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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Os canoístas portugueses Emanuel Silva, Fernando Pimenta, João Ribeiro e David Fernandes qualificaram-se esta sexta-feira para a final de K4 1.000 metros, ao terminarem a primeira meia-final no segundo lugar.
A primeira meia-final foi conquistada pela Austrália, que gastou 2.58,222 minutos, apenas menos 11 milésimos de segundo do que o quarteto luso, sendo que a Sérvia foi terceira, a 1,414, e também se qualificou.
Isto, depois de disputarem a primeira série das eliminatórias e classificarem-se no quarto lugar, a 8,662 segundos do quarteto da Alemanha, que assegurou o apuramento directo para a final de sábado, às 10:12 locais (14:12 em Lisboa), que fecha o programa da canoagem.
Para chegarem à final principal, Silva, Pimenta, Ribeiro e Fernandes precisavam de ficar nos terceiros primeiros de uma das meias-finais, que se realizaram há cerca de uma hora.
Boa sorte na final !... Mais uma esperança para uma medalha olímpica para Portugal.
Tudo igual no reino da velocidade. Usain Bolt voltou a mostrar toda a sua categoria, conquistando o ouro nos 100 metros, com uma marca de 9,81 segundos. O jamaicano até partiu mal, chegou a parecer que o seu reinado estaria a terminar, mas ao seu estilo conseguiu uma ponta final de loucos e lá se chegou à frente para celebrar o tri nos 100 metros.
Com a melhor marca do ano, o jamaicano relegou para segundo Justin Gatlin (9,89) e o canadiano Andre De Grasse para terceiro (9,91), mantendo assim o sonho de voltar, também, a conseguir o ouro nas três provas de velocidade (100 metros, 200 metros e 4x100).
Mamona foi a primeira atleta a saltar no Estádio Olímpico, obtendo de imediato a marca de 14m39, um bom prenúncio para o que viria a seguir. Depois, nos ensaios seguintes, obteve 14m14, 14m45, 14m42, 14m65 (recorde nacional) e 14m59 (a sua segunda melhor marca de sempre).
Com este resultado, 14m65, a atleta portuguesa do Sporting superou o ex-recorde nacional (14m58), que estava por sinal na sua posse e que foi alcançado no recente Campeonato da Europa, quando conquistou o ambicionado título europeu.
O triunfo na prova foi para a colombiana Caterine Ibarguen, com a marca de 15m17. A surpresa foi a venezuelana Yulimar Rojas, com 14m98. A medalha de bronze foi para a até então campeã olímpica Olga Rypakova, do Cazaquistão, com 14m74.
Susana Costa ficou às portas do diploma olímpico conquistado por Patrícia Mamona, ao não saltar mais do que os 14,12 metros. Terminou na 9.ª posição, a um lugar do acesso às últimas três tentativas.
Eis a reacção de Patrícia Mamona:
«Foi a prova da minha vida. Estou super-contente porque esta época foi maravilhosa para mim. Recorde pessoal com mais 10 centímetros, que era o meu objetivo, recorde nacional outra vez. Título de campeã da Europa que não estava à espera e foi um sonho. Agora é desfrutar e depois pensar já em Tóquio 2020.
Acho que vale uma medalha para mim pessoalmente, porque foi o meu melhor. Eu sei que desde há quatro anos o objectivo era chegar aqui e saltar muito e foi o que fiz. Não foi uma desilusão não chegar a uma medalha, porque dei o meu melhor e as outras saltaram mais. Esta marca teria dado a prata em Londres 2012, mas não estamos em Londres, estamos no Rio e em Tóquio espero estar ainda melhor e conseguir um dia chegar às medalhas».
Sara Moreira
«Nestes treinos, desde que cheguei cá, viajei no domingo, basicamente não senti dor. Fiz um treino específico de séries na quarta-feira, no Estádio Olímpico, e não senti qualquer dor. Só por isso é que arrisquei à partida estar na Maratona, mas hoje, não sei o motivo, senti logo a dor muito cedo e era impossível continuar. Aqui no Rio fiz uma ecografia que não acusou absolutamente nada. A ressonância foi feita ainda em Portugal, a que acusou o edema. Viajei para cá e quando cheguei voltei a fazer testes que não acusaram nenhuma limitação. Eu fui treinando e pelo facto de ter conseguido correr sem dor é que arriscámos a minha partida na maratona, mas infelizmente a dor voltou, forte, e não consegui continuar.
Se hesitei antes de desistir? Hesitei. Pela dor tinha desistido logo aos dois quilómetros. Ainda fui aos 7. Há uma altura logo a seguir ao abastecimento que falo com as minhas colegas e lhes digo que estou a sentir muita dor. A Dulce disse-me para esquecer a dor, mas era impossível porque a dor era muito forte, não me permitia. Ninguém mais do que eu queria correr esta maratona, queria acabar no Sambódromo, mas não foi possível».
Jéssica Augusto
«Foi uma dor que me apareceu no último treino em Portugal, quando cheguei aqui fui vista pelo médico, fiz um exame. Era um pequeno edema no grande adutor, que à partida estaria controlado, mas ressenti-me um pouco. Não quero que isso seja encarado como uma desculpa. Apenas não estive bem e não correspondi àquilo que estava a valer.
Não estava a entrar na corrida, não me senti muito bem, para além de ter sentido um incómodo de uma dor que me apareceu no fim de semana passado, numa virilha. Não estava nos meus dias, não me senti bem durante a corrida e acabei por desistir.
Eu não desisti pelo calor, não foi o motivo que me levou a desistir. Não senti o calor, aliás tínhamos muitos pontos de abastecimento, com água e esponjas, que davam para contrariar o calor».
Dulce Félix
Depois da selecção de futebol ter sido ontem eliminada do torneio olímpico, o dia de hoje não está a correr de feição, até agora, aos atletas nacionais em prova.
Na maratona feminina, prova em que Portugal sentia confiança nas performances de Sara Moreira, Jéssica Augusto e Dulce Felix, o resultado não podia ser muito pior. Sara ressentiu-se da lesão que a abalou nos últimos dias e acabou por desistir depois de cerca de 7 quilómetros. Jéssica, a sétima classificada em Londres'2012, abandonou a prova a aproximar os 20 quilómetros. Desconhecem-se as razões da sua desistência neste momento.
Ficou Dulce Felix para "salvar" a honra nacional, terminando a prova em 16.º lugar, a 6,35 minutos da vencedora, a queniana Jemima Sumsong, seguida por Eunice Kirwa (Bahrain) e a etíope Mare Dibaba a fechar o pódio.
Esperamos que na final do triplo salto, a realizar-se mais à noite, com Patrícia Mamona e Susana Costa, haja causa para alguma alegria.
A judoca Telma Monteiro conquistou a primeira medalha para Portugal nestes Jogos Olímpicos (e 24.ª em todas as Olimpíadas para o nosso país), a de bronze, após vencer a romena Corina Caprioriu, na categoria de -57 kg. Com este resultado, iguala o melhor resultado de sempre do judo nacional em Olímpiadas, ao lado da medalha de bronze de Nuno Delgado, em Sidney 2000.
"A medalha não é minha, é de Portugal"
Parabéns Telma !
Patrícia Mamona
«Todos os atletas sonham com uma medalha nos Jogos Olímpicos, mas dar o meu melhor pode não chegar para a medalha. Vou lutar e uma medalha até pode acontecer. Mas tenho de ser realista: há quatro anos, em Londres, não fui à final do triplo salto por dois centímetros e a candidata do ranking a ganhar a prova ficou em segundo lugar. Esta competição é aberta e os favoritos não definem um campeão».
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