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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A UEFA puniu esta segunda-feira a Sérvia a jogar o próximo jogo da fase de qualificação para o Euro2020 de futebol à porta fechada, por manifestações racistas na partida com Portugal, disputado em Belgrado, que terminou com a vitória lusa por 4-2.
Além desse castigo, que será cumprido na recepção ao Luxemburgo a 14 de Novembro, a Federação sérvia terá de pagar uma multa de 33.250 euros.
A selecção sérvia ficará ainda sujeita a um período de 'liberdade condicional' de um ano, a iniciar-se três dias antes de receber a Ucrânia, que já assegurou o apuramento, no último jogo do grupo B da fase de qualificação.
Esta sanção da UEFA à Servia é conhecida numa altura em que o organismo avalia ainda o caso dos insultos racistas de uma falange de adeptos búlgaros no jogo frente à Inglaterra, que motivou uma interrupção da partida por parte do árbitro, a qual só recomeçou depois de esse grupo de adeptos ter abandonado o estádio.
Reportagem da Lusa
Os quatro goleadores frente à Sérvia
Portugal venceu a Sérvia por 4-2, no seu terceiro jogo de apuramento para o Euro2020, registando agora 5 pontos.
A Ucrânia lidera o Grupo B com 13 pontos, com 5 jogos realizados, e atrás de Portugal temos a Sérvia e o Luxemburgo, ambos com 4 pontos em 4 jogos e a Lituânia, próximo adversário de Portugal na terça-feira, dia 10 de Setembro, que ocupa o último lugar da tabela classificativa, com 2 pontos em 4 jogos.
Considerações de Fernando Santos:
"Esperava uma Sérvia muito mais ofensiva, que desse mais espaços, pois pensei que iam apostar em vencer, numa pressão mais alta. Mas jogou como em Portugal, muito recuada, à procura do contra-ataque... Foi um jogo difícil nessa parte, pois tivemos bola, procurámos criar, mas foi difícil consegui-lo. Criaram problemas nesse aspecto, mas fomos dominando, acreditámos sempre. O [primeiro] golo acabou por ser merecido por aquilo que fizemos. Depois, aqui e acolá parámos o jogo demais. Cada vez que a Sérvia se desequilibrava, não fomos tão verticais como pedi, para tirarmos proveito da lentidão dos centrais. Subíamos e parávamos para um jogo planeado. Isso fez com que a Sérvia se sentisse confortável. Fomos felizes no golo, é certo, mas tivemos cinco ou seis lances iguais na Luz.
Ao intervalo pedi para que, sempre que tivéssemos bola, fizéssemos posse no meio campo contrário. Disse ao Guedes para ir para cima, porque o lateral tinha cartão... Entrámos bem na segunda parte, fizemos o golo e depois, naquilo que normalmente somos fortes, não o fomos! Quando fazemos o 2-0, começámos a ser mais lentos, a gerir, num certo adormecimento. A equipa começou a ter posse e a sentir que o jogo acabou ali. Mas faltava muito para acabar. Foi uma complicação sistemática: marcaram, fomos atrás e marcámos. Depois, quando já tínhamos o jogo controlado, fazemos outra vez igual, perdemos uma bola e dá golo. Voltámos à aflição, mas depois marcámos e vencemos. Os jogadores estão de parabéns".
A selecção portuguesa de sub-21 estreou-se este sábado com um triunfo na fase final do Europeu da categoria, ao vencer a Sérvia por 2-0, na primeira ronda do Grupo B, em Bydgoszcz, na Polónia.
Gonçalo Guedes, aos 37 minutos, e Bruno Fernandes, aos 88, selaram o triunfo dos comandados de Rui Jorge, que lideram o agrupamento, sendo que podem ser alcançados por Espanha ou Macedónia, que se defrontam a partir das 19:45.
A Sérvia foi um adversário muito difícil, mas acho que Portugal pode e deve jogar muito melhor. Vários erros evitáveis e muitos passes extraviados. Curiosamente, a entrada de Bruma, Iuri Medeiros e Renato Sanches no segundo período não acrescentou à equipa portuguesa o que era de esperar de jogadores deste calibre. Excepção para o excelente passe do médio do Bayern Munique para isolar Bruno Fernandes para o segundo golo ao cair do pano.
Os vice-campeões europeus de sub-21 voltam a jogar na terça-feira, frente à Espanha, em Gdynia.
Como acontece frequentemente quando vejo a Selecção Nacional jogar, fico a pensar no que eu não terei percebido e, mais vezes do que não, as dúvidas superam as certezas.
Já constavam alguns rumores sobre a constituição do onze inicial, mas Fernando Santos acabou por surpreender ainda mais do que se esperava. Uma equipa repleta de veteranos, salvo erro Rui Patrício e Fábio Coentrão, aos 27 anos, terão sido os jogadores menos idosos em campo, e para sublinhar esta disposição temos o golo marcado por Ricardo Carvalho, histórico pela idade do defesa central do Mónaco: 36 anos, que até se lesionou a celebrar o feito.
Não esperava e muito embora tenha acabado por compreender a ideia (?), não posso aceitar William Carvalho no banco e, ainda pior, durante 85 minutos. Não compreendi o papel de Danny - para mim completamente inconsequente - durante esses mesmos 85 minutos. Tiago esteve melhor mas não compensa William na posição "6" e apesar de Fábio Coentrão ter feito um bom jogo, devia ter alinhado na sua posição mais natural, relegando Eliseu para o banco.
A equipa das quinas até começou muito bem, marcou o tão desejado golo madrugador, mas foi progressivamente reduzindo o ritmo do jogo, permitindo à Sérvia jogar em linhas baixas à espera do erro ou de uma jogada de transição mais feliz. Em duas reais oportunidades que criaram, marcaram um golo, por Matic, que até me pareceu estar em fora de jogo.
No final das contas, uma vitória importante que deu os três pontos que permitem a Portugal assumir a liderança do grupo.
*** Enorme apoio à equipa portuguesa no Estádio da Luz: se não percebi mal, 58,430 espectadores.
Para o embate com a Sérvia, agendado para o dia 29 de Março e a contar para a fase de qualificação para o Europeu 2016, Fernando Santos voltou a convocar Fábio Coentrão, Antunes, Eliseu e Hugo Almeida, em detrimento de Adrien, Tiago Gomes, Raphael Guerreiro (lesionado) e Hélder Postiga. Para o lugar do também lesionado Beto, foi chamado Hugo Ventura, guarda-redes do Belenenses.
Recorde-se que Portugal encontra-se em 2.º lugar no Grupo 1, com 6 pontos em três jogos, um ponto atrás da Dinamarca que já realizou quatro jogos. Eis a lista dos 24 convocados:
Guarda-redes: Rui Patrício, Anthony Lopes e Hugo Ventura
Defesas: Antunes, Bosingwa, Fábio Coentrão, Cédric Soares, Eliseu, José Fonte, Bruno Alves, Ricardo Carvalho e Pepe.
Médios: André Gomes, João Moutinho, Tiago, João Mário e William Carvalho
Avançados: Cristiano Ronaldo, Nani, Éder, Hugo Almeida, Ricardo Quaresma, Danny e Vieirinha
Sem ser surpresa alguma, nenhuma convocatória é consensual, entre adeptos, e duvido muito que esta venha a ser. Aceito a exclusão de Adrien, mas questiono a chamada de nove defesas, inclusive de quatro laterais, e apenas cinco médios. Por outro lado, agrada-me ver Cédric no grupo. Sem ser um fora-de-série, penso, por vezes, que até sportinguistas não reconhecem o seu verdadeiro valor. Veremos se terá oportunidade de entrar em campo.
Como sempre, soluções absolutamente nulas a ponta de lança, o nosso "calcanhar de Aquiles". Dependeremos de um dia de maior inspiração de um dos outros avançados, nomeadamente Cristiano Ronaldo.
Cinco "leões" actualmente no activo verde-e-branco e outros quatro da sua formação. O Sporting continua em grande evidência em representação de Portugal.
Desde que assumiu a liderança do organismo que superintende o futebol europeu, Michel Platini tem vindo a projectar uma imagem ambígua, muito pela arrogância da sua postura e conduta e, igualmente, porque o adepto de futebol sente dificuldade em diferenciar entre as decisões que são tomadas por capricho pessoal e a servir interesses alheios e aquelas que são para o bem estar da modalidade desportiva. Platini - sob a UEFA - surgiu recentemente com mais questões que apenas contribuírão para tornar esta imagem ainda mais complexa:
* A UEFA anunciou que o executivo vai recorrer das sanções que o próprio órgão disciplinar impôs à Federação da Sérvia na sequência dos insultos racistas proferidos pelos adeptos durante o jogo com a selecção da Inglaterra, na categoria de sub-21. A punição original envolve a suspensão de vários jogadores e treinadores sérvios, uma multa de 80 mil euros e a estipulação de que o próximo jogo seja realizado à porta fechada.
A federação inglesa protestou por entender as penas demasiado leves e o próprio Michel Platini também já tinha manifestado o seu desagrado com o caso e a sua intenção de ver agravadas as sanções impostas contra a Federação da Sérvia.
* A coincidir com a série que temos vindo a publicar no Camarote Leonino: «Os magnatas do futebol», Michel Platini proferiu o seguinte polémico parecer: «Dá-me asco quem vem para o futebol para especular e ganhar dinheiro, mas devemos abrir as portas a quem vem para ajudar a desenvolver a modalidade.» É difícil compreender a quem ele se refere, já que é evidente que os novos proprietários de alguns clubes europeus, designadamente os magnatas, poderão ter objectivos não muito transparentes, mas «ganhar dinheiro» não parece corresponder à realidade.
O presidente da UEFA aproveitou ainda o seminário de futebol que está a decorrer no Dubai - onde José Mourinho também se encontra - para criticar novamente a introdução de novas tecnologias no desporto: «o que há a fazer é preparar adequadamente os árbitros». A propósto não explanado, afirmou que «a final da Champions nunca será realizada fora da Europa.»
* Reiterando a posição que já tinha feito pública, Michel Platini voltou a defender que o Mundial de 2022 a realizar-se no Catar, seja disputado no inverno e não no verão, como é hábito: «Quem for ao Catar em junho ou julho, apanha temperaturas de 55 graus. Penso que a maior manifestação desportiva do mundo tem de ser jogada no melhor momento, para que seja uma grande festa. O melhor período é o inverno, em novembro e dezembro, porque em janeiro desse ano, realizam-se os Jogos Olímpicos de inverno.» Neste contexto, o raciocínio não deixa de ser lógico e sensato, mas ficou por explicar o impacto (negativo) que esta calendarização do Mundial vai ter nos campeonatos europeus, nas próprias provas da UEFA, nos clubes e no estado físico e psicológico dos atletas. Considerando os múltiplos interesses envolvidos e o poder do futebol indústria sobre o futebol desporto, é de prever que o Mundial de 2022 irá mesmo realizar-se durante o inverno.
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