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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A Federação Portuguesa de Basquetebol emitiu esta terça-feira um comunicado a reagir à tomada de posição (ameaça) do FC Porto quanto à participação na próxima temporada.
"A Federação Portuguesa de Basquetebol não interfere nem comenta as tomadas de decisão do Futebol Clube do Porto ou de outros clubes. A Liga Placard será disputada por 12 clubes, todos são tratados de forma igualitária e em total concordância com os regulamentos e as normas que são do conhecimento de todos".
Os azuis e brancos comunicaram a continuidade no basquetebol, mas colocaram como condição não voltarem a ser apitados pelos árbitros que estiveram na negra da final do play-off, que terminou com o título para o Sporting com triunfo por 69-68.
Reacção muito branda da parte da FPB, mas tratando-se dos arruaceiros do Norte não seria de esperar muito mais.
O clube da Invicta cada vez mais marca uma postura muito ignóbil no desporto português. Pasma - ou talvez não - a tolerância para com o vasto leque de actos e atitudes obscenas a que temos assistido ano após ano. Não diz muito do País!
Os tribunais portugueses já analisaram o uso da expressão "palhaço" contra cidadãos e não a consideraram ofensiva da honra e dignidade. A jurisprudência portuguesa vai no sentido de afirmar que "a expressão palhaço não excede o âmbito da mera falta de educação, nem tem aptidão para ofender a honra e consideração do visado”. Dito isto, o termo acaba por ser indiferente para quem, ao fim e ao cabo, não tem honra nem dignidade.
Minutos depois do anúncio oficial da candidatura de Pedro Madeira Rodrigues, Bruno de Carvalho reagiu, como já era esperado, com uma sorumbática performance de circo, cujo objectivo só pode ter sido de satisfazer questões de ego... o seu. Isso e o cumprimento da estratégia delineada de manter o suspense da sua recandidatura até ao último minuto.
Entretanto, os seus lacaios de intelecto reduzido e princípios nulos contaminam tudo quanto é espaço relevante nas redes sociais e blogosfera, ao ponto de um pseudo-blogue publicar uma foto da família de Pedro Madeira Rodrigues e a sua genealogia completa, inclusive de pais, mulher e filhos. O facto da informação estar disponível em portais especializados, não anula a total nojice destas acções. Lamenta-se que os répteis cobardes que operam este espaço o façam ao abrigo do anonimato, tal o nível primitivo do seu rastejamento.
Eis o que o ainda presidente do Sporting teve para dizer, numa mera indicação preliminar do que promete ser a campanha eleitoral mais sórdida da história do Clube:
«Enquanto presidente, e sem paternalismos, quero dar as boas-vindas ao dr. Pedro Madeira Rodrigues. Conforme sempre disse e prometi, não quero que ninguém volte a passar neste clube aquilo que eu passei quando concorri às eleições.
As pessoas que se querem candidatar, que não tenham receio nenhum. Se acharem que têm o perfil, avancem, sigam os seus sonhos, sigam as suas emoções, que o Sporting cá estará de braços abertos para os receber. Quem quiser tem aqui o auditório, não precisa de alugar salas em hotéis.
É muito distinto ser candidato ou ser presidente. As pessoas não têm a noção do quão diferente é. Mas há uma coisa de que tenho certeza absoluta: o choque é muito menor o que foi há quatro anos. Neste momento há um clube respeitado, com mais de 150 mil sócios, reconhecido pelo mundo inteiro, que tem voz, que é candidato ao título em tudo aquilo que faz.
Vai ser muito mais fácil agora, pois quando entrei não tinha um único centavo na conta. Não é fácil ser presidente de uma instituição desta dimensão, mas um é orgulho, uma honra e um privilégio imenso. Neste momento, é um clube forte, dos três grandes é o que deve menos, que cumpre fair-play financeiro e a reestruturação financeira.
Já disse que estou aqui como presidente e estou, desde o primeiro dia, em reflexão constante. Tem de ser uma das regras fundamentais da liderança e de termos a noção clara da grandeza da instituição que servimos. É lógico que a cada dia que passa estou numa reflexão constante enquanto presidente do Sporting e não mais do que isso.
Rui Barreiro não tardou a reagir às declarações de Jaime Marta Soares, relativamente à sua exoneração do Conselho Leonino, que, segundo o presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, não obriga um processo disciplinar e é sua intenção fundamentar o pedido nos próximos trinta dias. Esta, uma das deliberações da reunião magna que teve lugar este sábado:
«Sempre disse estar disponível para o combate de ideias com o presidente e, por isso, espero pelo convite para o tal debate na Sporting TV anunciado na Assembleia Geral.
Bruno de Carvalho lida um regime ditatorial e tem um comportamento antidemocrático de calar que não está de acordo com ele. Há muita gente processada por dar opiniões discordantes na comunicação social e nas redes sociais, quando um dos lemas na campanha eleitoral era dar voz aos sócios, com opinião coincidente ou não. Era o ponto 42.
Em primeiro lugar achei ridículo convocar uma AG com referências à opinião de um sócio. Em segundo, os sócios podem falar onde quiserem, não têm apenas de falar nas assembleias gerais, assim como o presidente tem liberdade para se expressar nas plataformas que quer.
Não fui à reunião porque não era o local mais certo. Fizeram um comunicado com o meu nome e pronto, mas eu ainda sou livre de decidir o que dizer e onde o dizer.
Não tenho dúvidas de que há uma estratégia para criar condições para a extinção do Conselho Leonino, que, na minha opinião, é muito importante para ouvir a família Sportinguista".»
Já comentámos as declarações do presidente da Mesa da Assembleia Geral aqui.
P.S.: A título de curiosidade, recorde-se que um debate na Sporting TV foi uma sugestão minha quando este conflito surgiu. É um fórum em que nenhum dos dois se deve sentir intimidado, não há pressões indevidas e poderá ser assistido por muitos milhares de sportinguistas e não apenas por 270 associados numa Assembleia Geral.
Para complementar o outro post desta quinta-feira sobre o processo movido pelo Benfica contra Jorge Jesus, publicamos agora a reacção do actual treinador do Sporting, através do seu advogado, Luís Miguel Henriques:
"Oficialmente não temos conhecimento de nada. Não tem muito fundamento o que ali se pede. Dá-se a ideia que o Jorge não tinha muito conhecimento antes de entrar para o Benfica. Por esta ordem de razão, o Benfica terá de pagar ao Braga e o Braga ao Belenenses. Consideramos que temos a razão do nosso lado. E no momento próprio e no momento certo irá ser apresentada a defesa, e aquilo que o Jorge considere que tem de ser ressarcido, por tudo o que está a passar.
Confesso que já sabia que na semana do jogo Benfica-Sporting a "questão" ia surgir. O que aconteceu de diferente foi que, perante a questão dos 'vouchers', foi antecipada. A escolha do dia não é inocente.Tentou matar-se um tema que era desagradável ao Benfica e colocou-se um tema novo na agenda. Criando alguma desestabilização. Magoado? Não, esse estado de espírito já passou. O Jorge estará confiante que as coisas irão correr pelo melhor e que a razão está do lado dele."
Uma luta que promete ter "pano para mangas" nos próximos tempos. Como já tivemos ocasião de referir - disposição também sublinhada pelo advogado Luís Miguel Henriques - o timing deste processo não surgiu por mero acaso. Até uma pessoa muito distraída reconhecerá isso.
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