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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Escrevo este texto, motivado pelo comentário do leitor “Leão da Guia”, que comentava neste post, o facto da Selecção Nacional jogar os próximos dois encontros deste mês no Estádio da Luz.
Na minha opinião, é notório e demais evidente que existe uma óbvia preferência da FPF por este estádio, senão vejamos:
Desde Março de 2015 (último ano em que a Selecção jogou em Alvalade), até Março de 2019, a equipa de todos nós fez 25 jogos em Portugal, sendo 14 amigáveis e 11 oficiais.
Destes 25 jogos:
Se formos a ver apenas os jogos oficiais, então temos:
A última vez que a Selecção jogou em competição em Alvalade foi a 11 de Outubro de 2013, já lá vão quase 6 anos.
Exige-se que a FPF explique os motivos e se o não fizer, exige-se que os clubes exijam uma justificação junto da FPF.
O FCP provavelmente irá remeter-se ao silêncio, uma vez que o Estádio do Dragão já tem garantidos 2 jogos para este ano (após 3 anos de um amigável que lá se jogou).
Não havendo explicações públicas, é natural que as pessoas acreditem que esta preferência se dê pelos motivos que vieram a público através dos e-mails filtrados, ou seja, por haver trocas de dinheiro entre a FPF e o SLB, “pela porta do cavalo”, para além dos montantes oficiais.
Da minha parte, surpreende-me que nem FPF, nem SLB, tenham vindo ainda a público justificar o que para eles significa “…pagar pela porta do cavalo…”, em especial, porque esta afirmação indicia práticas ilegais de branqueamento de capitais, um crime público que a ser real, poderia levar a FPF a perder o Estatuto de Utilidade Pública.
Mais, surpreende-me que sendo o SLB uma SAD cotada em bolsa, nunca tenha havido por parte das entidades reguladoras, nomeadamente CMVM, qualquer questão e/ou pedido de esclarecimento, esquecendo-se porventura (ou fazendo-se de esquecida) que o crime é alargado às Instituições Reguladoras que, por mero indício, não actuem.
Este caso com certeza ainda dará muito que falar, até porque estes são crimes públicos e a partir do momento que a mera suspeita surja (e já surgiu na imprensa nacional) o Ministério Publico terá de actuar…
Poderão as Instituições tentar “esquecer” o caso, no entanto compete-nos a nós cidadãos pressionar até que haja respostas, e nesse sentido, o Sporting, como um dos principais lesados, poderá ter um papel fundamental, queira esta Direcção disponibilizar-se a isso.
P.S.: Podendo um jogo oficial render mais de 1 Milhão de euros (directa e indirectamente) ao “dono” do Estádio, é fácil perceber o quão apetecível é albergar os jogos da Selecção.
Luís Bernardo, director de comunicação do clube da Luz, concedeu entrevista à BTV através da qual intentou, em vão, esclarecer a polémica em torno das já notórias e-mails:
"Foi criada uma cortina de fumo que permitiu que se voltasse a velhas práticas. Muitos jovens não têm presente, mas uma geração mais velha sabe exactamente aquilo que se passou no Apito Dourado, há gravações. Não é possível dizer que aquilo não existia. É esse ambiente que se está a procurar, de alguma forma, que ressurja. É evidente que há uma nova geração de árbitros, é evidente que há dificuldade de isso voltar a acontecer, o escrutínio da comunicação social e esta geração de árbitros tem outra capacidade para responder a esse tipo de ambiente de coação. De qualquer forma, é importante denunciar que isto é grave e é o pior que pode acontecer ao futebol português".
"Há muitos comentadores que dizem, e eu percebo, que o Benfica não comenta email a email. O Benfica, se acusa o FC Porto de invasão da vida privada com aqueles emails, não poderia responder a um crime que acusa com outro crime. Se viéssemos, email a email, dizer o que é verdade, o que está deturpado, o que é falso... Entravamos também neste jogo. Agora, o que é muito claro é que todas as insinuações nos emails são uma mão cheia de nada. Se formos analisar qual é a consequência das causas que são motivadas nos emails, o Benfica não conseguiu, não há nenhum exemplo. Agora, o exemplo da ameaça de Luís Gonçalves, que se concretizou na descida de divisão do árbitro Tiago Antunes, aqui está o exemplo de algo que resultou".
"O Benfica fez uma coisa importante, desde a primeira hora disponibilizou-se de portas abertas, às autoridades. Vieram à Luz, tiveram acesso à informação e acho que seria útil se quem nos acusa, nomeadamente o FC Porto e Sporting, dessem esse exemplo e dissessem que estão de portas abertas para as autoridades irem lá e terem acesso aos emails, como acontece com o Benfica".
Há uma clara tentativa em curso de usar o Apito Dourado - processo que ninguém nega, nem esquece, mas que em nada se relaciona com o "caso e-mails" - para desviar atenções do polémica em curso.
Apenas afirmar que as insinuações nas e-mails são "uma mão cheia de nada", fica longe de explicar coisa alguma e, decerto, nada resolve, no que aos aspectos legais, ou melhor, ilegais, do caso em curso.
O outro argumento que o clube do outro lado da Segunda Circular "disponibilizou-se de portas abertas", ás autoridades, é sem premissa real. Buscas foram conduzidas pelas autoridades e não foram os responsáveis encarnados que lhes abriram as portas por convite prévio.
Quando Luís Bernardo fala "no pior que pode acontecer ao futebol português", terá primeiro de olhar para dentro e admitir as maquinações levadas a cabo pelo seu clube de há uns anos a esta parte. Enquanto o Apito Dourado ainda hoje não é esquecido, não anula, de modo algum, outras démarches obscuras de semelhante natureza.
Abel Ferreira: "É um facto que o Benfica não precisa de muitas oportunidades para marcar um golo, tem muita qualidade na frente. Mantivemos o jogo aberto com o 2-1 e acabámos a primeira parte a lutar pelo resultado. Na segunda parte o Benfica fez o 3-1, nós fizemos mais dois golos... Mas se o videoárbitro está aqui pela veracidade do jogo... Um desses golos é limpo. O Seferovic está a colocar o nosso jogador Ricardo Horta em jogo. Não sei se ganharia o jogo, mas pelo menos voltaríamos ao jogo".
Rui Vitória: "Já tivemos mais jogos com o videoárbitro... A Taça o ano passado, a Supertaça, jogos particulares e não falei. E, se calhar, tive lances para o fazer. Não vamos agora analisar o que já foi analisado. Se vamos por aí, podemos entrar no lance do Jardel, ao acabar a primeira parte, e logo ali era o 3-1".
Não é comum eu concordar com Augusto Inácio, mas esta sua consideração, proferida este domingo no programa Playoff da SIC Notícias, faz sentido e merece reflexão:
«A FPF criou novas regras em que as equipas que entram na 3ª eliminatória têm de jogar fora mas os clubes têm de dar garantias de que esses jogos vão ser nos seus estádios. O do Gafanha não conheço, portanto não vou falar.
Quando foi o sorteio o presidente do 1º Dezembro disse que era uma honra sair o Benfica, o Benfica disse que era uma honra ir a Sintra e à última da hora o jogo foi no Estoril. Depois, mais curioso ainda, o 'vice' do Benfica Rui Cunha, em pleno estádio, oferece a receita e o presidente do 1.º Dezembro pegou no microfone e agradeceu o gesto.
Não esqueço que o Sporting e SC Braga já jogaram no 1.º Dezembro e a pergunta que faço é se não houvesse a receita para o 1º Dezembro se o jogo se disputaria no Estoril. Não falo do Gafanha porque desconheço o seu estádio, mas conheço o campo do 1º Dezembro».
Fico a ponderar o ónus de responsabilidade que recai sobre a Federação Portuguesa de Futebol para identificar, avaliar e tratar quaisquer aparentes, reais ou potenciais conflitos de interesses que podem, na verdade ou na aparência, pôr em risco a integridade do jogo e a essência desportiva da competição.
Quer-me parecer, no entanto, que os dirigentes federativos avaliaram e trataram esta situação com total indiferença. A bem dizer, considerando que se trata do "glorioso" cá do burgo, não surpreende. Aliás, a surpresa até terá sido o jogo não ter sido mudado para o Algarve, tradição antiga dos "encarnados".
Adenda: Como sempre, a comunicação social não perdeu tempo a vir em defesa do "glorioso", publicando um artigo em que explica as alegadas razões do jogo se ter realizado no Estoril.
O Tribunal da Relação não deu provimento a uma queixa do Benfica contra o Sporting e a Bruno de Carvalho, por causa de um processo relacionado com a utilização do emblema das águias em cachecóis produzidos por uma empresa licenciada pelo Sporting. O anúncio foi feito pelo Clube, através de uma notícia no seu site oficial.
O caso remonta a Fevereiro de 2015, quando a ASAE, no âmbito de uma fiscalização num Sporting-Benfica, apreendeu 103 cachecóis alusivos ao dérbi, considerando que a empresa licenciada pelo Sporting não tinha autorização para utilizar as marcas dos dois clubes.
Em sua defesa, o Sporting argumentou que a responsabilidade pela comercialização dos cachecóis era exclusivamente da empresa em causa.
O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol divulgou esta terça-feira as nomeações de árbitros para a próxima jornada. Talvez por falta de imaginação, a única expressão que me surgiu foi a de um sorriso amargo, ao verificar que o "one and only" João Capela, notório benfiquista da arbitragem portuguesa, foi designado para a visita dos "encarnados" a Coimbra.
Deve ser o caso proverbial de "tirar um coelho da cartola" na altura certa, porque Capela ainda não apitou um jogo do "glorioso" cá do burgo na I Liga esta época. Dirigiu sim, o encontro com o Nacional, mas para a Taça da Liga.
Caso existissem dúvidas, mais uma prova evidente que Vítor Pereira e os seus compinchas do Conselho de Arbitragem nem com a "mulher de César" se preocupam.
Destaque, ainda, para outras duas nomeações do Conselho Nacional de Arbitragem. Nuno Almeida estará no Sporting-Marítimo; Fábio Veríssimo vai apitar o Paços de Ferreira-FC Porto.
Os intervenientes no "incidente" do jogo, cada um a relatar a história à sua maneira...
Bento:
«Toda a gente sabia que eu, semana e meia antes, tinha tido um jogo em Famalicão em que levei 16 pontos na cabeça, consequência de uma saída aos pés de um adversário. Lascou-me o crânio, foi muito complicado ! Saí do hospital com diagnóstico reservado. Poderia não ter voltado a jogar futebol.
O Manuel Fernandes sabia perfeitamente disso, mas deu pouca importância. Ficou provado no tal lance que deu a minha expulsão: a bola foi metida em profundidade, eu antecipei-me, agarrei a bola e ele raspou os pitons na minha cabeça. Tive uma reacção típica, de quem se sentiu ferido».
Manuel Fernandes:
«Eu consigo isolar-me e fico frente-a-frente com o Bento. Ele sai-me aos pés e toca na bola ao mesmo tempo que eu tento desviar a trajectória. Provavelmente toquei-lhe nas mãos, não sei... foi sem maldade nenhuma, aliás, nunca fui um jogador maldoso. É preciso dizer que uns dias antes o Bento tinha levado um pontapé na cabeça em Famalicão e foi suturado com 16 pontos. Talvez por isso tenha ficado tão tenso. Quando se levantou, senti que ele podia fazer qualquer coisa grave. Ele vinha maluco ! Ainda lhe disse, 'tem calma, o que é que vais fazer ?' Mas ele estava cego. Só me disse 'és sempre a mesma merda...' e bate-me na cara. Quando senti o toque atirei-me para trás».
Mais uma grande penalidade assinalada a favor do Benfica diante o Paços de Ferreira, por falta não existente, mesmo ao cair do pano da primeira parte. Neste momento, o clube da Luz lidera o marcador, por 2-1.
Continuamos à espera do PRIMEIRO castigo máximo da época contra o "glorioso". Será melhor esperar sentado !
Pode rever o terceiro golo do Benfica aqui.
Nota: Este é o primeiro post do género que se publica desde que o Camarote Leonino foi criado. Estava a assistir ao jogo e a trabalhar no computador, em simultâneo, quando me surgiu a ideia que, para mim, não passava por mais do que uma brincadeira. Não vejo justificação alguma, portanto, para a troca de "farpas" e outras acusações de mau gosto entre leitores. É só futebol !
«O caminho mais solitário que um homem pode percorrer é o da coerência: veremos chegarem e partirem parceiros de conveniência, aliados de ocasião, adversário oportunistas. Todos eles autênticas tentações para que nos desviemos do caminho. E o que nos mantem? Os princípios que nos norteiem. E o que nos guia? A luz da razão.
Quando leio nas notícias que Aldo van der Laan, o Presidente do Twente, acaba de se demitir porque foi apanhado no meio de uma polémica com a Doyen, não posso deixar de sentir a tal luz reforçada e os princípios ainda mais robustecidos.
O que estava em causa era, uma vez mais e como repetidamente tenho chamado a atenção, a ingerência abusiva e contra as normas da FIFA, da Doyen Sports na gestão prática das transferências de jogadores. Seria hipócrita se fingisse não notar que o Twente foi o “viveiro” de transferências como as de Jesus Corona ou Ola John mas que, particularmente no caso que provoca esta demissão, é a partilha de direitos económicos de sete jogadores contratualizada entre a Doyen e o Twente que está debaixo de fogo: e um desses jogadores é Bilal Ould Chikh que chegou ao Benfica esta temporada.
Entende-se agora porque é que a Doyen chamou o FC Porto e o Benfica como suas testemunhas abonatórias no processo que a opõe ao Sporting Clube de Portugal e porque é que Pinto da Costa e Paulo Gonçalves se prestaram ao papel…
É como disse um caminho solitário mas o tempo vai revelando o quão acertado esse caminho é !»
Muito embora até se possa compreender o ponto de vista do presidente do Sporting, assente na premissa que o que diz é factual, já não é tão claro o que ele pretende realizar em debater questões desta natureza na praça mediática portuguesa. Não é de acreditar que o TAS venha a ser influenciado na sua tomada de decisão, quanto ao processo que tem entre mãos, por estas mexeriquices "domésticas".
Mau perder, vingança e outras considerações menos louváveis vêm-me à ideia, ao ler a notícia de que o Benfica apresentou queixa formal junto da secção não-profissional do Conselho de Disciplina (CD) da FPF contra Slimani, por entender que o avançado do Sporting agrediu Samaris num lance do «derby» do último sábado. A queixa deverá agora levar à abertura de um processo, que seguirá os seus trâmites habituais.
Os "encarnados" alegam que o árbitro Jorge Sousa não julgou o lance no decorrer do encontro e, como não houve lugar a punição naquele instante, existem assim motivos para aplicar um castigo ao internacional argelino com base nas imagens televisivas.
De referir que a secção não-profissional do CD da FPF (responsável pela disciplina nos jogos da Taça de Portugal) apenas se reúne uma vez por semana, à sexta-feira, pelo que apenas nesse dia será.
Satisfazendo os respectivos prazos estipulados nos Regulamentos, acho que o Sporting devia reagir com queixas similares sobre outros lances não punidos por Jorge Sousa, em que jogadores do clube da Luz foram os agressores.
Mesmo com o "derby" a meras horas de distância, o Sporting não deixou de aproveitar as declarações de Marco Ferreira ao jornal espanhol "AS" para atacar o Benfica, insistindo, até, que há causa para descida de divisão. Segundo o que está a ser noticiado, "fonte oficial" terá declarado o seguinte:
"Marco Ferreira acusa que, de forma expressa e tácita, o artigo 62 foi infringido tendo como punição descida de divisão do Benfica. À primeira vista as declarações de Marco Ferreira visam apenas Vítor Pereira mas, se estivermos atentos a tudo, é mais uma prova das intenções ligadas aos 1120 jantares oferecidos via 'caixa' que recebiam árbitros, observadores e delegados. Afinal, parece que para vincar a intenção ainda tinham uns telefonemas de Vítor Pereira a reforçar expressamente a necessidade de favorecer o Benfica.
As caixas eram uma forma tácita de corrupção e agora as afirmações de Marco Ferreira confirmam que eram, sempre ou às vezes, acompanhadas de uma forma expressa de favorecimento do Benfica (telefonemas). As caixas eram a tentativa tácita (prevista no artigo 62) que se prova facilmente quando os árbitros disseram como defesa ao assunto que 'nenhum árbitro foi jantar'. Logo, tacitamente sabiam que aquilo era errado e que tinha como objetivo motivar comportamento favorável em relação aos jogos do Benfica condicionando as suas actuações. Isto é corrupção, que tem de ser condenada com a punição prevista de descida de divisão e ainda verificar o que dizem os regulamentos sobre os restantes envolvidos e suas actuações".
E a "guerra" continua... sem tréguas. O bom senso leva a reflectir que dado o ambiente já tão incendiado, o Sporting, a comentar a questão, devia ter esperado até depois do jogo. É óbvio que quem manda pensa diferente.
P.S.: Marco Ferreira terá entretanto afirmado: "Nunca disse que Vítor Pereira me pediu para beneficiar o Benfica."
Como diz o «cartoon do dia»: "O Vítor Pereira ligava-me para favorecer o Benfica , mas atenção, eu nunca disse que o Vítor Pereira me pediu para beneficiar o Benfica". É o caso proverbial de meia dúzia numa mão e seis na outra !!!
Desconheço a origem dos valores citados pelo diário desportivo nem os critérios em que as estimativas são assentes, mas não acredito na sua exactidão. Em alguns casos, os números publicados reflectem apenas o valor das mais recentes transferências; em outros, pura especulação.
Muitos factores afectam o valor de qualquer atleta, não excluindo a realização colectiva, uma das principais razões porque os jovens da formação do Sporting não têm sido mais valorizados de há alguns anos a esta parte.
Mas quando chega a hora da verdade, é o mercado que comanda os valores, até porque os milhões de investimento para um qualquer clube poderão não corresponder à mesma apreciação de outro. Tudo é muito relativo.
Andamos há dias a ler e a ouvir que o Benfica deu entrada em tribunal com um processo judicial contra o seu ex-treinador Jorge Jesus, a quem exige 14 milhões de euros de indemnização, no entanto, não deixa de ser estranho que o visado ainda não tenha sido notificado do mesmo.
Para o efeito, surge esta segunda-feira o Diário de Notícias com uma extensa explicação do ainda não confirmado processo, em que, no prazo de dez dias úteis após a notificação, um juiz tentará um entendimento entre as águias e o treinador para que o caso não chegue a tribunal.
Adianta ainda o jornal que "apurou" que ambas as partes, no entanto, não desejam qualquer tipo de acordo, pelo que o processo acabará mesmo por ser decidido pela justiça.
Será que o juiz, ou alguém, espera pela realização do "derby" ?.... Parece ser a consideração mais importante...
“Não é apenas o valor que está em causa. Primeiro, é preciso que as ofertas não sejam consideradas simbólicas ou de cortesia. O segundo aspecto é que as ofertas sejam acompanhadas de solicitação a árbitro ou dirigente de arbitragem para que venha a falsear resultado. E, ainda mais, é necessário que na prática venha a verificar-se.
Há diversas possibilidades, mas o que está em cima da mesa e para onde estão apontados os holofotes é a descida de divisão. Não acredito nela. O que deu o mote à intervenção da FPF e do Ministério Público foram as declarações do presidente do Sporting. Ele saberá que um processo disciplinar deste tipo precisa de um tempo muito mais alargado."
José Manuel Meirim, especialista em Direito Desportivo, em declarações à CMTV.
Com o devido respeito pelo nosso Amigo, opiniões sobre este polémico caso abundam, mas o que me parece claro é que o Ministério Público - se decidir perseguir a questão - terá de conduzir uma investigação muito mais profunda para poder determinar o curso de acção. Depois do que se passou com os processos dos "Apitos", um cínico diria que tudo será em vão e que as suspeitas que agora poluam o ar persistirão por tempo indefinido.
Franco Cervi, o jovem extremo argentino que Jorge Jesus pretendia e que acabou por eludir o Sporting. Segundo as reportagens desta segunda-feira, o clube do outro lado da 2.ª Circular terá pago 4,1 milhões de euros por 90 por cento do passe, não muito distante dos noticiados 3,8 milhões que o Sporting terá proposto. O jogador assinou por seis épocas.
Tudo indica que existiram outras considerações que influenciaram o negócio, mediante o que já foi aqui comentado sobre o desempenho de Guilherme Pinheiro, administrador da Sporting SAD.
Como sempre, o futuro indicará o mérito desta contratação.
Nota: Considero que a manchete do jornal A Bola desta terça-feira, indicando que à última da hora o Sporting ofereceu 6 milhões de euros, é pura propaganda "encarnada".
Durante o pequeno almoço - como é meu hábito - li um artigo por autor não identificado, que me parece interessante e sobretudo certeiro. Sob o título "Haja coragem", transcreve-se o seguinte:
«A coisa mais ousada que Jorge Jesus e Julen Lopetegui fizeram no clássico do passado domingo foi crescer um para o outro, à entrada do túnel de acesso aos balneários. Por ter acontecido o incidente no final do jogo, dir-se-ia que ambos estavam a descarregar ali a carga acumulada de coragem a que se pouparam durante os 90 minutos de um dos mais pífios duelos entre Benfica e FC Porto dos últimos tempos. O que deveria ter acontecido, golos e espectáculo, não aconteceu. Sobre isto, nada a fazer. Já o que nunca deveria ter sucedido, as tristes cenas finais, sucedeu mesmo. Mas sobre isto, os doutores que sabiamente prescrevem o receituário que trata da disciplina do nosso futebol poderão fazer algo. Ou não ?»
Em abono da verdade, o ónus de pressionar e procurar o resultado favorável a golos era todo do FC Porto, pela diferença pontual na tabela classificativa. Jorge Jesus, depois de andar tanto tempo ao "colinho" das arbitragens, limitou-se a fazer a devida gestão do conforto proporcionado por essa tão conveniente "almofada". Uma das razões principais que fazem com que a inevitável conquista da prova de 2014/15 fique na história como o "campeonato do colinho". E... bem haja o futebol português.
Achei piada a este quadro noticioso que surgiu num dos diários dos Cofinas, a dar relevo aos feitos financeiros do clube da Luz, sob a manchete sensacionalista que adaptei para título do post:
«Nos últimos seis anos o Benfica investiu 194 milhões de euros em novos jogadores, uma média de 92 mil euros... por dia. Do lote de 73 futebolistas contratados no período de Jorge Jesus (2009/2015), as vendas daí efectuadas já geraram 218 milhões, qualquer coisa como 103 mil euros por dia. Ou seja: com Jorge Jesus, os encarnados estão a lucrar uma média de 11 mil euros cada 24 horas !»
Mesmo confirmando-se a veracidade dos números - disposição que exige análise minuciosa - a ironia evidente é que os alegados lucros - 11 mil euros por dia - durante este período, mal dão para pagar o salário de Jorge Jesus !!!
Não consegui conter o riso ao ler as declarações do "vice" do Benfica, João Varandas, em que ele surge a exigir uma investigação "porque os portistas tentam condicionar os árbitros para conseguir fora do campo o que está a ser difícil dentro das quatro linhas".
Quando se fala na arbitragem portuguesa, com o Benfica de um lado e o FC Porto do outro, é o mesmo que tentar distinguir a diferença entre seis e meia dúzia, qual deles com o menos moral para falar. Mas, como bem sabemos, não iniba a hipocrisia.
Disse ainda João Varandas: "Sem interferências externas negativas de certeza absoluta que vamos ser campeões. Estamos preparados para percalços. Dentro do campo temos equipa, direcção e treinador que auguram coisas positivas para todos nós. Temos sido francamente melhores e com futebol que nos deixa satisfeitos."
Há, de facto, muitos "burros a falar de arbitragem" !
Esta temática recorda-me um artigo que eu escrevi em Março de 2014, sobre "virgens ofendidas."
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