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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um breve excerto do discurso do presidente do Sporting na festa da entrega dos Prémios Stromp, que teve lugar em Lisboa, esta sexta-feira:
«Temos muita vontade de continuar este caminho e muita honra de estarmos a trilhar este caminho, que tem como grande objectivo o engrandecimento do Sporting. Por isso, gostava de realçar o que o nosso míster disse, porque é importante. Vamos começar um novo ano e importa que nos mantenhamos conscientes das nossas dificuldades, mas que, pelo menos até Maio, deixemos de olhar para o nosso umbigo e olhemos apenas para o Sporting. Tudo isto é uma maratona. Já basta aqueles que, de fora, nos querem dividir. Escusam, os de dentro, de também tentarem fazê-lo.»
Mais um sermão tipo «não faças o que eu faço (fiz) faz o que eu digo», ou seja, exigir aos outros aquilo que não exige a si próprio.
Não é segredo algum que Bruno de Carvalho não lida muito bem - na realidade, lida muito mal - com qualquer crítica ao seu trabalho e liderança, mas não deixa de ser uma incógnita quem ele pretende alvejar, salvo, porventura, nova referência a uma oposição fantasma. Ou, então, é a velha estratégia de unir as hostes dos mais devotos à sua volta, alegando que há um inimigo interno que o deseja derrubar. E... até resultará, pelo menos parcialmente, com aqueles que serão mais facilmente induzidos ao apelo do seu "grito de guerra".
Sempre existiu divergência de opinião entre sócios e adeptos - talvez não tão acentuada como tem existido durante o seu mandato, é verdade - mas, na realidade, não é nada de novo. Que ele pretenda silenciar a contraditória, também não surpreende, já que esse tem sido o seu objectivo desde o primeiro dia. Duvido muito, no entanto, que o consiga através destes sermões tipo "chicotadas". Acções exemplares falam muito mais alto do que meras palavras.
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