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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Frederico Varandas falou ontem aos jornalistas na chegada ao Hall VIP para entregar a recandidatura a presidente do Sporting CP. Esteve acompanhado por João Palma, vice-presidente da Assembleia Geral, e que vai ser o candidato a substituir Rogério Alves, que está de saída do cargo.
"Tenho o sentimento de dever cumprido. Há três anos e meio, exatamente neste Hall Vip, tinha prometido que o Sporting estaria melhor. E está muito, muito melhor. Cumprimos este mandato, que fica para a história. Foram seis títulos no futebol, ninguém ganhou tanto como nós. Foram dois títulos com o Keizer, quatro com o Rúben Amorim. São os dois treinadores mais titulados dos últimos treze anos. Voltámos, treze anos depois, aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Foram vários títulos nacionais nas modalidades, 12 títulos europeus, um título mundial, ou seja 31% dos títulos de sempre do Sporting em apenas um mandato".
"Conseguimos fazer uma redução estrutural dos custos de 15% do grupo Sporting e SAD. Valorizámos ativos, recuperámos a credibilidade junto aos bancos. Ao nível da marca, uma nova Loja Verde, uma revolução na comunicação com os sócios. Com muito arrojo tivemos os Duelos de Leão, o ADN, o Backstage, aproximámos os fãs dos jogadores, que são quem interessa aos fãs. Atingimos pela primeira vez os 90 mil sócios pagantes".
"Acredito num Sporting dos sócios. Que estes saibam cuidar do clube. É importante virem votar. Slimani e Edwards são trunfos para o nosso grande treinador".
"Candidatamo-nos porque acreditamos veemente que podemos fazer crescer o Sporting. Acreditamos em títulos num Sporting corajoso, independente, com valores. Título este ano? Vai estar na decisão dos títulos. Já ganhámos dois, vamos trabalhar com humildade e mantermo-nos na luta. Fico contente que Nuno Sousa e Ricardo Oliveira se candidatem. Acho normal falarem agora, o que não acho normal é falarem noutras alturas".
Há três anos por esta altura, o Sporting mobilizava-se para as eleições mais concorridas da sua história. Foi no dia 8 de Setembro de 2018, quatro meses após o ataque à Academia, quando mais de 22 mil sócios corresponderam à chamada para escolherem o sucessor de Bruno de Carvalho e da Comissão de Gestão.
Eleito pela maioria dos votos mas não dos sócios, Frederico Varandas nunca saboreou um verdadeiro 'estado de graça. Os problemas multiplicaram-se à medida que os meses iam passando e, não fossem as duas taças conquistadas em cima das feridas de Alcochete, a contestação potenciada pelo diferendo com as claques e pelos apoiantes de BdC poderia mesmo ter provocado nova crise directiva.
Com graves dificuldades financeiras, uma herança pesada em várias frentes e opções desportivas erradas, o segundo ano de Varandas ficou marcado pela saída prematura de Marcel Keizere pela venda falhada de Bruno Fernandes no Verão (seria consumada em Janeiro), factos que, aliados aos maus resultados da era Silas, colocavam a actual Direcção no fio da navalha em Março de 2020. E foi neste momento que o paradigma começou, verdadeiramente, a mudar.
Ponto de viragem
A aposta arriscada em Rúben Amorim, que implicou então um investimento superior a 10 milhões de euros, não deu resultado logo de início mas compensou totalmente na segunda época, com a histórica conquista do título nacional, 19 anos depois. O impacto da vitória na Liga, em conjunto com o grande trabalho desenvolvido na formação e nas modalidades, ajudaram Varandas a dobrar o Cano das Tormentas. E de tal maneira que, à entrada do final deste primeiro mandato, o presidente, de 41 anos, já prepara a recandidatura.
Se o próximo acto eleitoral vier a ser realizado dentro da janela prevista pelos Estatutos, o Sporting vai a votos entre 1 de Março a 30 de Abril 2022. A recandidatura de Frederico Varandas é praticamente certa.
Igual à soma dos dois rivais
Se as conquistas nas modalidades têm sido uma das bandeiras da Direcção de Varandas, os troféus no futebol assumiram um peso determinante no ressurgimento desportivo do Sporting nos últimos anos. Tanto assim que, neste momento do mandato do actual presidente, o Clube já soma tantos títulos (5) como FC Porto e Benfica juntos. Os leões ganharam a histórica Liga em 2020/21, juntaram-lhe a Supertaça a 31 de Julhoe antes já haviam arrecadado uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga.
«O balanço caberá aos sportinguistas, a decisão de prosseguir a mim. Decida o que decidir, aconteça o que acontecer, saibam que nunca deixarei de estar ao vosso lado, que nunca deixarei de amar este Clube que faz parte de mim, do meu carácter, da minha personalidade. Obrigado por tudo. Que honra vos ter servido e ao nosso Clube nestes últimos 4 anos!"».
Tentativa manipuladora e algo acriançada de Bruno de Carvalho, em proveito próprio, de criar suspense sobre a sua recandidatura, quando, na realidade, é um facto mais que consumado.
"Este Clube faz parte de mim, do meu carácter, da minha personalidade"... Please !!!
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