida esta segunda-feira e refere-se ainda ao caso da rescisão unilateral de contrato do avançado, em 2018, na sequência do ataque à Academia. Leão transferiu-se para o Lille, que serviu em 2018/19, e representa agora o AC Milan.
O TAS deu razão ao Sporting no processo num primeiro momento, condenando o jogador a pagar 16,5 milhões de euros por não ter razão na rescisão por justa causa. Em Janeiro, o Tribunal da Relação de Lisboa indeferiu o recurso apresentado por Leão com vista à anulação da decisão. Agora, o clube francês passa a ser responsável pela indemnização. O valor, com juros, ronda já os 20 millhões de euros.
Não é explicado se a decisão do TAS dá direito a recurso. Se der, é de esperar que o clube francês recorra, por mais que não seja para adiar o pagamento.
De qualquer modo, mesmo pagando os cerca de 20 milhões de euros ao Sporting, o Lille ainda fica a ganhar muito, dado que vendeu Rafael Leão aos italianos por 32,450 milhões de euros.
O passe do jogador está neste momento avaliado em 38,5 milhões de euros.
O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) indeferiu o recurso apresentado por Rafael Leão com vista à anulação da decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), que condenara o avançado a pagar 16,5 milhões de euros ao Sporting, na sequência da rescisão unilateral de contrato, em Junho de 2018, meses depois da invasão à Academia de Alcochete. Desta forma, Leão esgotou a derradeira cartada no diferendo que o opõe à SAD verde e branca.
Em decisão do TRL, dada a conhecer às partes esta sexta-feira, o pedido apresentado pelo jogador foi negado, pelo que, subsequentemente, mantém-se válido o acórdão do TAD, que em Março de 2020 ordenara "o jogador a pagar à Sporting SAD a quantia de 16,5 ME (mais juros), a título de indemnização por cessação ilícita do contrato de trabalho desportivo".
De resto, a decisão do TAS, na Suíça, no processo contra o Lille, para que seja declarada a solidariedade dos franceses no pagamento da referida indemnização, está para breve.
Ao que parece, a única salvação de Rafael Leão aparenta ser esta última hipótese, que está longe de ser garantida. Salvo isto, também não é claro como o Sporting CP vai conseguir assegurar o pagamento do valor da indemnização.
Além do mais, se de facto houver uma decisão desfavorável ao Lille SC, é de prever que o clube recorra dessa decisão - partindo do princípio que recurso é permitido - e o processo vai-se arrastar indefinidamente. Dito isto, também é de admitir que essa contingência não anulará o ónus da responsabilidade que recai em Rafael Leão.
"Nunca mais joga à bola... Mesmo que ganhasse 2M€ por ano, ia trabalhar a vida inteira para pagar ao Sporting. Não são 16 milhões, mas 30 milhões. Tem de pagar os impostos. Tinha de passar a vida toda a trabalhar para pagar..."
Ao que consta, comentário do empresário Jorge Mendes sobre o litígio entre o Sporting e Rafael Leão.
Rafael Leão obteve esta terça-feira no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), em Lausanne, uma vitória sobre o Sporting no campo desportivo.
O Sporting queria que o avançado fosse suspenso e impedido de jogar futebol durante seis meses, mas o tribunal suíço rejeitou esta pretensão, considerando que o jogador do AC Milan não deveria sofrer quaisquer sanções desportivas, tendo sido ilibado das mesmas.
Rafael Leão, de 22 anos, é representado por Francisco Cortez, Sofia Vaz Sampaio e Diogo Pinto, da sociedade de advogados Morais Leitão. "Uma boa vitória para o Rafael Leão. Esperamos que seja um bom primeiro passo para uma solução", disse Francisco Cortez.
Recorde-se que o jogador foi condenado em Março de 2020 pelo Tribunal Arbitral do Desporto português (TAD) a pagar 16,5 milhões de euros ao Sporting CP por rescindir unilateralmente contrato, em 2018, na sequência do ataque à Academia de Alcochete.
Para garantir o pagamento da dívida, entretanto, o Sporting avançou em Outubro com uma acção de execução na Justiça, no valor de quase 18 milhões de euros (os 16,5 M€ mais os juros a contar da data da notificação das partes), ordenando a penhora de bens.
A cobrança do crédito pela via judicial começou por dois bens de Rafael Leão, encontrados em território português e avaliados em 11.257 euros e em 25.941,48 euros. O jogador também foi citado nas suas moradas de França e Itália. O Sporting notificou igualmente a FPF no sentido de penhorar prémios em virtude da chamada às selecções nacionais.
Não obstante esta decisão do TAS, fica-se ainda por saber como e quando Rafael Leão vai pagar a dívida ao Sporting.
A acção de execução do Sporting contra Rafael Leão já arrancou a 17 de Dezembro, sob a forma de duas penhoras em Portugal, no valor de 36,7 mil euros. Segundo Miguel Braga, responsável de comunicação do SCP, o processo irá, muito em breve, mais além, em que o ordenado do jogador no AC Milan será alvo da Justiça.
"O Sporting, perante aquilo que é um direito seu, está a agir com a justiça para garantir que será ressarcido. Sabemos que [Rafael Leão] já foi citado na sua morada francesa e italiana e que não se opôs à execução e às penhoras. Não dentro de muito tempo parte do ordenado do Rafael Leão também vai ser penhorado, para continuar a fazer estes pagamentos. É o caminho normal para um processo destes".
Refira-se que, com os juros a contar da data de notificação das partes, a acção de execução já ascende a perto de 18 milhões de euros (17.990.812,94 €). Embora a defesa do agora jogador do Milan tenha interposto um pedido de anulação, este não tem efeito suspensivo.
Assente parcialmente numa reportagem de Ricardo Granada, Record
Está em marcha a acção de execução do Sporting CP contra Rafael Leão. Através do agente encarregado do processo, José Castelo Branco, a SAD leonina já procedeu a duas penhoras em Portugal - no valor de 36,7 mil euros - que visa dar cumprimento à decisão favorável do TAD, conhecida há 9 meses, por “resolução ilícita do contrato de trabalho desportivo”, em 2018, na sequência do ataque à Academia.
Rafael Leão foi condenado a indemnizar o Sporting CP em 16,5 milhões de euros. Com os juros a contar da data de notificação das partes, a acção de execução ascende a perto de 18 milhões de euros (17.990.812,94 €). Embora a defesa do agora jogador do AC Milan tenha interposto um pedido de anulação, este não tem efeito suspensivo.
A cobrança do crédito pela via judicial começou por dois bens de Rafael Leão em território português e avaliados em 11.257 euros e em 25.941,48 euros. O esforço do Sporting para dar cumprimento à deliberação do TAD já passou fronteiras, uma vez que o futebolista também já foi citado em moradas de França e Itália. Leão representou o Lille em 2018/19, antes de se transferir para o AC Milan, onde ainda continua. O jogador não se terá oposto à execução ou às penhoras.
O cerco do Sporting chegou igualmente à FPF, pois o Clube pretende penhorar eventuais prémios futuros a que Leão tenha direito em virtude da chamada às Selecções Nacionais. A notificação à FPF vai ser renovada em conformidade.
A mensagem mais cara de sempre...
A decisão do TAD, conhecida no dia 18 de Março, penalizou fortemente uma mensagem de Rafael Leão para o ex-presidente destituído Bruno de Carvalho, após o ataque à Academia de Alcochete: “Obrigado. Estamos juntos boss”, lia-se na sms, considerado incoerente, pois Leão fundamentou o seu pedido de rescisão na falta de condições para continuar no Clube. O jogador foi condenado a indemnizar o Sporting em 16,5 milhões de euros. A SAD terá de pagar 40 mil euros ao avançado pela “prática de assédio moral”.
Assente parcialmente numa reportagem de Ricardo Granada e Vítor Almeida Gonçalves, em Record.
O diferendo entre o Sporting e Rafael Leão conheceu novo capítulo, pois foi admitida no Juízo do Trabalho de Lisboa e registada anteontem no portal Citius uma acção de execução da SAD contra o actual avançado do Milan, de aproximadamente 18 milhões de euros (17.990.812,94 €).
A cobrança do crédito pela via judicial surge após a conhecida decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), que em Março deste ano condenou o ex-jogador do Sporting ao pagamento de 16,5 milhões de euros “a título de indemnização pela resolução ilícita do contrato de trabalho desportivo”, decorrente do ataque à Academia de Alcochete, em Maio de 2018. Assim se explica o valor inscrito na acção de execução, que é de 16,5 M€ mais juros, a contar da data de notificação das partes.
O pedido de execução e penhoras pode avançar de imediato, independentemente de a defesa de jogador ter interposto uma acção de anulação, uma vez que esta não tem efeito suspensivo.
Como já foi noticiado em Maio passado, Leão passa a ter os seus bens em risco. A acção apresentada na Justiça não pressupõe audição prévia das partes, porque é baseada numa decisão transitada em julgado, mas sim a procura de bens para penhorar, e para esse efeito foi inclusive nomeado um agente, José Castelo Branco, que é referido na informação ao Citius.
Entre o seu património, Leão poderá ver o seu salário penhorado e, nesse cenário, o Milan seria notificado. Para isso, o Sporting terá primeiro de fazer reconhecimento da decisão do TAD para que possam ser procurados bens do atleta em Itália.
Aproveitando a iniciativa do blogue Leoninamente, fazemos a mesma pergunta:
Quando é que o Sporting recebe os 16.5 M€?!...
Recorde-se que em Março de 2020 Rafael Leão foi condenado pelo Tribunal Arbitral do Desporto a pagar 16,5 milhões de euros ao Sporting CP por não ter sido considerada procedente a rescisão do contrato de trabalho em que alegou justa causa. Esta deliberação do TAD surge na sequência da queixa apresentada pelo Sporting junto da FIFA contra Rafael Leão e o Lille, muito embora o emblema francês não tenha sido alvo de qualquer castigo.
Entretanto - em Abril - o jogador actualmente do AC Milan tenta que a condenação seja anulada avançando com um recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa.
Rafael Leão sustenta que esta decisão será injusta e excessiva dado que nem sabe se na sua carreira de futebolista conseguirá receber tal verba.
Esta é a última via jurídica que Rafael Leão tem na tentativa de reverter a decisão do TAD.
Se a decisão da Relação de Lisboa lhe for favorável, o processo terá de ser revisto, mas no caso de lhe ser desfavorável, então, Leão terá mesmo de pagar ao Sporting.
Com a pandemia em curso, o processo está bastante moroso e ainda não há decisão.
Uma reportagem do jornal O Jogo, através da qual os autores Bruno Fernandes e Filipe Alexandre Dias alegam que estão negociações em curso entre o Sporting e Rafael Leão para "atenuar a dívida", com o empresário Jorge Mendes no papel de intermediário.
"A Sporting, SAD e Rafael Leão estão em contacto por um acordo que permita selar o contencioso que os separa desde que o atleta rescindiu unilateralmente contrato com os leões a 14 de Junho de 2018, ingressando depois no Lille. Entretanto transferido para o AC Milan, o avançado foi condenado pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), no dia 18 de Março, a ressarcir os verdes e brancos em 16,5 milhões de euros por não lhe ser reconhecida justa causa, mas O JOGO sabe que as partes entraram em diálogo para acordar uma verba e selar a questão de vez".
Enquanto se admite que tudo é possível, com este jornal como fonte, a história não parece ser muito credível. O Tribunal Arbitral do Desporto já condenou o jogador a indemnizar o Sporting e o recurso de desespero que foi entretanto apresentado tem poucas ou mesmo nenhumas probabilidades de sucesso.
Por outro lado, uma vez que o Lille parece ter salvaguardado a sua posição - assinou Rafael Leão a custo zero e posteriormente transferiu-o para o AC Milan por cerca de 35 milhões de euros, sem aparentemente assumir qualquer responsabilidade directa por eventuais decisões de indemnização sobre o jogador - não é nada claro como Rafael Leão vai poder ressarcir o Sporting com 16,5 milhões de euros.
A questão que fica no ar é se o Sporting deve ou não aceitar negociar a dívida. É por de mais evidente que o jogador não merece o mínimo de consideração, mas a sua capacidade financeira poderá ser um factor incontornável.
Já o seu advogado, na altura da condenação do TAD, queixou-se que o jogador não tem meios para pagar tão elevada indemnização e que nem sequer poderá vir a ganhar tanto em toda a sua carreira.
Grande reportagem sobre Rafael Leão e a sua saída do Sporting em Record Premium. Os bastidores da rescisão que saiu bem cara ao jovem jogador.
- A mensagem para Bruno de Carvalho que o tramou: "Estamos juntos Boss".
- Chegou a 'rasgar' com o Lille para voltar para... o Sporting.
- A um passo da Luz até que Cintra tomou posse: "Não ficou em Alvalade porque foi apertado".
- Presidente e Tiago Fernandes foram buscá-lo a França.
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"A sabedoria popular não deve ser desprezada. Nunca. Talvez por isso há ditados para quase todas as situações da vida. A Rafael Leão assentava bem o conhecido "mais vale só do que mal acompanhado".
O jovem jogador do Sporting acabou por pagar bem cara a ganância dos que o rodeiam. Coqueluche da formação leonina desde cedo, era alguém de quem se esperava muito em Alvalade.
Sabe-se agora... que por ele até teria voltado. Infelizmente, com a mesma leveza de quem poderia ter assinado pelo Benfica ou até rubricado, rasgado e voltado a assinar pelo Lille.
Mais uma história de um miúdo manobrado por quem viu nele a sorte de uma vida e não lhe cuidou da dignidade. Agora com uma conta de 16,5 milhões para pagar, Rafael está entre a espada e a parede de assumir o erro ou prosseguir a batalha jurídica. Uma pena".
Bernardo Ribeiro, Director de Record
Rafael Leão foi condenado pelo Tribunal Arbitral do Desporto a pagar 16,5 milhões de euros ao Sporting no processo relacionado com a rescisão de contrato unilateral, após a invasão de Alcochete.
Esta decisão do TAD surge na sequência da queixa apresentada pelo Sporting junto da FIFA contra Rafael Leão e o Lille - o clube francês não foi alvo de qualquer castigo, uma vez que o processo acabou por ser resolvido nas instâncias nacionais, depois de a FIFA não se ter declarado competente para decidir, uma vez que o processo já estava em andamento no Tribunal Arbitral do Desporto.
A 16 de Novembro de 2018, o Sporting exigiu "pela rescisão unilateral do contrato de trabalho sem justa causa" ser indemnizado por Rafael Leão em pouco mais de 45 milhões de euros, tendo o TAD definido esse valor em 16,5 milhões de euros, levando em conta o valor de mercado do jogador na altura.
Entretanto, o Sporting foi condenado a ressarcir o jogador na quantia de 40 mil euros pela prática de assédio moral: Leão tinha pedido a 20 de Agosto de 2018 para ser indemnizado em 100 mil euros.
Depois da rescisão, Rafael Leão assinou pelos franceses do Lille a custo zero e no último Verão foi transferido para o AC Milan por 35 milhões de euros, clube onde se encontra neste momento.
Esta decisão do TAD será passível de recurso.
O astronauta Neil Armstrong disse quando pisou a superfície lunar: "Um pequeno passo para o homem, um passo gigante para a humanidade".
Neste caso concreto, a "humanidade" sendo o Sporting CP, mesmo considerando que o valor determinado pelo TAD é inferior ao que o Sporting tinha exigido.
Talvez por falta de conhecimentos de Direito Desportivo, mas há aqui uma questão que me incomoda: com tudo isto, o Lille, que agiu de má fé e sempre recusou negociar um acordo com o Sporting, escapa completamente ileso e ainda com 35 milhões de euros no bolso?
Nota: Os pseudo-adeptos que têm aparecido aqui a "tocar trompete" como se isto fosse uma vitória para o lunático ex-presidente destituído - sim, o repugnante BdC - deveriam recorrer à sua pouca inteligência para raciocinar e deixar de comer gelados com a testa.
Está a correr muita "tinta" especulativa no que diz respeito às decisões da FIFA sobre os processos de Rúben Ribeiro e Rafael Leão.
No essencial, o organismo que superintende o futebol mundial, aparenta dar razão aos jogadores, mas nada melhor do que ler o Comunicado da Sporting SAD:
"A Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD (Sporting CP, SAD) informa que foi hoje notificada das decisões proferidas pela FIFA nos dois processos em assunto.
Não são ainda conhecidos os fundamentos das decisões.
No caso do jogador Rafael Leão, a FIFA declara que o pedido da Sporting CP, SAD é inadmissível, mas não aprecia o mérito.
No caso do jogador Rúben Ribeiro, aceita apreciar o mérito e considera que o jogador teve justa causa para resolver o contrato, mas não atribui a nenhuma das partes o direito a receber qualquer compensação.
A Sporting CP, SAD já solicitou os fundamentos de cada uma das decisões para os analisar aprofundadamente e preparar os competentes recursos para o CAS".
(CAS: Tribunal Arbitral do Desporto, com sede em Lausana, Suíça)
E é o que se sabe nesta altura, muito embora não seja grande surpresa as decisões serem adversas ao Sporting, circunstância que sublinha claramente o descomunal mérito das acções do presidente do CD e da SAD então liderada por Sousa Cintra da Comissão de Gestão, em terem chegado ao acordo possível com os restantes jogadores que rescindiram.
Recorde-se que muito além de Rafael Leão e Rúben Ribeiro, os outros sete jogadores que rescindiram unilateralmente com o Sporting foram Rui Patrício, Daniel Podence, William Carvalho e Gelson Martins, que, após acordo entre as partes, rumaram, respectivamente, a Wolverhampton, Olympiacos, Bétis e Atlético de Madrid. Bruno Fernandes, Bas Dost e Battaglia, que chegaram a acordo para o regresso ao Sporting.
Ao contrário do que acontece nos casos de Rafael Leão e Rúben Ribeiro, o Sporting chegou a acordo e foi compensado financeiramente pelos outros quatro jogadores que saíram do clube, Rui Patrício (18 milhões de euros), Podence (7 milhões de euros), William Carvalho (16 milhões de euros, que podem chegar a 20 milhões de euros), e Gelson Martins (22,5 milhões de euros, numa operação (pacote) que envolveu a aquisição de Luciano Vietto por 7,5 milhões de euros).
Vasco Fernandes, secretário técnico do Sporting, no seu depoimento na 11ª sessão, esta terça-feira, 10 de Dezembro, do julgamento a decorrer no Tribunal de Monsanto, destacou a interacção entre os invasores da Academia e Rafael Leão, avançado agora ao serviço do AC Milan.
"O grupo de encapuzados, quando entraram no balneário, Começaram logo a bater nos jogadores. Não entraram para falar com ninguém... O comportamento era agressivo, desde bater, ameaçar e atirar objectos. Aconteceu tudo muito depressa.
Lembro-me do Montero que levou uma estalada. Vi o Acuña que também lhe estavam a bater. Mais para o lado direito estava o Rui Patrício, o William Carvalho e o Battaglia, que também lhes estavam a bater no peito, não sei se de mão aberta.
Começaram a bater, a ameaçar, a injuriar. A dizer que matavam toda a gente. Toda a gente que se ponha à frente, diziam: 'sai da frente, senão mato-te' e chamavam nomes. Há uma situação perfeitamente clara para mim. Estava à entrada do balneário o Rafael Leão e nesse ninguém bateu. Até fiquei surpreendido, pois cumprimentaram-no e diziam 'a ti não vamos fazer mal'".
Fica na dúvida o impacte que esta circunstância, entre outras, claro, terá no processo que aguarda decisão relativamente à rescisão unilateral de Rafael Leão.
Mário Ielpo, antigo guarda-redes do AC Milan, deixou duras críticas à actuação de Rafael Leão no encontro com a Lazio, com derrota rossoneri por 1-2.
"Leão? Ele não jogou quando entrou em campo, jogámos com menos um. Foi irritante até para o colegas, que deram a alma", afirmou, na MilanTV.
Recorde-se, o avançado luso foi lançado ao minuto 54, para o lugar de Lucas Paquetá, com o encontro empatado a uma bola.
Confesso que não tenho acompanhado o percurso de Rafael Leão em dias mais recentes, mas esta situação não me surpreende, já que era crítico da postura dele dentro das quatro linhas mesmo enquanto no Sporting. É "Leão" de nome, mas não tem coração de leão como futebolista, por muito que seja o seu natural talento.
Em face da notícia da transferência do jogador Rafael Leão do Lille OSC para o AC Milan, a Sporting Clube de Portugal - Futebol, SAD esclarece o seguinte:
1. Que continua a considerar que ao jogador Rafael Leão não assistia razão para resolver o contrato de trabalho desportivo que o ligava à Sporting CP - Futebol, SAD;
2. Que continuará a lutar por fazer valer os seus direitos nas instâncias competentes e, sobretudo, junto da FIFA, onde reclamará do Lille OSC a compensação devida pelos direitos desportivos do jogador de que se viu ilicitamente privada, cujo valor é ilustrado pela transferência agora anunciada,
3. E que tudo fará para que os infractores não sejam beneficiados, como mandam as regras do jogo e da ética na relação entre Clubes.
Em Novembro, Marc Ingla, director do Lille, teve isto para dizer sobre a situação de Rafael Leão:
"O caso do Rafael Leão é muito diferente do de Rui Patrício, onde o seu clube pagou uma compensação de 18 milhões de euros ao Sporting. O Rafael finalizou o seu contrato a 30 de Junho, por isso era um jogador livre. Aproveitámos a oportunidade, pois ele estava sem contrato, negociámos e assinámos vínculo a 1 de agosto. Não acontecerá com Rafael Leão aquilo que sucedeu com Rui Patrício. Temos a certeza".
Esta segunda-feira, não é claro a que propósito, foi a vez de Gérald Lopez, presidente do clube, em entrevista ao programa Late Football Club, do CANAL+ SPORT, reafirmar a posição referida pelo outro dirigente:
"De todos os que deixaram o Sporting, o Leão foi o único a negociar a sua transferência depois de quebrar o contrato. Por isso, não há qualquer chance de pagarmos qualquer verba".
Uma explicação que não faz o mínimo de sentido. Todos os jogadores que sairam após a rescisão contratual e assinaram por outros clubes, só o poderiam ter feito pela via negocial.
De qualquer modo, é por de mais evidente que os franceses optaram por apostar numa eventual decisão do Tribunal Arbitral do Desporto, se é de facto esse organismo que se vai pronunciar sobre cada um dos casos em questão. A grande dúvida, além das decisões em si, é quanto tempo vai levar para se chegar a esse ponto.
Até este momento da época, Rafael Leão participou em 19 jogos pelo Lille, 15 dos quais como titular, acumulando 1070 minutos de jogo (média de 56,3 minutos por jogo), com 7 golos marcados.
O portal Transfermarkt avalia o seu passe em 6 milhões de euros.
Segundo Marc Ingla, director-geral do Lille, em declarações no programa "Late Football Club" do Canal+, o clube francês nada pagará ao Sporting por Rafael Leão, alegando que é um caso muito diferente do de Rui Patrício, pelo qual, recorde-se, o Wolverhampton pagou 18 milhões de euros:
"O caso do Rafael Leão é muito diferente do de Rui Patrício, onde o seu clube pagou uma compensação de 18 milhões de euros. O Rafael terminou o seu contrato com o Sporting a 30 de Junho, por isso passou a ser um jogador livre. Aproveitámos a oportunidade, pois ele estava sem contrato, negociámos e assinámos vínculo a 1 de agosto. Não acontecerá com Rafael Leão aquilo que sucedeu com Rui Patrício. Temos a certeza".
O que o dirigente francês deixou omisso, foi que Rafael Leão rescindiu unilateralmente com o Sporting, tendo um vínculo contratual válido até Junho 2022, com uma cláusula de rescisão no valor de 45 milhões de euros.
O caso segue assim na FIFA, onde o Sporting colocou uma acção a reclamar 45,3 milhões por Rafael Leão ao Lille.
Rafael Leão trocou o Sporting por essa potência do futebol mundial chamada Lille, e agora vê-se encostado à proverbial parede porque o clube francês não o inscreveu para as competições oficiais. Isto, pelos seus problemas financeiros que impediram a inscrição de três ou quatro jogadores, inclusive do ex-leão.
Agora, pelos vistos, Rafael Leão quer rescindir com o emblema francês e está a recorrer às vias legais para esse fim. Enquanto o caso não for resolvido, não está apto a participar em nenhuma competição oficial.
Ironia do destino, não sem sentido de justiça, diria um cínico!
ADENDA: Entretanto, O Lille confirmou, através do Twitter, que a Comissão de Controlo dos Clubes Profissionais da DNCG aceitou a inscrição dos quatro últimos reforços do mercado de Verão do clube, onde se inclui Rafael Leão, além de Rui Fonte, Jérémy Pied e Fernando Costanza.
Como já referiu um leitor, com razão de ser, se e quando chegar o momento do emblema francês indemnizar o Sporting, vai ser "interessante" verificar os seus meios financeiros para o efeito.
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