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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A quadratura do círculo ou vice-versa, é muito difícil e corresponde, grosso modo, a uma impossibilidade. Ao analisarmos as diversas opiniões dos adeptos sportinguistas, sobre a constituição do plantel leonino, apresentadas neste e noutros espaços e relacionados com o Sporting podem inserir-se nessa formulação.
Tenho visto, ouvido e lido, muitas opiniões que apresentam como soluções necessárias para o êxito da nova época. As mais comuns, convergem na entrada de um defesa direito e de um médio, por norma designado como "6". Outras, mais radicais, ainda vão mais além. E finalmente, mas creio que em minoria, há as que questionam tudo, e dão já, avant la lettre, a época como perdida.
Enquanto negociador de bancada, também gostaria de ver o plantel reforçado com tudo e mais umas botas. Mas como tenho o defeito de ser realista, sei que por detrás dos nossos desejos e certamente dos desejos da equipa técnica, existe aquilo que se chama, o possível. O que se verifica neste momento, é que o Clube fez um esforço financeiro enorme, para adquirir um avançado que se considera acima da média. Para ficar pelos serviços mínimos e para comprar um defesor e um médio de qualidade bem comprovada, será necessário investir uma quantia, no mínimo, muito aproximada à que já foi investida. A não ser que se consiga empréstimos de jogadores com valor.
Ora, todos sabemos que para os lados de Alvalade, não existem poços de petróleo ou de outras riquezas naturais. Poder-me-ão dizer, mas vamos receber muitos milhões pelas vendas efectuadas. Acontece que os valores líquidos recebidos ou a receber, expurgados de percentagens a distribuir, por diversas razões, estão muito longe do brutos apresentados. Alguém, com tempo, paciência e conhecimento, que faça essas contas. Por outro lado, o Clube tem de reservar verbas para diminuir a dívida e para outras despesas orçamentadas.
Numa outra vertente, comprar qualidade a baixo preço, normalmente não resulta. Basta recordar as aquisições tipo “Sotiris”, para chegar a essa conclusão. Daí que compreenda as dificuldades que a Direcção está a ter para melhorar o plantel. Seguramente não tinham perspectivado gastar tanto num avançado, considerado fundamental.
Neste ponto e sem pôr de parte outros reforços necessários, temos que compreender que os recursos financeiros são limitados e que não podemos pedir o impossível, a não ser que se acredite na quadratura do círculo. É necessário manter os pés assentes na terra e se não puderem vir todos os reforços desejados, que venha o que for possível, mas com garantia de valor acrescentado. Fazer mais com menos também é uma arte, e temos que acreditar na nossa estrutura técnica.
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