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Quando Al Capone entra em cena

Rui Gomes, em 28.05.21

Quinze dias depois já se percebe muito melhor a 'Operação Covid Free'. Confrontado com uma investigação demasiado complexa – e longa – para a justiça portuguesa, agora que, segundo alguns ideólogos do processo penal resultadista, os chamados megaprocessos têm os dias contados, o Ministério Público abraçou o teorema de Al Capone.

Expliquemos: perante uma investigação difícil e deveras complexa sobre o dinheiro do dono (chamemos-lhe assim) do Portimonense, que entra nos cofres do FC Porto, dos negócios em que as comissões correm para quem vende e quem compra, das sociedades-ecrã em paraísos fiscais, a justiça optou por um caminho aparentemente mais fácil.

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Apanhando a traficância dos testes covid negativos à boleia daquele notável processo principal, através de uma informação que ali caiu, certificada formalmente por uma denúncia anónima mas, muito provavelmente, sacada de um espírito santo de orelha que caiu no colo dos investigadores por via um pouco mais tecnológica do que pela mesquinhez humana, estes fizeram as contas da simplicidade.

Os protagonistas são os mesmos do primeiro processo, a pena aplicável no caso dos testes Covid é muito mais alta dos que a dos crimes em causa no processo das negociatas, o bem jurídico violado é a própria saúde pública, portanto, mais capaz de recolher a censura social generalizada do que aquelas, a prova é, incomensuravelmente, mais fácil de fazer.

As peças do puzzle encaixam todas no teorema Al Capone e, na verdade, é de se lhes tirar o chapéu. Isto, claro, se a investigação não demorar os habituais seis ou sete anos da justiça portuguesa sempre que os visados são gente que se pode sentar à mesa de alguns polícias, procuradores ou juízes, seja em jantares de comissões de honra de ilustres recandidaturas à presidência de clubes cá do burgo ou almoçaradas comemorativas de um título qualquer no restaurante do Parlamento.

A finalizar, João Félix e Frederico Varandas...

João Félix não foi tão decisivo como Suarez ou Oblak no título do Atlético de Madrid, é bem verdade. Mas o Atlético jamais seria campeão se Félix não tivesse sacado aquele passe quasi-genial que, aos 82 minutos, começou a reviravolta contra o Osassuna, na penúltima jornada. Classe, inspiração e muito talento. Os 120 milhões voaram para dentro da baliza adversária naquela bola. E o título para o Atlético.

O discurso vitorioso de Varandas, na Câmara Municipal de Lisboa, é um grande momento de síntese sobre o que vai mal no futebol português. Só não terá gostado quem enfiou o gorro que aquelas palavras levavam.

Artigo da autoria de Eduardo Dâmaso, Director da Sábado

publicado às 03:04

O crocodilo velho e o bandalho

Rui Gomes, em 30.04.21

img_192x192$2020_02_13_19_45_22_1663516.pngPinto da Costa faz lembrar, definitiva e vivamente, a parábola do crocodilo velho. O crocodilo velho sabe que o tempo já não é o mesmo. Que é mais curto. Que o futuro já não é seu. Também sabe que o pântano vai continuar o mesmo de sempre, que é imutável. Águas podres, cheiro nauseabundo e a concorrência impiedosa do bando de predadores mais novos. Venham eles das suas hostes ou da outra tropa do sector sul, liderada pelo caimão de grossas escamas avermelhadas, que lhe disputa a influência sobre o território e sobre quem arbitra o respeito pelas poucas regras do pântano.

O crocodilo velho sabe, por isso, que tem de ter a tropa agrupada e manter o pântano em efervescência, sempre a bater forte nos inimigos e a fingir que nada vê dos pecadilhos que apontam aos seus. É a melhor (única) forma de ter um final de reinado sossegado, sem ser estraçalhado pelo cardume de piranhas que anda sempre por ali. Já pouco lhe interessam as guerras de afirmação do bando. Bastam-lhe as suas. Já só tem de chorar, aqui e ali, algumas das suas mais cínicas lágrimas de velho crocodilo e atirar para o lado. Atirar sempre para o lado e manter uma parte da matilha que sobra sempre pronta para atacar. Só assim pode banquetear-se em sossego com as suas vítimas. E nem todas são os seus adversários…

A recém-agressão ao jornalista da TVI por um dos predadores mais novos, nas vestes de bandalho, como muito bem foi qualificado por Rui Rio, mostrou-nos a plenitude dessa parábola pantanosa. O bandalho, primeiro, na agressão servil para brilhar aos olhos do crocodilo velho. Este, depois, a derramar as suas melhores lágrimas para o seu palanque televisivo privado para agregar o seu povo. Como espectáculo, o crocodilo velho continua um mestre na interpretação. É incomparável na arte da vitimização, do cinismo e da manipulação dos sentimentos de pertença a uma espécie de religião que bebe pela mais pura das cartilhas maniqueístas. Os meus bons e os maus lá de baixo, das forças ocultas que nos roubam. Como realidade, é muito triste.

Há um clube e uma cidade deveras extraordinários, que mereciam muito melhor. É a última narrativa sobre a incapacidade atroz do futebol português em mudar, um milímetro que seja. É, também, o resultado das suas insuportáveis dependências, entre clubes que são os legisladores dos regulamentos, desportivos e disciplinares, que montaram uma organização desportiva de fachada, para poderem ser eternamente juízes em causa própria. Tenhamos pena de nós, os que pensávamos gostar de futebol.

Majestoso escrito de Eduardo Dâmaso, Director da Sábado

publicado às 03:49

A lei relativa no futebol

Rui Gomes, em 05.12.20

img_192x192$2020_02_13_19_45_22_1663516.pngJosé Narciso Cunha Rodrigues, que exerceu a função de procurador-geral da República ao longo de 16 anos, publicou há semanas as suas "Memórias Improváveis", Almedina. Um livro essencial para quem queira entender o que foi realmente a história da política, da justiça criminal e da separação de poderes nos anos 80 e 90 cá pelo burgo. Sobre o cargo que ainda exerce na UEFA, onde é presidente do órgão de Controlo Financeiro dos Clubes, Cunha Rodrigues não escreve, exceptuando o facto de deixar bem expressa a sua preocupação de incrementar a rule of law , ou seja, as regras do Estado de Direito, no mundo e nas estruturas do futebol.

Quem o conhece, sabe que essa tem sido a sua preocupação dominante, numa estrutura onde tem uma equipa de juristas e peritos de grande nível a trabalhar consigo. E que, aliás, se viu no processo de violação do fair-play financeiro pelo Manchester City, onde os factos da acusação foram dados integralmente como provados. A equipa de José Narciso Cunha Rodrigues foi buscar inspiração jurídica à jurisprudência suíça para contrariar a tese da arvora envenenada quanto à admissibilidade da matéria probatória, toda ela oriunda de Rui Pinto, e, portanto, condicionada em muitos ordenamentos jurídicos pelo facto de ter sido furtada.

Apesar desse trabalho notável feito pela equipa de Cunha Rodrigues, a política do futebol e dos múltiplos interesses associados ao dinheiro, no entanto, falaram muitíssimo mais alto, como sempre aconteceu nos bastidores do desporto-rei e dos seus órgãos de direcção e fiscalização. Num acto mera e puramente político e diplomático, o Tribunal Arbitral (TAS) preteriu a conclusão do órgão fiscalizador da UEFA e aliviou o Manchester City FC de um castigo de dois anos nas competições europeias.

Duas coisas ficaram aqui demonstradas: o dinheiro árabe (ou russo) fala sempre mais alto do que a lei do futebol e neste impera uma relativização do preceito legal que, salvo um milagre, deverá manter-se até à eternidade. E que resistirá, eventualmente, a um novo volume de memórias de José Narciso Cunha Rodrigues, caso este venha a escrevê-las, inteiramente dedicado às muitas revelações que teria para fazer sobre esta experiência nos meandros do poder no futebol.

Artigo da autoria de Eduardo Dâmaso, Director da 'Sábado'

publicado às 03:01

Pior do que está não fica

Será possível que haja mesmo alguns sinais (ténues) de regeneração no lodaçal que é o futebol? Há, e

Rui Gomes, em 16.08.20

img_153x153$2020_01_09_16_13_14_615040.jpgJá o disse antes: por mais suja que seja a política, o futebol é hoje a pior mancha negra da vida pública portuguesa e uma força de atraso social neste país – além de fonte de inúmeros negócios escuros, traficâncias e esquemas de corrupção. Volto ao tema não para insistir no argumento mas para registar três sinais de esperança de que até nisto, que é o que temos de pior, alguma coisa pode estar a mudar. 

1. O primeiro sinal, simples mas com simbolismo poderoso, foi o cancelamento pela SIC dos programas de comentário desportivo com os comissários dos principais clubes. Também muito significativo, o director de informação do canal, Ricardo Costa, assumiu frontalmente a razão: "Esse ambiente de toxicidade que se foi criando à volta deste tipo de programas, e para o qual contribui muito os próprios clubes e as suas máquinas de comunicação, coloca-nos perante uma situação de que chegou a altura de terminar este tipo de programas na SIC Notícias". Clarinho. Era fácil justificar este cancelamento com "ajustes de grelha" ou outros eufemismos mas a SIC, que é uma empresa comercial, percebeu que tinha melhor impacto em assumir o que já toda a gente, incluindo os fãs dos "três grandes" hoje admite: que isto era mau demais. Se significa que até os maluquinhos da bola estão a ficar saturados de tanto ruído, tanta polémica fabricada, tanta manobra de diversão, é uma boa notícia. 

O resto do artigo de João Paulo Batalha, na Sábado, disponível aqui.

publicado às 04:03

Reflexão do dia

Rui Gomes, em 13.11.19

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Francisco J. Marques, director de comunicação do FC Porto, voltou a fazer alvo de Luís Filipe Vieira e do Benfica, desta feita partindo de uma reportagem da revista Sábado, segundo a qual o líder dos encarnados é suspeito de beneficiar de fraude no BES.

Para o dirigente portista, este é mais um exemplo da "subserviência que existe no país para com o Benfica" e do "escudo que é ocupar o lugar de presidente" das águias:

"Há influências na arbitragem, com o Ferreira Nunes. Na política também, com o IPDJ e o Secretária de Estado do Desporto. Restava o poder judicial e nesse também há dúvida de algumas coisas. Quando falamos no Benfiquistão estamos a falar de uma tomada do poder onde quem não serve os interesses do Benfica tem de ser afastado. O ex-presidente Vale e Azevedo só foi confrontado após sair do Benfica. Imediatamente após.

O lugar de presidente do Benfica foi um óptimo escudo para o Vale e Azevedo e também será para Filipe Vieira. Todos nos lembramos da rábula da amnésia. Tudo possivel foi feito para que o presidente do Benfica não prestasse declarações no Ministério Público no Verão passado".

*** Em causa também, o Tribunal Central Administrativo do Sul que deu provimento ao recurso apresentado pelo Benfica sobre um castigo aplicado pelo Conselho de Disciplina (CD) da FPF - depois de os recursos apresentados pelos encarnados terem sido chumbados pelo Pleno do CD e pelo Tribunal Arbitral do Desporto -, relativo a incidentes no encontro Benfica - FC Porto, de 15 Abril de 2018, considerando inconstitucional imputar ao clube da Luz responsabilidades por eventuais comportamentos de outrém, neste caso das claques. O Benfica tinha sido punido em 8.645 euros por incidentes com os adeptos.

E, ainda, os 7 jogos em carteira para cumprir, dois à porta fechada, por castigo do IPDJ e do CD, e cinco interdições ditadas pelo CD da FPF, que já se arrastam há cerca de um ano.

publicado às 03:19

 

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Segundo a revista Sábado, esta quinta-feira - reportagem de Nuno Tiago Pinto - Dois meses antes de ser acusada pelo Ministério Público, a SAD do Benfica foi notificada para ser constituída arguida. A partir desse momento, a equipa de advogados de João Correia fez tudo para o evitar.

 

O Benfica não necessitou de toupeiras para saber que a investigação às quebras do segredo de justiça através de funcionários judiciais, que agiriam a mando de Paulo Gonçalves, estava a chegar ao fim.

 

A 28 de Junho passado, Luís Filipe Vieira foi notificado, na qualidade de presidente da SAD do Benfica, para comparecer no DIAP de Lisboa às 11h00 de 12 de Julho a fim de a instituição poder ser devidamente constituída arguida, interrogada e sujeita a Termo de Identidade e Residência.

 

Só após vários adiamentos a SAD benfiquista acabou mesmo por ser constituída arguida - e com Domingos Soares de Oliveira e Nuno Gaioso Ribeiro a representá-la. Até lá, o escritório de advogados de João Correia procurou evitar a todo o custo que tal acontecesse.

 

É o que se conclui através da documentação disponível no processo e-toupeira, consultado pela SÁBADO no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.

 

publicado às 17:44

 

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Queria, antes de mais, esclarecer que a nossa apresentação de determinadas reportagens noticiosas ou artigos de opinião da autoria de terceiros, não implica, necessariamente, que subscrevemos na íntegra tudo o que é publicado, mas sim que entendemos haver suficiente qualidade jornalística e interesse para merecer a atenção dos leitores, e se assim desejarem, para debate, num espaço em que sabem que o direito a expressão livre é respeitado.

 

Um artigo de Diogo Barreto, da Sábado, a complementar uma reportagem de contexto semelhante do jornal Público:

 

Jorge Jesus acredita que Bruno de Carvalho terá dado "carta branca" a claques do clube de Alvalade para "apertarem" com jogadores e equipa técnica. O treinador leonino terá mesmo provas sobre este contacto entre dirigente e adeptos.

Os contactos terão ocorrido logo a 6 de Abril, um dia depois da derrota da equipa em Madrid, frente ao Atlético (2-0), na primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa, apurou o jornal Público através de fonte próxima de Jorge Jesus.
 

A mesma fonte explica que as referidas provas serão apresentadas às autoridades caso o treinador não chegue a acordo com a actual direcção dos "leões" para rescindir o seu contrato. O técnico tem uma reunião marcada para a próxima semana onde deve apresentar a sua desvinculação dos quadros da SAD.. Se condições não forem satisfatórias, Jesus planeia rescindir unilateralmente invocando justa causa.

Jorge Jesus acusa Bruno de Carvalho da autoria moral dos crimes de sequestro, atentado contra a sua integridade física (agressão qualificada) e de associação criminosa. Jesus considera particularmente relevantes as declarações públicas do antigo director de instalações da Academia do Sporting, José Diogo Salema, que disse que durante os oito anos em que esteve à frente da segurança da Academia, as portas eram encerradas sempre que a equipa treinava.

Vários jogadores estarão determinados a rescindir caso Bruno de Carvalho não seja demitido, iniciativa que o presidente dos leões não irá ter, como demonstrou esta quinta-feira à noite, num comunicado:

"Não nos vamos demitir. Olhamos para o lado e o que vemos? Pedidos e ameaças de demissões, pressões tremendas para mais demissões, inclusivamente dizendo às pessoas que nunca mais terão trabalho na sua vida — o que acho lamentável. Aquilo que nós não vemos são os superiores interesse do Sporting a ser protegidos".
 
Bem... primeiro e sobretudo, acho estranho que sendo verdade que Jorge Jeus tem provas, que ainda não as tenha fazer chegar às autoridades. Dito isto, até duvido que as tenha, no real sentido do termo. O que ele terá, melhor do que nós, obviamente, são fortes suspeitas face ao leque de eventos e circunstâncias de registo em que o técnico, de uma forma ou outra, marcou presença.
 
Sem ter conhecimento algum de causa, não duvido minimamente que o lunático rastejante do presidente teve "mão", directa ou indirecta no terrorismo de Alcochete. Quanto mais informação chega à superfície, mais somos levados a essa inevitável conclusão. Que a situação tenha degradado além das expectativas, também é admissível, mas nem por isso deixará de ter a sua quota de responsabilidade.
 
Por fim, não acredito que seja a intenção de Jorge Jesus rescindir unilateralmente. Acho que o seu desejo é continuar ao leme do Sporting, pelo menos no último ano do seu contrato e, de preferência, com outra liderança no Clube.
 
Adenda: Jorge Jesus negou que tenha provas ou informações do envolvimento de Bruno de Carvalho como mandante do ataque à Academia Sporting. A informação foi transmitida pela SIC, depois de uma conversa não gravada com o treinador.
 

publicado às 13:40

 

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A 'Sábado' revela esta quinta-feira mais dados sobre o chamado 'caso das e-mails' a envolver Horácio Piriquito, vogal do Conselho Fiscal da FPF, e Pedro Guerra, comentador do clube da Luz.

"A troca de correspondência com matéria interna da FPF não se resumiu a auditorias. Em Junho de 2016, o membro do Conselho Fiscal da FPF pediu ao presidente, Ernesto Ferreira da Silva, o envio do Orçamento da FPF. O documento foi reencaminhado a 7 de Julho do ano passado com a referência 'confidencial'", pode ler-se na revista.

Aos pormenores divulgados quarta-feira, a 'Sábado' revela também o teor de uma email enviado a 30 de Setembro de 2016 às 11H04: "Pedro, segue super-confidencial. Nem sequer foi ainda aprovado. Aprovaremos hoje à tarde".

Consta de "apenas uma das várias e-mails com auditorias internas da FPF, realizadas pela consultora Crowe Horvath" que Horácio Piriquito facultou a Pedro Guerra, de acordo com a investigação da revista da Cofina.
 

publicado às 10:36

Cuidado com as calorias Sli !

Rui Gomes, em 23.02.16

 

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A preocupação com Slimani é tanta, estes dias, que até leva o jornalista Carlos Dias da Silva - revista Sábado - a publicar um artigo sobre o seu regime alimentar, acentuando que o avançado argelino do Sporting até teve a ousadia de encomendar uma pizza, crime capital, decerto, lá para o outro lado da Segunda Circular:

 

«Aconteceu por estes dias. Slimani mandou as calorias à fava e foi mesmo jantar pizza a um restaurante italiano. É certo que ainda faltavam 72 horas para o Sporting jogar, mas a verdade é que Slimani resolveu mesmo sair da linha. E eu não acredito que haja nutricionista que coloque uma pizza saborosa e cheia de queijo mozzarella na ementa perfeita. Slimani jantou no Restaurante Di Casa, no Centro Comercial Vasco da Gama.»

Não satisfeito apenas com o avançado, virou a suas atenções para o médio leonino João Mário, classificando-o de mais "cuidadoso", pela sua encomenda de "carpaccio de novilho e uns ovos mexidos":


«Quem também vi ao almoço foi João Mário. Mas, verdade seja dita, o português fui muito mais cuidadoso do que o argelino. João almoçava no Rio’s no domingo mas não comeu o buffet de cozido à portuguesa. O jogador sportinguista foi cuidado. Preferiu um carpaccio de novilho e uns ovos mexidos, mas com muito pouca farinheira e muita salada de rúcula.»

Decerto com o intuito único de dar um tom de humor ao seu escrito, fez referência ao famoso antigo jogador francês do Manchester United, Eric Cantona, classificando-o de exemplar:


«Um senhor que continua a ser um exemplo… Cantona. O ex-jogador, que tem sido visto por Lisboa já por várias vezes, desta terá vindo para ficar mais do que é habitual. Ora assim sendo, Cantona inscreveu-se no último fim-de-semana no Health Club do Clube VII, junto ao Marquês de Pombal. Mesmo estando de passagem ele quer manter a boa forma física. Exemplar.»

 

Quando não há nada mais sensacional merecedor de relevo, publica-se isto, que, na realidade, até oferecerá uma pinta de boa disposição, pelo menos até quinta-feira.

 

publicado às 04:48

 

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Em entrevista à revista Sábado, Rui Barreiro, antigo secretário de Estado do último governo de José Sócrates e membro do Conselho Leonino eleito na lista de Bruno de Carvalho, faz várias críticas ao presidente do Sporting, nomeadamente ao seu estilo belicista:

 

Para mim, seria uma honra ser presidente do Sporting. Mas o importante é dizer-se que existe muita gente que acha que esta não é a forma correcta para se gerir o clube e que está aqui alguém - que sou eu - disponível para dar o corpo às balas, para chamar a atenção do que não está tão bem. O Sporting é um clube democrático e temos de aceitar que as pessoas tenham opiniões diversas. A Bruno de Carvalho fazia-lhe bem ter algumas noções da importância da democracia e do confronto.

 

Os 33 meses de presidência de Bruno de Carvalho tem coisas boas, como as escolhas de treinadores. Mas há aspectos negativos, como o belicismo permanente, que causa desunião entre os sportinguistas. Julgo que há ali aspectos mais de adepto pouco tolerante do que um presidente de uma grande instituição como é o Sporting.

 

É sempre bom que o Sporting dê lucro, mas não é apenas avançar no tempo, com algumas responsabilidades, é preciso consolidá-las. Espero que as condições financeiras melhorem. O caso Carrillo continua a ser uma pedra na engrenagem e é um bom exemplo da incompetência da gestão de Bruno de Carvalho. A situação já devia estar resolvida. O jogador não se tornou fundamental apenas este ano. (...) Todos os jogadores que recebem o seu vencimento e que o treinador considera que são úteis à equipa devem estar disponíveis para jogar até ao último dia em que tiverem contrato com o Sporting - o futebol não é uma escravatura. Tratar mal um trabalhador, seja o porteiro seja Carrillo, é sempre mau.

 

Ou ele muda de comportamento, relativamente àquilo que é o mundo do futebol, ou os sócios terão de ponderar se não é necessário mudar de presidente.

 

publicado às 12:04

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