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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com Manchester City, jornada nº 4 da LIGA DOS CAMPEÕES, que resultou numa vitória por 4 - 1. Golos de Viktor Gyokeres 38', 49' (Pénalti) 80' (Pénalti) e Maximiliano Araújo 46'.
SPORTING ATROPELA O CAMPEÃO DA INGLATERRA
Noite surreal em Alvalade, com o Sporting a rubricar uma das melhores noites europeias da sua história, banalizando o campeão inglês, Manchester City, para muitos, a actual melhor equipa do planeta e arredores. O leão, que nem começou nada bem a partida, entrou praticamente a perder após uma oferta muito 'generosa' de Morita logo aos 4', mostrou-se excessivamente temeroso e nervoso, errando inúmeros passes e com grande desacerto defensivo, mas o 1-1 foi decisivo para a remontada histórica. A equipa acalmou e acreditou que afinal era possível discutir o jogo e a 2ª parte acabou por ser um recital, com o Sporting a elevar ao mais alto nível a sua ideia de jogo destruindo o campeão inglês com mais 3 golos, que fecharam uma goleada surpreendente perante o olhar atónico de Pepe Guardiola. Gyokeres trucidou os SUPER SKY BLUES, com um hat trick e ainda teve perdida incrível, Geovany Quenda foi decisivo no passe para o 1-1, Maxi Araújo marcou um tremendo "golazo", Pote e o génio voltaram, Diomande, Debast e Israel fizeram exibição de gala.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 6 - O Cyborg de Alvalade voltou a ter uma noite de sonho. Ganhou de goleada o duelo de titãs com o Cyborg norueguês do City, fazendo um hat trick e ainda teve perdida incrível quando isolado falhou o chapéu ao Ederson, salvou também uma bola que parecia ir cair dentro da baliza do Sporting e que daria o 2-0 ao City. Após o empate pôs sempre em sentido a defesa inglesa até final.
FRANCO ISRAEL - 6 - Mal batido no golo do City mas redimiu-se com várias grandes defesas, uma delas um estoiro do Haaland para a parada da noite, agarrando a equipa na confiança total.
JEOVANY QUENDA - 5 - Alguma oscilação no período inicial até acertar a marcação ao renegado Matheus Nunes. Soberba e muito decisiva a assistência para o golo do empate (1-1) que mudou a história do jogo, num momento crucial quando a equipa estava com muitas dificuldades, sufocada pelo adversário e há beira de sofrer um 2ºgolo.
ZENO DEBAST - 6 - Exibição de grande nível, plena de coragem e sacrifício, travou grande luta para fechar os espaços e caminhos a um adversário temível que sabe como provocar desequilíbrios com facilidade com passes curtos entre linhas.
OUSMANE DIOMANDE - 6 - Teve noite de gala, meteu no bolso o melhor avançado do Mundo, que só por uma vez lhe conseguiu escapar e que disparou para grande defesa do Israel. Imperial no jogo aéreo a fazer recordar o professor e grande capitão Sebastian Coates.
MATHEUS REIS - 3.5 - Teve dificuldades, denotando nervosismo e alguma falta de confiança, com excesso de demora a acalmar o seu jogo, precipitou-se em más decisões, perdendo várias vezes a bola e com facilidade para o adversário com passes errados, não surpreende que tenha sido substituído a meio da 2ª parte.
MAXIMILIANO ARAÚJO - 6 - Este é o Maxi que os adeptos esperavam, foi (é) o elemento mais imprevisível da equipa e que provocou muitas dificuldades aos opositores do seu lado. Fortíssimo no processo defensivo (terá que se refrear na decisão do ataque à queima) e muito eficaz no transporte junto à linha. No melhor lance da equipa (jogada colectiva genial) marcou um golazo, o golo da remontada logo a abrir a 2ª parte.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 5 - Exibição em crescendo na noite, com inicio dificil, sem acerto nos espaços e nos timings por onde a bola passava, andou aos papeis até ao 1-1. A partir daí leu melhor o jogo do adversário e começou a acertar melhor as marcações, apareceu mais no jogo com boas intersecções, na antecipação e no apoio para o contra ataque da equipa que passou a fazer com maior utilidade.
HIDEMASA MORITA - 3.5 - Uma entrada deveras falsa, com dificuldades em acompanhar a intensidade que o adversário provocou logo no inicio, lentidão que resultou num grande erro, uma perda de bola em zona proibida, muito perto da sua área e que o adversário aproveitou a oferta para fazer o 1-0. O erro afectou-o bastante, provocando-lhe a perda de confiança e nunca conseguiu soltar o seu melhor futebol, optando quase sempre quando em pressão por não correr riscos.
FRANCISCO TRINCÃO - 5 - Brilhou muito nas estrelas na monumental arrancada e que terminou estatelado dentro da área adversária, derrubado pelo Gvardiol, o pénalti que resultou no 3º golo importantíssimo e que "matou" o City.
PEDRO GONÇALVES - 5.5 - O Pote não correu muito, mas o génio que tem dentro dele que libertou salvou-o de uma noite menos conseguida, a assistência soberba para o golo do Maxi é genial, a somar vários lances de génio na arte do passe curto que partiram alguns rins dos adversários e que carimbaram uma 2ª parte notável.
GENY CATAMO - 4 - Teve entrada forte e importante, a ganhar quase todos os duelos, como no lance que resultou na grande penalidade e no 4º golo que fechou a goleada.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Tentou segurar a primeira linha defensiva no meio campo e foi importante a fechar os espaços, mas esteve pouco inspirado no passe construtivo para o contra ataque e que nunca saíram.
JEREMIAH ST. JUSTE - 3 - Entrou bem no jogo, concentrado e pragmático na decisão dos lances, o adversário também já perdia a alma, paciência e o discernimento a correr atrás do 1-3.
EDUARDO QUARESMA - Saúda-se o seu regresso após a lesão e teve entrada de leão, não deu quaisquer chances à estrela belga, o jovem Jérémy Doku.
CONRAD HARDER - SEM NOTA - Entrou aos 89' sem qualquer lance de registo.
RÚBEN AMORIM - 6 - Teve despedida de sonho no seu ultimo jogo em Alvalade, nem nos seus melhores pensamentos imaginou que os astros se iriam alinhar desta forma como aconteceu. Goleou o campeão de Inglaterra e nem de propósito, sendo o maior rival do outro clube de Manchester que vai ser a sua futura equipa e com toda a Inglaterra com os olhos na TV a assistir perplexos. Teve os deuses a seu favor, a equipa muito entrou mal no jogo, sofreu bastante na fase inicial e ainda esteve muito perto de sofrer o segundo golo, mas.... Gyokeres empatou a partida e foi o clique para uma noite memorável que ficará na história dos melhores resultados de sempre do Sporting na Liga dos campeões. No final, o estrondoso resultado embalou os adeptos que mesmo com os sentimentos muito divididos e misturados, o grande reconhecimento e a enorme desilusão, para uma grande despedida, ovacionado de pé por todas as bancadas do estádio e ainda homenageado pelos jogadores em pleno relvado.
JOSEP GUARDIOLA - 3 - Que humilhação inesperada, teve que engolir em seco, tragou duas goleadas, a do campeão de Portugal e ainda assistiu à outra goleada individual, a que o grande Gyokeres deu ao Haaland. Foram demasiadas coisas para uma noite só. Apesar da notada azia, ficou-lhe bem reconhecer o quanto é boa a equipa do Sporting e como ele próprio comentou "correm muito e bem, são muito bons".
DANIEL SIEBERT (Árbitro) (Alemanha) - 3 - O jogo saiu-lhe mais complicado do que possa parecer, algumas decisões estranhas e que podiam ter efeito no resultado final, deixou passar um corte com o braço de um defesa do City dentro da sua área, o lance do Diomande é deveras discutível, a bola ressalta do pé para o braço, marcou uma falta inexistente ao Pote perto da linha da grande área do Sporting e na zona frontal à baliza e ainda mostrou-lhe o cartão amarelo. A coincidência de todos os erros maiores terem beneficiado o City.
BASTIAN DANKERT (VAR) (Alemanha) - 2 - Um bola directa no braço dentro da área do City não viu razão para penálti e depois uma bola indirecta que ressaltou dos pés para o braço na área do Sporting já decidiu chamar o árbitro.
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