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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.

A UEFA emitiu um breve comunicado em que dá conta que vai defender em tribunal a vontade de proibir a Superliga Europa. O organismo dá conta que o caso está a ser julgado no Tribunal Europeu da Justiça e que vai continuar a defender a sua posição.
"A UEFA deu conta do anúncio do Tribunal Europeu da Justiça, depois de uma medida cautelar de um tribunal de Madrid sobre a Superliga Europeia, apesar da desistência de nove dos clubes fundadores. A UEFA está confiante na sua posição e vai defendê-la de forma robusta", diz.
Em causa está uma providência cautelar por ordem do tribunal do comércio de Madrid, que determinou cautelares para impedir qualquer acção que possa inviabilizar a Superliga Europeia.
As medidas cautelares visam impedir acções da FIFA, UEFA e todas as suas federações ou ligas associadas que "proíbam, restrinjam, limitem ou condicionem de qualquer maneira, directa ou indirectamente, o avanço da Superliga".
Da mesma forma, segundo a EFE, o tribunal proíbe que se adoptem "quaisquer medidas sancionatórias ou disciplinares contras os clubes participantes [na Superliga Europeia], os seus jogadores ou dirigentes".
A 18 de Abril, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter, Juventus, Liverpool, Manchester City e United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
Todos os clubes à excepção de três... Real Madrid, Barcelona e Juventus, já anunciaram a intenção de sair do projecto, mas, segundo a imprensa internacional, os clubes vão ter de pagar uma multa de 300 milhões de euros para quebrarem os contratos que assinaram, o que significa que formalmente a Superliga ainda conta com os seus 12 fundadores.

A UEFA, tudo indica, vai mesmo avançar com processos disciplinares contra Real Madrid, FC Barcelona e Juventus, no âmbito do projecto da Superliga, anunciou, na terça-feira, o organismo europeu do futebol.
Há duas semanas foi então iniciada uma investigação conduzida por inspectores de Ética e Disciplina da UEFA, que acabou por concluir pela abertura do processo, por "potencial violação do quadro jurídico" do futebol europeu.
A 18 de Abril, 12 clubes anunciaram a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.
A decisão abalou o futebol europeu e as manifestações unânimes de repúdio – de adeptos, futebolistas, treinadores, dirigentes e responsáveis políticos nacionais – fizeram com que, volvidas 48 horas, já só Real Madrid, que preside à Superliga, FC Barcelona e Juventus se mantivessem no projecto.
Os outros nove clubes, nomeadamente os ingleses do Manchester City, Liverpool, Chelsea, Manchester United, Tottenham e Arsenal, os italianos do AC Milan e Inter de Milão e os espanhóis do Atlético de Madrid desistiram do projecto em poucas horas.
Uma medida que ainda assim não evitou que fossem ‘repreendidos’ pela UEFA, com os clubes a aceitarem uma série de "medidas de reintegração", incluindo renunciar a 5% do rendimento proveniente de uma época nas competições europeias.
Paralelamente, os clubes desistentes vão doar, em conjunto, um total de 15 milhões de euros a "comunidades locais" do futebol europeu.
"Ao aceitar todos os seus compromissos e a sua vontade de reparar a perturbação que causaram, a UEFA quer deixar este capítulo para trás e avançar com um novo espírito positivo", afirmou então o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, em comunicado.
Da mesma forma, o dirigente reconheceu que “o mesmo não pode ser dito dos (três) clubes [Real Madrid, FC Barcelona e Juventus] que continuam envolvidos na chamada Superliga”, casos que, vincou então, “a UEFA tratará em conformidade”.
Reportagem da Lusa
Aleksander Ceferin garante que enquanto estiver na presidência da UEFA "não haverá nenhuma superliga". Alguns dos maiores clubes europeus têm manifestado a intenção de criar um campeonato à parte, excluindo clubes com menor poder financeiro e gerando mais receitas, exclusivamente canalizadas para eles.

Outro dos modelos passa por dar mais vagas aos clubes das principais ligas, em prejuízo de outros campeonatos. Ceferin defende que "O apuramento para a Liga dos Campeões tem de ser um sonho para todos. Não pode haver uma competição fechada."
Considerações muito importantes do líder do futebol europeu, à margem da conferência "Football Talks", no Estoril.
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