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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A SPORTING CLUBE DE PORTUGAL – FUTEBOL, SAD (adiante Sporting SAD ou Sociedade) vem, nos termos e para efeitos do cumprimento da obrigação de informação que decorre do disposto no artigo 248.º-A, n.º 1 al. a) do Código dos Valores Mobiliários, informar o mercado que, na presente data, celebrou um acordo relativo à transferência de RUI PEDRO DOS SANTOS PATRÍCIO para o WOLVERHAMPTON WANDERERS FOOTBALL CLUB (1986) LIMITED no valor de €18.000.000,00 (dezoito milhões de euros).
Por via do acordo celebrado o Jogador e a Sociedade renunciaram a quaisquer direitos de que pudessem ser titulares em virtude do contrato de trabalho desportivo e da resolução unilateral promovida pelo Jogador.
Lisboa, 31 de Outubro de 2018
O Representante das Relações com o Mercado
*** Na realidade, os mesmos valores que já tinham sido negociados pelo ex-dirigente Guilherme Pinheiro e o clube inglês, e que só a irresponsável intervenção do presidente destituído impediu a transferência na altura, exigindo mais dois milhões de euros à última da hora.
A Comissão Arbitral Paritária reconheceu justa causa a Rui Patrício e Daniel Podence "para efeitos meramente desportivos", reconhecendo assim o direito de "desvinculação desportiva".
Em termos legais o processo continua na justiça, uma vez que a CAP tem pouco mais do que uma missão administrativa: confirmou que o pedido de rescisão foi feito segundo os procedimentos necessários e libertou os jogadores para assinarem por outros clubes.
A decisão sobre a muito importante justa causa, que poderá eventualmente implicar o pagamento de indemnização, caberá ao Tribunal do Trabalho ou ao Tribunal Arbitral do Desporto, dependendo do que está estabelecido no contrato rescindido.
Estes foram os primeiros jogadores a rescindir na sequência das agressões na Academia Sporting. Rui Patrício rumou ao Wolverhampton e Daniel Podence ao Olympiacos.
Em resumo, nada de extraordinário e que não fosse já esperado.
Nota: Um pouco à parte de decisão da CAP, mas nem por isso menos pertinente, eis o que Christian Karembeu - director para as relações internacionais do Olympiacos - teve para dizer:
"O Odjidja é um jogador que é seguido há muito pelo Sporting, sabemos que há interesse. Não é impossível que possa haver negócio, basta que apresentem a proposta certa. Agora, será sempre à margem do negócio de Podence. O Podence é nosso, já assinou, está na nossa casa e já não sai. Apesar disso, o Sporting é um clube amigo e vamos encontrar uma solução. Não queremos ficar reféns de uma decisão do tribunal [quanto à razão que assiste aos jogadores para alegarem justa causa na rescisão unilateral de contrato] e vamos chegar a um entendimento. Não vai haver guerra. O Sporting e o Olympiacos vão chegar a um acordo. Não vai haver guerra por Podence"
Está montada uma grande discussão em redor de Rui Patrício.
Do seu ‘sportinguismo’ ou até da falta dele. Das motivações que o levaram a rescindir, alegando justa causa, com o clube que o formou como homem e jogador. Dezoito anos não são dezoito dias e quem passa tanto tempo ligado a uma instituição nunca a pode esquecer. Pelos momentos bons assim como pelos momentos maus. Os sentimentos são ambivalentes e contraditórios e, muito por isso, os adeptos estão divididos. No apoio e nas críticas, algumas das quais muito duras e destrutivas.
Os adeptos continuam ligados a uma ideia antiga mas desactualizada, desde que o futebol se profissionalizou, na ‘era da industrialização’.
Os jogadores podem começar por ser adeptos e revelar o seu afecto ou simpatia por um determinado emblema, mas têm de fazer uma carreira ‘em 20 anos’, grosso modo, e nesse ciclo têm de olhar para os seus contratos e para aquilo que podem encaixar, aqui ou na Conchichina. Por si próprios, hoje e no futuro, e pela suas famílias.
Quem não entende isto, não entende nada. Há jogadores mais ou menos ‘romantizados’, no sentido de serem mais ou menos susceptíveis às questões de um certo ‘amor clubístico’, e é a estes – os mais ‘romantizados’ – que os clubes devem prestar maior atenção. Se o Sporting (com Bruno de Carvalho) tivesse tido a percepção banal de conciliar a oferta de um bom ordenado e outras compensações com a criação de um bom ambiente, no qual um dos seus ‘capitães’ e figura de proa do plantel se sentisse desejado e bem tratado, estou certo de que Rui Patrício estaria ganho para terminar a sua carreira em Alvalade.
Haver ofertas externas ou a intenção de se melhorar as condições contratuais não pode ser observado como um sacrilégio. É algo absolutamente normal no futebol hodierno. É natural, pois, que - enquanto esteve de leão ao peito - Rui Patrício tivesse sido colocado em sobressalto, várias vezes, com a ideia de mudar e sair. Normal, repito. Esta coisa de querer fazer dos jogadores-emblema uma espécie de monges de mosteiro é uma coisa tão disparatada como querer misturar questões de fé com dinâmicas profissionais, do foro técnico-desportivo.
O que aconteceu na Academia, em Alcochete, é algo que nunca deveria ter acontecido – e a razão pela qual coisa idêntica nunca aconteceu em qualquer Academia do Mundo demonstra a singularidade e a gravidade da situação.
Neste plano, Rui Patrício foi colocado debaixo de uma pressão não apenas inusitada mas também insustentável. Qualquer dirigente com dois palmos de testa entenderá que um jogador não tem apenas direitos como não tem apenas deveres. Direitos e deveres devem andar de mão dada. E isto é válido para todos aqueles que constituem as estruturas dos clubes de futebol.
Fazer dos jogadores uma espécie de escravos-de-luxo, ligados roboticamente aos seus ‘grandes ordenados’, sem qualquer respeito por aquilo que são as suas convicções e sentimentos, tentando dominá-los como se fossem cães de trela passeados pelo dono, foi aquilo que Bruno de Carvalho quis fazer deles, no auge de uma visão tão obcecada quanto funcionalmente ofensiva dos valores mais basilares de convivialidade e tolerância.
Rui Patrício foi ofendido e humilhado. A ‘chuva de tochas’ com que foi mimoseado e ironica e hipocritamente ‘celebrado’, numa das balizas da qual foi principal guardião durante anos a fio, foi apenas uma ínfima parte de uma estória de ‘humor negro’.
O Sporting nunca podia ter perdido Rui Patrício nas condições em que o perdeu e o único culpado foi o ex-presidente dos ‘leões’, que não soube lidar nem com a fama, nem com o sucesso que chegou a ter, nem com o monstro que deixou desenvolver dentro de si próprio.
Rui Patrício tinha todo o direito de um dia poder assinar por outro clube e sair do Sporting, mas nunca nas condições em que aconteceu. É evidente que o Wolverhampton é de menos para um dos melhores guarda-redes europeus; é evidente que Jorge Mendes chamou para si a gestão do negócio e da carreira de Patrício – e também parece óbvio que o ‘Wolves’ só pode ser um clube de passagem…
Como parece óbvio que, quando assinou pelo Wolverhampton, Rui Patrício não acreditou que Bruno de Carvalho iria ser destituído ou saísse da presidência. Tê-lo por perto era um pesadelo – e não apenas para o ex-capitão do Sporting. Os ‘símbolos’ nunca se destroem, mesmo quando parecem destruídos.
Rui Santos
Caros Sportinguistas
Após muitos ruídos e acontecimentos de que o Sporting Clube de Portugal e Eu, fomos alvo recentemente, remeti-me ao silêncio... não por ausência de sentimento, nem por falta de argumentos válidos, mas sim, por respeito ao Sporting Clube de Portugal e aos seus adeptos.
Neste momento, já existe espaço para que possa dizer, em linhas breves, aquilo que sinto e o porquê da minha atitude reservada.
Suportei e vivi muitas situações menos positivas, para poder representar o meu clube, dando sempre o máximo de mim e sendo soberana, a minha vontade de honrar a camisola que vestia desde os meus 12 anos, bem como transmitir esses valores para todos os meus colegas, enquanto um dos capitães e um dos jogadores com mais anos de casa desta equipa, que sempre me orgulhou e irá continuar a orgulhar pela sua força e determinação genuínas!
Mas também sou um ser humano... de carne e osso, igual a todos vocês, e por isso tive de tomar uma decisão. Os motivos que me levaram a sair são hoje conhecidos por todos vós... São de conhecimento público... as causas descritas na minha rescisão.
Nunca faltei ao respeito a ninguém nem nunca o irei fazer, pois o meu silêncio até hoje, foi exclusivamente por respeito a todos!
Até ao momento da minha rescisão, tinha-se tornado insustentável a minha continuidade, por comprometer a minha produtividade profissional perante o meu Clube, e por essa crucial razão, não estariam jamais, reunidas as condições para exercer a minha actividade profissional no Sporting.
Esta foi a minha casa durante 18 anos, sim a minha casa!
Passei mais tempo no Sporting do que em casa dos meus Pais…
Para além dos meus Pais... Sim foi o Sporting que me formou e me transformou naquilo que sou hoje, não só enquanto Sportinguista, mas também enquanto profissional e ser humano. Foi sem dúvida uma casa que me criou a todos esses níveis!
Seria impossível da minha parte "Virar Costas" ou prejudicar esta grande Família.
Por isso respeito e vou sempre respeitar todas as opiniões dos adeptos, agradecendo todo o apoio que me deram ao longo de todos estes anos... e vou continuar a acompanhar de perto e com o coração, este meu Grande Clube.
Após todos estes anos, esta não era a forma que imaginava de me despedir do meu clube e de todos Vós , mas espero que guardem convosco aquilo que sinto!!! Que sou e sempre serei um Leão!!
Rui Patrício
Uma história de espanto e de revolta
Rui Patrício era o jogador mais importante do Sporting. Depois dele, William de Carvalho e Bruno Fernandes eram os melhores jogadores da equipa. Gelson Martins era o jogador mais promissor. Bas Dost era o goleador. Podence e Rafael Leão eram duas das maiores esperanças leoninas. Battaglia era sempre de grande utilidade. Ruben Ribeiro era de outro “campeonato”. Agora já não são jogadores do Sporting e o sentimento dominante é de espanto e de revolta.
De espanto pela forma como o assédio moral praticado sobre os jogadores pôde avançar até um ponto tal que estes apresentaram a rescisão laboral com justa causa. Na verdade, verificou-se no Sporting o que na lei é tipificado como assédio moral. Essa conduta decorreu publicamente, perante o aplauso de uns e o repúdio de outros. Agora, é evidente para quase todos os sportinguistas que se tratou de gestão danosa.
De revolta porque não voltarão a jogar com a camisola leonina. Isso é quase certo. Mas, a revolta é ainda maior porque alguns deles “cresceram” na Academia leonina. Não aceito a razão para a rescisão afectiva, apesar de compreender o motivo para a rescisão laboral. Não aceito que tenham quebrado o sentimento de “pertença”, um sentimento que implica formas de sociabilidade e de solidariedade específicas.
O futebol, como grande fenómeno social, cultural e desportivo, possui a qualidade de fazer guardar na memória dos seus adeptos um núcleo de sinais de glória e de afirmação clubística. No Sporting, que possui uma fortíssima identidade, esses sinais integram a sua própria História. Ainda que tenham razão jurídica, os jogadores que rescindiram com o Clube, renunciaram à possibilidade de integrar a restrita plêiade dos grandes ídolos dos sportinguistas. Entre todos eles, o nome de Rui Patrício é o que ocorre em primeiro lugar.
Numa mensagem publicada no Facebook, o rastejante lunático do presidente anunciou que vai avançar com processos-crime contra Rui Patrício e Daniel Podence.
Não é preciso ser um sábio extraordinário para compreender que estas medidas não são mais do que retaliação pelas rescisões unilaterais dos dois jogadores.
Cada vez mais aproximo-me da conclusão que o figurante - sem o admitir - já reconheceu que os seu dias na cadeira da presidência do Sporting estão contados, e a curto prazo, mas antes de ser banido vai fazer todo o estrondo ao seu alcance, com total indiferença pelos danos que causa ao Clube.
Já se torna difícil despender tempo e energia com o que este desprezível homem tem para dizer, mas vejamos o texto que publicou no Facebook:
"As rescisões que foram apresentadas representam um crime gravíssimo de difamação e calúnia que não vai ser deixado em claro, pelo que, para além das questões desportivas e de indemnização ao Clube, ainda estarão a braços com um processo crime pelas acusações inacreditáveis que fizeram e que terão de provar em sede de processo cível.
Estou farto de chantagens de advogados e agentes, e enquanto mandar, o Sporting não vai negociar nenhuma renovação ou venda - a não ser as já previstas - até 15 de Junho.
Por isso, se querem chantagear com rescisões, rescindam já, pois nunca vos será dada razão e eu não cederei a chantagens. Se é para fazer, façam já, e, em termos legais, cá estaremos para defender a verdade e o Sporting Clube de Portugal. Se não é isso que querem, mandem parar os vossos advogados e agentes.
O clube tem tudo para ser feliz e desafio a oposição apresentar nos serviços do Clube, a partir de segunda-feira, o pedido de uma Assembleia Geral destitutiva do Conselho Directivo. Se cumprir a lei e os preceitos todos regulamentares, será realizada num espaço temporal de cerca de 8 a 10 dias - está nas mãos dos Sportinguistas.
Acabem com as ameaças. Entreguem e marcamos, ponto final! Transformamos o ponto de discussão da AG de dia 17 nesse pedido de destituição, com todas as condições de segurança e de fidedignidade dos resultados.
O Sporting CP tem já tantos putativos candidatos que os Sportinguistas têm o futuro assegurado: Álvaro Sobrinho para dono da SAD com Ricciardi, Varandas, Figo, Pedro Baltazar, Poiares Maduro, Dionísio Castro, Rogério Alves, Pedro Madeira Rodrigues... E mais vão surgir. Não têm de ter medo. É decidir se quiserem eleições agora".
Um autêntico discurso de fantoche, com várias provocações ardilosas à mistura destinadas aos mais incautos.
Rui Patrício é o jogador com mais jogos realizados pelo Sporting. Deixa de jogar de "leão ao peito", ao fim de quase duas décadas. Tinha 11 anos quando entrou para a formação do Sporting, em 2001. Desde então, não conhece outra casa. O guarda-redes, natural de Leiria, passou pelos sub-15, sub-17, sub-19, até chegar ao plantel principal em Julho de 2006. Estreou-se nos seniores aos 18 anos, nos Barreiros, frente ao Marítimo, num jogo em que o Sporting venceu pela margem mínima e ele defendeu um penálti.
Se nas camadas jovens venceu seis campeonatos em seis temporadas, na equipa principal conquistou apenas cinco troféus em 12 anos, nenhum deles de campeão nacional. (2 Taças de Portugal, 2 Supertaças e uma Taça da Liga)
Nos últimos doze anos, Rui Patrício passou mais de 41 mil minutos (41,352) a tentar evitar que a bola entrasse na baliza dos leões. Conseguiu-o em 179 jogos. Contudo, por 444 vezes viu a bola tocar nas redes leoninas. Uma média de um golo sofrido a cada 93 minutos.
Com a camisola do Sporting - quase sempre o número 1 - Patrício fez 460 jogos, a grande maioria (70,9%) no campeonato nacional. Um número que faz dele o jogador com mais jogos oficiais pelos leões. A marca foi alcançada esta época, quando ultrapassou o lendário Hilário, que tinha feito 453 partidas de leão ao peito.
Os números permitiram-lhe entrar para a história do Clube também pela série de 93 jogos seguidos como titular no campeonato, quebrada na última jornada de 2014/15, depois de ter sido totalista nas duas épocas anteriores.
Nas 12 temporadas em Alvalade, viu o cartão vermelho por três vezes. A primeira ocorreu em Alvalade diante do Barcelona, em 2008. As outras duas expulsões foram na época 2015/2016, primeiro frente ao Skenderbeu, na Liga Europa, depois frente ao Tondela, em jogo do campeonato português.
Ao 30 anos - e depois de quase duas décadas dedicadas ao Sporting, Rui Patrício deixa Alvalade. Tinha contrato até 30 de junho de 2022, mas rescindiu unilateralmente com o Clube. Segundo o Transfermarkt, o seu actual valor de mercado é de 16 milhões de euros.
Soraia Quarenta, Advogada da Associação Portuguesa de Direito Desportivo, comenta a rescisão de Rui Patrício em entrevista à Rádio Renascença, na qual afirmou que o guarda-redes estará livre para jogar por outro clube se a rescisão for comunicada e validada por todas as entidades:
"A rescisão tem de ser comunicada à Federação, à Liga e ao Sindicato dos Jogadores. Depois de comunicada a essas entidades todas, tem de ser confirmada pela Comissão Arbitral Paritária (CAP), em termos de efeitos desportivos. Depois de confirmada pela CAP, Rui Patrício estará livre para prestar a sua actividade a uma outra entidade.
Questão diversa será a razão, ou não, a atribuir à justa causa. Isso terá de ser decidido no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), que será chamado a pronunciar-se sobre o assunto.
Como a época já terminou, estou em querer que será um processo célere, uma vez que o jogador precisa de operar a rescisão para poder arranjar uma outra entidade patronal ou decidir sobre o seu futuro. Creio que a CAP, sensível a essa questão, não demorará muito. Outra coisa será em tribunal, mas aí o jogador estará livre.
O desfecho do processo será sempre uma indemnização. Resta saber se ao clube, se ao atleta".
Apenas algumas mensagens de Bruno de Carvalho, enviadas para os jogadores através do Whatsapp, que integram o processo de rescisão de Rui Patrício:
Mensagem enviada a Rui Patrício por Bruno de Carvalho no dia 20 de Janeiro de 2018, após o empate com o V. Setúbal
"Eu sou o Presidente, Como tal tenho de estar ao vosso lado nos bons e maus momentos. Mas eu também sou profissional e adepto deste Clube que amo. Este resultado colocou-me num estado de nervos que não merecia. Tive de ser assistido no hospital. Eu não mereço, a minha família, que precisa de mim, não merece e os sportinguistas não merecem.
Eu vivo o meu papel de Presidente com amor mas também é a minha vida profissional e cada mau resultado coloca em causa a mesma.
Milhares de sportinguistas vão os estádios por todo o país sem dinheiro para comer depois.
Bem sei que nada se perdeu hoje sem ser dois pontos mas a verdade é que colocámos em tristeza profunda milhões de pessoas que só querem de vocês ser felizes. Que hoje tenha sido a nossa última frustração deste ano. Que a partir de agora só conseguimos dar alegrias...
Bem sei que nada se perdeu hoje sem ser dois pontos mas a verdade é que colocámos em tristeza profunda milhões de pessoas que só querem de vocês ser felizes. Que hoje tenha sido a nossa última frustração deste ano. Que a partir de agora só consigamos dar alegrias a todos. Já chega de falhar. Já chega de "para o ano é que é", já chega de não dar alegrias que os sportinguistas merecem.
Não vale a pena perder pontos e chorar. Temos é de chorar se preciso é para ganhar sempre os três pontos. Que hoje seja a viragem em definitivo.
Nada se ganha até o árbitro apitar e somos demasiado profissionais para errar.
Atitude e Compromisso para ganhar as quatro competições onde estamos! Esta época não podemos falhar. Esta época já não temos mais desculpas para dar. Este ano cada objetivo que falharmos será totalmente imperdoável e seremos os únicos culpados. Vamos tirar desta frustração a força final para ganhar tudo pois eu não vou tolerar que seja diferente."
Mensagem de Bruno de Carvalho para os capitães, a 19 de Março, no dia a seguir à vitória em casa com o Rio Ave
"Boa noite. E depois dizem-me que eu não defendo o grupo. Vocês são uns convencidos que não respeitam nada nem ninguém. Agora podem ir mostrar isto ao grupo, ficarem amuados mas realmente é uma decepção as v/atitudes.
Quanto ao jogo, feliz pela exibição, plena de Atitude e Compromisso. Um dia importante dedicado aos pais (com os jogadores a entrarem com os filhos) e ao enorme Peyroteo (pontapé de saída pelo seu filho, camisolas e inauguração da Tribuna Peyroteo). Que melhor forma de fazer estas duas homenagens do que ganhar e proporcionar um sorriso e uma alegria a todos os que vivem este Clube.
Mas hoje também era o início de uma ação de solidariedade que os jogadores decidiram ignorar. Aqui não existem toupeiras, emails estranhos, jogos pagos para perder, vouchers, frutas ou seja lá o que for, mas temos de ter sentido de respeito pelos adeptos e pelo Clube. Ganhar jogos é bom, mas faz parte de servir este Clube. Mas isso não esconde tudo, nem servirá de desculpa para este tipo de atitudes.
O Sporting CP é um Clube com princípios, valores e regras, e quem não souber o que são regras vai ter de as aprender rapidamente.
Um dia que tinha tudo para ser um grande dia, mas que fica manchado e não existia razão para isso. Eu vivo 24h para este Clube. Amo-o com todas as minhas forças. Não posso assistir de forma impávida e irresponsável a estes atos de vedetismo.
Para mim as vedetas do Sporting CP sempre foram e sempre serão aqueles que lhe juraram ser fiel e amor eterno: os Adeptos e, sobretudo, os Sócios!
São estas atitudes, entre outras, que me deixam cada vez mais intrigado, pois nas restantes modalidades nunca se assistiu a coisas destas. Quererá isto dizer que o dinheiro que se ganha é proporcionalmente inverso ao respeito que acham que têm de ter pelos pedidos do Clube?
E qual o papel dos capitães no seio dos grupos?
Vocês são uns felizardos numa sociedade cada vez mais pobre e com carências... o que vocês fazem, provam o que é pobreza de espírito.
Que merda andar sempre a sentir isto de vocês.
É um desalento que já não existe paciência.
Não tinha custado nada e eu escusava de me sentir assim".
Mensagem enviada a Rui Patrício e William de Carvalho no dia 6 de Abril
"Boa tarde. Após o jogo do Paços vamos ter a conversa mais séria que vocês tiveram na vossa vida. Tenho 4 filhas e não tenho paciência para amuos ou falsos profetas. Vão perceber de vez o vosso lugar. Crianças amuadas não pertencem ao Sporting a não ser o da Covilhã".
Há muito mais, mas estas deixam uma ideia da constante pressão de Bruno de Carvalho sobre a equipa.
Na conferência de Imprensa realizada hoje, a propósito da rescisão do contrato com justa causa pelo jogador Rui Patrício, o Presidente da Sporting SAD acusou a Gestifute de fazer “chantagem” (“ou nos pagam mais de 7 milhões ou não há negócio”). Nada mais longe da verdade.
Foi a Sporting SAD, através do seu Administrador Executivo Dr. Guilherme Pinheiro e do seu advogado interno que, no passado dia 23 de Maio, pediu encarecidamente à Gestifute que tentasse conseguir uma proposta para a transferência do jogador Rui Patrício, de modo a evitar a rescisão iminente deste, e propôs que, simultaneamente com esse pedido de intervenção, se resolvesse o diferendo com a Gestifute relativo ao jogador Adrien Silva, sem prejuízo algum do pagamento da contrapartida devida à Gestifute, já anteriormente contratualizada, pela própria transferência do jogador Rui Patrício.
O referido diferendo relaciona-se com a intervenção da Gestifute na renovação do contrato do jogador Adrien Silva, a qual teve lugar também a pedido do Sporting, em 2012, numa situação em que o mesmo Sporting corria o risco de o jogador ficar livre (à semelhança, aliás, do que ocorreu na mesma altura quanto ao próprio Rui Patrício). Em contrapartida desses serviços, a Gestifute não cobrou de imediato qualquer importância, ficando a sua remuneração dependente de uma futura transferência, consistindo numa percentagem do preço respectivo, a qual não foi devidamente saldada aquando da transferência de Adrien Silva para o Leicester.
O pedido dirigido à Gestifute, bem como o acordo quanto aos valores a pagar pela Sporting SAD à Gestifute e ao próprio jogador Rui Patrício, eram do conhecimento e mereciam a concordância expressa do Presidente da Sporting SAD, conforme foi expressamente garantido à Gestifute pelos representantes da Sporting SAD; tais valores, aliás, constam expressamente das minutas contratuais, validadas por tais representantes.
Nada neste processo — rigorosamente nada — decorreu por iniciativa da Gestifute, a qual se limitou a aceder a uma quase súplica do Sporting, e unicamente pela consideração devida a esta instituição.
A Gestifute tudo fez para conseguir obter o acordo de um clube inglês para a transferência do jogador Rui Patrício pelos 18 milhões de euros pretendidos pela Sporting SAD, tendo inclusivamente o jogador, satisfeito com esta possibilidade, realizado ontem exames médicos, com autorização da Sporting SAD. Tudo isto, mais uma vez, com o conhecimento e concordância expressa do Presidente da Sporting SAD.
De forma totalmente surpreendente, o negócio acabaria por fracassar ontem ao fim da tarde quando o Administrador Executivo da SAD, Dr. Guilherme Pinheiro, visivelmente constrangido e embaraçado, transmitiu à Gestifute que o Presidente da Sporting SAD afinal exigia um aumento no preço de 2 milhões de euros: “mais dois milhões ou não há negócio” — o que foi recusado de imediato pelo clube comprador. Em duas palavras: o negócio não fracassou por qualquer chantagem da Gestifute; o negócio fracassou por força de uma exigência adicional inopinada e de última hora ao arrepio das condições já perfeitamente definidas e acordadas.
Todos estes factos poderão ser naturalmente confirmados pelos referidos administrador executivo, Dr. Guilherme Pinheiro, e advogado interno, supondo que à sua obrigação de não faltarem à verdade não se sobreponha um outro qualquer dever deslocado de lealdade para quem definitivamente não a merece.
O jornal Record noticia esta sexta-feira que Rui Patrício terá rescindido contrato com o Sporting.
Esta decisão surge depois de Bruno de Carvalho ter travado a saída do guarda-redes para o Wolverhampton, que já teria tudo acertado para se mudar para o clube inglês.
A equipa que esta época foi promovida à Premier League ofereceu 18 milhões de euros pelo internacional português, mas exigências de última hora do presidente leonino, que pediu mais dois milhões de euros, fizeram abortar o negócio.
Perante esta postura de Bruno de Carvalho, Rui Patrício terá decidido avançar para a rescisão unilateral do contrato, alegando justa causa.
O desportivo adianta ainda que esta decisão do capitão dos leões poderá ser seguida por outros colegas de equipa, isto porque o guarda-redes é um dos elementos mais respeitados no balneário.
Comunicado oficial enviado pela Sporting SAD à CMVM:
A SPORTING CLUBE DE PORTUGAL – FUTEBOL, SAD vem, nos termos e para efeitos do cumprimento da obrigação de informação que decorre do disposto no artigo 248º, nº1 al. a) do Código dos Valores Mobiliários, informar o mercado que recebeu, na manhã de hoje, por fax e email, documento subscrito pelo jogador Rui Pedro dos Santos Patrício, nos termos do qual este comunica a resolução do seu contrato de trabalho desportivo, com invocação de justa causa. A referida comunicação, os seus efeitos e consequências estão a ser objecto de analise pela Sociedade.
O Representante das Relações com o Mercado
Lisboa, 1 de Junho de 2017
Rui Patrício
Hoje à tarde quando Rui Patrício subir ao relvado do Jamor, na memória de muitos sportinguistas estará a final da Taça de Portugal com o SC Braga em 2015, a reviravolta épica no marcador, o empate no prolongamento e aquela série vertiginosa de remates da marca grande penalidade.
No momento dos penalties, apesar de estar fisicamente limitado, Rui Patrício nunca se intimidou e olhou inquiridor para o adversário, procurando sempre que ele assumisse a iniciativa. Aguardar até ao último milésimo de segundo foi um jogo psicológico que confundiu os bracarenses. Estes, com as pernas a fraquejar depois do sofrido percurso desde o meio do campo e um estádio inteiro com os olhos postos neles, esperavam que o guarda-redes se denunciasse por um breve movimento. O keeper leonino, do alto do seu metro e noventa, fez orelhas moucas e aguentou o braço de ferro enquanto “escondia” a baliza.
Só Alan é que o conseguiu enganar. Confiante, ele sabia que alguma vez os marcadores chutariam com menos força ou revelariam a direcção do pontapé. Então, num ápice, num movimento felino no instante do remate, qual predador, ávido, Rui Patrício agarrou a bola ou afastou-a do risco fatal. Subitamente, ficou tudo consumado. A competência técnica e emocional de Rui Patrício transformou-o no herói do jogo e, numa correria louca desde o meio do campo, os companheiros de equipa apressaram-se para o vitoriar e gritar o seu nome.
Foi assim que tudo se passou naquela final da Taça de Portugal, no mítico Estádio Nacional, entre o guarda-redes do Sporting e os jogadores do Braga que se aproximaram da marca de grande penalidade.
Fiquei estupefacto, e triste, ao ler reportagens desta segunda-feira, através das quais é noticiado que um grupo de cerca de 15 adeptos leoninos esperavam pelos jogadores do Sporting na garagem onde estes estacionam os seus carros em Alvalade e tentaram agredir Rui Patrício.
Terá sido necessário a intervenção de outros jogadores e dos seguranças presentes no local, para evitar que se chegasse a vias de facto.
Uma situação que causou muita estranheza, pela presença dos adeptos naquele local, uma vez que a polícia tinha montado um cordão de segurança no exterior do estádio, onde também estavam alguns sportinguistas que vaiaram os jogadores à medida que iam saindo da garagem nas suas viaturas.
Sendo verdade - e neste momento não há razões para duvidar das reportagens noticiosas - condena-se a absoluta estupidez destas acções e recapitulamos o incidente do dérbi, em que dezenas de tochas foram arremessadas precisamente para a baliza ocupada por Rui Patrício, com as claques a surgirem posteriormente com explicações que não convenceram ninguém sobre a inocência da acção.
Em resumo, não podemos classificar estas ocorrências como casuais incidentes de ocasião, mas sim acções premeditadas com mão de obreiro, seja quem ele for. Curiosamente - ou talvez não - ainda não se verificou um único comunicado do presidente e/ou do Conselho Directivo do Sporting a condenar as acções das claques.
Ao assumido interesse do Nápoles junta-se o do Wolverhampton, que assegurou a subida à Premier League depois de se sagrar campeão do Championship. O clube que tem como treinador Nuno Espírito Santo - um antigo guarda-redes - pondera pagar 30 milhões de libras pelo titular do Sporting e da Selecção Nacional, o que perfaz uma verba a rondar os 34 milhões de euros.
O negócio de uma possível transferência de Patrício para o clube inglês está a ser tratado por Jorge Mendes, empresário que tem boas relações com a Fosun, empresa que detém a maioria das acções dos Wolves. Além do mais, Jorge Mendes já foi empresário do guarda-redes, que terá sempre uma palavra a dizer, pois de um lado está um candidato ao título italiano com assento na Liga dos Campeões, ao passo que do outro está uma formação sem grandes ambições de conquistar troféus e que, previsivelmente, lutará pela permanência na Premier League.
Com tudo isto, desconhece-se as exigências da Sporting SAD - personificadas em Bruno de Carvalho - tendo em conta que existe uma cláusula de rescisão no valor de 45 milhões de euros.
Segundo o Diário de Notícias, as recém-negociações entre Rui Patrício e o Nápoles estão adiantadas ao ponto do guarda-redes já ter aceite a proposta financeira dos italianos, faltando o entendimento entre clubes.
O interesse napolitano já vem de longa data, mas o Sporting tem-se mostrado irredutível quanto à sua permanência. Na próxima temporada, no entanto, o cenário poderá ser diferente, dado que o recente "conflito" entre Bruno de Carvalho e os jogadores levou a que o guarda-redes contemplasse o cenário de uma saída no final da época.
Nos últimos dias, Rui Patrício terá recebido a proposta financeira por parte do Nápoles, superior a dois milhões de euros por temporada, e mostrou-se receptivo continuar a sua carreira em Itália a partir de Julho, segundo fonte próxima do processo.
Do lado do Sporting há também disponibilidade para negociar um dos capitães de equipa, até porque assim poderia libertar um dos principais salários do plantel, na ordem dos 1,5 milhões de euros. Para que a transferência se concretize, no entanto, o Nápoles terá de subir a oferta que já chegou a propor na temporada passada, na ordem dos 13 milhões de euros.
Bruno de Carvalho nunca aceitou negociar Rui Patrício abaixo dos 25 milhões de euros, mas nesta altura até admite baixar um pouco as suas pretensões, embora sempre acima dos 20 milhões - ou pelos menos perante uma oferta que, mediante objectivos, atinja esses valores.
Essa verba não assusta o clube italiano, liderado por Aurelio de Laurentii, que nos últimos tempos tem vindo a gastar muitos milhões com o objectivo de parar a hegemonia da Juventus na Série A.
Refira-se que caso o entendimento entre todas as partes não seja possível, o cenário de saída de Rui Patrício mantem-se em perspectiva, pois o guarda-redes tem outros clubes interessados na sua contratação, designadamente de Inglaterra e de Espanha.
No top 5 dos mais caros?
Caso a transferência se concretize por verbas na ordem dos vinte milhões de euros, como o Nápoles está disposto a colocar em cima da mesa, Rui Patrício pode entrar no top 5 dos guarda-redes mais caros da história do futebol.
À sua frente terá apenas Gianluigi Buffon, que foi para a Juventus, proveniente do Parma, a troco de 53 milhões de euros (em 2001), seguindo-se depois Ederson, do Benfica para o Manchester City, por cerca de 40 milhões. Manuel Neuer trocou o Schalke pelo Bayern de Munique numa transferência de 30 milhões e, finalmente, David de Gea rumou do Atlético de Madrid para o Manchester United por 25 milhões de euros.
Por referência do nosso leitor HY, a quem agradecemos, desde já, verifica-se que a foto publicada na capa do jornal A Bola é falsa, no contexto do jogo das meias-finais da Taça da Liga entre Sporting e FC Porto, e mais especificamente pela marcação das grandes penalidades. Ora vejamos:
De seguida, temos uma foto real de Rui Patrício a defender uma das grandes penalidades:
- Rui Patrício não defendeu nenhum penálti na posição ilustrada pelo jornal;
- Rui Patrício não envergou a braçadeira de capitão, mas sim William Carvalho;
- A cor das luvas de Rui Patrício é diferente;
- As botas de Rui Patrício são diferentes:
- Creio que a própria camisola, sendo amarela, é diferente.
Caso ainda hajam dúvidas, publicamos um vídeo com um breve resumo do jogo:
Não se refuta a possível presença de Nélson - treinador de guarda-redes do Sporting - nas imediações da baliza utilizada para a marcação das grandes penalidades, mas não deixa de ser triste e lamentável - para ser simpático - a desonestidade do jornal A Bola, sendo um órgão de comunicação social histórico em Portugal. Prova absoluta dos extremos a que o quasi-oficioso porta-voz do clube da Luz está disposto a ir para denegrir o Sporting.
Infelizmente, por muito indecoroso que seja, este acto da parte da comunicação social portuguesa não é inédito. Regressamos a Março de 2014, data em que o jornal Record - então sob a tutela do super-encarnado João Querido Manha - publicou uma foto de um golo do Sporting com a linha virtual de fora de jogo falsificada.
O mesmo jornal, em Julho de 2013 - então sob a tutela de Alexandre Pais - publicou uma foto de Alexis Santos, nadador leonino, com o emblema do Sporting deliberadamente rasurado da sua toca.
Enfim... mais do mesmo que ocorre no nosso tão "pequeno" Portugal !
Tiago Ramos, um menino de apenas 8 anos que padece de paralisia cerebral, tinha um sonho: conhecer o ídolo Rui Patrício e ter a camisola autografada pelo guarda--redes do Sporting.
O sonho de Tiago Ramos tornou-se realidade no momento em que tudo de concretizou esta sexta-feira, pela muito desejada visita de Rui Patrício.
Rui Patrício e Sebastián Coates integram a lista de premiados do mês pela Liga: o internacional português foi eleito o melhor guarda-redes e o defesa uruguaio conquistou a distinção de melhor defesa.
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