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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Gastaram-se litros de tinta, usaram-se uns quantos quilos de palavras, passe o exagero, com interpretações, tão ou mais subjectivas, que o lance de penálti revertido no jogo Sporting-FC Porto. Do que foi dito e escrito, resulta um denominador comum: o homem do apito, esteve certo na sua decisão em função do que observou directamente, mas, ao mesmo tempo, esteve errado, de acordo com as imagens televisionadas, que lhe foram apresentadas pelo VAR. Assim sendo, a reversão acabou por ser correcta, ou por outras palavras, "escreveu-se direito por linhas tortas". Quando o assunto cair no esquecimento, a banda continua a tocar.
Imagens televisionadas? Começam aqui as contradições. Porque razão o VAR meteu o "bedelho" onde não devia. Sobre tudo o que li e ouvi, há uma posição unânime: o lance em causa não constituía um erro grosseiro do árbitro. E mesmo perante as imagens que têm aparecido, a intervenção do defesa portista na acção do avançado é susceptível de diversas interpretações. Também não se nega o contacto, o que se discute, fundamentalmente, é se teve ou não influência no seguimento da jogada.
Para não acrescentar mais litros ou quilos à polémica, coloco algumas interrogações: o que se passou na comunicação, que não devia ter existido, entre o VAR e árbitro? O que viu este nas imagens televisivas que o levou a mudar a sua anterior decisão? Não viu contacto? Se viu, calculou então a sua intensidade? Com que certezas mudou a decisão? Será que não os tem no sítio? Tem medo de quê ou de quem?
Em conclusão, o homem do apito foi célere na marcação da infracção, mas depois de uma conversa de "pé de orelha", mudou de agulha. Acredito que quando foi ver as imagens já tivesse a reversão decidida.
Vimos vários comentadores encartados a dizer que não era caso para VAR, mas que a sua intervenção repôs a verdade, a partir da dita conversa, que não podia ter existido. Que raio de coerência é esta? A verdade é que é fácil bater num clube sério como o Sporting CP, ainda por cima com o acordo de certas facções internas. Na realidade, não me lembro de ver estes comentadores mexer uma palha, contra as falcatruas que beneficiam outros clubes. A verdade é que não se "escreveu direito por linhas tortas" mas escreveu-se "torto por linhas direitas".
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