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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Jorge Jesus, treinador do Benfica, sugere uma reunião entre os treinadores da I Liga de forma a tentar melhorar o futebol português.
"Sobre a arbitragem no futebol português? Isto é normal. Estive dois anos e meio fora de Portugal e, quando saí, já havia esta pressão de querer ganhar os jogos fora das quatro linhas. Mas falo de todos os clubes.
Hoje em dia, no nosso futebol português, por qualquer coisinha, numa jogada normal, um jogador toca na pestana do outro e parece que lhe arrancaram um olho. Gritam para o árbitro sancionar. Os jogadores em Portugal estão nesta treta. Há outras em que tocam com a unha e eles dão gritos, parece que levaram com um pau.
Tem de se acabar o anti-jogo. As equipas têm de arranjar uma forma de defender para suportar quando jogam contra equipas melhores. Mas deixar o anti-jogo, deixar de ter guarda-redes a perder dez minutos de jogo deitados no chão. Tem de ser tudo revisto.
Devia haver uma reunião com todos os treinadores. Isso aconteceu quando eu estava na Arábia Saudita. Eu até estaria disponível. Devia fazer-se uma reunião para melhorar o futebol português. Para o espectáculo, para que se deixem estas tretas, este folclore.
O importante é o futebol português. Há esta pressão constante sobre os árbitros, porque pensam que dessa maneira é muito mais fácil ganhar jogos. Mas eu não penso assim. O Conselho de Arbitragem tem de ter poder, quem fala muito tem de baixar a bolinha. Venho de um país apaixonado por futebol, onde só se fala de futebol e onde não há estas tretas constantes antes dos jogos".
Algumas das sugestões de Jorge Jesus até merecem consideração, contudo, não deixa de ser algo curioso o timing desta sua iniciativa. Ao fim e ao cabo, nada do que ocorre hoje em dia no futebol português é diferente do que assistimos já há vários anos.
O Primeiro Ministro António Costa reuniu esta terça-feira com Fernando Gomes, Tiago Craveiro, Pedro Proença, Pinto da Costa, Luís Filipe Vieira e Frederico Varandas para discutir o regresso do futebol profissional.
No final da reunião, Fernando Gomes afirmou que a decisão sobre o retorno do futebol profissional será analisada "entre técnicos da FPF, com a Liga e as autoridades de saúde" e remeteu para quinta-feira mais decisões, quando o Primeiro-Ministro anunciar o plano de desconfinamento.
"As condições para a retoma estão dependentes do parecer da autoridade de saúde. Vai ser muito baseado nesse parecer. Importa criar as condições para criar a retoma e não pará-la depois novamente. E essas condições têm de ser acertadas para continuarmos a dar o exemplo ao mundo de como combater a pandemia.
Existe um óptimo grupo de trabalho na FPF - que inclui Adalberto Campos Fernandes e Henrique Barros - e será analisado com um grupo de trabalho da DGS a retoma efectiva das competições. Na próxima quinta-feira, quando o PM anunciar a retoma, transmitirá se estão criadas as condições.
Esse era o nosso grande propósito hoje, chamar a atenção para o interesse em reatar esta indústria se as autoridades de saúde derem a sua aprovação. Qualquer decisão e a retoma têm de ser feitas com prudência.
A possibilidade de se vir a utilizar menos estádios, e fazê-lo numa localização geográfica mais confinada, enquadra-se na avaliação do risco, na tentativa de aferir a prudência da retoma".
As ligas europeias de futebol que não conseguirem concluir a época 2019/20 devido à pandemia de Covid-19 devem escolher os representantes nas competições europeias por “mérito desportivo”, anunciou hoje a UEFA.
A conclusão, acordada quinta-feira na reunião por videoconferência do Comité Executivo, pretende que as provas que não forem concluídas com base em razões “legítimas” para o fazer terão de desencadear um “procedimento de selecção de equipas que deve basear-se em princípios objectivos, transparentes e não discriminatórios”.
Uma das possibilidades a que o organismo abre agora a porta é a realização de formatos alternativos ao habitual nos campeonatos europeus, sobretudo devido a problemas de disponibilidade de calendário, como um sistema de ‘play-offs’.
“A UEFA pede às associações nacionais e ligas que explorem todas as opções possíveis para disputar as competições de topo, que dão acesso a competições UEFA, até à sua natural conclusão. (…) Se isso não for possível, em particular devido a problemas de calendário, será preferível que as competições suspensas possam regressar num formato diferente, para que facilitassem a qualificação por mérito desportivo”, pode ler-se no comunicado.
A nota do comité destaca as decisões que já foram tomadas na Bélgica e na Escócia – que pretendem encerrar os campeonatos definitivamente, depois de terem sido suspensos em Março devido à pandemia -, para encaixar este tipo de tomadas de posição num regime de excepcionalidade.
Para a UEFA, constituem razões “legítimas” para a conclusão antecipada das competições a existência “de uma ordem oficial a proibir eventos desportivos” ou ainda “problemas económicos intransponíveis” e que coloquem em risco “a estabilidade financeira a longo prazo da liga ou dos seus clubes”.
A UEFA reserva ainda o direito de rejeitar as formações, que deverão ser indicadas pelas federações nacionais, se existir “uma percepção pública de injustiça na qualificação” para a Liga dos Campeões e a Liga Europa de 2020/21.
Do Comité Executivo, em que foram aprovadas estas directrizes, saiu nova “recomendação assertiva” para que se possam completar as principais divisões nas 55 federações membro da UEFA.
A reunião elencou ainda dois cenários, não divulgados, para o regresso do futebol, sendo que ambos equacionam “o futebol doméstico a reiniciar-se antes das competições de clubes da UEFA”, com um deles a colocar campeonatos nacionais e Liga dos Campeões ou Liga Europa em paralelo.
O outro cenário sobre a mesa significa concluir as provas nacionais até Agosto, altura em que se reiniciarão as competições europeias, nas quais Portugal já não está representado.
Ficou ainda decidido manter o nome do Euro2020, uma medida já anunciada e que serve para manter “a visão original do torneio como celebração do 60.º aniversário do Campeonato da Europa”.
Por outro lado, foi agendada para 27 de Maio uma decisão final sobre o Europeu de sub-21, para já agendado para 2021, mas que pode seguir o mesmo caminho do Euro2021 de futebol feminino, adiado para 2022.
Frederico Varandas esteve reunido esta sexta-feira com João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, a fim de debater o estado do desporto e da violência a que se tem assistido em recintos desportivos. À saída, o presidente do Sporting fez um balanço da reunião e explicou que é necessário agir.
"Agradeço o convite e a disponibilidade do Governo para receber o Sporting e debater este assunto. Foi uma reunião profunda e longa em que se falou sobre mais do que apenas o tema da violência.
O Sporting expôs as suas preocupações sobre o estado do desporto em Portugal. Pensamos que o desporto é um sector muito relevante e querido para este país e para esta sociedade e tem sido muito maltratado. O que temos assistido nestas últimas semanas - agressões físicas, casos de suspeição de corrupção, espectáculos degradantes em televisões - assusta o Sporting, afasta muitas pessoas do desporto e nós não queremos que o desporto nacional seja um território sem lei, sem regras, sem justiça e sem valores.
Ouvimos que o Governo partilha muitas dessas preocupações, mas, mais do que palavras, queremos actos. Precisamos de muita coragem, não basta apenas ter noção e levantar os problemas. As pessoas querem sobretudo atitudes, acção. É preciso intervir, não tenho qualquer dúvida, e é preciso educar, melhorar e formar melhor a classe do dirigismo em Portugal.
O exemplo parte sempre de cima e se de cima não vierem bons exemplos, vai ser difícil. Este Governo e qualquer outro terá sempre no Sporting um sério aliado pela verdade desportiva, pela transparência e pela elevação do desporto".
Jaime Marta Soares, ainda durante a conferência de Bruno de Carvalho que se seguiu à reunião dos órgãos sociais demissionários, a refutar várias das acusações feitas pelo ainda rastejante presidente:
"Nós falámos apenas meia hora e ele duas horas e meia. Não deixou falar ninguém só enxovalhou, insultou. Cheguei a dizer-lhe que só me insultava quem eu deixava, não quem queria. Depois, também quis que assinássemos a acta da reunião anterior, só que era a acta Bruno de Carvalho, onde estavam as coisas que ele tinha dito e também as que não tinha dito. Avisei-o, também, que este não era o melhor caminho para ele, porque eu tenho vergonha de um dia dizer as coisas que, efectivamente, sei sobre ele.
Bruno de Carvalho é um mentiroso compulsivo. Nós demos-lhe todas as possibilidades, dissemos que a situação não pode continuar assim, que devíamos consensualizar um entendimento para ultrapassar as dificuldades, porque o que está a acontecer é muito perigoso e uma Assembleia Geral será difícil. Foram-lhe dadas todas as hipóteses mas ele a tudo dizia que não. A postura dele era de acusações, de insinuações, de chantagear. Dramatizava todas as questões. Os outros é que são culpados, nós é que estamos a inventar, a arranjar álibis. Diz que é um linchamento, que são estratégias políticas".
Sobre a reunião desta quinta-feira, Marta Soares negou que estivesse em cima da mesa a formação da propalada comissão de gestão e confirmou que já tem em mão quatro mil assinaturas para a convocação de uma Assembleia Geral de destituição:
"Apresentámos a proposta A: se aceitasse renunciar ao cargo esta quinta-feira, ele manter-se-ia na gestão do clube e marcaríamos eleições para 19, 26 ou 29 de agosto. Ele escolheria a data que melhor lhe servisse. Esta, disse-lhe eu, era a melhor forma de parar com esta instabilidade. Disse-lhe também que a MAG tinha quatro mil assinaturas, quando são apenas precisos mil votos, e que as apresentaria quando ele accionasse os serviços para a sua validade. Nunca falámos numa comissão de gestão, isso é uma mentira, mentira, mentira".
Fica uma ideia do que ocorreu na reunião, mais vírgula, menos vírgula. Dispensamos ler as declarações do ignóbil Carvalho, um autêntico embusteiro que se agarra ao poder por todos meios ao seu alcance.
O resultado da reunião não surpreendeu minimamente, e agora vamos ser bombardeados com a usual propaganda avulsa. Por muito que alguns sportinguistas patéticos teimam em não reconhecer, atravessamos o período mais negro da história do Sporting e nem sequer quero pensar no que ainda está para vir, inclusive a possibilidade deste lunático ser autorizado a continuar a ocupar a cadeira da presidência.
Por fim, regressando às declarações de Jaime Marta Soares, se ele tem conhecimento de "coisas" por obra do ainda presidente, tem a obrigação de as revelar. Haja honestidade e dignidade!!!
À saída da reunião desta segunda-feira entre os órgãos sociais do Sporting, Jaime Marta Soares fez uma deveras decepcionante declaração à imprensa presente em Alvalade, sem explicitar o que foi alcançado na reunião, se alguma coisa, pela confrontação com o Conselho Directivo liderado por Bruno de Carvalho:
"Foi uma reunião de reflexão e muita serenidade. Apresentamos à Direcção do Sporting aquilo que são os nossos pontos de vista e as nossas propostas bem fundamentadas, que são baseadas no que são os interesses dos sócios, e tivemos a oportunidade de ouvir, atenciosamente, o que a direção tinha a dizer. Não tendo tomado uma decisão, porque há necessidade de se fazer as análises não precipitadas de tudo aquilo que são as decisões necessárias a implementar para resolver os problemas do Sporting Clube de Portugal, agendamos para quinta-feira à mesma hora uma nova reunião e nesse dia decidiremos em concreto e com objectividade o que mais importa para os destinos do Sporting. O Sporting é uma instituição que tem de ser respeitada, não podemos nos precipitar".
Dos treze elementos do Conselho Directivo, incluindo suplentes, já se demitiram seis, deixando o elenco 'preso' por apenas dois elementos. O lunático presidente fez saber em conferência de imprensa no sábado, que não se demitia.
"Foi uma reunião de reflexão e muita serenidade". Por favor, não nos ofendam ainda mais!!!
Fica a ideia que estão em negociações, mas não dá para imaginar sobre o quê, salvo para permitir uma fuga à responsabilidade a Bruno de Carvalho. Sobretudo, há plena causa para temer que Jaime Marta Soares não tem a capacidade de carácter para agir com consciência moral e coragem intelectual, diante a oposição do ainda presidente do Conselho Directivo, em defesa dos superiores interesses do Sporting.
Por outras palavras, não tão politicamente correctas, não passa de um homem (com "h" minúsculo) fantasiado de dirigente que não "os" tem no sítio próprio. Esperamos estar redondamente errados, mas neste momento o optimismo escasseia severamente.
Poderá ser entendido como um ponto final na especulação em torno da (não) continuidade de Jorge Jesus como treinador do Sporting, mas, na realidade, para os mais atentos, nunca houve grandes dúvidas sobre isso, e algum sombrio que existia foi rapidamente suprimido com o surgimento em cena de José Maria Ricciardi.
Presidente e treinador estiveram finalmente reunidos esta segunda-feira, em Alvalade, e muito embora detalhes do encontro ainda não tenham chegado à praça, não é segredo de Estado algum a agenda de discussão sobre a mesa. Além de lapidar algumas arestas pontiagudas inerentes ao que se tem passado nestas últimas dolorosas semanas, os dois "cabeças" do futebol leonino terão debatido os prós e contras (mais contras do que prós) da época que no próximo domingo chega ao seu termo, assim como o futuro do futebol verde-e-branco.
Indiferente do que terá ocorrido e das opiniões que decerto se fizeram ouvir pelas partes, o que sai cá para fora é que a reunião de cerca de duas horas terminou num "clima de convergência de posições" e que presidente e treinador estão em perfeita "sintonia". Nada menos seria de esperar.
Mais uma vez somos confrontados pela forte indicação que este é o enquadramento real da chamada "estrutura" e que o (in) sucesso da próxima temporada depende exclusivamente da capacidade de planeamento e liderança destas duas figuras. As contratações já começaram e partimos do princípio que foram levadas a cabo com o aval mútuo. Por muito que se possa opinar neste momento sobre os dois novos reforços, só o passar do tempo esclarecerá se são de facto mais-valias. Para já, nenhum deles deslumbra com o seu currículo, mas será prematuro e injusto adiantar muito mais.
Seria interessante saber as exigências que Jorge Jesus terá apresentado no que diz respeito ao plantel, assim como a disponibilidade, financeira de não só, de Bruno de Carvalho, ao que concerne a venda de activos. Ainda com o apoio da Banca, tudo indica, muito leva a crer que ele evitará a saída especialmente de jogadores considerados nucleares, salvo por números irrecusáveis. Coincidentemente, neste contexto, leu-se a notícia referente à presença em Lisboa de representates de Adrien, jogador que decerto terá interessados no mercado.
Confesso que não sinto muito entusiasmo - pelo menos o entusiasmo que sempre senti ao longo dos anos - com a expectativa de ver o plantel do Sporting complementado com talentos reconhecidos. Muito terá a ver com a minha pouca, para não dizer nenhuma, confiança nas duas supracitadas figuras, mas vamos esperar para ver se o futuro não muito distante nos oferece alguma causa para um maior optimismo.
O título do post é a manchete de hoje no jornal "A Bola", em uma reportagem da autoria de Hugo Forte, em que descreve o que decorreu na reunião entre Bruno de Carvalho e Marco Silva. Como ele teve acesso a esta informação está no segredo dos "Deuses", mas, confirmando-se a genuinidade da mesma, torna-se por de mais evidente que alguém presente na dita reunião "soprou" essa informação para a praça pública.
Em síntese, eis as questões principais que são reportadas pelo jornalista:
- A reunião teve lugar no sábado, dia 3 do corrente, pelas 13h00, na Academia de Alcochete;
- A iniciativa da reunião partiu de Bruno de Carvalho;
- A reunião não durou mais de meia hora;
- Marco Silva anuiu ao encontro, pois também teve consciência de que protelar a situação de guerra fria entre presidente e treinador era insustentável;
- Bruno de Carvalho ouviu diversas sensibilidades e quase todas se mostraram contrárias ao despedimento de Marco Silva;
- A resolução de Bruno de Carvalho para despedir o treinador foi tomada no dia 26 de Dezembro, quatro dias depois da outra reunião entre as partes;
- Nessa outra reunião, Bruno de Carvalho exigiu que Marco Silva se retratasse das palavras por ele proferidas após o jogo com o Nacional;
- Na reunião deste sábado, Marco Silva tentou esclarecer as questões que se levantaram na sequência das declarações públicas e nos escritos de José Eduardo;
- Marco Silva ainda mais tentou esclarecer a não existência de qualquer declaração de repúdio, por parte do Conselho de Administração da SAD;
- Não houve tempo para a abordagem de muitas questões, inclusive da questão de reforços em Janeiro;
- Marco Silva gostava de ver reforçado o centro da defesa com um jogador experiente e também não veria com maus olhos a aquisição de mais um jogador para o centro de ataque, uma vez que vai perder Slimani nos próximos tempos;
- Em resumo, posições foram clarificadas, sempre no pressuposto que os interesses do Sporting estavam acima de qualquer ego.
Bem... meia hora não dá para muita coisa mas, pelos vistos, foi o suficiente para "selar a paz", pelo menos no imediato. O jornalista refere que Marco Silva anuiu ao encontro de sábado com o objectivo de resolver o diferendo entre as partes. Enquanto estes sentimentos são perfeitamente lógicos e sensatos, teria sempre de anuir a uma reunião convocada pelo presidente, em representação da entidade patronal.
De resto, pela informação disponibilizada, pouco mais pode ser apurado neste momento, além, evidentemente, da mensagem do presidente desse mesmo dia.
O Sporting reuniu 22 dos 32 clubes de futebol profissional em Alvalade, na terça-feira, para ouvir as propostas de alterações à legislação desportiva, que já foram apresentadas pelo Clube junto da Assembleia da República e da Federação Portuguesa de Futebol, e congregar os clubes em torno das mesmas.
Não lemos o muito extenso documento, salvo alguns extractos publicados nos espaços noticiosos, mas deu para ficar com a ideia que apesar de ser uma excelente iniciativa por parte do Conselho Directivo do Sporting, que o que está a ser proposto, em volume e em contexto, pode ser equiparado a uma autêntica revolução à legislação desportiva vigente e, por assim ser, ou parecer, dificilmente as medidas, ou pelo menos todas as medidas, serão aprovadas, por unanimidade, pelos 32 clubes que constituam as duas ligas profissionais de futebol.
A confirmar esta suspeita, regista-se a postura de alguns clubes que nem dignificaram a iniciativa do Sporting com a sua presença na reunião, que durou cerca de quatro horas: FC Porto, SC Braga (inevitavelmente seguindo as ordens do mestre), Académica de Coimbra, Olhanense, Portimonense, Paços de Ferreira e Belenenses, entre outros. O Benfica fez-se representar por um advogado.
Entre os presentes, Júlio Mendes, o presidente do Vitória de Guimarães que elogiou o Sporting pelo bom trabalho levado a cabo que, no seu entender, deveria ter sido feito pela Liga de Clubes:
«Foram abordadas matérias que nos preocupam e o Sporting tomou a iniciativa de fazer o trabalho de casa e convidar os clubes a discutir os diplomas que regem a sua actividade. Como queremos ser parte da solução para o futebol nacional, tínhamos de estar presentes e louvar o que é construtivo. Isto foi uma demonstração cabal de que algo está mal. Esta discussão não deveria ter acontecido aqui em casa do Sporting, mas sim em sede própria, ou seja, na Liga dos Clubes. Não é o fim da Liga, mas quanto ao seu presidente, não sei. Vários assuntos mereceram consenso, como a questão do IVA aplicável a todos os clubes. Aí, foi unânime e não houve nenhum ponto discordante. As divergências foram de pormenor. Há que valorizar o trabalho que temos agora pela frente. Não estranho a ausência de ninguém. Quem não esteve que fale disso. Eu estou muito satisfeito por participar num grupo tão grande para discutir o que é urgente para o futebol português.»
Além da questão do IVA, já referido pelo líder vimarense - é pretendido que seja reduzido ao nível dos espectáculos de música para 13 por cento - algumas das propostas visam o aumento da protecção dos clubes formadores, uma maior profissionalização da arbitragem e transparência no processo de nomeação e classificação dos árbitros, o alargamento das competências dos assistentes de recintos desportivos e a regulamentação das apostas on-line como fonte de receitas desportivas.
Um assunto que vai ser alvo de debate aceso nos próximos tempos.
A Rádio Renascença reporta que dirigentes do Sporting e os representantes de Bruma estiveram hoje reunidos até cerca das 21h00 e que voltam a reunir-se amanhã para decidir o futuro do jogador. É indicado que existe um "clima propício a um entendimento", mas será melhor deixar mais comentários até as negociações serem finalizadas, de uma forma ou outra.
Não posso se não sublinhar que foi precisamente este curso que eu tenho vindo a sugerir, desde o primeiro minuto, e pasma-me que esta sugestão - por ser óbvia e lógica - tenha sido confrontada com tanta oposição aqui no blogue.
A notícia da RR pode ser lida aqui.
O nosso agradecimento ao leitor Sergiom pela referência.
A reunião entre o Sporting e o advogado de Bruma que estava agendada para esta sexta-feira não se chegou a realizar. De acordo com o que está ser noticiado, Bruno de Carvalho terá avisado que só se reunia se o jogador também fosse parte participante na reunião. Bebiano Gomes argumentou que o encontro se destinava a discutir questões de Direito relacionadas com o contrato e, por isso, a presença do atleta não era necessária. Perante este impasse, a reunião foi adiada, sem data definida.
Bem, um diferendo já muito complicado e cada vez pior. Até dá para compreender a intenção do presidente do Sporting - pretendendo que o assunto seja debatido na presença do atleta e, por ese meio, minimizar (des) informações em segunda mão através de representantes. Dito isto, é bastante discutível se ele está no seu direito de recusar reunir com pessoas devidamente autorizadas e mandatadas para o efeito, pelo jogador. Não exististindo boa fé entre as partes, tudo se torna mais complexo e difícil de resolver. Este caso de Bruma promete ainda muito mais, para pior, e é difícil neste momento ser optimista que uma resolução favorável ao Sporting seja acordada. No entanto, se em termos jurídicos o Sporting não estiver num vazio quanto à validade do contrato, esta postura firme poderá providenciar dividendos.
Adenda: Em declarações à Antena 1, o advogado do jogador explicou o seguinte. «Ligaram-me de manhã a pedir a presença do jogador na reunião. O Bruma também lhes disse que tem um advogado para tratar das coisas e que não iria à reunião. Disseram-nos então que o presidente iria viajar e que na próxima semana falávamos. O Bruma não vai estar na reunião de certeza, mas o Sporting está no seu direito de fazer o que entender, só acho que estão a brincar com fogo.»
A conferência de imprensa agendada por Bruno de Carvalho para as 12 horas foi adiada, aparentemente, para as 18h00. Fui informado há instantes de que vai haver uma reunião magna de todos os órgãos sociais às 13h00. Bem espero que tudo aquilo que indico no meu prévio post seja reconhecido por mentes mais sensatas e que decidam recorrer a meios mais ponderados para resolver esta muito delicada situação do Sporting.
Tive conhecimento, há instantes, de que os elementos da Mesa da Assembleia Geral do Sporting reuniram hoje em Alvalde, presume-se, para discutirem a possibilidade de uma sessão extraordinária, ou por sua iniciativa ou com base no requerimento que o movimento «dar rumo» anunciou pretender entregar na próxima semana. O presidente da Mesa prestou declarações à comunicação social no termo da reunião e muito embora me tenham sido descritas como muito ambíguas e até contraditórias, esperamos pela sua publicação, na esperança de que nos possam ilucidar quanto ao rumo - uma palavra muito em voga estes dias - que este órgão pretende seguir. Entre muitas carências dentro e em torno do Sporting, não há falta de «drama».
O Conselho Leonino - com cerca de 40 conselheiros presentes - esteve reunido durante mais de cinco horas e apesar da decisão não ter sido unânime, deliberou, face à estratégia económico-financeira apresentada, que é importante que o presidente Godinho Lopes e a Direcção levem o seu mandato até ao fim.
Como era de esperar, ninguém expressou satisfação pelo actual momento do Clube, nomeadamente os resultados desportivos, e até surgiram momentos tensos entre Godinho Lopes e Eduardo Barroso, mas tudo decorreu com grande liberdade de opinião e cordialidade. De algum modo surpreendente, o presidente da Mesa da Assembleia Geral afirmou que nunca foi sua intenção abandonar o cargo, apesar da sua afirmação de que «gostaria de voltar a ser adepto de bancada» e que esse assunto nem sequer foi debatido na reunião. Foi igualmente possível apurar que o Conselho Directivo equaciona alterar a estrutura do futebol profissional e contratar um «manager».
Em última análise, uma decisão louvável por parte dos conselheiros, com o bom senso a prevalecer, já que eleições antecipadas apenas serviriam para agravar uma situação já tão conturbada. Por razões que iludem a mente mais sensata, há quem não aceite o apelo à união, mesmo quando tanto indica que ela é crucial para assegurar a sustentabilidade do Clube, quer estrutural, quer desportiva. A deliberação dos conselheiros não implica aprovação a tudo que tem sido feito pelos actuais dirigentes, em contrário, mas serve para sublinhar que só por um curso construtivo será possível salvaguardar os interesses do Sporting. Deseja-se, muito sinceramente, que este sentido de paz interna e esforço comum não seja novamente abalado por um futuro resultado de menor agrado de um jogo de futebol. Sem pretender inferir um exacto paralelo entre situações, vem-me à ideia de que o hoje histórico Sir Alex Ferguson classificou o Manchester United na 11.ª posição, na «English Premier League», no primeiro e terceiro anos do seu consulado. Qual teria sido o seu destino e o do seu clube, caso não tivesse surgido um pensamento colectivo mais ponderado e visionário ?
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