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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com o Rio Ave da 34ª jornada da Liga Portugal Betclic, que resultou numa vitória por 3 - 1. Golos de Pedro Gonçalves 6', 26' e Viktor Gyokeres 63'.
NO RETORNO À SUA FORTALEZA, SÓ DEU LEÃO
O Sporting entrou com o pé direito na Liga 2024/25, com um triunfo tranquilo e implacável contra um Rio Ave que fez o seu golo de honra no único remate à baliza (90'). O campeão dominou por completo toda a partida, conseguindo 3 golos e mais uma mão cheia de oportunidades que podiam ter dado um resultado final mais expressivo e maior justiça, tal foi supremacia perante os vilacondenses. O jovem Quenda desbloqueou o jogo com uma meia assistência, Pote bisou e Gyokeres marcou e assistiu.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 5 - Ainda a 50% do que pode fazer, já foi suficiente para levar a equipa às costas na maioria dos lances que levaram o pânico à defesa do Rio Ave. Assistiu, marcou, falhou 2/3 golos com um deles com a bola a bater na trave e ainda arrasou com o capitão e centralão adversário, Aderlin Santos, que a mancar das duas pernas teve que ser substituído.
VLADAN KOVACEVIC - 3 - Não foi colocado à prova em toda a partida, interveio uma única vez quando agarrou a bola com segurança a um cruzamento. No golo sofrido nada podia fazer e foi fuzilado.
GEOVANY QUENDA - 4.5 - Está a surpreender de estaca com o seu jogo adulto, muito responsável e competente nas suas acções, encarando o adversário de frente assumindo o risco do drible sem receio, apresentou outra novidade, sabe ler o jogo, antecipando-se varias vezes aos lances. Pode estar aqui a sensação da Liga 2024/25.
EDUARDO QUARESMA - 4 - Já deitou para trás das costas toda aquela desconfiança da sua regularidade, está um senhor jogador, poderá ser esta a sua época da explosão. Muita competência em tudo o que fez, no desarme e a sair com bola controlada. Deve acreditar que pode olhar para a selecção.
OUSMANE DIOMANDE - 4 - Distraiu-se uma única vez, aos 90' e...deu golo! De resto, foi um autêntico muro para os avançados vilacondenses, não deu hipótese de qualquer remate que fizesse brilhar o Kovacevic, intratável nos duelos aéreos e na antecipação. Deu boas indicações na sua aspiração a patrão da defesa.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Em geral toda a linha defensiva esteve em alta, muito concentrados, unidos e eficazes nas acções. Fechou sempre bem as costas do Geny e com vários passes a entrarem certeiros entre as linhas adversárias.
GENY CATAMO - 3.5 - Esteve sempre bem no jogo, mas acabou por ser o menos produtivo da equipa, com a mudança de flanco, agora à esquerda pede-lhe ainda adaptação, gosta das diagonais e cortar para dentro e o pé direito ainda não responde da mesma forma.
MORTEN HJULMAND (Cap) - 4.5 - Depois de algumas dificuldades no jogo da Supertaça, subiu de produção, mais interventivo e mandão nos lances no centro do terreno que bloquearam por completo as iniciativas de contra ataque do Rio Ave. Deu ajuda preciosa com passes a rasgar lançando com espaço o Gyokeres e o Pote.
HIDEMASA MORITA - 4.5 - Fez de bombeiro de principio ao fim até sair esgotado aos 91'. É um "expert" nas dobras com leitura exímia dos lances, onde aparece nos espaços onde a bola cai. A peça perfeita que completa o puzzle no processo de jogo da equipa, dando o seu equilíbrio. Num remate de boa mira, quase que fazia o 2-0, negado com defesa felina do Jhonatan.
FRANCISCO TRINCÃO - 4 - Deu "coices" no jogo, algumas arrancadas bem definidas em que não se deixou tentar pelo individualismo exagerado, libertando a bola no timing. Procurou o seu próprio equilíbrio para não cair em desgaste desnecessário. Dois remates de intenção, o 1º resultou numa assistência para o golo de Gyokeres, o 2º proporcionou a defesa da noite ao Jhonatan.
PEDRO GONÇALVES - 5 - Entrada de Leão na nova época, já tinha marcado na Supertaça e bisou agora na abertura do campeonato. Decisivo quando encostou na assistência do "toma-lá e faz-te famoso" do Gyokeres e de seguida aproveitou um brinde do Jhonatan, desferindo um belo remate em arco que entrou na gaveta.
MATEUS FERNANDES - 3 - Dos que saíram do banco foi claramente o que mais acrescentou, apesar da queda da intensidade do jogo com o vencedor já encontrado (3-0), mostrou nervo e intencionalidade a puxar pelos colegas na busca do 4º golo.
MATHEUS REIS - 2.5 - Entrou para fechar de vez o seu corredor da esquerda e cumpriu.
MARCUS EDWARDS - 2 - Sente a tristeza de ter perdido o lugar na hierarquia para o jovem Quenda e o seu futebol ressente-se, sem a alegria e determinação nos lances, como aquele em que furou na área do Rio Ave ganhando algum espaço e depois perdeu-se na decisão do cruzamento ou remate e ficou sem a bola.
DANIEL BRAGANÇA - 2 - Quase que tinha o seu minuto de fama, mostrou-se num grande remate pleno de intenção errando só no efeito que deu na bola.
RODRIGO RIBEIRO - 2 - Jogou 4', suficientes para tirar tinta ao poste direito da baliza do Rio Ave, podia ter facilitado e assistir o Matheus Reis que seria só encostar para o golo, mas a sede de se mostrar foi mais forte e quase que fazia o seu golo.
RÚBEN AMORIM - 5 - Depois do furacão de Aveiro, era determinante darem uma resposta implacável de força e determinação no 1º jogo do campeonato e essa mensagem foi dada e conseguida. O resultado até acabou lisonjeiro para o Rio Ave que escapou de uma goleada, com números expressivos que dariam mais justiça no que se passou no jogo. O treinador sacou as suas ilações do desastre de Aveiro e fez cair o jovem belga, que naturalmente perdeu a titularidade para o mais experiente costa marfinense Diomande. Pena o golo sofrido ao cair do pano, no único lance em que a defesa facilitou.
LUÍS FREIRE - 2 - Que dizer de uma equipa que só conseguiu um remate à baliza do Sporting aos 90'? Salva-se a eficácia do remate que deu o golo da consolação mas que nunca o justificaram. Foram dominados em todos os timings do jogo.
JOÃO GONÇALVES (Árbitro) - 3 - Teve a sorte do jogo lhe ter saído facílimo de arbitrar, mas quis complicar, pela teimosia em deixar passar faltas sucessivas e grosseiras sobre o Gyokeres que se fartou de levar porrada em todo o jogo e com o beneplácito deste árbitro.
ANTÓNIO NOBRE (VAR) - 3 - Sem casos para intervir, deixou-se estar sossegadinho a assistir ao jogo.
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