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A FPF decidiu, esta segunda-feira, que em 2017/18 os relatórios de jogo dos árbitros, nas provas profissionais, vão passar a ser públicos: "os relatórios de jogo das equipas de arbitragem serão divulgados no site" da FPF "depois de concluída a análise e publicadas as decisões do Conselho de Disciplina". A decisão da direcção federativa foi tomada depois de consultados os Conselhos de Arbitragem, liderado por José Fontelas Gomes, e de Disciplina, presidido por José Manuel Meirim.

 

arbitragem.jpg

 

José Fontelas Gomes, fez esta observação:

 

«Atendendo à necessidade constante de ajudar todos os intervenientes – nomeadamente os adeptos - a conhecer e compreender todas as dimensões do futebol, o Conselho de Arbitragem entende que a divulgação pública dos relatórios de jogo das equipas de arbitragem é uma boa prática, amiga da transparência, e deve ser tomada a partir do início da época 2017/18».

 

Já Luciano Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), manifestou a sua inteira concordância com esta decisão:

 

«Este era um dos objectivos que nos tínhamos proposto atingir. É mais uma prova da procura da transparência que se pretende para o futebol e para a arbitragem. A divulgação dos relatórios permitirá aos adeptos ter conhecimento directo sobre os factos do jogo e compreender melhor as tarefas da equipa de arbitragem, contribuindo para a transparência».

 
Sem dúvida, em princípio pelo menos, uma medida que irá contribuir para a transparência da arbitragem no futebol português. Precipitará mais alguma pressão no elementos da actividade, mas muito indica que poderá vir a ser um factor positivo.
 
Com a divulgação dos relatórios, é inevitável que venham a surgir mais "experts" com as análises "de bolso", nomeadamente os notórios "paineleiros" dos programas televisivos que mesmo confrontados com os factos, não hesitam em "puxar a brasa à sua sardinha".
 

publicado às 17:28

 
As contas do mundo do futebol fascinam-me, muito por não perceber patavina da matéria. Sou um autêntico leigo nesta área, que se atreve a escrever este breve comentário apenas e tão só por não resistir opinar sobre algo que me é estranho. Os três "grandes" enviaram os seus relatórios à CMVM, relativamente ao terceiro trimeste do exercício de 2012/13 de cada SAD.
 
Começamos pelo Sporting, em que a existência de prezuízo não deverá surpreender nem os mais distraídos. Se 29,7 milhões de euros negativos é um número razoável ou não face ao expectável, não faço a mais pequena ideia, mas não fico chocado por muito do que se já sabia. Com isto, verificou-se um crescimento do passivo para 249,2 milhões. O relatório também indica que houve um proveito operacional de 25,7 milhões de euros, menos 4,8 que no mesmo período do ano passado. Aparentemente, tudo se deve ao decréscimo de bilheteira, ausência de receitas na pré-época e decréscimo em diversas outras receitas. A parte de tudo isto que mais me intriga - ou talvez não - é a referência às receitas de pré-época, e leva-me à conclusão que o único tipo de receita signifcativa no verão, além da venda antecipada de gameboxes e bilhetes de época, é a venda de activos a preços milionários, uma área em que o Sporting se tem evidenciado pela sua inactividade de há uns anos a esta parte.
 
O FC Porto, com a sua elevadíssima performance desportiva, participação nas provas europeias, vendas milionárias de activos, etc., consegue apresentar um prejuízo de 6,565 milhões de euros. Para este observador, esta disposição é muito mais surpreendente do que o prejuízo do Sporting, mesmo que a SAD portista tenha melhorado do ano passado, onde tinha apresentado um negativo de 22,139 milhões de euros. Claro que a venda de João Moutinho e James Rodrigues não está contabilizada neste período.
 
E chegamos então ao relatório do Benfica, que ao nível do seu propagado estatuto do "maior" cá do burgo, apresenta um resultado positivo de 7,3 milhões de euros, não obstante o seu passivo de 403,9 milhões de euros. Analisando brevemente alguns pormenores do relatório, chega-se à conclusão - pelo menos eu cheguei - que o factor principal que produz o referido resultado positivo centra-se nas vendas de Witsel e Javi Garcia. Para este leigo observador, sem estas verbas, o exercício seria igualmente negativo.
 
A minha simples conclusão: todos os clubes atravessam períodos de enorme dificuldade financeira - uns mais do que outros, evidentemente - e muito além da necessidade de ter elevada performance desportiva, disposição que precipita, em cadeia, um bom número de proveitos - o factor mais crucial centra-se na venda milionária de activos, sem esta, o que já é difícil torna-se muitíssimo pior. Especialmente ao que concerne o Sporting, servirá para sublinhar aquilo que a maioria sempre reconheceu: sem investimento para garantir a capacidade para competir no topo, não existem meios de sobrevivência, por muitas poupanças que se façam e por muito necessárias que estas sejam.
 
Estarei errado nas minhas conclusões ?... É muito possível, por isso comecei a escrever o texto admitindo que não percebo patavina destas coisas.
 

 

publicado às 22:13

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