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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting CP e a outros intervenientes do jogo com SC STURM GRAZ, jornada 3 da LIGA DOS CAMPEÕES, que resultou numa vitória por 2 - 0. Golos de Nuno Santos 23' e Viktor Gyokeres 53'.
EXIBIÇÃO AUTORITÁRIA NA ÁUSTRIA
Grande noite dos leões que dominaram o campeão austríaco, diminuindo-o a uma escala bem inferior ao campeão de Portugal. Criaram lances que dava para golear e só por escassos períodos do jogo, consentiram alguma réplica do Sturm Graz com tímidos contra ataques. A supremacia leonina materializou-se com dois golos bem desenhados, o primeiro num lance colectivo que envolveu quase toda a equipa e já na segunda parte Gyokeres fechou o marcador com um golo mesmo sensacional. Nuno Santos também marcou, Geny e Debast brilharam em vários lances.
DESTAQUE - VIKTOR GYOKERES - 4.5 - Mostrou querer voltar à sua forma habitual após o período de algumas semanas de menor fulgor físico. Participou na maioria dos lances de ataque com melhor disponibilidade física, mas faltou-lhe definir um pouco melhor. Estivesse numa noite sim e teria feito mais dois ou três golos. Deixou todavia a sua marca com um golaço, em que até sentou o guarda-redes.
FRANCO ISRAEL - 4 - Foi um porto seguro, transmitiu total confiança nas poucas vezes que foi colocado à prova pela equipa austríaca.
GENY CATAMO - 4 - Foi decisivo em vários lances, dando festival de técnica que abriram crateras na defesa adversária. Assistiu na perfeiçã Gyokeres que seria só encostar, mas não acertou na bola, esta acabou por sobrar perfeita para o Nuno Santos que não perdoou, abrindo o placard no Black Arena.
RICARDO ESGAIO - 3.5 - Surpreendeu pela positiva mostrando aos colegas como se defende as bolas paradas. Participou no lance que resultou no primeiro golo.
ZENO DEBAST - 4.5 - Exibição de grande nível, sem erros e ainda plena de ingredientes técnicos como se viu no lance em que assistiu Gyokeres para o segundo golo da noite.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Também quer voltar há sua boa forma, foi mais assertivo no passe e autoritário nos duelos sempre no timing certo do ataque à bola e ao espaço.
NUNO SANTOS - 4 - A maior parte dos lances de ataque passaram pelo seu lado e esteve à altura, combinando quase sempre bem com o colega uruguaio Max. Estava no sítio certo na bola que lhe caiu nos pés, após o grande falhanço do Gyokeres e não perdoou, dando já aí justiça ao resultado, perante o domínio quase absoluto da equipa no jogo.
MORTEN HJULMAND - 4 - A retomar à sua forma, mostrando boa frescura física e a encher todo o centro do terreno com enorme elasticidade na reacção à perda da bola, caindo logo em cima do portador sem o deixar respirar.
DANIEL BRAGANÇA - 4 - Não foi tão constante como tem sido nos jogos anteriores, mas manteve o bom critério na decisão dos lances em que participou.
FRANCISCO TRINCÃO - 3.5 - Teve mais períodos "ausente" do que lhe é habitual, pelas dificuldades na interpretação estratégica nos espaços e nos timings em alguns lances que falhou. Quase que fez o terceiro com o guarda redes a ficar pregado a defender a bola com os olhos e que saiu rente ao poste da sua baliza.
MAXIMILIANO ARAUJO - 3.5 - Faltou-lhe uma melhor frescura física para terminar com sucesso os vários lances de grande engenharia técnica que inventou, andou ali sempre no quase, quase, deixando uma boa imagem do que pode fazer.
MATHEUS REIS - 3 - Um regresso que os adeptos saúdam depois da longa ausência e já deu para mostrar o muito que acrescenta, quando resolveu bem alguns lances que ameaçavam poderem perigar a sua baliza.
HIDEMASA MORITA - 2.5 - Vive o dilema da sua seleção, as longas viagens que o obrigam depois a esforços suplementares, com as recuperações aceleradas. Demorou a entrar no ritmo do jogo, a que os austríacos ameaçaram querer aproveitar e que coincidiu com o melhor momento do adversário.
PEDRO GONÇALVES - 2.5 - Foi patente a falta de ritmo competitivo principalmente nos movimentos sem bola, os adeptos saudam estar de volta à equipa no momento certo, quando os jogos vão aquecer ainda mais.
JEREMIAH ST. JUSTE - 3 - Surpreendentemente entrou muito bem no jogo e no ritmo alto que os austríacos entretanto impunham naquele momento, ganhou todos os duelos e ainda tirou com corte sensacional o pao da boca ao avançado adversário, quando este se isolou já dentro da pequena área e se preparava para fazer golo.
GEOVANY QUENDA - 2 - Entrou quase no final, com um único lance de registo, quando apareceu com espaço na direita e já dentro da área decidiu mal, com remate fraco e à figura, quando tinha colegas melhor posicionados para fazer um golo certo.
RÚBEN AMORIM - 5 - Objectivo cumprido, a equipa deixou uma mensagem de classe e de grande autoridade que provocou em muitos momentos do jogo o silencio nas bancadas. Uma vitória justíssima na casa do campeão austríaco, somando agora 7 pontos em 3 jogos na maior competição europeia.
CHRISTIAN IIZER - 2 - O líder da equipa austríaca permaneceu conformado durante a maior parte do jogo, tal foi a supremacia do campeão português que não lhes deu facilidades. Um resultado final de derrota e que ainda podia ter sido mais negativo, tantas foram as oportunidades desperdiçadas pelos avançados do leão de Lisboa.
GIORGI KRUASHVILI ( Árbitro) (Georgia? - 4 - Tentou manter o jogo firme e seguro, na base de um critério justo dos lances em que acertou na maioria com decisões correctas. Reverteu a grande penalidade após ver as imagens e aí também acertou na decisão.
ALESSANDRO DI PAOLO (VAR) (Itália) - 4 - Chamou correctamente o árbitro para ver as imagens do lance do penálti, de facto é Geny que acaba por acertar no pé do defesa que chegou primeiro à bola.
NOTA: O nosso amigo Julius Coelho tem um dia muito ocupado e dificilmente vai poder responder aos comentários. Por esta razão, convidamos os leitores, e até os nossos colegas redactores, a dar resposta a questões mais pertinentes que possam ser referidas.
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